Notas sobre financiamentos do BNDES a empresas brasileiras com projetos no exterior nos governos Lula e Dilma, por Guilherme Narciso de Lacerda

O ataque ao Banco foi intensificado no período pré-golpe e depois às vésperas da eleição de 2018. E agora, em 2022, voltou à tona.

NOTAS SOBRE FINANCIAMENTOS DO BNDES A EMPRESAS BRASILEIRAS COM PROJETOS NO EXTERIOR NOS GOVERNOS LULA E DILMA

por Guilherme Narciso de Lacerda

Objetivo destas notas:   responder, desmentir, esclarecer

Base das informações:   LIVRO VERDE publicado em 2017 – Governo Michel Temer e Presidente do Banco: Paulo Rabello de Castro

O objetivo do Livro: “fazer uma prestação de contas à sociedade brasileira acerca de sua atuação ao longo do atual século no período 2001-2016”

Havia um vasto questionamento sobre a atuação do banco, classificado muitas vezes como uma “caixa preta”. O ataque ao Banco foi intensificado no período pré-golpe e depois às vésperas da eleição de 2018. E agora, em 2022, voltou à tona.

O livro lançado no governo de Temer mostrou a regularidade das operações e comprovou que a tal caixa preta havia sido uma invenção produzida para desgastar os governos Lula e Dilma. Depois, já no atual governo, o Presidente do Banco reconheceu que tudo estava contabilizado às claras; não havia nenhuma operação sigilosa ou com tramitação duvidosa.

Abaixo são destacados os registros acerca dos financiamentos feitos pelo banco a EMPRESAS brasileiras que tocaram projetos de infraestrutura e/ou venderam produtos no exterior.

O financiamento do Banco às empresas brasileiras com projetos no exterior (da página 214 até a 230)

– O Banco financiou apenas os serviços e produtos adquiridos no Brasil.

– Os recursos financeiros foram liberados em reais exclusivamente para as empresas brasileiras. Nem um tostão foi transferido para o país em que a obra estava sendo feita.

– Esta modalidade de financiamento já existia antes de 2003, 1º ano do governo Lula.

– Nenhuma operação de financiamento a empresas com obras no exterior deu prejuízo para o Banco ou para o governo brasileiro. NENHUMA.

– Os EUA foram o principal país onde foram vendidos produtos e feitas obras de infraestrutura com financiamento do BNDES. Depois, foram os países da América Latina e África.

– Os financiamentos do BNDES permitiram que fosse gerado aqui dentro milhares de empregos. Sem eles, várias obras no exterior tinham ficado nas mãos de empresas de outros países. Os principais concorrentes brasileiros eram a China, Espanha e EUA.

– Mais de 350 empresas do setor de bens de capital foram financiadas pelo BNDES com a exportação de seus produtos

– De 2007 a 2015 o financiamento do BNDES atendeu mais de 4.000 empresas fornecedoras no Brasil. E deste total, 2.800 eram pequenas e médias. O número total de empregados dessas empresas fornecedoras aumentou de 402 mil em 2007 para 788 mil em 2014.

O Metrô de Caracas

O financiamento para a empresa brasileira que liderou a construção do metrô de Caracas foi feito em 2001, ainda no Governo FHC. O financiamento se deu até 2009 e teve um total de 404 milhões de dólares. O pagamento do empréstimo esteve sempre adimplente, ou seja, não houve atrasos nas amortizações. O Relatório do Banco, publicado em 2017 comprova (página 228).

A mentira tem perna curta:  Nunca existiu caixa preta

– A perversa difusão de denúncias vazias sobre o BNDES se desmoronaram quando o próprio Presidente do Banco colocado pelo atual Presidente da República reconheceu que não existia nada sigiloso nas operações de financiamento.

– Desde o 1º mandato do governo Lula o BNDES disponibiliza através da seção Transparência do seu site a íntegra de seus respectivos contratos e uma base de dados com valores financiados, modalidade, juros, prazos, garantias e outras informações. Está tudo lá para quem quiser consultar.

É isso.   

Guilherme Narciso de Lacerda (ex-diretor BNDES)

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