O Brasil no epicentro da Guerra Híbrida, por Pepe Escobar

 
Jornal GGN – Em artigo, o jornalista Pepe Escobar analisa a questão da crise política brasileira sob o viés dos interesses estrangeiros em torno do Brasil. Ele fala sobre o conceito de Guerras Não-Convecionais dos Estados Unidos, que explora as “vulnerabilidades políticas, militares, econômicas e psicológicas de potências hostis, desenvolvendo e apoiando forças de resistência para atingir os objetivos estratégicos dos Estados Unidos”, afirmando que os países do BRICS seriam os primeiros alvos da Guerra Híbrida.
 
Em relação ao Brasil, Escobar diz que o sistema financeiro global não iria aceitar a soberania nacional de um ator regional da importância do Brasil. “A marcha em direção à Guerra Híbrida no Brasil teve pouco a ver com as tendências políticas de direita ou esquerda. Foi basicamente sobre a mobilização de algumas famílias ultra ricas que governam de fato o país; da compra de grandes parcelas do Congresso; do controle dos meios de comunicação”, diz o analista.

 
Leia o artigo completo abaixo:
 
Do Outras Palavras
 
O Brasil no epicentro da Guerra Híbrida
 
Que são, nos manuais norte-americanos, as ações não-convencionais contra “forças hostis” a Washington. A centralidade do Pré-Sal no impeachment. Como os super-ricos cooptam a velha classe média
 
Por Pepe Escobar | Tradução: Vinícius Gomes Melo e Inês Castilho
 
Revoluções coloridas nunca são demais. Os Estados Unidos, ou o Excepcionalistão, estão sempre atrás de atualizações de suas estratégias para perpetuar a hegemonia do seu Império do Caos.
 
A matriz ideológica e o modus operandi das revoluções coloridas já são, a essa altura, de domínio público. Nem tanto, ainda, o conceito de Guerra Não-Convencional (UW, na sigla em inglês).
 
Esse conceito surgiu em 2010, derivado do Manual para Guerras Não-Convencionais das Forças Especiais. Eis a citação-chave: “O objetivo dos esforços dos EUA nesse tipo de guerra é explorar as vulnerabilidades políticas, militares, econômicas e psicológicas de potências hostis, desenvolvendo e apoiando forças de resistência para atingir os objetivos estratégicos dos Estados Unidos. […] Num futuro previsível, as forças dos EUA se engajarão predominantemente em operações de guerras irregulares (IW, na sigla em inglês)”.
 
“Potências hostis” são entendidas aqui não apenas no sentido militar; qualquer país que ouse desafiar um fundamento da “ordem” mundial centrada em Washington pode ser rotulado como “hostil” – do Sudão à Argentina.
 
As ligações perigosas entre as revoluções coloridas e o conceito de Guerra Não-Convencional já desabrocharam, transformando-se em Guerra Híbrida; caso perverso de Flores do Mal. Revolução colorida nada mais é que o primeiro estágio daquilo que se tornará a Guerra Híbrida. E Guerra Híbrida pode ser interpretada essencialmente como a Teoria do Caos armada – um conceito absoluto queridinho dos militares norte-americanos (“a política é a continuidade da guerra por meios linguísticos”). Meu livro Império do Caos, de 2014, trata essencialmente de rastrear uma miríade de suas ramificações.
 
Essa bem fundamentada tese em três partes esclarece o objetivo central por trás de uma Guerra Híbrida em larga escala: “destruir projetos conectados transnacionais multipolares por meio de conflitos provocados externamente (étnicos, religiosos, políticos etc.) dentro de um país alvo”.
 
Os países do BRICS (Brasil Rússia, Índia, China e África do Sul) – uma sigla/conceito amaldiçoada no eixo Casa Branca-Wall Street – só tinham de ser os primeiros alvos da Guerra Híbrida. Por uma miríade de razões, entre elas: o plano de realizar comércio e negócios em suas próprias moedas, evitando o dólar norte-americano; a criação do banco de desenvolvimento dos BRICS; a declarada intenção de aumentar a integração na Eurásia, simbolizada pela hoje convergente “Rota da Seda”, liderada pela China – Um Cinturão, Uma Estrada (OBOR, na sigla em inglês), na terminologia oficial – e pela União Econômica da Eurásia, liderada pela Rússia (EEU, na sigla em inglês).
 
