Mercado de trabalho fecha 62.844 postos de trabalho em abril

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Apenas Agricultura e Administração Pública criaram vagas no período de análise

Jornal GGN – O mercado de trabalho brasileiro registrou o fechamento de 62.844 vagas de trabalho com carteira assinada em abril, segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. O número é menor que o registrado em abril do ano passado, quando o país fechou 97.828 postos de trabalho.

O resultado foi decorrente de 1,259 milhão de admissões contra 1,321 milhão de desligamentos, é menor que o verificado em março deste ano, quando foram perdidos 118.776 postos, e também está abaixo do registrado em abril de 2015, que teve um recuo de 97.825 postos de trabalho formais.

Na análise setorial, dois dos oito setores de atividade econômica apresentaram saldo positivo: a Agricultura gerou +8.051 novos postos (+0,52%), principalmente por razões ligadas à sazonalidade das atividades de cultivo do café; e a Administração Pública, com geração de 2.255 postos (+0,25%), particularmente pelo aumento do emprego do setor no estado de São Paulo, que respondeu pela criação de 1.256 postos.

Os setores que registraram maior declínio do nível de emprego foram o Comércio (-30.507 postos ou -0,34%), a Construção Civil (-16.036 postos ou -0,61%), e a Indústria de Transformação (-15.982 postos ou -0,21%). Na Indústria de Transformação, dentre os doze ramos que a integram, dois registraram incremento no nível de emprego: Química (+5.542 postos ou +0,61%) e Calçados (+663 postos ou +0,22%).

No recorte geográfico, houve expansão do nível de emprego na região Centro-Oeste (+4.186 postos ou +0,13%), devido principalmente ao desempenho favorável dos subsetores da Indústria de Transformação (+3.745 postos) e Construção Civil (+2.657 postos). O desempenho negativo ocorreu no Nordeste (-25.992 postos ou -0,40%), Sudeste (-23.985 postos ou -0,12%), Sul (-11.318 postos ou -0,16%) e Norte (-5.735 postos ou -0,32%).

Além disso, a pesquisa mostrou crescimento do emprego em seis estados, com destaque para Goiás, com geração de 5.170 postos, principalmente pelo desempenho favorável da Indústria de Transformação (2.709 postos) e Agricultura (2.134 postos). O crescimento foi também verificado em Minas Gerais (3.886 postos), Distrito Federal (1.202 postos), Mato Grosso do Sul (919 postos), Espírito Santo (466 postos) e Amapá (50 postos). As maiores quedas foram registradas em São Paulo (-16.583 postos), Rio de Janeiro (-11.754 postos) e Alagoas (-7.102).

No ano, o recuo alcança 378.481 postos de trabalho, equivalente a -0,95%. Nos últimos doze meses, a redução foi de 4,44% no contingente de empregados celetistas. Com isso, o estoque do emprego em abril é da ordem de 39.315 milhões trabalhadores com carteira de trabalho assinada.

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