Fiocruz importa tecnologia para mapear o mosquito da dengue

A partir do monitoramento do Aedes aegypti, a Arbocarto viabiliza ações preventivas, como vigilância, mobilização social e controle de vetores

Crédito: Ariene Rodrigues (Icict/Fiocruz)

O Brasil soma, até 1° de dezembro, mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue, doença que vitimou 5.865 pessoas apenas este ano. O número de mortes pode ser ainda maior, tendo em vista que ainda há 1.149 óbitos em investigação, de acordo com o Monitor de Arboviroses do Ministério da Saúde. 

Para evitar que o número de infectados e vítimas se repita, o Observatório de Clima e Saúde da Fiocruz iniciou uma parceria com pesquisadores do  Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), a fim de experimentar a Arbocarto, ferramenta que mapeia a densidade populacional do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

A partir do monitoramento da população de mosquitos transmissores, a Arbocarto viabiliza ações preventivas, a exemplo de medidas de vigilância, mobilização social e controle de vetores.

Para Christovam Barcellos, um dos coordenadores do Observatório, a ferramenta traz estimativas de risco baseadas no vetor de transmissão, o que pode antecipar e evitar surtos da doença.  

“O Observatório consegue localizar onde estão acontecendo esses casos, quais são as áreas de risco. Mas a vantagem do Arbocarto é tentar focar no nível local, com uma escala de maior detalhe”, explica Barcellos.  

Além da ferramenta, trabalhadores da área da saúde receberam ainda uma capacitação ministrada por Marie Demarchi, engenheira de geoprocessamento e uma das desenvolvedoras do sistema, para aprender a usar a ferramenta e adaptá-la aos contextos locais.

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