Como a PM paulista tornou-se máquina de assassinar jovens

De repente, a força tarefa montada para apurar a chacina de Osasco – na qual 19 jovens foram assassinados – foi atropelada pelas investigações da Polícia Militar (PM).

A maior suspeita era de PMs envolvidos.

As investigações da PM atuaram em duas frentes: para atrapalhar os aspectos materiais e para comprometer os aspectos formais da investigação.

Na primeira frente, atrapalharam a colheita de provas e expuseram nomes de testemunhas. A partir do vazamento, todas elas passam a ser juradas de morte.

Na frente formal, caso as investigações levem a nomes de policiais de menor patente, com toda certeza serão anuladas nos tribunais superiores, já que crimes de morte só podem ser investigados pela Polícia Civil (PC). À PM cabe apenas investigar infrações administrativas.

Escancara-se, assim, um dos grandes desafios nacionais, que mais cedo ou mais tarde teria mesmo que ser encarado: o do enfrentamento do poder paralelo incrustado nas PMs, cuja manifestação mais trágica é a extraordinária taxa de letalidade nas suas ações. Em muitos lugares – especialmente em São Paulo – a PM tornou-se uma máquina feroz de assassinar jovens de periferia, escudada na mais absoluta impunidade.

O papel dos P2

Os problemas da PM começaram quando transformaram o P2 em agentes policiais.

Os P2 são uma espécie de polícia judiciária, responsáveis por levantar as infrações disciplinares e propor correções de rumo à polícia. Os PMs usam fardas, os P2, não. Os PMs são cidadãos comuns; os P2, os PMs de confiança.

Gradativamente houve uma alteração na sua atuação, conforme se contará mais à frente, tornando-se a linha de frente das operações extralegais da PM, como agentes de confiança do oficialato.

Essa máquina de assassinato foi montada de forma gradativa.

Na década de 70 consolidou-se a imagem da PC corrupta e da PM violenta. Vem de lá os conflitos entre as duas polícias.

Na linha de frente, os conflitos se manifestavam no próprio atendimento policial. O PM prendia o suspeito, levava para a delegacia e lá havia a primeira frente de conflito.

Há duas espécies de policiais civis.

O policial sério é garantista – isto é, não está lá meramente para apurar culpas, mas para apurar a verdade. Ele precisa seguir o Código de Processo Penal (CPP), requisitar laudos e perícias. Já a PM não se prende a códigos e busca culpados.

Além disso, não havia interesse em fortalecer a PC, porque a própria PM pretendeu desde sempre controlar o ciclo completo da apuração do crime. No passado, houve inúmeros casos de efetivos da PM cercarem delegacias para fazer valer a vontade do oficial, exigindo flagrante em determinados casos, contra a opinião do delegado, que não via motivos para tal.

O problema maior surgiu com a segunda espécie de policial civil, o corrupto.

Ainda na década de 70 a PM deu-se conta de que prendendo o contraventor e entregando-o em uma delegacia – em geral ligado ao jogo de bicho e ao bingo – apenas valorizava a corrupção da PC.

Talvez por efeito-demonstração, as companhias da PM que atuavam na região da Santa Ifigênia começaram a praticar venda de segurança. Havia reuniões formais entre os capitães e comerciantes. Os oficiais alegavam que o Estado não tinha verbas. Os comerciantes montavam então uma associação incumbida de recolher recursos para financiar os PMs. Foi o início de um modelo que se expandiu para outras regiões da cidade e deu início ao crescente mercado de segurança, dominado por companhias de propriedade de oficiais da PM.

Hoje em dia, é comum a venda casada de segurança por essas empresas. Tipo, se a contratarem garante-se pelo menos duas vezes por dia a presença de viaturas da Rota transitando pela região.

A segurança de quem pagava

A venda de segurança começou a dar na vista, porque regiões e cidadãos passaram a ser divididos entre os que podiam e os que não podiam pagar.

Para administrar a opinião pública, a maneira encontrada por setores da PM e das companhias de segurança foi a criação de grupos de extermínio.

Se surgiam problemas em determinada região, mandavam um esquadrão na calada da noite que executava meia dúzia de pessoas, quadrilheiros ou não. A ação servia para alertar os quadrilheiros: mudem-se! Para a população, passava a ideia de guerras de quadrilha.

Aos poucos, o modelo de execução foi sendo aprimorado.

Quando surgem problemas em determinadas regiões nobres, os grupos de segurança privada combinam entre si e aquele de outra região vai até o local, procede à matança e à desova dos corpos em outro lugar.

Esse mesmo procedimento passou a ser adotado por setores da PM.

Quando precisa matar alguém, setores da PM valem-se de três equipes. A primeira, executa as vítimas. A segunda, vai até o local e esconde as provas. A terceira comparece para registrar o crime.

A eficácia do modelo é assegurada por dois instrumentos.

O primeiro, o sistema de gestão avançado, que permite programar a ida ou retirada de policiais da área. Se um grupo de extermínio planeja uma ação em determinada área, basta acionar o sistema para tirar o policiamento do entorno do alvo.

O segundo é a falta de uma polícia técnica independente. O Instituto Médico Legal não tem verba própria. Depende da Polícia Civil, porque até hoje não foi instituída uma polícia científica, conforme preconizado pela Constituição.

No geral, os PMs desenvolvem laços de compadrio com médicos. De posse da escala de médicos, é fácil identificar aqueles menos exigentes nos laudos.

Os crimes de maio de 2006 só cessaram quando médicos do Conselho Regional de Medicina correram para o IML (Instituto Médico Legal) para acompanhar as autópsias. É nesse momento que aparecem as provas mais objetivas que podem levar ao criminoso.

Os crimes de agosto

Não foi por acaso que Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) exigiu providências do governo brasileiro tão logo foram divulgadas as notícias sobre a chacina de Osasco. Nos organismos internacionais, há consenso de que as autoridades públicas perderam o controle sobre as PMs.

A primeira atitude do Secretário de Segurança Alexandre de Moraes foi a constituição de um grupo de trabalho de 50 pessoas, entre policiais civis e procuradores estaduais visando apurar os crimes. Não incluiu ninguém da PM. Parecia que, pela primeira vez, seria rompida a blindagem.

Quando a PM colocou seu bloco na rua, o Secretário calou-se. Dele não se ouviu mais nenhuma palavra, nenhuma declaração.

A chacina de Osasco tornou-se um divisor de águas. Nos próximos dias se saberá onde reside o poder de fato em São Paulo: se no Palácio Bandeirantes ou se no quartel da PM.

Dessa resposta dependem centenas de rapazes de periferia que serão executados nos próximos meses, caso o governo de São Paulo atue de forma pusilânime.

Luis Nassif

72 Comentários

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  1. Uai, eu que não tenho nada a ver com

    este mundo, já sei a resposta: o poder de fato, qualquer que seja o assunto na esfera estadual, não está nunca no tal “Palácio Bandeirantes”.

  2. Este blog sempre opta pelo

    Este blog sempre opta pelo título errado.

    A PM não é uma máquina de assinar jovens.

        É muito pior do que isso:

         Ela é ima máquina de assasinar pessoas.

       Quando um PM foi morto, ela revidou a esmo.

        Antes de asssassinar perguntava:

       Vc tem passagem pela polícia?

        Se sim , morria. Se não, morria tbm de acordo com a cara do ”freguês”.

              A ”corregedoria” agora divulga os colaboradores.Serão mortos tbm. E a imprensa não divulgará.

           A verdade é a seguinte:

               PCC , milícia bandida e milícia com uniforme é a mesma coisa.

                São Paulo está como o governo federal : Sem governo.

                E aí escrevem que diminui os homicídios em SP.

            Claro que diminui, desde que não seja registrado.

              Geraldonãoem mim, é o maior opaco dos governadores de SP de todos os tempos.

                E as alternativas pra ambos os casos, não me entusiasma.

                 O Brasil está à deriva.

    1. Jovens depende do
      Jovens depende do significado. Veja a lista abaixo. A maioria são jovens. Talvez todos, se considerar que o mais velho tinha 41 anos e esta é uma idade jovem para se morrer por motivo tão torpe. Acho que a maioria que está nas ruas e são abordados para morrer são jovens, pois é este que é o maior grupo de risco nos locais onde é feita a “seleção” para morte. Não deixo de concordar com você que são também pessoas, mas são pessoas que podemos colocar o adjetivo de “jovens”. Fernando Luiz de Paula, 34 anosEduardo Oliveira dos Santos, 41 anosThiago Marcos Damas, 32 anosLeandro Pereira Assunção, 36 anosAntônio Neves Neto, 40 anosJonas dos Santos Soares, 33 anosIgor Silva Oliveira, 19 anosRafael Nunes de Oliveira, 23 anosPresley Santos Gonçalvez, 26 anosEduardo César, 26 anos.Rodrigo Lima da Silva, 16 anosDeivison Lopes Ferreira, 26 anosLetícia Vieira Hillebrand da Silva, 15 anosWilker Thiago Correa Osório, 29 anosJailton Vieira da Silva, 28 anosJoseval Amaral da Silva, 37 anos 

  3. Já que as PMs podem

    Já que as PMs podem assassinar pobres pretos e pardos nas periferias todos os dias, resolvi inovar. Pedi para a FSB russa vir ao Brasil “finalizar” um tucano branco:

     

    “Dear

    is suffering death threats of and no cop want finalize the terrorist. Send to do the job.”

     

    Veremos se este assassinato será considerado normal e legal pela imprensa…

  4. Os politicos e a midia são a

    Os politicos e a midia são a maior maquina de matar pessoas neste país e não a policia, que com pouco tem feito muito em prol da população de bem, é preciso processar um “jornalista” tão mal intencionado como este.

    1. Por que não começa por você,

      Por que não começa por você, processe-o.

      Você é parte interessada da corporação? é da corregedoria?

       

    2. concordo em parte.

      concordo que ele falou meias verdades ou falou sem saber de toda a verdade, difunde o ódio, como se os policiais fossem assassinos e na verdade, são a primeira e ultima forma de proteção do cidadão.Os bandidos que são bonzinhos.Brasil!!!

    3. Há policiais e policiais
      Há policiais e policiais. Tenho duas histórias diferentes e reais para contar.
      Caso 1. Certa vez ouvi de um coronel da PM aposentado, que foi lotado na ROTA, que matavam mesmo, mas de vez em quando aparecia uns tontos (inocentes que estavam num lugar errado na hora errada), aí dava uma merdinha. Que chato não é. Ou seja, a solução é matar, se alguns inocentes (tontos) morriam também faz parte. Interessante que os tontos nunca moram no Morumbi ou em Higienópolis.
      Caso 2. E a uns 20 anos atrás conheci um P2 que pedira transferência para o interior devido ao fato de ter se casado e a família da esposa vivia no interior. Foi atendido seu pedido aparentemente por ser um bom policial e ter toda a confiança do comandante da P2 da época. Logo que se mudou para o interior continuou na P2 e em pouco tempo descobriu vários desvios de policiais envolvidos em furtos, inclusive me relatou posteriormente que havia até oficiais que respondiam a um subtenente (sim, no crime o oficial era o praça). Resultado, o capitão do batalhão tirou ele da P2 e o transferiu para as rondas noturnas. Após um mês e pouco e muitos flagrantes de assalto e furto, foi transferido para o trânsito. Onde depois de umas duas semanas havia autuado muita gente, inclusive os assim definidos de família importante e vereadores. Tirado da rua e colocado no serviço administrativo se sentia tolhido, punido por fazer seu serviço com presteza e sem olhar a roupa de quem tinha de prender ou defender. Num entrevero com o tal subtenente quadrilheiro (que havia o provocado tirando sarro da sua cara por sua condição financeira e sua honestidade) perdeu a cabeça e o agrediu no quartel. Foi internado no hospital da PM.

  5. O cinema americano ajudou a

    O cinema americano ajudou a criar essa cultura com seus filmes mostrando policiais heróis e criminosos como seres demoníacos. Aqui no Brasil, não é difícil encontrar pessoas que são a favor da pena de morte até para o ladrão de galinha.

    “Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro

    Transformam o país inteiro num puteiro
    Pois assim se ganha mais dinheiro

    A tua piscina tá cheia de ratos
    Tuas idéias não correspondem aos fatos
    O tempo não pára”…..

  6. Militares Continuam Matando.

    Décadas depois da saída dos militares do poder eles continuam matando, e pior, matam muito mais, dezenas de vezes mais do que na época da ditadura. É incompreensível, totalmente incompreensível que depois de 7 presidentes eleitos democraticamente, e principalmente dos governadores, ninguém ainda tentou controlar os militares. Talvez se a mídia abandonasse o regionalismo preconceituoso/partidarista e denunciasse o problema que é nacional teriamos a solução. Em tempo, fui lojista na Santa Ifigênia por décadas, nesta época, e nunca ouvi falar desse “pacto de proteção” mafioso, vivendo e aprendendo.