Isso implica em que, mais cedo do que tarde, a Guerra Híbrida atingirá a Ásia Central; o Quirguistão é o candidato ideal a primeiro laboratório para as experiências tipo revolução colorida dos Estados Unidos, ou o Excepcionalistão.
 
No estágio atual, a Guerra Híbrida está muito ativa nas fronteiras ocidentais da Rússia (Ucrânia), mas ainda embrionária em Xinjiang, oeste longínquo da China, que Pequim microgerencia como um falcão. A Guerra Híbrida também já está sendo aplicada para evitar o estratagema da construção de um oleoduto crucial, a construção do Ramo da Turquia. E será também totalmente aplicada para interromper a Rota da Seda nos Bálcãs – vital para a integração comercial da China com a Europa Oriental.
 
Uma vez que os BRICS são a única e verdadeira força em contraposição ao Excepcionalistão, foi necessário desenvolver uma estratégia para cada um de seus principais personagens. O jogo foi pesado contra a Rússia – de sanções à completa demonização, passando por um ataque frontal a sua moeda, uma guerra de preços do petróleo e até mesmo uma (patética) tentativa de iniciar uma revolução colorida nas ruas de Moscou. Para um membro mais fraco dos BRICS foi preciso utilizar uma estratégia mais sutil, o que nos leva à complexidade da Guerra Híbrida aplicada à atual, maciça desestabilização política e econômica do Brasil.
 
No manual da Guerra Híbrida, a percepção da influência de uma vasta “classe média não-engajada” é essencial para chegar ao sucesso, de forma que esses não-engajados tornem-se, mais cedo ou mais tarde, contrários a seus líderes políticos. O processo inclui tudo, de “apoio à insurgência” (como na Síria) a “ampliação do descontentamento por meio de propaganda e esforços políticos e psicológicos para desacreditar o governo” (como no Brasil). E conforme cresce a insurreição, cresce também a “intensificação da propaganda; e a preparação psicológica da população para a rebelião.” Esse, em resumo, tem sido o caso brasileiro.
 
Precisamos do nosso próprio Saddam
 
Um dos maiores objetivos estratégicos do Excepcionalistão é em geral um mix de revolução colorida e Guerra Híbrida. Mas a sociedade brasileira e sua vibrante democracia eram muito sofisticadas para métodos tipo hard, tais como sanções ou a “responsabilidade de proteger” (R2P, na sigla em inglês).
 
Não por acaso, São Paulo tornou-seo epicentro da Guerra Híbrida contra o Brasil. Capital do estado mais rico do Brasil e também capital econômico-financeira da América Latina, São Paulo é o nódulo central de uma estrutura de poder interconectada nacional e internacionalmente.
 
O sistema financeiro global centrado em Wall Street – que domina virtualmente o Ocidente inteiro – não podia simplesmente aceitar a soberania nacional, em sua completa expressão, de um ator regional da importância do Brasil.
 
A “Primavera Brasileira” foi virtualmente invisível, no início, um fenômeno exclusivo das mídias sociais – tal qual a Síria, no começo de 2011.
 
Foi quando, em junho de 2013, Edward Snowden revelou as famosas práticas de espionagem da NSA. No Brasil, a questão era espionar a Petrobras. E então, num passe de mágica, um juiz regional de primeira instância, Sérgio Moro, com base numa única fonte – um doleiro, operador de câmbio no mercado negro – teve acesso a um grande volume de documentos sobre a Petrobras. Até o momento, a investigação de dois anos da Lava Jato não revelou como eles conseguiram saber tanto sobre o que chamaram de “célula criminosa” que agia dentro da Petrobras.
 
O importante é que o modus operandi da revolução colorida – a luta contra a corrupção e “em defesa da democracia” – já estava sendo colocada em prática. Aquele era o primeiro passo da Guerra Híbrida.
 
