
Acompanhado de militares, Jair Bolsonaro desembarcou na Rússia nesta terça-feira (15/02). Setores da grande mídia noticiaram, na véspera, que os membros do governo brasileiro querem conversar não apenas sobre o fornecimento de fertilizantes ao Brasil, mas também sobre “cibersegurança”.
A Rússia tem histórico de acusações de intervenção em eleições presidenciais de outros países, como os EUA, e jornalistas como Natuza Nery, da GloboNews, começam a questionar se Bolsonaro tem alguma “agenda oculta” sobre esse tema.
Para o internacionalista e cientista político Hussein Kalout, a Rússia já “precificou” o governo Bolsonaro e não deve colocar qualquer interferência em eleições brasileiras, a partir de táticas de guerra híbrida ou guerra digital, em pauta.
Kalout frisa ainda que as urnas eletrônicas brasileiras são seguras e que, no tocante aos estragos que poderiam ser feitos nas redes sociais com fake news ou outras estratégias, a Rússia também não teria motivo para apoiar Bolsonaro.
“O interesse da Rússia não está inclinado à reeleição de Bolsonaro. Acho que os estrategistas russos preferiam um líder brasileiro que tenha capacidade de interpretar de forma mais sofisticada a importância da Rússia e dos BRICS. Objetivamente: Putin ajudaria Bolsonaro a se reeleger? Não vejo isso acontecendo. Se ele quiser ajudar, será a outro alguém.”
Na entrevista, Kalout também avaliou a viagem de Bolsonaro em meio à crise com a Ucrânia como “inoportuna”. Ele ainda explicou a estratégia de Joe Biden, presidente dos EUA, na intermediação do conflito, e também comentou sobre os reflexos da ameaça de guerra na Europa.
Assista a entrevista completa aqui:

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