ONU teme violência e tortura contra gays na Nigéria

 Pablo Martinez Monsivais/AP

Nações Unidas – O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon expressou profunda preocupação nesta quarta-feira com a nova lei nigeriana que criminaliza relações entre pessoas do mesmo sexo. Segundo seu gabinete, gays presos podem ter sido torturados no país.

Há temores de que a legislação possa alimentar o preconceito, a violência e obstruir uma resposta efetiva ao vírus da Aids.

O projeto de lei, que coloca penas de até 14 anos de prisão e proíbe o casamento gay – além de vetar qualquer organização de grupos de direitos dos homossexuais – foi aprovado pela Assembleia Nacional em maio passado e assinado em lei pelo presidente Goodluck Jonathan na segunda-feira.

– O secretário-geral teme que a lei possa alimentar o preconceito e a violência, e vê com alarme os relatórios de que a polícia no norte da Nigéria prendeu indivíduos que autoridades acreditavam serem homossexuais, e pode até terem sido torturados”, disse o gabinete de imprensa de Ban em um comunicado.

Anistia internacional

De acordo com a Anistia Internacional, uma ONG de direitos humanos, 10 pessoas já foram presas após a lei sob suspeitas de serem gays.

Desde o natal, 38 pessoas já foram presas “suspeitas de serem gays”.

Defensores de direitos humanos temem que a situação dos homossexuais também sofra com os policiais e autoridades corruptas da Nigéria, famosas por exigirem dinheiro e chantagearem suas vítimas.

Redação

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