Rolezinho e racismo

Esta semana dois países colidiram num Shopping e o resultado foi uma explosão de irracionalidade.

Garotos pobres da periferia de São Paulo (nem brancos, nem bem nascidos), combinaram dar um “rolezinho” no Shopping Itaquera. O resultado foi repressão policial desmedida e cenas que lembram bastante as proporcionadas pelo regime racista da África do Sul antes de Mandela ser eleito presidente http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1396629-video-mostra-pms-agredindo-jovens-em-rolezinho-dentro-no-shopping-itaquera-em-sp.shtml .

Shoppings são locais privados abertos ao público. Portanto, não devem em hipótese alguma discriminar quem irá ou não adentrar em suas dependências. Quem adentra a um Shopping não pode ser obrigado a consumir, nem deve ser colocado para fora porque resolveu passear com os amigos pelo local. Mas não foi isto o que ocorreu.

O “rolezinho” indesejado dos garotos pobres provocou um verdadeiro Estado de exceção. Uma parte da população brasileira, branca e bem nascida, parece acreditar que eles não deveriam ter direito de ir e vir. Então o “rolezinho” foi brutalmente interrompido, inclusive com anuência do Judiciário paulista http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1396585-shoppings-de-sp-conseguem-liminar-na-justica-para-impedir-rolezinho.shtml .

A CF/88 garante a todos os cidadãos, sem qualquer distinção de raça, credo, cor ou situação econômica, o direito de ir e vir. Portanto, a decisão judicial que implicitamente revogou esta garantia para atender às veleidades racistas e classistas do Shopping é bastante questionável. Idem para o comportamento brutal da PM, cuja função é garantir o exercício dos direitos constitucionais dos cidadãos e não impedir seu exercício como se vivêssemos num regime de apartheid racial, sócio-econômico ou cultural.

A decisão judicial que legitimou a brutal repressão policial no Shopping e cassou o direito de ir e vir dos garotos pobres (nem brancos, nem bem nascidos), expõe uma chaga aberta. No Brasil existem dois países. Um não quer conviver com o outro e deixou isto bem claro ao recorrer à força bruta estatal para discriminar quem pode e quem não deve passear no Shopping.

Ao menor sinal de conflito, o Estado brasileiro abandonou os princípios de igualdade racial e da concessão de garantias políticas e individuais à todos os cidadãos, para ficar ao lado de alguns (brancos bem nascidos) contra o “resto da população”. Nesse sentido, não foi o “rolezinho” que perturbou a ordem no Shopping, o evento apenas comprovou a desordem que é a vida num país racista e classista que se recusa a admitir sua incapacidade de permitir a coexistência entre os habitantes dos “bairros nobres” e os “favelados da periferia”, que devem ficar contidos na periferia.

Sem querer (ou querendo) os garotos pobres que realizam estes “rolezinhos” estão nos ensinando uma coisa bastante valiosa: o regime de apartheid racial, sócio-econômico ou cultural existe no Brasil e terá que ser enfrentado. Como se dará este enfrentamento?

A imprensa parece inclinada a criminalizar o “rolezinho”. Uma clara indicação disto é o fato do jornalista que fez a matéria acima mencionada não ter emitido qualquer juízo de valor sobre o conteúdo possivelmente racista da decisão do Shopping de proibir o “rolezinho” e da repressão policial  que se seguiu. Nenhuma objeção racional foi levantada contra o conteúdo da decisão judicial que cassou de maneira absurda o direito de ir e vir dos jovens que participam ou pretendem participar destes eventos. Num conflito desta natureza, quem não fica ao lado dos oprimidos legitima a opressão imposta por quem pode empregar a violência estatal.

Até o presente momento não vi o Ministério Público de São Paulo e o Ministério Público Federal se manifestarem sobre o assunto. Ambos são guardiãs da CF/88 e deveriam estar adotando medidas para permitir que todos os jovens, independentemente de cor, raça, credo ou condição sócio-econômica, possam exercer seu direito de ir e vir em locais públicos e abertos ao público. Discriminação racial é crime e o MP é titular da ação penal incondicionada nestes casos. Os donos dos Shoppings serão processados por racismo? As decisões judiciais permitindo a brutal repressão policial serão questionadas e os Juízes que as proferiram com evidente violação da CF/88 serão representados no CNJ?

Acompanharemos de perto a evolução deste novo espetáculo de irracionalidade política. O que está em jogo não é a ordem, mas o direito à igualdade. O “rolezinho” é uma excelente oportunidade para reconhecermos a existência do apartheid racial, sócio-econômico ou cultural. Neste momento, a tarefa dos defensores da civilização deve ser superá-lo e não justificar o racismo através da omissão. 

Fábio de Oliveira Ribeiro

152 Comentários

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  1. Durante muito tempo

    Durante muito tempo conseguimos esconder e isolar a periferia,

    Esse tempo acabou.

    Lei mais duras para manter o isolamento

    e repressão

    não adiantarão.

    1. Mas não é da periferia que

      Mas não é da periferia que vem a nova classe média lulista, que anda de avião e compra carrinho zero?

      Então quem escondeu e quem isolou? Papo de papagaio.

      1. rolezinho

        primeiro , a maioria esmagadora não anda de carrinho zero – para colocar ironicamente como vc escreveu -, nem anda de avião….a esmagadora maioria das periferías se ferra no dia  a dia.Segundo, preto e pobre não pode ter carrinho zero e andar de avião?!..hummmm..Essa massa q vai ai shopping passear e ver as mesmas quinquilharias que vc adora Mottinha tem o mesmo direito q vc de entrar lá e incomodar gente como vc só pela presença deles…E se as periferias do brasil decidissem invadir nossas zonas suls…não seria legal? que lei proíbe isso? ..Fica com medo não…é só um rolezinho..Só não sei porque demorou tanto..É porque talvez os fodidos do mundo não se deixam mais manipular tanto – como seus pais – pelas igrejas pentecostais que seguravam a barra para nós..”decentes” cidadãos de classe média…

  2. Como é o nome do juiz que

    Como é o nome do juiz que concedeu essa liminar?

    Seu nome deveria ser amplamente divulgado, até internacionalmente. Quando o Judiciário toma esse tipod e medida, é como se não houvesse responsável.

    Nassif, por que não encaminhar um questionamentos ao ministros Barroso, Zavascki, Lewandovsky, e mesmo Joaquim Barbosa?

    Seria demais esperar que Marco Aurélio ou Gilmar Mendes se mostrassem contrários a essa liminar, mas os demais juízes, nessa fase de STFização de tudo, poderiam externar suas opiniões.

    1. O que está em pauta, na

      O que está em pauta, na verdade, é o artigo quinto da nossa constituição, a noção de que todos os brasileiros são iguais perante a lei.

