Os grampos falsos nos tribunais superiores

Alguns elementos para algum historiador que, no futuro, se debruce sobre a biografia de José Serra.

A comunicação falsa de grampos telefônicos contra autoridades do Judiciário tem sido um dos principais instrumentos de comoção política no país.

Há três casos expressivos:

1. O grampo sem áudio envolvendo o então presidente do STF Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres.

2. A falsa comunicação de grampo no STF, feita à revista Veja pelo próprio pessoal de Gilmar e que resultou no factóide “A República do Grampo”.

3. A denúncia do ex-coronel do SNI Ênio Gomes Fontenelle de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tinha sido alvo de escutas telefônicas em 2006. Fontenelle foi denunciado por falsidade ideológica por ter inventado o grampo.

O que os três casos têm em comum? Os personagens guardam estreitas ligações com o ex-governador de São Paulo José Serra.

No caso de Fontenelle, é ligado a Marcelo Itagyba e foi contratado por Serra quando Ministro da Saúde e, depois, quando governador de São Paulo. Por aqui, a Fence teve autorização para monitorar todas as comunicações do governo, atuando diretamente no coração da Prodesp – o centro de processamento de dados do estado.

Aqui, matéria do Viomundo sobre a contratação da Fence em São Paulo.

Aqui, matéria do G1 mostrando o indiciamento de Fontenelle em 2006.

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