Acordo entre Brasil e China quer tornar combate à fome prioridade global

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
[email protected]

O texto do acordo com a China será assinado pelo presidente Lula (PT), durante sua visita ao líder chinês, Xi Jinping

A viagem do governo federal brasileiro à China promete dar o pontapé inicial a uma grande aliança internacional. Um dos principais acordos entre os países será o compromisso de combater a fome e a pobreza extrema. A iniciativa ainda pretende ir mais a fundo e, por meio da colaboração de organismos multilaterais, tornar o tema prioritário na agenda global. 

O texto do acordo com a China, ao qual o jornalista Jamil Chade teve acesso, será assinado pelo presidente Lula (PT), durante sua visita ao líder chinês, Xi Jinping. A delegação brasileira desembarca no domingo em Pequim, conforme lembrou o colunista, no Uol. 

A partir da assinatura do mecanismo, os dois governos darão início aos trabalhos para implementar as medidas. “O entendimento entre os dois países permitirá designar áreas prioritárias para lidar com a fome e a pobreza, num dos mais de 20 atos que serão assinados por Lula na China”, escreveu Chade. 

No Brasil, a responsabilidade sobre o tema será dos Ministérios do Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Agrário. De acordo com a coluna, um primeiro encontro entre ministros para tratar o assunto já está programado para as próximas semanas.

“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn”      

Colaboração multilateral

O acordo de combate à fome ainda prevê uma cláusula para a colaboração multilateral, com a construção de uma aliança global sobre o tema. 

Chade ressaltou que a parceria com a China para lançar a ideia não ocorre por acaso, já que atualmente o chinês Qu Dongyyu é quem comanda a FAO, a agência da Organização das Nações Unidas para Alimentos e Agricultura, o instrumento central para a futura aliança

Há algumas semanas, o Brasil deu seu apoio à reeleição do dirigente chinês ao cargo em Roma e Lula chegou a se reunir com a agência em Buenos Aires. 

Além disso, vale destacar, que o país asiático foi o primeiro a atingir as metas da ONU de reduzir pela metade o número de pessoas vivendo em extrema pobreza. 

Contudo, estudos apontam que esses avanços podem ser desfeitos sempre que um abalo econômico atinge uma região. Com isso, a segurança alimentar passou a ser um debate estratégico à nação oriental.

Leia também:

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Não vi nenhuma menção a acordos de transferência de tecnologia e infraestrutura. Se não houve essa preocupação, o Brasil tá perdendo uma oportunidade estratégica valiosa.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador