Desemprego alcança 8,9% no terceiro trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O desemprego no país alcançou 8,9% no terceiro trimestre (julho, agosto e setembro) de 2015, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa da série iniciada em 2012. No trimestre anterior (abril, maio e junho), o indicador estava em 8,3%.

Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua Trimestral (Pnad Contínua), e indicam que a população desocupada no Brasil chegou a nove milhões de pessoas no trimestre que terminou em setembro. Em relação ao mesmo trimestre de 2014, a taxa subiu em todas as Regiões: Norte (de 6,9% para 8,8%), Nordeste (de 8,6% para 10,8%), Sudeste (de 6,9% para 9%), Sul (de 4,2% para 6,0%) e Centro-Oeste (de 5,4% para 7,5%).

No terceiro trimestre do ano passado a taxa de desocupação foi de 6,8%. A Bahia foi o estado que teve a maior taxa de desocupação (12,8%) e Santa Catarina a menor (4,4%). Entre os 27 municípios das capitais, Salvador registrou a maior taxa de desemprego (16,1%) e o Rio de Janeiro a menor (5,1%).

A população desocupada no Brasil chegava a 9 milhões de pessoas e aumentou em ambas as comparações: 7,5% em relação ao trimestre anterior e 33,9% em relação ao mesmo trimestre de 2015. Este foi o maior crescimento da população desocupada, na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior, na série da PNAD Contínua.

No terceiro trimestre de 2015 as mulheres representavam 51,2% da população desocupada. O percentual de mulheres na população desocupada foi superior ao de homens em quase todas as regiões. A exceção foi o Nordeste, onde elas representavam 48,9% dos desocupados. O grupo de 14 a 17 anos de idade representava 8,4% das pessoas desocupadas. Os jovens de 18 a 24 anos eram cerca de 33,1% das pessoas desocupadas e os adultos de 25 a 39 anos de idade representavam 37,0%. Esta configuração não se alterou ao longo da série histórica.

Segundo a pesquisa, 51,2% das pessoas desocupadas tinham concluído pelo menos o ensino médio. Cerca de 25,9% não tinham concluído o ensino fundamental. Aquelas com nível superior completo representavam 8,8%. Importante destacar que estes resultados não se alteraram significativamente ao longo da série histórica disponível.

A população ocupada (92,1 milhões de pessoas) do país ficou estatisticamente estável em ambas as comparações. Além disso, cerca de 35,4 milhões de pessoas tinham carteira de trabalho assinada no setor privado, no Brasil. Esse contingente recuou no trimestre (-1,4%) e no ano (-3,4%).

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.889) caiu (-1,2%) em relação ao segundo trimestre de 2015 (R$ 1.913) e ficou estável (0,0%) em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 1.890). Entre as grandes regiões, o Sudeste (R$ 2.189) mostrou o maior rendimento médio e o Nordeste (R$ 1.284), o menor. Entre as UFs, o Distrito Federal (R$ 3.512) tinha o maior rendimento médio e o Maranhão (R$ 993), o menor. Nas capitais, Vitória (R$ 3.782) tem o maior rendimento e São Luís (R$ 1.519), o menor. Entre as regiões metropolitanas, São Paulo (R$ 2.920) lidera e a Grande São Luís (R$ 1.388) mostrou o menor rendimento médio.

A massa de rendimento real habitual (R$ 168,6 bilhões) recuou (-1,2%) em relação ao trimestre anterior (R$ 170,7 milhões) e manteve-se estatisticamente estável (-0,1%) em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 168,8 milhões).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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