É errado associar corte no Bolsa Família à meta fiscal, diz Levy

Da Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje (15) que é um equívoco associar o corte no Programa Bolsa Família ao cumprimento da meta fiscal de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), em 2016. O corte de R$ 10 bilhões no programa foi proposto pelo relator do Orçamento no Congresso, deputado Ricardo Barros (PP-PR), para o cumprimento da meta, mas, segundo Levy, é incoveniente ligar os dois assuntos.

“Acho inconveniente e um equívoco achar que essa mistura, que a meta é por causa do Bolsa Família. Obviamente não fica de pé. A meta é a meta e a Bolsa Família é a Bolsa Família”, disse, ao chegar a um seminário sobre infraestrutura, na Apex-Brasil, em Brasília.

Segundo Levy, é preciso focar na votação de medidas que são importantes e foram mandadas há dois ou três meses ao Congresso Nacional, como as Medidas Provisórias (MP) 690, 692, e 694. Se aprovadas, essas medidas, renderiam ao governo os R$ 10 bilhões que evitariam o corte de 35% na verba do Bolsa Família.

A MP 690 eleva o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) das bebidas e trata da tributação de direitos autorais. A MP 692 cria um regime de alíquotas progressivas para ganhos de capital (ganhos com venda de imóveis ou com rendimento de aplicações financeiras) e a MP 694 eleva a tributação de juros sobre o capital próprio.

“São medidas que inclusive têm mudanças que aumentam a progressividade do Imposto de Renda, trazem a adequada distribuição do esforço fiscal, inclusive para as camadas de maior renda que estão ansiosas para participar do esforço fiscal para trazer o Brasil de volta ao crescimento econômico. Acho que, obviamente, ninguém vai querer se esconder atrás do Bolsa Família para não tomar as medidas necessárias para o Brasil ir no rumo correto, no rumo realmente de preservação dos empregos e da estabilidade e tranquilidade para as famílias “, disse o ministro.

Redação

8 Comentários

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  1. Eu lá sabia do dom de

    Eu lá sabia do dom de piadista do ministro Levy. Está se perdendo no Ministério da Fazenda. As grandes redes de TV estão demandando por humoristas. Aproveita, Dr. Levy.

    Tá bom: o corte no no bolsa família nada tem a ver com a meta do superávit fiscal. Eu acredito. Tal como o abate no dia 23 de perus nada ter a ver com o Natal; as delongas do Conselho de (anti)Ética da Câmara não serem resultantes das “cunhadas” do Cunha; o epíteto “amigo de Lula” estampado na capa da Folha dado ao empresário Bumlai ser apenas técnica jornalística……..

     

     

     

     

  2. Como é?
    Realmente os ricos estão doidinhos para participar do esfôrço fiscal, começando pela FIESP… E claro, cortar a verba do Bolsa Família é outra coisa…
    Eu gosto de governo que fala a verdade, ao menos quase sempre… Esse governo do PSDB… Ops, do PP… Ops, do PTB… Ops…
    Mas qual é o partido que governa mesmo? Eu sisquici…

  3. Não sabia que além de péssimo ministro

     o Levyano é piadista. Nossos banqueiros são muito preocupados com a desigualdade social: sempre acham que dá para aumentá-la um pouco mais…

  4. Esta é para gravar na

    Esta é para gravar na pedra:

    ““Acho inconveniente e um equívoco achar que essa mistura, que a meta é por causa do Bolsa Família. Obviamente não fica de pé. A meta é a meta e a Bolsa Família é a Bolsa Família”.

    Só um genial economista de banco poderia elaborar tamanha , tamanha….. falta-me adjetivos.

  5. Palhaço. E sem graça.
    Se as

    Palhaço. E sem graça.

    Se as sacrossantas metas fiscais são para serem cumpridas, então que os bancos arquem com os custos. Afinal, são eles os grandes beneficiários dessa ciranda.

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