A pneumologista e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Margareth Dalcolmo será homenageada pelo governo da França com o grau de Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra, que é a mais alta condecoração do país europeu, em reconhecimento à sua participação na pesquisa para o tratamento de tuberculose e doenças respiratórias, além da atuação durante o combate à pandemia de Covid-19.
Em carta, o governo francês destacou o importante papel que a especialista em doenças pulmonares teve durante a pandemia e também na África Subsaariana, onde ela ajudou o desenvolvimento da medicina local. Margareth tem ainda uma importante atuação na cooperação científica entre organizações de pesquisa francesas e a Fiocruz.
Margareth agradeceu a condecoração com consciência e responsabilidade por representar a história de cooperação na ciência entre Brasil e França.
“Recebo a honra com a consciência da responsabilidade como pesquisadores e médicos, sobretudo num país onde a nossa presença se faz nas mais diferentes áreas e nos maiores desafios em relação à saúde, frente à enorme desigualdade na qual trabalhamos. Recebo a honra com modéstia, consciência e alegria, partilhando e compartilhando esse momento com meus pares, amigos, confrades, colegas e com minha família”.
Perfil
Margareth Dalcolmo é presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e pesquisadora e fundadora do Centro de Referência Professor Hélio Fraga da Fiocruz. Foi a nona mulher a se tornar membro da Academia Nacional de Medicina (ANM).
A pesquisadora tem centenas de artigos publicados, é consultora da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi embaixadora do movimento nacional pela vacinação no governo Lula e, em 2023, recebeu o Prêmio Emerj Direitos Humanos, concedido pela Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro às personalidades brasileiras de maior destaque e relevância na preservação, proteção e defesa dos direitos humanos entre 2022 e 2023.
GGN
Em janeiro de 2021, Margareth Dalcomo participou do programa TVGGN para falar sobre as ações para por fim à pandemia de Covid-19. Na época, ela chamou a atenção para o fato de que qualquer vacina que tenha atingido uma taxa de eficácia acima de 50% em ensaios clínicos tem potencial para interromper as cadeias de transmissão do novo coronavírus e acabar com a pandemia.
“Qualquer vacina que tenha uma eficácia, em estudo [clínico randomizado], acima de 50% é suficiente para, no mundo real, alcançar a quebra da cadeia da transmissão do vírus, que é o que queremos encontrar”, disse.
“Uma vacina com mais de 55%, 60% de eficácia, ela acaba com a pandemia, controla a transmissão, controla o número de casos graves que exigem a hospitalização e, sobretudo, tem maior impacto na mortalidade da doença.”
Acompanhe a entrevista na íntegra:
*Com informações da Fiocruz.
LEIA TAMBÉM:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.