  7. A PM-SP é um corpo próprio e

    A PM-SP é um corpo próprio e insubordinado.

    Aliás, adoraria ver a opinião dos sempre “vigilantes” Coronel Telhada e Major Olimpio.

  8. bandidos fardados a serviço

    bandidos fardados a serviço de uma classe de forma ilegal e imoral. e ainda aprovam ser crime hediondo matar um desses. o que mais eles querem ser além de inimputáveis?

  9. comentário sobre a pagina do sr. Luiz Nassif

    Com o devido respeito ouso discordar, em parte, do Sr.Nassif e tambem de alguns internautas. Fui juiz de direito por mais de 35 anos. tendo judicado durante 15 anos na primeira instancia (Varas Civeis e Criminais) e os 20 anos restantes no extintoTribunal de Alcada Criminal e como Desembargador no Tribunal de Justica de Sao Paulo. A maioria das pessoas detesta a Policia Militar, talvez em razao do ranco herdado da chamada ditadura militar. Muitos ainda nao conseguiram separar o joio do trigo. Falar que a Policia Militar é uma fabrica de assassinar jovens é um exagero. Tanto a policia militar como a civil matam,  mas os jovens deliquentes e bandidos  tambem matam muito mais. Os primeiros – a policia – muitas vezes age no estrito cumprimento do dever legal, nao havendo duvida que algumas vezes extrapolam na acao policial. Estes, os infratores, sejam eles maiores ou menores de idade hoje em dia nao tem medo da policia e de quem quer que seja e, como se nao bastasse, agem com extrema violencia, encorajados pelo uso de drogas ou mesmo pela má índole, matando pessoas que sequer reagem ou esbocam qualquer resistencia. A proliferacao de crimes cometidos pelos chamados menores infratores tem aumentado cada dia. Basta ver as estatisticas. Acho que o aumento da criminalidade praticada pelos jovens é produto de nossa legislacao branda demais. Chegam, as vezes, ao enfrentar os policiais quando sao apreendidos dizendo que sao menores e por isso nada lhes pode acontecer. O 

    1. Na verdade as polícias

      Na verdade as polícias brasileiras continuam sendo o que foram durante a ditadura e antes dela, guarda pretoriana das elites nacionais.

      Para a polícia pobre e preto são ameaças e vistos como inimigos, não como cidadãos, visão essa que é estimulada pela mídia e por cidadãos sem caráter.

    2. Compreendo a sua preocupação, mas …

      Caro Senhor, compreendo a sua preocupação, mas o que vemos na polícia brasileira, tanto na civil como na militar é uma total falta de planejamento. E vou arriscar uma opinião que talvez não lhe agrade e não agrade muitos.

      No Brasil o quadro de delegados é suprido como esta fosse uma polícia judiciária que encaminharia diretamente ao judiciário o processo, para tanto os concursos e provas de seleção são baseados em conhecimentos jurídicos e são exclusivos para bachareis em direito.

      Qual o problema disto. Tudo. Em que disciplina dos cursos de direito que são ensinadas estratégias de investigação, em que curso de direito que os alunos aprendem logística para uma ação de repressão ao crime. Qual é a parte dos concursos que versam sobre o ato policial propriamente dito. Um bom bacharel de direito saberá enquadrar perfeitamente um criminoso de acordo com o código penal ou um contraventor no civil, porém o que ele apreenderá sobre métodos de investigação, perícia criminal e mais uma série de atividades pertinente a ação policial.

      Hoje no Brasil os policiais depois de passarem nos concursos fazem cursos nas academias de polícia, não deveria ser o inverso? Um delegado não é um jurista nem deveria ser cobrado o seu ingresso basicamente por seus conhecimentos jurídicos, pois sendo assim para que existe o Ministério Público e porque este se envolve em investigações.

      Parece-me que há uma inversão imensa na formação e na seleção dos quadros da polícia, fazendo com que as investigações sejam mais algo que depende das características pessoais do profissional do que da formação, é muita improvisação, muito voluntarismo e pouca técnica.

  10. É um país onde tudo está à venda

    Cabe a nós, cidadãos, tomarmos de verdade o poder, chamando todas as esferas às falas e a assumirem suas responsabilidades.

    Essa social-democracia que subiu ao poder em 1985 e que se encontra até hoje no poder, ainda não disse a que veio. Ou melhor, disse e o resultado está sendo desastroso. O país, a cada ano que passa, está mais no domínio do poder paralelo.

    Fiscais que achacam, policiais que matam, juízes que vendem seus votos, servidores públicos que servem a si mesmos, professores que não ensinam, hospitais que não atendem, estradas que matam,… a lista é infinita, os assuntos são diversos, mas há uma coisa em comum com todos eles: no final da reta, há sempre um político pilantra que se elegeu graças a uma lei eleitoral esdrúxula, que permite que deputados se elejam com menos de mil votos!

    O país está entregue às máfias. 

  11. A quem recorrer?

    Complicado, delicado, complexo.

    A pior parte da viagem qdo se vai para o exterior é comtemplar uma sociedade organizada la fora, que poderiamos ter aqui.

    O que falta? tem solução?

    Uma sociedade onde os cidadãos se auto protegem, onde existe o respeito mútuo; onde o Estado não fica escondidinho querendo arrecadar em vez de educar. No trânsito, por exemplo.

    Onde o policial e outras autoridades teem a consciência de proteger e respeitar os pagadores de impostos, e deixar que os foros competentes juguem quem mereça ser julgado.

    Complexo, delicado, complicado.

    1. Bem colocado!!!! Faltou o

      Bem colocado!!!! Faltou o papel dos datenas e rezendes fazendo duturnamente apologia da violência policial e criminalizando a pobreza.

      1. Bem colocado também ! Mas…

        …existem relações indiretas, já alertadas em 2005. Não sei se o jornalista mantem a opinião. De qualquer forma, os fatos reais foram relatados.

        A estranha conversão da Folha

        Por Alberto Dines em 10/05/2005 na edição 328

        “A Opus Dei tomou conta da Associação Nacional de Jornais (ANJ), tomou conta da Sociedad Interamericana de Prensa (SIP), montou junto com a Universidade de Navarra uma rede de consultorias internacionais, domina parte da mídia ibérica e, sobretudo, está infiltrada e dá as cartas nas grandes multinacionais espanholas.

