Política

Prisão de Milton Ribeiro é lembrete a Bolsonaro: se perder nas urnas, poderá ser o próximo

A prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, caiu como uma bomba no noticiário nacional na manhã desta quarta-feira, 22. Faltando menos de quatro meses para as eleições gerais de 2022, o esquema de corrupção dos pastores no MEC volta a ocupar espaço nos jornais, prejudicando a imagem de Jair Bolsonaro, que afirmou, em março passado, que colocaria a “cara no fogo” pelo ex-ministro.

Para o jornalista Bernardo Mello Franco, a ação da Polícia Federal é um lembrete para Bolsonaro: se perder a eleição para Lula, como indicam todas as pesquisas eleitorais até agora, o extremista de direita poderá entrar na fila de prisões.

Bolsonaro só não foi arrastado neste escândalo dos pastores porque tem foro privilegiado. Mas Ribeiro afirmou que abriu as portas do MEC para os pastores (que cobravam propina de prefeitos em barras de ouro) a pedido de Bolsonaro.

GGN INVESTIGA RELAÇÃO ENTRE A ULTRADIREITA MUNDIAL, NEGÓCIOS OBSCUROS DO GOVERNO BOLSONARO E AMEAÇA ELEITORAL. SAIBA COMO APOIAR CLICANDO AQUI

“O lembrete é simples: Milton Ribeiro foi preso menos de três meses depois de perder o cargo e o foro privilegiado. Se for derrotado nas urnas, Bolsonaro ficará sem blindagem a partir de 1º de janeiro de 2023”, frisou Franco.

Além disso, o jornalista constatou que a operação contra Ribeiro – o primeiro ex-ministro de Bolsonaro preso por suspeita de corrupção – mostra que “a Polícia Federal não está 100% dominada”, apesar das interferências de Bolsonaro nos últimos anos, “trocando delegados responsáveis por investigações que envolviam filhos, amigos e aliados.”

Leia mais: Milton Ribeiro é preso pela PF por esquema dos pastores no MEC

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Recent Posts

Justiça suspende julgamento de ex-policial que matou tesoureiro do PT

Defesa alega que comarca pode sofrer interferência devido à repercussão do assassinato e da influência…

30 minutos ago

IPCA-15 desmente pirações estatísticas de Campos Neto, por Luís Nassif

No acumulado de 12 meses, percebe-se todos os grupos sob controle. A maior influência no…

34 minutos ago

Congresso atende aos interesses do crime organizado ao proibir porte de drogas

À TVGGN, conselheira afirma que PEC das Drogas mantém monopólio de facções sobre a produção…

55 minutos ago

Durante visita de Lula, Embraer anuncia investimentos de R$ 2 bilhões

Em São José dos Campos, Lula acompanhou a entrega de um jato comercial modelo 195-E2,…

2 horas ago

Fux pede vista e interrompe julgamento da desoneração da folha

Cinco ministros votaram a favor da manutenção da derrubada da medida. Com o pedido de…

2 horas ago

Dia Nacional da Empregada Doméstica, por Solange Peirão

Lenira Maria de Carvalho (1932-2021) é esta doméstica que permaneceu na profissão por mais de…

3 horas ago