      Ora, nos ensinam os filmes roliúdianos, e qualquer pessoa sabe, incluso os jovens periféricos, que quando um monstro aparece, é preciso combatê-lo antes que ponha ovos.

      Daí um “juiz” ignora a constituição, dorme no serviço sem a menor cerimônia, e em rede nacional, enquanto a defesa expõe, condena sem provas por crime inexistente, e ao invés de ser linchado, é alçado pela mídia à condição de herói nacional.

      Mas, como diria o Brecht, era só o vizinho, e todo mundo já esqueceu quem teve peito para dar combate ao último Godzila.

      Então, se um pode, outro também quer, e logo uma liminar institucionalizando a segregação aparece.

      Agora os ovos eclodiram, e não temos nenhum herói disponível, pois o monstro já tratou de comê-los na primeira oportunidade.

      Oscar Müller

      1. de onde vc tirou essa idéia

        de onde vc tirou essa idéia de que todos são iguais perante e Lei no Brasil?

        Na Lei, são diferentes. Basta ler a Lei.

         

        Tantp é que existe prisão especial e diversos outros exemplos.

        Alguma relação com o ensino de matemática?

        Alguma relação com a quantidade de advogados no Brasil?

        Não, nenhuma mas vou contar uma história.

         

        A BECA, existe no direito para que TODOS os funcionários da Justiça sejam considerados IGUAIS. Por isso no Brasil existem 10 modelos diferentes.

        Sacou a lógica do Direito, quer dizer, a lógica do Brasil? Iguais em suas diferenças.

        1. Athos,
          suas palavras até

          Athos,

          suas palavras até fazem sentido, mas eu ainda acho que o artigo quinto da nossa constituição deveria ser respeitado.

           

          Oscar

  3. Engraçado que os

    Engraçado que os manifestantes de Junho eram “coxinhas” e os do “rolezinho” são “discriminados”. 

    Em ambos os casos, acabaram em violência contra estabelecimentos…

    1. A coisa e a cousa e o “Ó” da rapousa

      Taí, não vi nenhum vídeo dos rolezinhos agindo com violência.

      Você tem esse material?

      Estão confundindo rolezinho com black bloc?

      Não, os black blocs eram “meninos indgnados com tudo isso que está aí”, os rolezinhos são bandidos e vagabundos.

      Outra diferença, black bloc bate em PM, rolezinho apanha.

    2. Discriminação burra e medíocre

      Este comentário em defesa dos “estabelecimentos”, templo da lógica consumista excludente já revela sua postura reacionária e direitésima!!! Pra você provavelmente qualuqer pessoa com tonalidade mestiça que chegue a pé é criminosa…

  4. Não conheço o centro

    Não conheço o centro comercial em questão, mas não me parece uma oposição entre brancos bem nascidos e jovens pobres de periferia, porque o primeiro grupo pode estar mal identificado. Tendemos a imagnar que a dicotomia do Brasil está muito clara entre ricos e pobres, mas é a classe média a mais racista, preconceituosa e discriminatória. Não são bem nascidos, gostariam de ser.

    1. Shopping Itaquera

      Primeiro, ja’ e’ discriminatorio dizer que as pessoas de classe media “nao sao bem nascidas, gostariam de ser”.

      Os “bem nascidos” antes so tinham preconceito contra pobre (que era o mesmo que racismo, ja que a maioria dos pobres sempre foram negros ou mulatos). Agora que, gracas as politicas sociais dos ultimos anos, houve uma significativa ascensao dos antigos pobres, o alvo vira a classe media.

      Nao adianta, aonde essa gente ve preto, e’ la’ que eles enxergam o problema.

      Segundo, o problema foi so’ porque foi no Shopping Itaquera? Se fosse no Villa Lobos, Jardim Sul, Morumbi ou, mais ainda, no Cidade Jardim, o rolezinho seria recebido de bracos abertos? Faz-me rir!

  5. Desisti…

    Ia escrevendo: “o ministro da Justiça e a ministra dos Direitos Humanos não se manifestam?” Mas desisti. Seria esperar demais. Nem a velhinha de Taubaté acreditaria neles.

      1. Que besteira. O Alckmin e’

        Que besteira. O Alckmin e’ tao culpado quanto qualquer politico que nao vem a publico se manifestar contra essa agressao. Isso transcende a questao da competencia especifica, e’ muito mais profundo porque mexe com os valores morais e culturais do pais. O fato de o PT nao vir a publico fazer uma critica significativa e’ uma desgraca maior ainda, porque da direita brasileira nao se espera nada mesmo.

  6. Rolezinho e 2014

    Será que o terrível Holocausto não nos ensinou nada?

    Partiremos para os guetos? Muitos demonizam o Holocausto mas não percebem que suas premissas continuam atuais e em uso.

    E viva São Paulo! (snif…)

    – vai ai um previsão: “Rolezinho” vai dar o tom da campanha 2014. 

    Depoimento: Em Itaquera, PM dizia a quem passava: ‘Vou arrebentar você’

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    VANESSA BARBARA
    COLUNISTA DA FOLHA

     

    No estacionamento do shopping Metrô Itaquera, 11 jovens de bermudas coloridas e tênis chamativos estavam sendo revistados. Tinham um olhar vazio e sem expressão; cederam as mochilas, os documentos e explicaram o que tinham ido fazer ali: dar um “rolezinho”.

    O tenente encarregado da operação não encontrou nada de ilícito nos pertences dos jovens, a maioria negros e menores de idade. Explicou que a polícia estava abordando pessoas que pudessem ter ido para o evento, pois tinha um mandado de proibição.

    Anotaram nome e endereço de todos e avisaram que, se causassem tumulto, seriam multados em R$ 10 mil.

    Os adolescentes não me olhavam nos olhos e pareciam resignados. “Não vou embora não, quero ir ao cinema”, disse Rodney Batista, 20. No grupo de 11, só um tinha o olhar duro de quem estava engolindo a raiva.

    Não vi ninguém com armas; ninguém roubando, depredando ou fazendo arrastão. Ainda assim, os lojistas entraram em pânico.

    Segundo a opinião pública, são bandidos com histórico de crimes; no melhor dos casos, vagabundos que vão lá tumultuar, cometer delitos e assustar “gente de bem”.

    São tratados como tais pelas autoridades: passando pelo corredor, um policial repetia no ouvido de todos: “Vou arrebentar vocês, vou arrebentar” –e plaf, deu um chute em um menino.

    Pedi: “Licença, gostaria de saber o nome do senhor, ouvi o que o senhor disse e vi o que fez”, ao que ele tirou a etiqueta de identificação e escondeu no bolso. Insisti em saber o nome, tentei tirar uma foto, recorri ao tenente e falei com outros policiais –todos identificados.