Como cunhado pelos Excepcionalistas, há “bons” e “maus” terroristas causando estragos em toda a “Siraq”; no Brasil há uma explosão das figuras do corrupto “bom” e do corrupto “ruim”.
 
O Wikileaks revelou também como os Excepcionalistas duvidaram da capacidade do Brasil de projetar um submarino nuclear – uma questão de segurança nacional. Como a construtora Odebrecht tornava-se global. Como a Petrobras desenvolveu, por conta própria, a tecnologia para explorar depósitos do pré sal – a maior descoberta de petróleo deste jovem século 21, da qual as Grandes Petrolíferas dos EUA foram excluidas por ninguém menos que Lula.
 
Então, como resultado das revelações de Snowden, a administração Roussef exigiu que todas as agências do governo usassem empresas estatais em seus serviços de tecnologia. Isso poderia significar que as companhias norte-americanas perderiam até US$ 35 bilhões de receita em dois anos, ao ser excluídos de negociar na 7ª maior economia do mundo – como descobriu o grupo de pesquisa Fundação para a Informação, Tecnologia & Inovação (Information Technology & Innovation Foundation).
 
O futuro acontece agora
 
A marcha em direção à Guerra Híbrida no Brasil teve pouco a ver com as tendências políticas de direita ou esquerda. Foi basicamente sobre a mobilização de algumas famílias ultra ricas que governam de fato o país; da compra de grandes parcelas do Congresso; do controle dos meios de comunicação; do comportamento de donos de escravos do século 19 (a escravidão ainda permeia todas as relações sociais no Brasil); e de legitimar tudo isso por meio de uma robusta, embora espúria tradição intelectual.
 
Eles dariam o sinal para a mobilização da classe média. O sociólogo Jesse de Souza identificou uma freudiana “gratificação substitutiva”, fenômeno pelo qual a classe média brasileira – grande parte da qual clama agora pela mudança do regime – imita os poucos ultra ricos, embora seja impiedosamente explorada por eles, através de um monte de impostos e altíssimas taxas de juros.
 
Os 0,0001% ultra ricos e as classes médias precisavam de um Outro para demonizar – no estilo Excepcionalista. E nada poderia ser mais perfeito para o velho complexo da elite judicial-policial-midiática do que a figura de um Saddam Hussein tropical: o ex-presidente Lula.
 
“Movimentos” de ultra direita financiados pelos nefastos Irmãos Kock pipocaram repentinamente nas redes sociais e nos protestos de rua. O procurador geral de justiça do Brasil visitou o Império do Caos chefiando uma equipe da Lava Jato para distribuir informações sobre a Petrobras que poderiam sustentar acusações do Ministério da Justiça. A Lava Jato e o – imensamente corrupto – Congresso brasileiro, que irá agora deliberar sobre o possível impeachment da presidente Roussef, revelaram-se uma coisa só.
 
Àquela altura, os roteiristas estavar seguros de que a infra-estrutura social para a mudança de regime já havia produzido uma massa crítica anti-governo, permitindo assim o pleno florescimento da revolução colorida. O caminho para um golpe soft estava pavimentado – sem ter sequer de recorrer ao mortal terrorismo urbano (como na Ucrânia). O problema era que, se o golpe soft falhasse – como parece ser pelo menos possível, agora – seria muito difícil desencadear um golpe duro, estilo Pinochet, através da UW, contra a administração sitiada de Roussef; ou seja, executando finalmente a Guerra Híbrida Total.
 
No nível socioeconômico, a Lava Jato seria um “sucesso” total somente se fosse espelhada por um abrandamento das leis brasileiras que regulam a exploração do petróleo, abrindo-a para as Grandes Petrolíferas dos EUA. Paralelamente, todos os investimentos em programas sociais teriam de ser esmagados.
 
