Reitora da UFGD diz que pessoas com balões tiraram segurança da reunião do Conselho Universitário

Mesmo com a decisão de Mirlene Damázio contra a reunião, comunidade acadêmica mantém encontro e decide pelo não reconhecimento da reitora indicada por Weintraub

Jornal GGN – A reitora temporária da Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD), do Mato Grosso do Sul, Mirlene Damázio, desistiu de comparecer em uma reunião ordinária do Conselho Universitário (COUNI), convocada por ela mesma, na manhã desta quinta-feira (26).

Mesmo assim, a comunidade acadêmica manteve o encontro do COUNI, instância máxima da Universidade, concluindo os trabalhos com a divulgação de uma nota de não reconhecimento da professora Mirlene como reitora da UFGD.

Ela foi nomeada temporariamente para assumiu o posto no comando da instituição de ensino pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, enquanto a discussão sobre a lista tríplice não chegava a um desfecho definitivo na Justiça.

Leia também: Recém nomeada por Weintraub, reitora da UFGD beneficia alunos que fraudaram cotas

A judicialização começou com uma Ação Civil Pública assinada pelo procurador do Ministério Público Federal, Eduardo Gonçalves, alegando que a lista tríplice, votada pela comunidade acadêmica para decidir o novo reitor da Universidade, era fraudada.

Em agosto, o juiz federal Moisés Anderson Costa Rodrigues da Silva, da 1ª Vara Federal de Dourados, negou a Ação Civil Pública, concluindo que não houve fraudes na eleição. Com a sentença, a lista tríplice, encabeçada pelo professor Etienne Biasotto, voltou a ter validade. Apesar disso, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, ainda mantém Mirlene Damázio no cargo.

“Tendo em vista que a lista tríplice da eleição para a Reitoria da UFGD (quadriênio 2019-2023) está válida juridicamente, este Conselho Universitário (COUNI), órgão máximo da UFGD, não reconhece a Professora Mirlene Ferreira Damázio como reitora desta Universidade. A manutenção da referida professora como reitora pró-tempore não respeita a escolha democrática da comunidade acadêmica da instituição”, pontua a entidade.

“Salientamos que durante todo o processo de designação pelo MEC [Ministério da Educação] não houve diálogo com todos(as) estudantes, professores (as), técnicos (as). Nesse sentido, cumpre destacar que o ato antidemocrático da sua nomeação não dispõe de representatividade da comunidade acadêmica”, prossegue o COUNI.

Antes do meio-dia, em nota para justificar seu não comparecimento na reunião do Conselho Universitário, Mirlene alegou falta de segurança com a “invasão de pessoas com instrumentos musicais, balões e gritos”. Segundo informações do jornal Campo Grande News, desde julho a Universidade não realiza as reuniões mensais do Conselho Universitário, presidido pela reitora.

Mirlene concluiu sua nota dizendo que “diante da instabilidade apurada e dos episódios paralelos que compreendem a segurança”, das manifestações “com o intuito de inviabilizar os trabalhos da Universidade”, foi deliberado o “cancelamento da referida reunião e transferência para o dia 04 de outubro de 2019”.

Como mostram imagens enviadas por um professor da instituição ao Jornal GGN, a reitora convocou, além de seguranças da própria instituição, agentes da Guarda Municipal e da Polícia Militar. Nas fotos, é possível ver um policial portando uma câmera anexa ao uniforme, e outros armados.

Apesar da desistência de Mirlene e sua nota alterando a data do encontro, o Conselho Universitário manteve a reunião, que acabou sendo dirigida pelo conselheiro mais antigo da entidade acadêmica.

Veja a seguir a nota do COUNI na íntegra

NOTA DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO – COUNI DE NÃO RECONHECIMENTO DA PROFESSORA MIRLENE COMO REITORA DA UFGD

Tendo em vista que a lista tríplice da eleição para a Reitoria da UFGD (quadriênio 2019-2023) está válida juridicamente, este Conselho Universitário (COUNI), órgão máximo da UFGD, não reconhece a Professora Mirlene Ferreira Damázio como reitora desta Universidade.

A manutenção da referida professora como reitora pró-tempore não respeita a escolha democrática da comunidade acadêmica da instituição. Salientamos que durante todo o processo de designação pelo MEC não houve diálogo com todos(as) estudantes, professores (as), técnicos (as). Nesse sentido, cumpre destacar que o ato antidemocrático da sua nomeação não dispõe de representatividade da comunidade acadêmica.

Como órgão máximo de uma instituição de educação, o COUNI não poderia deixar de expressar que essa indicação representa, também, oposição às premissas basilares de uma instituição educacional comprometida com o processo formativo, crítico e inclusivo, que valorize a diversidade e a pluralidade e que, dessa forma, fomente a construção de uma sociedade, efetivamente, democrática.

Em respeito ao processo legal e legítimo pelo qual toda a comunidade acadêmica da UFGD manifestou sua vontade, registramos nossa total defesa pela democracia e autonomia universitária, sobretudo, por compreendermos o papel significativo da UFGD na luta para assegurar a gestão democrática, enquanto um princípio constitucional e sua garantia no âmbito das instituições de ensino brasileiras.

97ª Reunião Ordinária do Conselho Universitário

Dourados – MS,

26 de setembro de 2019.