    Me acovardei e pensei que ele poderia ter ficado assustado por ter sido flagrado, que talvez tenha sido um momento do qual se arrependeu… Pensei também que arrogar qualquer tipo de coisa –”Sou da imprensa, olha só o meu crachá lustroso” –rebaixaria ao nível dele, que usou do poder para fazer algo contra alguém mais fraco.

    Vi gente filmando e sendo obrigada a apagar o arquivo, e a imprensa foi orientada a não registrar o que ocorria.

    A gente fica só imaginando o que não devem fazer quando ninguém está realmente olhando.

     

    1. As versões conflitantes – Os dois lados da moeda

      Um dos vídeos que foi postado no youtube:

      http://www.youtube.com/watch?v=H4oRqmLGDd8

      Nesta mesma página do youtube existem outros vídeos mostrando os dois lados da moeda.

      A questão é o conflito entre a Constituição (direito e ir e vir) e a postura que qualquer pessoa deve ter em locais públicos ou na casa dos outros. Um shopping é um empreendimento privado com acesso público.

      Se eu pemitisse a entrada de pessoas na minha casa, gostaria que se comportassem com educação. Educação cabe em qualquer lugar.

      Agora essa situação descamba para um debate ideológico, sem que as partes atentem para o cerne do problema: a boa conduta e a educação cabem em qualquer lugar. Conheço muita gente boa e bem educada, tanto nas periferias como nos bairros ‘nobres’; e vice versa…

      Um Sistema falido como esse que está em vigor não educa nem permite educar, faz questão de criar e manter todos alienados, sem discernimento algum, tem como objetivo manter o ‘admirável gado’ no pasto enquanto se locupleta.

      A liminar foi anticonstitucional… Mas o comportamento da rapaziada do rolezinho também não foi pacífico e inocente.

      A César o que é de César. Reflexão e bom senso nunca provocaram overdose em ninguém.

       

  7. E se fosse na sua casa?

    Talvez se eles fizerem um rolezinho na casa do Nassif ele venha a entender a natureza dessas liminares.

    Talvez se ele não fingisse que não viu as notícias a respeito da baderna e do quebra-quebra que esse povo aprontou em outros “eventos” dessa natureza ele entenderia que a perturbação da paz é motivo SIM pra bloquear o direito de ir e vir.

    As outras pessoas naquele shopping também têm o direito de ir e vir, e sem se sentirem ameaçadas por um grupo que, ao contrário deles, está fechado com o errado.

     

    Esse papinho de “porca classe média branca” já deu no saco até estourar. É sempre culpa dos outros, né não?

    Viva as instituições que recebem quem é do bem e afastam quem não é.

    De qualquer raça/credo.

    1. rolezinho

      Muito bom. Fechado. Eu também tenho o direito de andar no shopping sem ser importunado por baderneiros. Quem sabe se oa invés de rolezinho fizessem um grupo de estudos, um trabalho em conjunto. Essa conversinha de elites/brancas x desfavorecidos morenos esta esgotada por falta de fundamentação…

       

       

    2. Há um problema nesse
      Há um problema nesse raciocínio: Ninguém pode pagar por um crime que não cometeu.

      Se os jovens criam tumulto e fazem baderna, que sejam retirados do local e devidamente encaminhados POST FACTO. E que as companias de seguro paguem eventuais prejuízos.

      Nem a polícia e nem esse juiz tresloucado tem a tecnologia “minority report” pra prever quem vai e vai praticar crime horas à frente. E qq pessoa barrada na porta do shopping por essa decisão descabida é vítima de PRE-julgamento! E isso nada mais é que preconceito e, sim, racismo muitas vz.

      A classe média não quer conviver com jovens pobres? Que exijam mais distribuição de renda!

      1. Nada a ver. Ninguem está

        Nada a ver. Ninguem está pagamento por crime algum. O Estado pode garantir preventivamente a segurança de qualquer recito, o Estado existe para isso, é sua função, pode barrar a invasão de um local publico ou pribado se há fundados receios de desordem, assim é no mundo inteiro, porisso se faz policiamento de eventos.

         

        1. Receios de desorden fundados
          Receios de desorden fundados em que? Na cor da pele?

          Doutrina Busch aplicada em segurança pública agora?

          Quanto à definição sobre o papel do Estado não vou nem comentar…

    3. “Talvez se eles fizerem um

      “Talvez se eles fizerem um rolezinho na casa do Nassif …”, ou quem sabe em um hospital, ou em um asilo de velhinhos ou no museu do Ipiranga, em uma missa ou em um ato litúrgico outro. 

      Bom, aí todos estaríamos condenando-os.

      Mas não foi isso que aconteceu, foi?

  8. Lá nos anos 80!

    Sobre o assunto do “rolezinho”, me veio à memória os anos de adolescência (85-89), quando uma de minhas diversões era ir à matinê de uma discoteca no Tatuapé (Contra-Mão), que ainda era um bairro de operários, mas que já começava a se tornar bairro de classe média alta. Lembro que tinha uma campanha discriminatória, disfarçada, chamava-se: Hoje feio não entra. Do que se tratava: Pessoas mal vestidas eram barradas. O que era estar mal-vestido? Basicamente era usar camisa da Fila; calça com uma parte da barra costurada com curvina de banco de ônibus, tênis Marathon com cadarço colorido e bombeta. Essa indumentária era do pessoal de periferia, que à época foram denominados de “função”, e que eram discriminados por morarem em bairros como Itaim, São Miguel, São mateus e tutti quantti da Z/L. Já o pessoalzinho New Wave, que usavam camisas e calças coloridas de lojas de Surfistas e tênis iate da OP tudo bem. Vejam que a coisa tem um longo histórico. Sem mais!

  9. Não concordo que seja preconceito…

    Sou esquerdista, mas não consigo ir na “onda” de agir por reflexo e achar que qualquer coisa é preconceito de classes. É importante saber separar o joio do trigo.

    Na boa, era um grupo de MAIS DE TRÊS MIL PESSOAS. Obviamente, há alto potencial de confusão, com altos danos materiais aí. Vocês REALMENTE acham que os shoppings não reagiriam EXATAMENTE do mesmo jeito, se fossem TRÊS MIL playboyzinhos que resolvessem protestar contra a Copa dentro do Shopping?!

    Existe preconceito? Claro que existe. Um negro ou mal-vestido provavelmente receberão muito mais atenção de um segurança em um shopping do que um branco bem arrumado. É muito mais fácil ser parado por uma blitz da polícia se vc for um negro num fusca do que um branco em um carro importado. Mas qualificar a atitude de auto-proteção dos shoppings como manifestação de preconceito de classe, é forçar a barra. E, aparentemente, tá todo mundo engolindo essa versão sem nem ao menos pensar profundamente sobre o assunto.

