Ruralistas custearam envio de tratores para Brasília, diz site

Com articulação direta com as Forças Armadas, empresários ligados a grilagem e desmatamento ilegal participaram de evento bolsonarista

Foto: Reprodução TV Brasil/YouTube

Os tratores do agronegócio que participaram do desfile de 200 anos da Independência do Brasil chegaram a Brasília custeados por empresários, produtores rurais e representantes de sindicatos regionais do agro.

Reportagem da Agência Pública apontou os proprietários de 24 dos 28 veículos, que passaram entre a Esplanada dos Ministérios e o estádio Mané Garrincha, investiram de R$ 4 mil a R$ 15 mil para manter seus veículos no desfile, que acabou se tornando um evento para a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Um dos financiadores é o empresário gaúcho João Antônio Franciosi, proprietário do grupo Franciosi, que já esteve envolvido em casos de grilagem e de venda de sentenças no caso conhecido como operação Faroeste.

O empresário, que cultiva algodão e soja em larga escala e negocia latifúndios, também foi multado pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) em R$ 1,6 milhão por desmatamento ilegal.

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Franciosi e outros estiveram representados pelo Movimento Brasil Verde e Amarelo, que não só manteve-se fiel a Bolsonaro durante seu mandato como também participou de protestos pelo voto impresso e contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

O principal líder do grupo é Antônio Galvan, candidato ao Senado pelo PTB no Mato Grosso e presidente licenciado da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja).

Um dos líderes do movimento, o produtor rural Júlio Nunes, afirmou que a participação do setor no evento foi articulada em conjunto com as Forças Armadas – e que os produtores pediram ao presidente para participar do desfile.

Clique aqui e leia a reportagem na íntegra

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