        Além da sua operosidade na salvação das almas desgarradas, a Opus Dei é um projeto de poder, de dominação dos meios de comunicação. E um projeto desta natureza não é nem poderia ser democrático.

        A conversão da Folha é uma opção estratégica, política e ideológica. Empresas privadas têm liberdade para fazê-las. Mas jornais que se pretendem ‘a serviço do Brasil’ deveriam aferrar-se à eqüidistância, ao respeito pelo pluralismo e pela diversidade de opiniões.

        Crer é um direito inalienável. Tal como descrer.

        http://observatoriodaimprensa.com.br/imprensa-em-questao/a-estranha-conversao-da-folha/ 

        1. Consultorias

          Realmente, isso aconteceu em todos os grandes jornais brasileiros, desde os anos 1990. Todos passaram por consultorias orientadas pela Opus Dei. Resta saber se os outros meios (revistas, tvs etc) embarcaram nessa !

  12. se informar melhor

    Vejo que o Nassif tem muitos seguidores, e veja como sua opinião faz com que as pessoas voceferem contra a carreira policial, em especial a PM.Como o senhor Nassif sabe tudo isto?Tem que depor também e resolver o problema da segurança, que na minha opinião é muito mais complexa que isto.Há a PM é subordinada sim a códigos, AO CP, CPP, E O MAIS FORTE CPM,CODIGO PENAL MILITAR,responde-se nas duas esferas meu caro.

  13. Nem li o texto.
    Apenas o

    Nem li o texto.

    Apenas o título sugere que é uma bela porcaria.

    Você deveria ter escrito: Como a maioria dos jovens se tornam criminosos em SP por causa da impunidade.

    Quero ver você defender estes bandidos no dia em que sua esposa for estuprada por um jovem desse!

  14. E A BASE CIENTÍFICA

    Sr. Luis Nassif, qual sua base científica para confirmar, com tanta certeza, seus comentários?

    O Sr. não passa de um mero especulador. O sr. não tem base nenhuma para seus comentários. Se alberga na base de “achismos”?

    Comentários tendensiosos como esses encontramos todos os dias. Gostaria de ver comentários de pessoas realmente interessada em resolver os problemas, mas com fundamentos, não com base em ficcionismos.

    O Sr comenta “No geral, os PMs desenvolvem laços de compadrio com médicos” com que base o Sr. pode afirmar isso? de onde o Sr. tirou essa informação? Faça me o favor o Sr. ofende a integridade dos PMs e dos médicos ao mesmo tempo.

    O Sr. comenta também “Quando precisa matar alguém, setores da PM valem-se de três equipes. A primeira, executa as vítimas. A segunda, vai até o local e esconde as provas. A terceira comparece para registrar o crime”. De onde o Sr. tirou essa informações? são furtos de sua fértil imaginação?

     

    1. concordo

      Condordo com vc, e explica pra ele, que um policial que comete um crime superior a dois anos, é excluído,quantos são excluídos?quantos são mortos?Tentar enfraquecer a policia e pior, fortalecer os bandidos, o que está ocorrendo, é o fim do nosso Páis,buraco.

    2. Tem que ser integro para ter

      Tem que ser integro para ter integridade. Busque qqer revista cientifica sobre criminologia para encontrar as informacoes do texto.

       

      Sobre a relacao historica dos medicos com os policiais, pratica centenaria no pais.

      http://dx.doi.org/10.1590/S1808-24322011000100011

       

      As milicias de Policiais (no Rio) p. 33 –  Revista Cientifica da Escola Superior de Pol Mil

      https://espmpmerj.files.wordpress.com/2013/05/arquivo-final3008.pdf

      Inumeros outras publicaoes e dados que corroboram com as “hipoteses” do Nassif

      http://www.forumseguranca.org.br/publicacoes

       

      De qqer forma, “para os que” acreditam cegamente na neutralidade da ciencia, ainda deixo um breve aviso: ela nao existe. O racionalismo e empirismo foi superado ha decadas pela posmodernidade.

      A policia do Brasil eh uma vergonha nacional, bringando forte com os 3 poderes e prof liberais para ver quem tem menos carater.

       

  15. Assim como franco e escrivá, di franco e fh (ordem invertida)

    Dessa vez acredito que deixaram o alkmin (50 mil) de fora, como é característico do jeito tucano de agir, mas pelo abafamento das investigações, agora ele já deve ter sido colocado a par.

    “Um elemento que nunca abandonará ofranquismo é seu caráter de administrador de uma vitória militar. A ordem que Franco estabeleceu não podia ser concebido sem o Exército, a cujos oficiais atribuiu um papel relevante e cuja impronta se refletia no autoritarismo do regime. Aos militares confiaram-se-lhe numerosos governos civis e a responsabilidade da ordem pública. Todos os grevistas que se movessem em Espanha podiam ser acusados de rebelião militar e tribunais por tribunais formados por oficiais. Apesar desta militarización, Franco mal recorreu ao Exército para controlar a rua; bastou-lhe com a polícia armada e a Policia civil.”

    http://www.resumosetrabalhos.com.br/franquismo_13.html

    O vínculo com os fascistas

    “Além do rigoroso fundamentalismo religioso, o Opus Dei sempre se alinhou aos setores mais direitistas e fascistas. Durante a Guerra Civil Espanhola, deflagrada em 1936, Escrivá deu ostensivo apoio ao general golpista Francisco Franco contra o governo republicano legitimamente eleito. Temendo represálias, ele se asilou na embaixada de Honduras, depois se internou num manicômio, “fingindo-se de louco”, antes de fugir para a França. Só retornou à Espanha após a vitória dos golpistas. Desde então, firmou sólidos laços com o ditador sanguinário Francisco Franco. “O Opus Dei praticamente se fundiu ao Estado espanhol, ao qual forneceu inúmeros ministros e dirigentes de órgãos governamentais”, afirma Henrique Magalhães.