    O que você faria se você fosse dono de uma pequena franquia de shopping, dependesse daquilo para o seu sustento, e 3 mil jovens (não importa se da periferia, do Leblon ou da PQP!) quisessem fazer uma manifestação dentro do shopping, com alto potencial de confusão e quebra-quebra?!

     

    Cordialmente,

     

    Anderson Brasil

    1. Racismo sim!

      Ai temos o rolezinho barrado.

      Um grupo de adolescentes da periferia se reúne para ir ao cinema no Shopping, não sabem patavina sobre o tal do rolezinho.

      Chegam lá e são escorraçados por serem parte considerados parte do rolezinho.

      Justo? Não. Porque então?

      Porque para as autoridades: ” Todos os gatos são pardos”.

      Racismo sim.

      1. Meu caro Alberto, releia meu

        Meu caro Alberto, releia meu post. Eu deixei bem claro que concordo com a existência de um forte preconceito contra negros e pobres por parte de seguranças, policiais e etc. O que eu critiquei é o fato de todo mundo estar a reclamar da atitude de lojistas de buscar proteção da polícia, com um discurso histérico e exagerado de “a elite não quer os pobres frequentando o mesmo lugares dela”, quando elas são meramente motivadas por auto-proteção.

        O preconceito existe, é óbvio. Mas afirmo que os shoppings agiriam EXATAMENTE do mesmo jeito se fossem mil playboyzinhos que decidissem protestar contra a copa ali dentro.  Essa histeria de culpar os shoppings por querer se proteger, já passou dos limites.

         

        Cordialmente,

         

        Anderson Brasil.

    2. tô contigo

      Anderson, nesta estou contigo.

      Uma turba de jovens descontrolados sempre será uma turba. Sejam pobres, ricos ou remediados.

      A associação das invasões a shoppings com segregação social não esclarece nada e pelo jeito só serve de bucha de canhão para uma militância ávida por assunto. Qualquer psicologia rasteira entende que um grupo elevado de pessoas agindo em massa tende a perder os pudores mínimos de ordem e equilibrio. Há relatos de depredação de patrimônio e atentados à ordem.

      Para alguém ,como eu, que foge de shoppings como o diabo foge da cruz, penso que seria mais o caso de se perguntar : quais os malditos valores desta juventude ? 

    3. Não concordo que seja preconceito…

      Ate que enfim um comentario de alguem com bom senso Anderson Brasil. Nao importa quem fosse.  Nao e a questao raca, cor, status social. O problema e a  quantidade de pessoas reunidas num unico espaco. Bagunca, barulho, atravancando a circulacao. Se voce estivesse la como iria na area de alimentacao?  Seria atendido? Teria onde sentar?

      Quem e a favor dos rolezinhos, por favor sintam-se convidados a irem nesses encontros. Levem a familia e veja se sentirao bem e protegidos.

       

       

       

  10. Quando o “Rolezinho” é contra

    Quando o “Rolezinho” é contra a COPA, contra o Governo Federal – são TODOS BEM VINDOS para quebrar à vontade…

    Mas quando é para entrar no mundo dos BACANAS…

    É bomba de gás lacrimogênio, bala de borracha e multa ou prisão para os organizadores…

    Enquanto existir cavalo, São Jorge não anda a pé…

    Não é mole não!

  11. O Apartheid Petista: avaliando o caráter daqueles que endossam

    O Apartheid Petista: avaliando o caráter daqueles que endossam os rolezinhos

    Ontem, no final da tarde, eu voltava de táxi para casa e passava próximo a um shopping. Foi quando o taxista comentou que havia um amontoado de policiais no Shopping Campo Limpo (longe de onde estávamos), com um aglomerado de jovens funkeiros querendo entrar, e “umas 200 viaturas na frente do shopping” (conforme disse o taxista). Em seguida, o taxista disse: “São todos vagabundos esses que tentam fazer bagunça em shoppings. Isso é um absurdo!”.

    Antes de retornar ao tema, quero mostrar um excelente texto de Guilherme Macalossi, “O Brasil de Ana Clara Santos Souza”:

    Zé Dirceu está na Papuda. Ana Clara Santos Souza está no cemitério Jardim da Paz. Zé Dirceu teve sua vida retratada em livro escrito por Otávio Cabral. Ana Clara Santos Souza foi morta na depredação de um ônibus no Maranhão e não viveu o suficiente para ver um livro contando sua história. Zé Dirceu sofreu ao tomar banho de água fria na cadeia. Ana Clara Santos Souza sofreu ao ter mais de 90% do seu corpo queimado. Zé Dirceu é um mensaleiro condenado. Ana Clara Santos Souza é uma vítima anônima que se juntará a estatística da violência do país que produz 50 mil homicídios por ano.

    Quando Zé Dirceu começou a cumprir sua pena, dezenas de gatos pingados que lhe reverenciam foram à frente da sede da Polícia Federal para louvar o ídolo. Enjaulado, recebeu a atenção das autoridades, todas preocupadas se o impoluto ex-guerrilheiro estava sendo bem tratado. Quando Ana Clara ardeu em chamas, Maria do Rosário estava de férias. Ela não recebeu atenção das autoridades, só a de seus parentes e amigos, desesperados com a sua perda brutal e abrupta. O bisavô da menina, consternado com a notícia, morreu também. Foi vítima do infarto que Genoíno não teve.

    O PT, com sua mentalidade coletivista, diz lutar para que todos sejam iguais. O tratamento dispensado a Ana Clara berra o contrário. A menina de seis anos não tinha o DNA ideológico necessário para ser considerada vítima social. No país onde o peculato e a formação de quadrilha são características dos heróis, só é vítima social quem incendeia ônibus. Ana Clara não é Dirceu. Ana Clara não é Champinha.

    As cenas de grotesca selvageria que ocorrem no Maranhão, estado dominado por um clã de coronéis liderados por José Sarney, mostram que existem dois Brasis. Um deles é o dos companheiros e aliados de ocasião. O outro é o que assiste ao velório de uma criança assassinada.

    Simplesmente, irrepreensível. Por causa da moral relativista, junto ao amontoado de fraudes intelectuais propagadas pela extrema-esquerda ao longo das últimas décadas, perdeu-se, em larga parte de nossa intelectualidade orgânica, a capacidade de julgamento do que é certo e errado. Isso tem levado à bizarrices como a transformação de mensaleiros em heróis, enquanto vítimas pobres da violência urbana são desprezadas.

    Isso também explica a postura moralmente criminosa que os jornalistas petistas tem adotado para descrever os rolezinhos. Para eles, só importam os pobres vândalos, enquanto os pobres decentes são chamados de “elite”.