Ao contrário, o que está acontecendo agora é a mobilização progressiva da sociedade civil brasileira contra o cenário de golpe branco/golpe soft/mudança de regime. Atores cruciais da sociedade brasileira estão se posicionando firmemente contra o impeachment da presidente Rousseff, da igreja católica aos evangélicos; professores universitários do primeiro escalão; ao menos 15 governadores estaduais; massas de trabalhadores sindicalizados e trabalhadores da “economia informal”; artistas; intelectuais de destaque; juristas; a grande maioria dos advogados; e por último, mas não menos importante, o “Brasil profundo” que elegeu Rousseff legalmente, com 54,5 milhões de votos.
 
A disputa não chegará ao fim até que se ouça o canto de algum homem gordo do Supremo Tribunal Federal. Certo é que os acadêmicos brasileiros independentes já estão lançando as bases para pesquisar a Lava Jato não como uma operação anti-corrupção simples e maciça; mas como estudo de caso final da estratégia geopolítica dos Exceptionalistas, aplicada a um ambiente globalizado sofisticado, dominado por tecnologia da informação e redes sociais. Todo o mundo em desenvolvimento deveria ficar inteiramente alerta – e aprender as relevantes lições, já que o Brasil está fadado a ser visto como último caso da Soft Guerra Híbrida.
10 Comentários

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  1. Ótimas observações. Contudo o

    Ótimas observações. Contudo o pato da foto não deveria ser o Patinhas e, sim, o Patacôncio o seu primo mau caráter

     

    1. ótimas observações…

      O planeta inteiro tem seus interesses. Ainda bem que tem gente que escreve a respeito. Somente na “Terra da Inocência” se acredita em politicas descompromissadas e ingênuas. Acorda Gigante Adormecido. Anão Diplomático. Já levaram as maiores reservas minerais do mundo. Que eram somente nossas. Já levaram 40% da maior petrolífera do mundo. Que era só nossa. E levarão o restante. Pobre país limitado. 

  2. Texto bom. Boa análise com

    Texto bom. Boa análise com aspectos “novos” para mim. Valeu.( sem ironias) 

    Todavia, pelo nome achei que se tratava de uma  guerra em  busca de  água mesmo.

    Tipo: com exportação de minério, que além de minério, “exporta água”, muita água;   ou com o nosso “agronégócio que além de alimentos, exporta água, muita água.

    Tema interessante que precisa ser abordado também.

    Mas, prossigo.

    —————

    Olhando o lado ruim do texto ( digamos assim) acho que u,  diagnóstico apenas, como parece ser o caso,  é algo cansativo. 

    Isso porque , toda hora tem um diagnóstico econômico-social-político-etc do Brasil que envolve “as famílias ricas”. Aqueles que  que mandam no Barsil. Os que controlam a mídia e por ai vai, isto é, com os diagnósticos que nunca se tornam projetos efetivos de mudança.

    zzzzzzzzz;

     

    Por exemplo: se a mídia é concentrada na mão de poucos, é oligopolizada, é cruel, só busca interesse próprio, só isso e mais aquilo, é abominável, é…. Ora, porque não conseguimos implementar um projeto de mudança?

    Uns vão dizer que “com  esse congresso” não seria possível porque a mídia e os outros ultra ricos, já  cooptaram o congresso.

    Ora, se é assim, então pronto.

    Problema resolvido. 

    O que não pode ser resolvido, resolvido está.

    Fim. The End. 

    “O próximo por favor”…

    Cansa não?

    Por isso, já declarei  “guerra” também ao “diagnóstico”.

    Chegou com um diagnóstico sem projeto, por exemplo,  é o mesmo que nada.

    Mas se vier com o projeto ai sim.

    Projeto, com inicio, meio e fim, com planos A, B e C.

    Com clareza, com ação agora!

     

    Voltando ao exemplo da mídia, vamos criar  um silogismo para simplificar:

    PREMISSA MAIOR:

    -A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

    – Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.

    PREMISSA MENOR:

    No Brasil os meios de comunicação social, como rádio, televisão, jornais, revistas etc,  SÃO, direta ou indiretamente objeto de monopólio ou oligopólio.

     

    CONCLUSÃO ( já com o esfoço do  projeto)

    Os meios de comunicação social não estão de acordo com a CR/88.

