
A viagem do governo federal brasileiro à China promete dar o pontapé inicial a uma grande aliança internacional. Um dos principais acordos entre os países será o compromisso de combater a fome e a pobreza extrema. A iniciativa ainda pretende ir mais a fundo e, por meio da colaboração de organismos multilaterais, tornar o tema prioritário na agenda global.
O texto do acordo com a China, ao qual o jornalista Jamil Chade teve acesso, será assinado pelo presidente Lula (PT), durante sua visita ao líder chinês, Xi Jinping. A delegação brasileira desembarca no domingo em Pequim, conforme lembrou o colunista, no Uol.
A partir da assinatura do mecanismo, os dois governos darão início aos trabalhos para implementar as medidas. “O entendimento entre os dois países permitirá designar áreas prioritárias para lidar com a fome e a pobreza, num dos mais de 20 atos que serão assinados por Lula na China”, escreveu Chade.
No Brasil, a responsabilidade sobre o tema será dos Ministérios do Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Agrário. De acordo com a coluna, um primeiro encontro entre ministros para tratar o assunto já está programado para as próximas semanas.
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Colaboração multilateral
O acordo de combate à fome ainda prevê uma cláusula para a colaboração multilateral, com a construção de uma aliança global sobre o tema.
Chade ressaltou que a parceria com a China para lançar a ideia não ocorre por acaso, já que atualmente o chinês Qu Dongyyu é quem comanda a FAO, a agência da Organização das Nações Unidas para Alimentos e Agricultura, o instrumento central para a futura aliança
Há algumas semanas, o Brasil deu seu apoio à reeleição do dirigente chinês ao cargo em Roma e Lula chegou a se reunir com a agência em Buenos Aires.
Além disso, vale destacar, que o país asiático foi o primeiro a atingir as metas da ONU de reduzir pela metade o número de pessoas vivendo em extrema pobreza.
Contudo, estudos apontam que esses avanços podem ser desfeitos sempre que um abalo econômico atinge uma região. Com isso, a segurança alimentar passou a ser um debate estratégico à nação oriental.
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Não vi nenhuma menção a acordos de transferência de tecnologia e infraestrutura. Se não houve essa preocupação, o Brasil tá perdendo uma oportunidade estratégica valiosa.