    Estou exagerando? Então vamos dialogar com Rudá Ricci, que escreveu o texto “O fenômeno do rolezinho: O Occupy da periferia”, publicado no Brasil247. Ricci diz:

    Este ano promete. Promete em desnudar o país para além das imagens plácidas das novelas (não tão plácidas assim, mas sempre tendo como centro nervoso a classe média tradicional ou segmentos mais abastados do Brasil).

    Como já mostrei anteriormente, o truque é típico: chamar a população pobre que frequenta os shoppings populares de “elite”. Tudo, é claro, tem um motivo: fantasiar uma guerra de classes inexistente, que é sempre o pretexto que eles usam para pedir inchaços estatais. Mas eis a verdade: a população que frequenta os shopping populares não pertence aos “segmentos mais abastados do Brasil”. Pertence, ao contrário, à mesma classe que os funkeiros adeptos a baderna.

    Neste momento, surge o fenômeno dos rolezinhos, estas “visitas” de jovens da periferia aos shoppings da periferia (até agora, rolezinho em shopping de classe de consumo A – este novo termo mercadológico – só o MST, como pode ser conferido AQUI ). De São Paulo para o resto do país (ontem, foi a vez do shopping Estação, em BH).

    Aha, pegamos o meliante com a bota na botija. Para tentar dar legitimidade aos “rolezinhos”, Ricci sugere que o movimento agora seja extendido aos shopping mais elitistas. Como sempre, só vemos isso no discurso esquerdista: busca de pretextos. E como não poderia deixar de ser, apresentam o fenômeno do orgulho da vergonha. Se orgulham do MST ter invadido um shopping para atrapalhar as compras de pessoas que só querem ir e vir sem serem atrapalhados por baderneiros e criminosos.

    Como nas manifestações de junho, a PM ataca sem dó, revelando sua vocação para a violência, para identificar no diferente um inimigo da ordem. Esta cultura militar que já está passando a hora de ser extirpada na manutenção da segurança de ações civis.

    Na ótica de Ricci, na presença de vandalos a PM deve dizer “Por gentileza, não invada esta loja!”. Não há como fugirmos desta constatação: eles realmente não tem nenhum pudor em defender situações insustentáveis. Aliás, do jeito que a coisa anda, podemos precisar da ajuda do exército para proteger os shoppings. Seria muito melhor.

    O fato é que o rolezinho já é o fenômeno social mais interessante do início deste 2014. E pode se somar às manifestações do próximo junho. A PM, enfim, vai dando munição para o confronto do ano. Como toda reação violenta e despolitizada, que pensa que jogar a sujeira para debaixo do tapete disfarça os problemas com a mobília da casa.

    De novo, mais um padrão (é por isso que eu digo que investigar textos esquerdistas não passa da busca por padrões de discursos, os quais embutem fraudes típicas). Aqui ele transfere a culpa de “atos de violência” para a polícia, por esta ter reprimido os rolezinhos. Não falta ele dizer que o rolezinho “já é o fenômeno social mais interessante do início deste 2014″. Enquanto isso, o comportamento da extrema-esquerda, mobilizando jovens baderneiros pobres contra cidadãos pobres honestos, também é interessante para ser estudado como fenômeno social. Não passa de mais uma instância da simulação de guerra de classes para a capitalização política.

    Eduardo Guimarães, um dos mais ardorosos promotores de censura por parte do PT, disse, no texto “O direito constitucional de dar um rolé”

    Não pode ser considerado nem como uma pálida sombra de justiça a concessão recente pelo Poder Judiciário de uma liminar que gerou algumas das cenas mais bizarras que estes olhos cansados pela visão de tantos absurdos ao longo da vida já puderam contemplar.

    Na verdade, Guimarães acha bizarro que o Shopping JK Iguatemi tenha conseguido uma limitar impedindo a entrada em suas instalações de “adolescentes desacompanhados”. Essa liminar foi estendida de forma automática a outros shoppings da grande São Paulo e de algumas cidades do interior do Estado.

    Entretanto, Guimarães não percebe o óbvio: os shopping são empresas privadas, e os donos destas empresas podem escolher seus clientes. É por isso que alguém pode montar um sex shop só para mulheres, e não permitir a entrada de homens. A partir do momento em que os rolezinhos transformaram aglomerados de adolescentes em multidões que causam risco a lojistas e compradores, é mais do que justo existir uma liminar protegendo o shopping desses grupos.

    Manifestações violentas têm ocorrido por todo país e este blog tem criticado esse tipo de ação. Contudo, nunca o direito de reunião e manifestação.

    Mais um truque de inversão da realidade. O critério que vale para locais públicos, não é o mesmo que vale para locais privados. Uma loja pode, por exemplo, probir a reunião de mais de 10-15 pessoas por questões de espaço. Atualmente, restaurantes permitem a entrada de pessoas somente de acordo com sua capacidade. Não existe essa de “direito de reunião e manifestação” em empresas privadas. É isso que a mente de Guimarães não consegue assimilar.

    Enquanto alguém não comete vandalismo ou qualquer outro crime, não pode ter sua presença impedida em locais abertos ao público como sói ser um shopping. É inconstitucional. Aliás, fazer uma triagem para permitir o ingresso do cidadão em algum local baseada nos critérios que as fotos acima revelam, é criminoso.

    Segundo o artigo 5º, inciso XVI da Constituição Federal, “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização”.

    Guimarães é tanto desonesto quanto ilógico. Se lesse o artigo 5º, que ele citou, teria visto que as pessoas podem se reunir pacificamente em “locais abertos ao público”. O problema é que o público pode ser selecionado, desde que não existam discriminações como raça, sexo e etnia, de forma injustificada. Assim, o direito dos shoppings poderem proibir a entrada de adolescentes desacompanhados dos pais não viola o artigo 5º.

    “Rolezinho” é uma corruptela do substantivo masculino rolé. Trata-se de uma gíria antiga, que já era usada em São Paulo quando este blogueiro cinquentenário ainda era tão adolescente quanto esses que foram humilhados, discriminados e que tiveram seus direitos de cidadãos violados.

    O direito de um cidadão pobre entrar em um shopping popular simplesmente não existe para Guimarães, o que já nos descreve com clareza sua carta de intenções: ao invés de lutar contra a discriminação, o petista quer usar a simulação de guerra de classes para capitalizar politicamente, nem que para isso precise mentir até dizer chega.

    Ricci e Guimarães, ao elaborarem seus discursos em prol dos rolezinhos, mostram que não se importam com os cidadãos honestos que frequentam shoppings. Assim como Maria do Rosário não se importa com Ana Clara, morta de forma cruel por criminosos que incendiaram um ônibus.

    Há no Brasil um verdadeiro Apartheid Petista, onde pessoas são discriminadas por não terem o DNA ideológico necessário para ser considerada vítima social.