    Há também fortes indícios de que Josemaría Escrivá nutria simpatias por Adolf Hitler e pelo nazismo. De forma simulada, advogava as idéias racistas e defendia a violência. Na máxima 367 do livro Caminho, ele afirma que seus fiéis “são belos e inteligentes” e devem olhar aos demais como “inferiores e animais”. Na máxima 643, ensina que a meta “é ocupar cargos e ser um movimento de domínio mundial”. Na máxima 311, ele escancara: “A guerra tem uma finalidade sobrenatural… Mas temos, ao final, de amá-la, como o religioso deve amar suas disciplinas”. Em 1992, um ex-membro do Opus Dei revelou o que este havia lhe dito: “Hitler foi maltratado pela opinião pública. Jamais teria matado 6 milhões de judeus. No máximo, foram 4 milhões”. Outra numerária, Diane DiNicola, garantiu: “Escrivá, com toda certeza, era fascista”. “

    http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/07/alckmin-abandonou-o-opus-dei.html

     

  16. Feudos fardados

    Há que se considerar que as cúpulas das PMs (aquela turma que manda mesmo) não querem mudanças nos seus feudos e os transitórios Secretários de Segurança pouco fazem ou querem fazer para mudar essas estruturas arcaicas.

    Não é à toa (pesquisas dizem isso) que a maior resistência à unificação das polícias está nesses feudos fardados.

  17. Assunto sério, mas e govero de sp?’

    Assunto muito sério. O policial da pm é também uma vítima desta situação. Mas se esperam que o governo de sp faça algo, esqueçam. Depois do “quem resitiu, morreu ( todos)”, antes de qualquer investigação, o que esperar do alkimim?

    Há na polícia civil e na policial uma hierarquia que deve ser respeitada: cobre-se dos comandantes. Resolveria. O problema da segurança pública é principalmente deles, incluido o judiciário: que satisfação nos dão; nenhuma?

    E com o pig incentivando a matança, e impune, não tem jeito.

  18. MENTIRAS

    Nunca vi tanta mentira junto num só texto contra a PM:

    A Polícia Militar também faz parte da força tarefa montada para apurar a chacina de Osasco e a esmagadora maioria de PMs hoje presos no presídio militar Romão Gomes ou expulsos da corporação o foram por policiais militares da Corregedoria. Aliás a PM é, de longe, a instituição pública que mais pune seus integrantes e que tem o regulamento disciplinar mais rigoroso.

    Quem “expôs os nomes de testemunhas” foi o Tribunal de Justiça Militar, para onde foram enviados os dados das partes do Inquérito Policial que foi instaurado pela Polícia Militar, conforme determina o Código de Processo Penal Militar, não a Corregedoria. À PM não cabe “apenas investigar infrações administrativas”, mas também apurar crimes militares ou suspeitos de sê-los de acordo com o Código Penal Militar. A diferença é que no caso de crimes dolosos contra a vida, como é o caso da chacina, se forem policiais militares os autores serão apenas julgados pela justiça comum, não investigados.

    Maior que a taxa de letalidade das ações da PM é a quantidade de PMs que são mortos em serviço ou de folga, um recorde. Também o Brasil é o país campeão absoluto de mortes por homicídio no mundo. Os policiais militares não são o principal, mas um dado que engrossa as estatísticas como vítimas.

    Os P2 não são “espécie de polícia judiciária”, eles realmente trabalham com trajes civis, mas fazem levantamento de ações criminais preventivas, não concorrendo com a Polícia Civil. Todo policial deve ser de confiança, P2 ou não.

    Sobre a Polícia Civil, dividi-la em séria para os que são “garantistas” e contra a PM e os corruptos, que por dedução não seriam garantistas e ao lado da PM é um maniqueísmo ignorante. Há muitos delegados e PCs corruptos que se apegam ao “garantismo” para libertar presos da PM amparados num pretenso “garantismo”. Os policiais civis mais disciplinados são os honestos e que aplicam a lei com rigor.

    PM e PC desde sempre pretendem controlar o ciclo completo da apuração do crime, uma tentando subjugar a outra, fruto de um sistema policial anacrônico, ineficiente e confuso, que só existe no Brasil: uma polícia faz a prevenção ostensiva (PM) e a outra investiga (PC). Daí as brigas entre oficiais e delegados. Isso não funciona e nunca funcionará.

    Policiais civis ou militares, fazem bico porque são mal remunerados, e não só na região da Santa Ifigênia como em todo o estado e o privilégio no patrulhamento é decorrente desse contato extracorporação, o que diminuiu drasticamente com o advento do controle das patrulhas por GPS nas viaturas.

    Empresas de segurança montadas por policiais, oficiais, militares e delegados também são a consequência deste sistema policial ineficaz. Culpar só a PM não resolverá o problema.

    A partir das ilações e teorias das conspirações sobre a criação formal de grupos de extermínio e de seu aprimoramento institucional já não dá mais pra argumentar. Se é que foi represália à morte de um PM, as ações de policiais são represálias pontuais movidas pela vingança contra o colega morto, simples assim, tanto que sempre são presos. A parte que aponta que “os PMs desenvolvem laços de compadrio com médicos a partir de posse da escala de médicos menos exigentes nos laudos” é uma fábula rizível… nunca ouvi nem em teoria da conspiração.

    O poder do governo reside no Palácio dos Bandeirantes e o poder da PM no Quartel General na Luz, subordinado ao governo e assim sempre será. Isso é que faz o Estado de São Paulo ter a menor taxa de homicídios do país, fato. A opinião do articulista não se funda em nenhum dado objetivo, por isso engana leitores mais desavisados.

  19. Maquina de assassinar jovens

    Maquina de assassinar jovens vírgula, branco pobres e negros.

    Porque os jovens das classes mais abastadas, graças a Deus, pelo menos estão livres da violência policial.

  20. “(…) a própria PM pretendeu

    “(…) a própria PM pretendeu desde sempre controlar o ciclo completo da apuração do crime.”

    Pois é, e por incrível que pareça tem o apoio do PT.

    Na “Carta de Salvador”, elaborada após o o último Congresso do partido, defende-se expressamente o fim do inquérito policial e o ciclo completo de polícia.

    Com isso, os Delegados e policiais Civis e Federais serão engolidos pela PM (muitíssimo mais numerosa), e esses mesmos PMs que hoje torturam e matam passarão a ser os responsáveis legais pelas investigações.

    Fantástico, não…?

     

  21. Bom, mas…

    Nassif, seu texto é corajoso e contundente, como a reação dos reaças nos comentários demonstra. Entretanto, sou obrigado a discordar do título. Em São Paulo, a PM não mata “jovens”: ela mata jovens negros e pobres. Se é para dizer a verdade, que ela seja dita por inteiro.