    Esboço do projeto:

    Adequar, imediatamente, os meios de comunicação social às condições estabelecidas na lei maior e FIM DE PAPO.

    NÃO HÁ  MAIS NADA A DEBATER diante  da FLAGRANTE inconstitucionalidade, sob pena de  ” QUEBRAR AS REGRAS DO JOGO DEMOCRÁTICO”  E COM ELA a tão falada “segurança jurídica” entre outras.

    Portanto, não se trata mais de apontar, diagnosticar, especular, dizer que é isso, sem contudo, NADA FAZER.

    Por isso mesmo, pela inércia brasileira no sentido de  PERMITIR UMA FLAGRANTE INCONSTITUCIONALIDADE COMO ESSA ( literal, não é preciso malabarismo hermenêutico para ler e compreender o que está escrito)  sou levado a concluir que a mídia brasileira é, na verdade,  esperta e merece os meus parabéns. ( sério, sem ironias)

    Parabéns grande mídia brasileira! 

    ” Dominam o brasil, mandam e desmandam em tudo e em todos, são ricos, implementam seus projetos e tocam suas vidas com muitíssima habilidade política”!

    Ora, são o que são por que são competentes, mesmo diante da flagrante inconstitucionalidade.!

     

     

     

     

  3. Que maravilha de texto!!! Só

    Que maravilha de texto!!! Só podia ser do Pepe Escobar! Já me tinha caído a ficha sobre como um juiz de 1ª instância poderia ter reunido tanta informação sobre a Petrobrás. Me lembrei de Dilma quando foi à ONU denunciar a espionagem às suas informações confidenciais. Imaginei (embora soubesse da intromissão na rede da Petrobrás) que hackers da NSA reuniram, rapidamente, montanhas de dados sobre as operações financeiras da empresa. Então munidos de extensa auditoria nas contas da empresa e conjugando dados, que só os norteamericanos tem, sobre as transações internacionais de dinheiro espúrio (fruto da guerra anti terror) reuniram um conjunto de dados que nem de longe nosso governo poderia reunir. Demorei de um a dois anos para entender 2013 como o início de “nossa primavera”,mas, agora, olhando para trás no tempo, tudo está muito claro: é a guerra híbrida.

    Ficou claro porque escolheram um juiz da periferia que adora camisas e gravatas pretas…Porque só ele dispõe das informações que os gringos lhe dispuseram. Provavelmente os hackers do Pentágono também levantaram dados sobre a vida pessoal de juízes e políticos e os estão chantageando agora…Se eles continuarem acoelhados e não reagirem agora a chantagem será para sempre…

  4. E o Nassif acha que os

    E o Nassif acha que os traidores, os quais ele mesmo menciona, são bobinhos e enganados.

    Acho que querem nos fazer de bobinhos.

    Pelos traidores e por quem os considera bobinhos.

  5. Brazix.

    Já nascemos numa prisão que não podemos sentir, tocar, perceber. Eu deveria ter optado pela pílula azul. A ignorância é uma bênção. Sou motivo de chacota em casa e no trabalho por ser o único por aqui a enxergar estas coisas que os outros 800 funcionários e a maioria do país não veem. Me sentindo uma versão feia do personagem do Keano Rivers.

  6. ÁGUA

    O MAIOR AQUIFERO BRASILEIRO, O GUARINI ESTÁ SENDO VENDIDO À NESTLÉ E À COCA-COLA, QUE JÁ HAVIAM COMPRADO QUASE TODAS AS FONTES EXISTENTES ENTRE FORMOSA E ANÁPOLIS EM GOIÁS. COMPROVEM NAS GARRAFINHAS DE ÁGUA MINERAL VENDIDAS EM BRAÍLIA, GOIÂNIA E ADJACÊNCIAS.

    A ANTIGA SÀO LOURENÇO TAMBÉM NÃO É MAIS NOSSA. O NASSIF TALVEZ POSSA NOS INFORMAR MELHOR QUAIS ÁGUAS DO ROTEIRO DAS ÁGUAS DE MINAS AINDA NOS PERTENCE. 

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