    Devemos explicar para todas essas vítimas sociais como a extrema-esquerda é responsável por criar essa situação. Devemos dizer coisas como: “Cidadão pobre e honesto, você está sendo desprezado por ideólogos petistas, que priorizam os baderneiros dos rolezinhos em detrimento de você. Isso mostra claramente de que lado eles estão. Fique de olho!”. E assim, aos poucos, é nosso trabalho transformar esse Apartheid Petista em algo abjeto, digno de rejeição social.

    A defesa dos rolezinhos, em detrimento dos cidadãos honestos que tem poucas opções de diversão (e os shoppings populares estão entre elas), é um exemplo deste Apartheid Petista, que precisa ser tratado com a assertividade necessária.

    http://lucianoayan.com/2014/01/12/o-apartheid-petista-avaliando-o-carater-daqueles-que-endossam-os-rolezinhos/

     

     

    1. Como um auxílio à formação da sua educação e do seu caráter.

      “Zé Dirceu está na Papuda. Ana Clara Santos Souza está no cemitério Jardim da Paz. Zé Dirceu teve sua vida retratada em livro escrito por Otávio Cabral. Ana Clara Santos Souza foi morta na depredação de um ônibus no Maranhão e não viveu o suficiente para ver um livro contando sua história.”

      Prezado, a menos que você possa afirmar que “Zé Dirceu” tem responsabilidade direta pela morte de Ana Clara, o que está escrito acima tem nome:

      Falácia – Uma falácia é uma espécie de mentira, é um argumento logicamente inconsistente, inválido, ou que falhe de outro modo no suporte eficaz do que pretende provar. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso. Reconhecer as falácias é por vezes difícil.

      1. “Zé Dirceu” tem

        “Zé Dirceu” tem responsabilidade direta pela morte de Ana Clara, o que está escrito acima tem nome:Falácia.”

        Em nenhum momento existe tal afirmação, o argumento é a relativzação da moral.

        “A menina de seis anos não tinha o DNA ideológico necessário para ser considerada vítima social. No país onde o peculato e a formação de quadrilha são características dos heróis, só é vítima social quem incendeia ônibus. Ana Clara não é Dirceu. Ana Clara não é Champinha.”

        1. Mas é não é isso, então?

          Ora, a falácia é justamente tentar associar José Dirceu com a morte da menina, ou com os desabamentos das últimas chuvas, ou com o incêndio da boate Kiss, com o holocausto e sei lá mais o quê.

          1. Sérgio, vai ver o Aliança

            Sérgio, vai ver o Aliança quer que matem o José Dirceu queimado para ficar igual à menina. Ou, sei lá, desisto de entender esse Aliança.

        2. Por falar na prisão do Zé

          Por falar na prisão do Zé Dirceu, ele está preso por que mesmo? Se nem o engavetador gurgel encontrou motivos suficientes para indiciá-lo, a não ser as “provas tênues”, quais são as provas que incriminam Zé Dirceu? O “desvio” de dinheiro da Visanet já se provou que é um embuste.

          Cuidado com essas afirmações, pois há uma série de investigações em curso, que poderão adotar o mesmo “domínio do fato” para os cheirosos e limpinhos, tipo Castelo de Areia, Trensalão, Lista de Furnas, Mensalão do PSDB mineiro (esse sim, com desvio comprovado de dinheiro público), Satiagraha e outros que a memória me escapa.

    2. “Devemos explicar para todas

      “Devemos explicar para todas essas vítimas sociais como a extrema-esquerda é responsável por criar essa situação.”(aliancaliberal)

      – Bom mesmo era quando o apartheid social nas décadas de 80 e 90 não necessitava ser escancarado. No séc. XXI veio o Lula e ai adeus a máscara da filhadaputice hipócrita.

      1. “Há no Brasil um verdadeiro

        “Há no Brasil um verdadeiro Apartheid Petista, onde pessoas são discriminadas por não terem o DNA ideológico necessário para ser considerada vítima social.

        Devemos explicar para todas essas vítimas sociais como a extrema-esquerda é responsável por criar essa situação. Devemos dizer coisas como: “Cidadão pobre e honesto, você está sendo desprezado por ideólogos petistas, que priorizam os baderneiros dos rolezinhos em detrimento de você. Isso mostra claramente de que lado eles estão. Fique de olho!”. E assim, aos poucos, é nosso trabalho transformar esse Apartheid Petista em algo abjeto, digno de rejeição social.

        A defesa dos rolezinhos, em detrimento dos cidadãos honestos que tem poucas opções de diversão (e os shoppings populares estão entre elas), é um exemplo deste Apartheid Petista, que precisa ser tratado com a assertividade necessária.”

  12. Sakamoto e os rolezinhos OU Mais uma evidência

    Sakamoto e os rolezinhos OU Mais uma evidência de que a extrema-esquerda odeia os pobres honestos

    Para estudar a mente de extrema-esquerda, eu gosto de sites como Brasil247, Portal Vermelho e outros. Mas, em termos de observar o comportamento individual de alguns intelectuais orgânicos, o melhor espécime para estudo é Leonardo Sakamoto. Famoso por sua tese de que vítimas de assaltos devem ser punidas por ostentação (ao invés do criminoso em si), Sakamoto é o mais completo marxista da mídia para nossas análises.

    Ele possui todos os requisitos de um marxista fundamentalista: completo desrespeito à lógica, manipulação dos desfavorecidos em prol de pedidos de inchaço estatal, estímulo a guerras de classe, divulgação da inveja como uma das grandes virtudes, apreço por meliantes e daí por diante. Em suma, esse é um espécime que vem pronto para estudo de como funciona a mente da extrema-esquerda. (Tanto que a Carta Capital, hoje em dia, é um antro de moderação perto de conteúdo produzido por gente como Sakamoto)

    Seu texto “Rolezinho: os shopping centers oferecem aos paulistanos realidade virtual” é mais um exemplo de sua mentalidade, onde ele nos mostra uma faceta inerente à esquerda caviar: Sakamoto divide os pobres em duas classes: os meliantes (ou adeptos de baderna, no mínimo) e os decentes. Ele cria uma retórica na qual demonstra seu profundo desrespeito pelos últimos, junto a um endeusamento dos primeiros.

    Duvida? Então façamos um teste citando alguns pontos bizarros do conteúdo produzido por ele.

    Comecemos:

    “Tem de proibir esse tipo de maloqueiro de entrar num lugar como este.” A frase – registrada pela sempre presente Laura Capriglione, para a Folha de S. Paulo – é de uma frequentadora do Shopping Internacional de Guarulhos, revoltada com a chegada de centenas de jovens pobres que marcaram, via redes sociais, de se divertirem por lá no último sábado (14).

    Sakamoto esconde frases fundamentais proferidas pelos vândalos do “rolezinho” no shopping de Guarulhos. Exemplo: “Eita porra que cheiro de maconha […] “os moleque (sic)” das zonas sul, norte, oeste, leste, da Baixada Santista e do interior “gosta mais do que de lasanha”.