    1. Excelente mesmo … como Luiz

      Excelente mesmo … como Luiz Nassif foi preciso em suas assertivas. Toda população tem medo da PM … já passou da hora de termo uma polícia preventiva civil, extraindo este ranço de militar. Deixem os militares para o Exército, Aeronáutica e Marinha, cuja atribuição é a defesa da Nação, combatendo o inimigo. A polícia preventiva deve servir o cidadão, e não aniquilar os pseudo inimigos, que infelizmente recaem sobre os pobres, jovens e negros … DESMILITARIZAÇÃO JÁ !!!

  22. Sr Luis Nassif. Não pude

    Sr Luis Nassif. Não pude deixar de comentar seu texto por entender que há uma série de impropérios os quais divulgas e as pessoas aceitam como verdade. 1º) O crime de homicídio tem previsão legal no Código Penal (CP) e no Código Penal Militar (CPM), sendo por isso, chamado na esfera castrense de crime militar impróprio e sempre que um Comandante toma conhecimento da ocorrência desse delito por policiais militares em serviço ele deve instaurar o devido Inquérito Policial Militar (IPM). Quando tu diz que compete somente a PC investigar “crimes de morte” tu não fala a verdade, pois a legislação que mudou a competência do julgamento de crime doloso contra a vida cometido por militar em serviço, mudou a competência somente do julgamento inclusive menciona que os autos do IPM serã encaminhadas àquela esfera judicial. Ainda quero mencionar que um crime contra a vida cometido por PM em serviço, se entendido como culposo, inclusive o homicidio culposo a competência de julgamento é da Justiça Militar o que é feito através do processo iniciado após o devido IPM; 2º) Quando tu diz que à PM cabe somente apurar infrações administrativas, vemos que tu não sabe o que fala e desconhece a legislação castrense, pois há uma série de crimes militares no CPM os quais são investigados pela PM pela competência da corporação, ou seja, não são somente infrações administrativas que ela deve apurar; 3º) quando falas da P2 verifica-se que tu não conheces nada da função deles. P2 atualmente serve para coletar informações e produzir conhecimento a respeito de diversos assuntos atinentes à segurança pública e não para compor grupo de extermínio. Dizer que isso é institucionalizado na PM é mais que absurdo. Gostaria que ao fazer suas notícias, saísse da esfera denunciativa e passasse para esfera comprobatória. Queria ver tu exemplificar com casos concretos tudo que tu afirma pois tu é capaz de influenciar as pessoas, então que seja adequadamente. Rafael

  23. Pois é, nunca nada é

    Pois é, nunca nada é responsabilidade do palácio dos bandeirantes! Imprssionante como se tira a responsabilidade dos tucanos! A pm de sp é uma das que mais mata no mundo e sempre os pobres, pretos e não brancos. Policia não é para matar, é para proteger, mas, por pura incompetencia, optam pelo fácil: matar, eliminar. Alguem já viu policial matando filho de rico? E quando tem que prender(antes do habeas corpus da justiciaria,o grande balcão de negócios), trata o meliente rico como se fosse uma rosa frágil. Quando vai pra cima de pobre e preto, vai como animal pra cima da presa. Dois pesos, duas medidas. Fica vergonhoso ver como a pm fica mansainha se o meliente é rico. Deveria tratar de proteger qualquer classe social, não somente os mauricinhos e patricinhas que llhes oferece salário de escravos. Vamos lá, pms, lutem pela própria dignidade de profissão tão importante se executada com sabedoria, com humanidade, com vergonha na cara.Não adianta descontar a raiva em jovens bandidinhos. Tem que lutar pela moralização dessa profissão importantíssima, mas que, por covardia, se tornou profissão de matadores e não de protetores. Repito: essa profissão é muito importante, deveria, pelos riscos que correm os pms, ter salários maiores que o do inficiente executivo desse estado. Mas, se sujeitar a só obedecer, é de doer.

    1. Polícia tem que ter planejamento, não brincar de polícia-ladrão.

      Morre menos policiais nos USA e em outros países porque as ações são planejadas dentro da concepção de polícia.

      Um policial não deve simplesmente para fazer algo (geralmente errado), expor a sua vida. Mas para que isto ocorra a polícia tem que se comportar como polícia, planejando, investigando e somente depois disto agindo (dentro da lei).

      Estas ações que os programas de TV especializados em espetacularização dos atos policiais serve somente para encobrir a falta de planejamento tático e as deficiências dos comandos, colocando em risco tanto a população em geral como os policiais.

  24. Porque só a PM de São

    Porque só a PM de São Paulo?

    A mesma lei que solta bandido como Gil Rugai, é a mesma lei que solta policial bandido.

    Funcionário público (PM) vive em outro país naquele que eles são “majestade”, já o povo é que paga por isso. 

    1. O Nassif escreve sobre a PM

      O Nassif escreve sobre a PM (e a PC) de SP, o estado dele, resumindo sua história. Este foi o foco. 

      Por que você não escreve sobre a PM (e a PC) de seu estado? Ou sobre as polícias de todos os estados do Brasil?

  25. Materia muito bem

    Materia muito bem fundamentada. O jornalista Nassif parece ter retornado as suas origens, jornalismo investigativo.Benvindo de volta e parabens. Its all true.

  26. Quando jovem, comecei a ir ao

    Quando jovem, comecei a ir ao Estado de SP, e RJ, trabalhando, como bom sulista, com caminhão, carregando, no mais das vezes, alimentos do Sul do país e do Mercosul, para os grandes estados da nação. Uma das coisas importantes que meu pai me disse: _”Tome cuidado com os dois tipos de bandidos que perseguem caminhoneiros, preferencialmente sulistas: os fardados e os paisanos. Só tem dois tipos, mas os que matam são os fardados”.

    Colocando-me sempre à disposição, desde já, agradeço;

    João Teodoro

  27. PM, só fechando e começando

    PM, só fechando e começando outra polícia desmilitarizada. 

    Mas num país em que muita “gente boa”, a começar pela mídia corporativa, defende o assassinato seletivo de pretos e pobres (os “suspeitos de sempre”), a jornada vai ser longa para se mudar esse quadro.

    Por falar em corporativismo, o da PM (ou o das PMs do Brasil inteiro) será um dos últimos a serem vencidos.

    1. Jair, a coisa é mais feia do

      Jair, a coisa é mais feia do que parece.

      Raramente se vê a participação de policiais civis em grupos de extermínio. Policiais federais então, nunca tive notícia.

