Prisão de Milton Ribeiro é lembrete a Bolsonaro: se perder nas urnas, poderá ser o próximo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Análise decorre da ação da Polícia Federal contra o esquema dos pastores do MEC

Foto: Agência Câmara

A prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, caiu como uma bomba no noticiário nacional na manhã desta quarta-feira, 22. Faltando menos de quatro meses para as eleições gerais de 2022, o esquema de corrupção dos pastores no MEC volta a ocupar espaço nos jornais, prejudicando a imagem de Jair Bolsonaro, que afirmou, em março passado, que colocaria a “cara no fogo” pelo ex-ministro.

Para o jornalista Bernardo Mello Franco, a ação da Polícia Federal é um lembrete para Bolsonaro: se perder a eleição para Lula, como indicam todas as pesquisas eleitorais até agora, o extremista de direita poderá entrar na fila de prisões.

Bolsonaro só não foi arrastado neste escândalo dos pastores porque tem foro privilegiado. Mas Ribeiro afirmou que abriu as portas do MEC para os pastores (que cobravam propina de prefeitos em barras de ouro) a pedido de Bolsonaro.

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“O lembrete é simples: Milton Ribeiro foi preso menos de três meses depois de perder o cargo e o foro privilegiado. Se for derrotado nas urnas, Bolsonaro ficará sem blindagem a partir de 1º de janeiro de 2023”, frisou Franco.

Além disso, o jornalista constatou que a operação contra Ribeiro – o primeiro ex-ministro de Bolsonaro preso por suspeita de corrupção – mostra que “a Polícia Federal não está 100% dominada”, apesar das interferências de Bolsonaro nos últimos anos, “trocando delegados responsáveis por investigações que envolviam filhos, amigos e aliados.”

Leia mais: Milton Ribeiro é preso pela PF por esquema dos pastores no MEC

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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