    Mas pelo que Sakamoto diz a revolta dos usuários do Shopping Guarulhos com os baderneiros era uma guerra de classes: a “elite” contra os pobres. Mas pela omissão da frase acima, podemos ver que a realidade é completamente diferente. O Shopping Guarulhos é um shopping do povão, assim como os shoppings Center Norte ou Itaquera. Não são “shoppings da elite”.

    Sem saber a classe social dos baderneiros (e, pelo que Sakamoto diz, está do lado deles, e como ele é da esquerda caviar, dificilmente podemos dizer que ele está em situação social pior do que o da maioria dos frequentadores do Shopping Guarulhos), podemos muito bem supor que temos pobres honestos manifestando sua preocupação com o fato de que uma de suas poucas diversões (ir ao shopping) se tornou inviável por causa do uso destes lugares como centro de baderna. Como se vê, Sakamoto já mostra sua carta de intenções: ele está contra os pobres honestos que querem frequentar o shopping com segurança.

    Considerando que eles não roubaram nada, por que 23 deles foram detidos? Cor de pele? Trajes inadequados? Falta de comprovante de renda? Gosto musical? Se um princípio de arrastão ocorreu, como dizem algumas testemunhas, por que o shopping soltou uma nota afirmando que nada foi roubado?

    Truques múltiplos. Uau!

    Segundo a lei de Sakamoto, alguém só pode ser detido agora por roubo. O problema é que vandalismo em propriedades privadas (e o shopping é uma propriedade privada) é também um crime passível de prisão. Por exemplo, os recentes torcedores que agrediram várias pessoas e foram presos também “não roubaram nada”. Assim, o argumento de Sakamoto vai pelo ralo.

    Em seguida, ele elabora teses para a prisão dos vândalos: “Cor de pele? Trajes inadequados? Falta de comprovante de renda? Gosto musical?”. Para elaborar suas teses, ele parece nos querer dizer que “se não foi por roubo registrado, então é por esses motivos de discriminação”. Parece piada mas não é.

    Não precisa ser sociólogo para perceber que a molecada que marca esses encontros quer, acima de tudo, reafirmar sua existência. E mesmo alguns tumultos que possam causar têm a ver com isso.

    Espere aí. Antes ele disse que “se não roubou, não pode ser preso”, mas daí ele fala em “alguns tumultos que [a turma dos rolezinhos] possam causar”. Será que ele quer dizer que tumultos em propriedade privada alheia não podem mais ser punidos? É, desde o começo eu previ que ia ser fácil achar os buracos lógicos nesse queijo suíço argumentativo de Sakamoto…

    Os shoppings centers oferecem aos paulistanos realidade virtual. Meus amigos de Alphaville, ao criticarem os condomínios fechados em que cresceram, chamam esse tipo de estrutura de “bolhas”. Um ambiente agradável, asséptico, sem pobreza, dor ou feiúra, com temperatura estável e luz na quantidade certa para possibilitar aquilo que fazemos de melhor: comprar.

    Fico imaginando o nível da garotada de Alphaville que ele conhece e diz criticar os condomínios fechados. A vida em condomínios fechados é a possibilidade de uma vida mais segura que os pais dão aos seus filhos. Mas, para Sakamoto, esses filhos devem criticar essa segurança recebida. Podemos apostar que são jovens doutrinados por professor marxista. Será que são alunos de Sakamoto?

    Mas há um outro truque embutido  no discurso sacal acima. Segundo ele, se em alguns shoppings mais elitistas não se vê pessoas pobres ou “feiúra”, então todos os shopping centers são assim. Claro que ele não apresenta uma evidência sequer para esta tese. Mas, na verdade, basta fazermos uma pesquisa salarial nos shoppings invadidos pela turma dos “rolezinhos” para ver que a maioria dos frequentadores dos centros mais populares são… pobres.

    E melhor de tudo é a sensação de falsa segurança, no estilo “me engana que eu gosto”. Shoppings oferecem a garantia de que nada vai acontecer com você se estiver lá dentro. Da mesma forma que cercas eletrificadas mentem sobre a proteção de casas, que carros blindados mentem sobre a proteção de famílias, que a presença de uma arma de fogo mente quando promete afastar qualquer risco real.

    Mesmo nos shopping centers mais populares, realmente existe essa expectativa de mais segurança. Eis a pergunta: isso é um crime moral por qual motivo? No mundo bizarro de Sakamoto, buscar segurança é imoral.

    Há um truque que ele embute em uma rotina que podemos chamar de “Não adianta se proteger do crime em condomínios ou carros blindados, pois um dia o povão vai invadir”. Na verdade, esse raciocínio é mais falso que sorriso de político.

    O fato é que todos os criminosos violentos profissionais, sejam eles estupradores ou assaltantes, vão buscar as oportunidades mais fáceis de crime. Logo, entre alguém que possui um carro blindado e alguém que não possui, a preferência do assaltante é pelo último, na maioria dos casos. Invadir um condomínio fechado, com alta segurança, também é muito mais arriscado. Em suma, quem pode investir mais em segurança, reduz suas chances de ser vítima de um crime violento.

    Talvez ele queira nos introduzir à uma lógica de que “se algo reduz o risco mas não o elimina”, então não serve. Mas se ele disser isso em qualquer reunião de gestão de riscos de projeto, toma uma expulsão de sala com tanta ridicularização que no mínimo ficará traumatizado por um bom tempo. No mundo corporativo, se alguém disser que “não adianta reduzir a chance de um risco, pois um risco não estará definitivamente eliminado” é motivo de piada. Talvez por nunca ter buscado ver o mundo real como ele é, Sakamoto ainda ache que fraudes intelectuais desse tipo impressionem alguém. Talvez ele engane seus alunos e leitores…

    Mais um ponto que ele se esquece: já que Sakamoto sempre gosta de defender criminosos, devia se lembrar que, cada vez mais, são os pobres as vítimas preferenciais dos bandidos violentos. Motivo: os mais pobres tem menos condições de investir em segurança. E são esses pobres que enquanto não podem investir em segurança, ainda são obrigados, na lógica do marxistinha, a tolerar o vandalismo em shopping centers.

    Enquanto parte de nós aproveitam uma vidinha “segura” dentro de bons shoppings, clubes, restaurantes, boates e residenciais, outros penam para sobreviver e serem reconhecidos como gente. Deixa um escravo tentar ir fazer o que os cidadãos fazem na ágora para ver o que acontece, deixa.