      Apesar disso, por questões tortas de idealismo e de sindicalismo, partidos ditos de esquerda como PT, PSOL e outros defendem o chamado “Ciclo completo de polícia” e a “carreira única” (em que o cara entra como soldado ou escrivão e “vira” Delegado sem concurso) . 

      O PT, influenciado por “especialistas” que moram no Leblon e em Higienópolis colocou isso como meta após seu último Congresso em Salvador.

      Se isso for implementado, as PMs engolirão a CIvil e a Federal, pois são muitíssimo mais numerosas (só a PM de SP tem mais de 100 mil homens; a PF tem 12 mil em todo o território nacional). Muitos PMs que hoje torturam e matam serão os responsáveis legais por conduzir as investigações.

      O horror, o horror.

      1. Pode perguntar!
        A situação já mudou, vc está desatualizado.

        A PF de hoje tortura com orgulho. Sabe o saco do tropa de elite? Eles falam que fazem com o maior orgulho. Pergunte para QUALQUER agente.

        Perderam o controle!

        Sobre a carreira única, em que país não é assim?

      2. Jair, PC

        Jair, bom dia.

         

                            Infeliz e oportunista seu comentário. Sou um cidadão trabalhador e discordo totalmente com você. Pelos seus comentários da certamente para definir que você é um policial civil, (que tem rixa com a PM) e aproveita a oportunidade para falar mal da outra instituição. O que tenho visto é um país totalmente abandonado na questão da segurança pública, em que os cidadãos de bem ficam desesperados por segurança, se reportando tão e unicamente as PMs (ou estou falando mentira?) enquanto as polícias civis se encarregam de tentar dar conta dos serviços encaminhados pelas PM e cuidar de outras situação como Detrans (não sei porque tem que ser da PC, por que não contratar funcionários civis para isto, em vez de policiais cuidarem de trânsito), enquanto que na ponta da linha, no dia a dia da violência urbana, o povo continua e continuará a contar com a PM. falam em desmilitarização, por acaso, o povo conhece bem as polícias civis? sabem o que ocorrem dentro de delegacias? será que o modelo civil é realmente o mais correto para o país? já pensou numa partida de futebol onde é a segurança é feita por civis? no jogo por exemplo do vasco e atlético Pr em joinvile, houve até a intervenção da presidente da república, que de público afirmou que nos estádios, a PM tem que estar presente, pois consegue manter a ordem.

                         Que experiência os policiais civis tem nas ruas, no dia a dia? Se desmilitarizar as PM, quem não garante que estaremos dando um tiro no próprio pé? quem irá controlar estes milhares de homens e mulheres? pelo menos no regime militar, eles são controlados não só pela justiça comum, como pelas justiças militares. Lembrem-se podem mudar o regime, de militar para civil, mas os policiais serão os mesmos, não irão trocar os policiais. O que deve ser feito é o investimento maciço em instrução, educação, treinamento, investimento também na população, para que aprenda a respeitar o próximo, ter noção de civismo, e não somente querer ter uma polícia “JAPONESA” para uma sociedade que ainda precisa melhorar muito”

  28. Como invisível paulistano,

    Como invisível paulistano, parabenizo e agradeço a dedicação ao tema, Nassif.

    Infelizmente o grosso da população da nossa cidade e região vive em meio a uma guerra sangrenta.

    Quem vive nos bairros periféricos está vulnerável às ações dos grupos de extermínio da polícia.

    E quem vive nos bairros desenvolvidos está vulnerável às ações do crime.

    Já tive o desprazer de entrar na mira destes dois grupos. Posso comentar neste post hoje porque decidiram que eu poderia viver mais um pouco.

    É um alívio misturado com muita impotência e indignação.

    Acredito na desmilitarização das polícias e descriminalização das drogas para que vidas sejam poupadas. A minha foi. Outras não.

    As vítimas nunca são somente os outros, mas sempre uns de nós…

     

  29. Pode parecer clichê (infantil

    Pode parecer clichê (infantil até…), mas o grande desafio é e será separar bons policiais (no sentido que atuam com seriedade servidor da segurança pública) dos maus policiais – os digamos ‘picaretas’.Sem isso não existirá propostas, governos ou que for, capaz de mudar esse cenário. Isso só para começar.

  30. Pm
    Bom dia. O senhor deveria conhecer A PM pessoalmente p/ ter no mínimo um argumento p/ expressar alguma opinião e deixar de colocar a sociedade o cidadão de bem contra quem representa o BEM. Eu moro em uma comunidade na região da zona norte da capital de SP, sou um integrante do bem, sou mais um entre os quase 100 mil homens e mulheres que lutam diuturnamente p/ combater o crime, mais infelizmente a uma inversão de valores, quando o policial que se envolve em uma ocorrência de resistência acaba sempre crucificado por ter entrado em confronto com o meliante e ter parado a ação do mesmo causando a causa morte dele, somos alvo por simplesmente defender a sociedade, se o meliante morreu em um confronto foi por que ele escolheu o destino dele. O PM tem que responder a altura a injusta agressão do infrator da lei, se ele morrer foi uma escolha dele, por que se ele estivesse trabalhando, estudando e fazendo algo de bom ele ñ iria está roubando e ceifando a VIDA dos cidadãos. Eu sou PRETO, POBRE E FAVELADO, porém tenho CARÁTER, HONRA, HONESTIDADE e me orgulho muito em representar o BEM em ser um agente da lei, em ser um GUERREIRO DE DEUS. Torço p/ que um dia pessoas como o senhor que fez essa matéria, conheça a nossa instituição (PM) e saiba como é difícil ir p/ rua enfrentar o crime e ter que podar algumas ações devido a mídia nos criticar pela maioria de nossas ações. A mídia só pública coisas que denigre a nossa corporação, e as coisas boas ñ expõe por que ñda Ibope. Eu me orgulho da minha missão dada por DEUS, vou continuar dando murro em face, porém vou continuar enaltecendo a minha honra e a minha dignidade.

  31. Na estrutura da PM paulista o

    Na estrutura da PM paulista o arquivo da corregedoria é o único setor que produz mais mortos que a tropa “positiva e operante”.

  32. Corruptos? Onde?

    Jogo do bicho, maquineiros, biqueiras “legalizadas” e puteiros… tudo no bolso da polícia.

    DAS CHEFIAS É CLARO!!!

    A coisa só dá errado quando algum bandido na nóia mata um policial.

    POLICIAL MILITAR É CLARO!!! Pois se fosse “SIVIL” ninguém faria nada.

