O Brasil registrou 5.183.505 casos prováveis de dengue, entre janeiro e maio deste ano, mostram os dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, atualizado por volta das 15h30, desta quarta-feira (22).
Já o número de mortes confirmadas pela doença chegou a 2.959, sendo que 2.662 casos ainda estão em investigação no país. São Paulo é o Estado com o maior número de vítimas fatais, são 793 óbitos.
Desde janeiro, nove Estados e o Distrito Federal (DF) já decretaram situação de emergência por causa da doença. Minas Gerais lidera a lista com o maior número de casos prováveis (1.452.561), enquanto o DF tem o maior coeficiente de incidência de casos por 100 mil habitantes, que bateu a marca de 9.069,6.
O balanço da pasta aponta ainda que mulheres são as mais afetadas pela doença, somando 55,9% das ocorrências prováveis, contra 44,1% dos homens. No geral, a faixa etária mais afetada é dos 20 aos 29 anos.
A série histórica de dados mantida pelo Ministério da Saúde mostra que 2024 bateu o recorde de casos registrados da doença e, consequentemente, se tornou o período mais letal já registrado no século.
Saiba sobre a dengue
O mosquito Aedes aegypti é transmissor de todas as arboviroses que atualmente circulam no país, como a Dengue, Chikungunya e Zika. Segundo o Ministério da Saúde, a dengue é a arbovirose urbana mais prevalente no Brasil, transmitida pela picada da fêmea do mosquito.
A pasta relaciona o aumento de casos da doença a fatores climáticos, como o calor excessivo e chuvas intensas efeitos do fenômeno El Niño. As altas temperaturas contribui para o aumento da população do mosquito, que pode usar como criadouros espaços com água parada, desde caixas d’água até vasos de planta.
Nos casos mais comuns, as vítimas infectadas apresentam sintomas como febre alta; dor no corpo e nas articulações; dor atrás dos olhos; mal-estar; dor de cabeça; e manchas vermelhas no corpo. Já os sinais de alarme da doença são caracterizados principalmente por dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes; acúmulo de líquidos; sangramento de mucosa; e irritabilidade.
Em dezembro passado, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina da dengue Qdenga ao Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, pessoas de 6 a 16 anos podem ter acesso às doses. Antes, a faixa era de 10 a 14 anos.
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