Censo 2022: Taxa de analfabetismo entre indígenas cai, mas ainda preocupa

Camila Bezerra
Jornalista

Pela primeira vez, mais indígenas vivem em áreas urbanas, porém sofrem para ter acesso a serviços essenciais, como saneamento e infraestrutura

Crédito: Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou, nesta quinta-feira (19), os resultados do Censo Demográfico 2022 sobre localidades indígenas – aglomerados permanentes onde residem 15 ou mais indígenas, em áreas urbanas ou rurais. 

Entre as constatações estão a de queda do analfabetismo entre os indígenas com maiores de 15 anos. Enquanto em 2010 um em cada três indígenas não sabiam ler ou escrever em português ou qualquer outro idioma (32,3%), a taxa caiu para 20,8%.

Ainda assim, para os pesquisadores, o fato de que um em cada cinco indígenas ser analfabeto é preocupante, tendo em vista que o total é três vezes maior em comparação à população brasileira. 

Saneamento básico

O levantamento identificou ainda que os indígenas costumam enfrentar mais problemas relacionados aos serviços públicos e infraestrutura: enquanto 10,08% deles têm dificuldade para acessar tais serviços, entre a população urbana a média é de 2,72%.

Enquanto 40,76% dos indígenas que residem em área urbana têm problemas com o acesso ao serviço de esgoto, a média nacional é de 16,95%.

Pela primeira vez, o total de indígenas que vivem em áreas urbanas (53,97%) superou os que moram em áreas rurais (46,03%). Em 2010, o percentual era de 36,22% e 63,78%, respectivamente.

Atualmente, a população indígena soma 914,75 mil pessoas.

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