por Felipe A. P. L. Costa [*]
Embora ainda faltem dois dias (25-26/6) para fechar a semana, as estatísticas divulgadas nos últimos cinco dias (20-24/6) dão mostras de que a pandemia está a recrudescer. E com força.
Vejamos os resultados mais recentes.
(A) – Estatísticas totais. Na semana passada (13-19/6), foram computados 247.328 casos e 955 mortes (para detalhes, ver o artigo Vacina combate a doença, a máscara impede o contágio). Entre segunda e sexta-feira desta semana (20-24/6), já foram computados 318.973 casos e 1.164 mortes.
(B) – Métricas. Na semana passada, as taxas de crescimento ficaram em 0,1119% (casos) e 0,0204% (mortes). Supondo que as estatísticas dos dois próximos dias (25-26/6) não saiam do zero (algo virtualmente impossível, exceto por omissão ou manipulação deliberada), as métricas para a semana ora em curso já estariam em 0,1431% (casos) e 0,0248% (mortes).
Os quatro percentuais referidos no item B acima podem parecer insignificantes. Não são. E o pior: as duas taxas (casos e mortes) estão a escalar. A taxa de casos, por exemplo, está a escalar desde a semana 16-22/5 (ver o gráfico que acompanha o artigo anterior – aqui). Em tais circunstâncias, a montanha de vítimas da doença aumenta cada vez mais rapidamente.
CENÁRIOS E PROJEÇÕES ATÉ 2/10
Para dimensionar mais concretamente as implicações demográficas das escaladas referidas acima – de 0,1119% para 0,1431% (casos) e de 0,0204% para 0,0248% (mortes) –, basta observar o seguinte:
(1) Levando em conta os valores da semana passada (0,1119% e 0,0204%), nós chegaremos ao primeiro domingo de outubro, 2/10 (data prevista para as eleições), com mais 3,952 milhões de casos e 14,49 mil mortes (totalizando assim 35.656.250 casos e 683.555 mortes); e
(2) Levando em conta os valores provisórios já detectados para a semana atual (0,1431% e 0,0248%), chegaremos a 2/10 com mais 5,137 milhões de casos e 17,67 mil mortes (totalizando assim 36.840.894 casos e 686.739 mortes). Projeções mais precisas, claro, poderão ser feitas a partir de domingo, 26/6, quando serão obtidos os valores finais das taxas de crescimento relativas à semana ora em curso.
CODA.
A situação da pandemia em terras brasileiras é preocupante. Por vários motivos. Em linhas gerais, no entanto, talvez pudéssemos resumir a história toda em uma única recomendação: NÃO SAIA DE CASA SEM MÁSCARA.
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NOTA.
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