    Trampo nessa merda há quinze anos (PC) e quando a chapa esquenta, se quiseres apoio policial, quem vem voando é a mike, mas é claro que nessas circunstâncias tudo tem estar dentro da lei, pois não se pode querer esconder algo.

    Estou há quinze anos nessa, trabalho num biko, dependo do salário, sinto-me um merda por não ter metido a mão quando tive chances, é muito desanimador. Se pudesse voltar no tempo, das duas uma: ou não entraria na polícia (o mais provável)… ou teria virado bandido transvestido de policial. Pelo menos assim não estaria tão economicamente mal hoje.

  33. PM: uma máquina de matar azeitada e seletiva para manter a ordem

    Qual é a cor e o endereço dos mortos?

    Pois bem, então a coisa é mais embaixo do que o aparente e superficial repúdio (ou deveria) aos policiais.

    Quem legitima a atuação das polícias?

    Existe algum poder paralelo? Piada, essa coisa de poder pararlelo só serve para aplacar consciências.

    A atuação (violenta) das polícias como instrumentos de contenção é crucial para o “bom funcionamento” de uma ordem estabelecida, onde o poder econômico cria os problemas ( desigualdade brutal,proibição legais ao uso de drogas, etc) e depois vende soluções (armas e militarização das polícias), dando ao poder político a chancela e o discurso para manter a choldra sob o controle das “pacificações”.

    Quem endossa o sigilo bancário atrás do qual se lava dinheiro dos mega-traficantes?

    Quem lucra com a violência?

    O que seria dos jovens (todos os milhares de  mortos por ano) se tivessem suas vidas poupadas, estariam incluídos aonde mesmo?

    A sociedade produz o “lixo” e depois reclama dos “garis”.

    Então vamos combinar, a PM “pode” matar, desde que não exegere, e em esacala de varejo.

     

    PS: Os Grupo de Apoio a Promotoria (GAPs), com policiais militares desviados de função (policiamento ostensivo) funcionam como milícias inconstitucionais junto ao MP e o editor nem menciona. Seletividade é a arma mais mortal do ser humano.

  34. E a P2 internamente chama-se

    E a P2 internamente chama-se GEPO (Grupo Especial de Polícia). Nos anos 90 rodavam vestidos de civis em Opalas brancos.

  35. Polícia Militar

    Sou Policial Militar atuando há muitos anos na área operacional (na periferia leste da cidade de São Paulo) e me sinto a vontade para debater a ideia do texto.

    O Luís Nassif tem o direito de escrever o que bem entende, a sua maneira, pois felizmente podemos exercer o direito de livre expressão.

    Porém, nos dias de hoje, em que se verifica o quão importante é a “verdade”, o quão importante a existência de acusações “bem fundamentadas” e plenamente investigadas, o quão importante se torna a harmonia e equilíbrio por parte de todos em nossa sociedade, digo que o texto pecou pelo excesso de acidez!!!

    As ideias foram “jogadas” sem o lastro de uma investigação mais aprofundada. Pareceu escrito sobre temas circulantes em conversa de bar, numa calçada qualquer da Vila Madalena….sem a profundidade que o complexo tema necessita!

    A ética no jornalismo deve ser levada em conta. A ética cabe no exercício de todas as profissões.,Mesmo porque as críticas à Polícia elaboradas pelo jornalista são, no fundo, por falta de ética no trabalho policial.

    Todos, absolutamente todos nós como membros da sociedade, devemos nos portar com uma “ética mínima”: isso serve prá mim nas rondas na Polícia Militar e serve para o jornalista também!!!

    Enfim, acusações “generalizadas” a uma instituição e aos seus integrantes somente reforçam a necessidade de buscarmos a cada dia mais motivação para verdadeiramente “servir e proteger” as pessoas, mesmo sofrendo uma verdadeira discriminação da parte de pessoas que poderiam conhecer melhor dos assuntos dos quais ousam escrever com enorme acidez!!!!!

    Sou POLICIAL MILITAR com orgulho e afirmo que o texto trata de reforçar esteriótipos, somente!!

     

    1. TUDO BEM, MAS…

      Tudo bem, eu consegui ler seu argumento como policial militar que tem uma profissão dificil, vista com olhares pouco “amigaveís” nas comunidades do nosso país, mais eu realmente queria entender uma coisa sobre isso. Por acaso vc escreveu isso com sua inteligência ou com ódio contra o artiog escrito?

      Por acaso vc iniciou a atividade militar e nunca, NUNCA presenciou algo que deveria sentir vergonha da postura de seus colegas policiais? Sesim qual foi a sua postura e qual foi a atitude tomada, ou vc teve a mesma postura de alguém intimidado pelo policia e resolveu fazer nada para mudar aquilo que vc considera errado?

      Por mais que o texto parece que mostra que a “Instituição da Policia Militar seja totalmente asassina de jovens de comunidade”  será que não existem pessoas ligadas a policia que fazem isso que está demonstrado no texto? Por mais que isso vc defenda a ética profissional da policia qual é a sua função nela? É sempre necessário que os profissionais da area da atução militar possam agir com ÉTICA e punir os responsáveis por esse massacre que ocorre a poucas ruas de inha casa. Todos devemos mostrar o exemplos e ajudar na atuação que ela deveria ter, e existem SIM quem contribua com essa SITUAÇÃO que infelizmente ainda irá acontecer novamente.

      Espero que se lembre que vc também deverá agir com ética e mostrar algo para os seus superiores sempre que mostrar ao que não vai aos seus principios de proteção da população. Espero que vc venha prestar de modo correto a sua profissão e não caia na vergonha de ser mais um ” COXINHA MATADOR DE PESSOAS CARENTES DA COMUNIDADE”.

  36. Pela agressividade e as ameaças mal desfarçadas

    nos textos dos tais “representantes da PM”, dá para intuir em qual vespero o Nassif foi mexer…

    Ainda bem que são “funcionários públicos”.

  37. Parabéns, Nassif, por clarificar o q/ acontece nas policias

    Nassif, você poderia traçar um pequeno perfil do Secretario de Segurança, Alexandre de Moraes? Não o conhecia antes de chegar ao cargo que ocupa e o pouco que vi e ouvi do Secretario não me passou credibilidade muito menos segurança.

    Ha tempos que se diz para quem quiser ouvir que os palacios dos governadores em todo o Brasil não têm poder sobre a PM, e em SP, nem o proprio comandante da PM tem poder sobre a cooporação e as altas patentes. 

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