Conselho Universitário da UFGD

Redação

1 Comentário

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  1. JANOT FOI PRA MATAR GILMAR MENDES NO STF…

    Me lembro desse episodio, lembro que a noticia correu solta que a filha de Janot advogava par Léo Pinheiro, fiquei extremamente revoltado, porque sei que tanto Léo Pinheiro como seu grupo INVEPAR-LAMSA-OAS são uma facção criminosa, e eu ja sabia do envolvimento de Guiomar Mendes com as propinas para Cesar Maia oriunda desse grupo, mais especificamente da LAMSA, via escritório de Sergio Bermudes e evidentemente que eu achava obvio que Gilmar Mendes sabia de tudo e estava envolvido no esquema, bem como todos os ministros da casa que residem e mantem família no Rio de Janeiro, pelo simples fato de ser esse esquema Pedágio LAMSA uma violação constitucional e legal, um crime permanente, do conhecimento de de todos os tribunais de baixo pra cima a partir do RJ sentido DF-BR, inclusive os MP’s e o quadro de autoridades desse judiciário, com raras exceções, participam do esquema. Haviam comentários e notas na imprensa que até a esposa do santo Ministro Barroso estaria no esquema com uma Offshore no Panamá lavando a propina de todos. Mais tarde com a embaixada de Portugal nas mãos de Bonhausen, suspeitaram que havia em Portugal um esquema que era semelhante ao da Suiça, e muitos Ministros do STF passaram a frequentar a terrinha, até que o ex-ministro de Portugal Sócrates declarou que Portugal era um covil de desonestos de todos os lados do planeta, etc. Nesse interim, um dos advogados de Léo Pinheiro, se não o principal, Dr. Paulo Elisio de Souza, corria a boca miúda que reunia todo final de mês, patrocinando um buffet de Monique Beloniel o mais caro e sofisticado e que já servia dentro dos tribunais, e festas de famosos, era mensalmente contratado para servir em seu escritório as tais reuniões secretas a juízes, desembargadores, presidentes de Tribunais de Contas e procuradores, secretários de fazenda, e alguns políticos do DEM e suas coligações, inclusive de outros estado e autoridades de outros países em especial ministros de Portugal, para fazer e coordenar um rateio de negociatas espúrias e combinar quais seriam as próximas decisões nos tribunais e nas embaixadas em relação ao grupo liderado e blindado por Cesar Maia e Léo Pinheiro, alguns nomes se destacaram por notório envolvimento com o crime organizado desse grupo como Marfan Martins, Claudio Lopes, Rodrigo Terra que foi testemunha de Léo Pinheiro, e políticos que foram pescados pela LAVA JATO fotografados e devolvidos ao mar da corrupção muitos por Gilmar Mendes. Tudo isso gerou vários relatórios entregues as autoridades do Rio de Janeiro a nível estadual e Federal desde 2002, mas tudo permaneceu e permanece blindado. A única coisa que diferenciou foi que a pessoa que acompanhava os fatos desde o inicio, que reportava as autoridades sigilosamente pedindo providencias foi descoberto e processado criminalmente por calunia por quatro vezes entre os anos 2002 a 20011 se saindo vitorioso até que no embate final, sob ameaça de Léo Pinheiro pouco antes deste ser preso, e seus advogados, e Marfan Vieira, mandaram o recado pro delator: ‘agora vamos processa-lo no cível e vamos comprar todas as sentença vamos aniquilar você seus bens e sua família’. E assim foi feito; então (eu) mandamos um emissário reportar o episodio ao Juiz Mario Cunha Olinto Filho, diretor do TJRJ secional da Barra da Tijuca, que havia tomado o processo das mãos do juiz original da causa, abdicando-o para si, e a além do desprezo à noticia enviada, sua resposta foi contundente – diga a ele que quero vê-lo e sua família definhando até a morte – a defensoria publica que nos defendia representada por um vendilhão traidor o advogado Arnaldo Goldemberg deu um jeito de se afastar do processo colocando em seu lugar um outro advogado particular cujo envolvimento com estelionato e trafico de drogas foi confirmado pela 12ª. DP de Copacabana, vulgo Pindoca, hoje memorável Dr. José Soares que também leiloou o réu para a ORCRIM deixando tudo a revelia, mas nada disso me intimidou, a minha família já estava destroçada, hoje o Juiz Mario Cunha esta cumprindo sua promessa, exarando sentenças a favor dos bandidos, perdi meu patrimônio, um filho faleceu em condições trágicas em parte motivado e levado pelo desgosto, minha esposa, filha e neta se afastou, moram no interior da Bahia e eu continuo seguindo a missão que Deus me confiou acreditando na Justiça, apesar dos pesares…. (LuizPCarlos).

    https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2019/09/26/rodrigo-janot-ia-ser-assassinato-mesmo-ia-matar-ele-gilmar-mendes.htm

    Deltan diz a procuradora Lava Jato do Rio tem ‘tudo documentado’ para derrubar Gilmar Mendes.
    https://news.google.com/articles/CAIiEFlL4fiYxCU_Uv1jpqSQ6gUqFwgEKg8IACoHCAow-bW5AjDK9SAwkJRe?hl=pt-BR&gl=BR&ceid=BR%3Apt-419

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