Novembro Azul: Câncer de próstata mata um homem a cada 38 minutos no país

Na fase inicial, a doença não apresenta sintomas, mas a chance de cura chega a 90%; quando os sintomas aparecem, os tumores estão em fase avançada

Crédito: Wilson Dias/ agência Brasil

Novembro é o mês internacional de conscientização sobre a saúde masculina, em especial para estimular a prevenção do câncer de próstata, que mata um homem a cada 38 minutos no país, de acordo com dados recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O câncer de próstata, que causa a morte de  28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas, é o segundo tipo de câncer  mais comum entre a população masculina, atrás apenas do melanoma.

Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas, mas a chance de cura chega a 90%. Mas quando os primeiros sinais aparecem, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, o que dificulta a remissão. 

“No entanto, muitos homens ainda evitam exames preventivos por preconceito ou desinformação, o que acaba dificultando o tratamento e piorando o prognóstico”, afirma a médica urologista Celene Bragion.

Entre os sintomas de câncer de próstata estão a dor óssea; dores ao urinar; vontade de urinar com frequência; e a presença de sangue na urina e/ou no sêmen.

De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Urologia, alguns dos fatores de risco são o histórico familiar da doença, raça (homens negros têm maior incidência deste tipo de câncer) e obesidade.

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são registrados mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata por ano, o que faz do tema um ponto central para a saúde pública no país.

Prevenção

A campanha Novembro Azul reforça a importância de realizar o exame de PSA (antígeno prostático específico), um exame de sangue simples que ajuda a detectar alterações na próstata, e do exame de toque retal, considerado essencial para um diagnóstico completo. 

Segundo Celene, ambos os exames são complementares e devem ser realizados principalmente por homens a partir dos 50 anos ou 45 anos, caso haja histórico familiar ou algum fator de risco para a doença. 

“A saúde masculina precisa ser abordada com a mesma seriedade que outros temas de saúde. Campanhas como o Novembro Azul são essenciais para lembrar aos homens que cuidar da saúde é uma atitude de coragem e autoconhecimento”, conclui Celene Bragion.

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