    Olhem a lógica do infeliz. O cidadão pobre, que vive lutando para sobreviver, não é parte daqueles que “penam para sobreviver e serem reconhecidos como gente”. Por que? Por que pensa em viver com alguma (geralmente pouca) segurança. Na ótica de Sakamoto, o único “pobre” que merece respeito é o que não respeita a propriedade dos outros e não dá a mínima para as leis. Mas os pobres que seguem as leis, e buscam um pouco de segurança em shoppings populares… agora se tornaram vilões. Eis a inversão da lógica.

    E para piorar tudo, nós, jornalistas ajudamos a espalhar o pânico e o terror, construindo discursos para segregar ainda mais as “classes violentas” do restante dos “cidadãos de bem”. Será que os colegas não percebem o que estão fazendo? Que parte de nosso medo idiota, embutido por uma sobreposição de discursos inflamados, visa nada menos do que a mais audiência?

    Como sempre, a vagueza intencional impera no discurso de Sakamoto. Quais os discursos que “ajudam a espalhar o pânico e o terror”? Será, por exemplo, divulgar uma notícia dizendo que ocorreu princípio de arrastão no Shopping Guarulhos? Ou mostrar um vídeo da correria gerada pelos baderneiros no shopping, assustando boa parte dos frequentadores pacíficos do local? Mas se o comportamento de intimidação criado no shopping por vândalos é inflamado, por que a reação de cidadãos comuns ao evento também não pode ser inflamada? A falta de coerência campeia solta no texto sakamotiano.

    O que é extremamente complicado porque o Brasil é composto majoritariamente por essa “gentinha pobre que nunca sabe como se portar em determinados ambientes”.

    Mas se for assim, será que Sakamoto tem uma pesquisa dizendo qual a opinião dos frequentadores pobres do Shopping Guarulhos? Será que a maioria deles apoia o pessoal que “não sabe se portar em determinados lugares”? Não, ele não tem isso. Ele de novo jogou para a galera, mesmo sabendo que fala por uma maioria que não existe. A maioria do povo pobre quer viver uma vida decente, sem importunar os outros, assim como é a maioria das pessoas de qualquer classe social. Aqueles que vandalizam e quebram a lei são a minoria. Não adianta defender estes últimos e fingir que todos os outros são “a elite”. Na verdade, ao contrário do que Sakamoto prega, um pobre tem a mesma capacidade de ser honesto e respeitador da propriedade privada alheia, além de ter respeito pelo próximo, que as demais pessoas.

    Para piorar, estamos deixando muito claro aos mais jovens que eles não valem pelo que são, mas pelo que têm. Ou almejam. E ostentam.

    Er, alguém avisou para esse aí que ele ouviu o galo cantar mas não sabe onde? A maioria dos jovens que frequenta os “rolezinhos” gostam de uma cultura de ostentação, na qual podem comprar (ou roubar) sapatos de boa marca e roupas que farão sucesso com as garotas. Se Sakamoto um dia acordar de seu sonho delirante, verá que no mundo real os pobres honestos (que odeiam baderna em shopping) ostentam muito menos que os baderneiros dos “rolezinhos”.

    Do lado de cá, estou torcendo para a molecada cutucar os “cidadãos de bem” com outros “rolezinhos” pacíficos. Quem sabe, mais dia, menos dia, a bolha estoura?

    Que na escolha entre pobres honestos e pobres meliantes, Sakamoto torce pelos últimos, quanto a isso não temos a menor dúvida. Ele próprio confessou. Eu prefiro torcer pelos primeiros. Na verdade, pessoas honestas, seja de qual classe for, merecem preferência em detrimento de desonestos, anti-éticos, criminosos e vândalos. Mas como Sakamoto é um trotskista, e eu sou anti-trotskista, entendo que eu e ele estamos de lados opostos.

    Ademais, a tal “bolha” não vai estourar. Cada vez mais os ricos investirão em segurança, e cada vez mais os pobres serão mais vulneráveis aos criminosos que Sakamoto apóia. E os tais “rolezinhos” são considerados pacíficos só se for por Sakamoto e seus alunos, pois no link que postei (segue de novo), os cidadãos humildes que frequentam o shopping acham exatamente o oposto.

    Creio que não dá mais para dourar a pílula: podemos dizer que existe de fato uma luta de classes, mas é entre cidadãos que valorizam a honestidade e os que valorizam a invasão de propriedades, o quebra-quebra e o crime. E, nesta escolha, os pobres honestos são os mais prejudicados.

    Nota-se que na luta por inchar o estado, a extrema-esquerda fará tudo que puder para transformar a vida dos pobres honestos em um verdadeiro inferno. Agora, Sakamoto estabeleceu como sua prioridade transformar os shoppings populares um ambiente de intimidação e violência tribal.

    E o que o um estudioso da dinâmica social por trás do comportamento esquerdista pode dizer. Simples: por que eu não estou surpreso?

    http://lucianoayan.com/2013/12/19/sakamoto-e-os-rolezinhos-ou-mais-uma-evidencia-de-que-a-extrema-esquerda-odeia-os-pobres-honestos/

      1. Isto me lembra…

        A pergunta de vestibular sobre o “Vale do Paraíba”.

        Questão de Prova de Vestibular no RJ (Universidade Gama Filho)

        Questão: “Faça uma análise sobre a importância do Vale do Paraíba.”

        Resposta do candidato:
        “O Vale do Paraíba é de suma importância, pois, não podemos discriminar esses importantes cidadãos. Já que existem o vale-transporte e o vale do idoso, por que não existir também o Vale do Paraíba??!!! Além disso, sabemos que os Paraíba, de um modo geral, trabalham em obras ou portarias de edifícios e ganham pouco. Então, o dinheiro que entra no meio do mês é o que vale, é muito importante para ele equilibrar sua economia familiar.”

    1. Quem diria!

      Nunca poderia imaginar que o Daniel Dantas e seu jornalista, Leonardo Attuch, fossem de extrema-esquerda: é deles o Brasil 247. Agradeço à Aliança Liberal por essa espantosa (para mim) revelação. Vivendo e aprendendo.

  13. A cidade, seus donos e seus sistemas extrajudiciais.

    Prezados e prezadas,

    No museu de velhas novidades da sociedade brasileira estão as manifestações da elite e seus associados aos movimentos e tensões sociais criadas pelo sistema que, justamente, lhes privilegia sob o signo da desigualdade.

    Ontem, sobre este mesmo tema (Apartheid a brasileira? por Wagner Iglecias e Rafael Alcadipani) eu adotei um percepção geográfica da cidade e seus despertencidos.

    Vamos passear um pouco pela lógica dos donos da cidade que defendem seu espaço vital, como chamavam os alemães adeptos da doutrina nacional-socialista, lebensraum.

    A ideia de ir e vir como um direito universal é recente, e evoluiu desde as concepções primitivas e sociais da Antiguidade, passando pela precariedade das estruturas feudais até a modernidade e a pós-modernidade, atingindo seu estágio atual de contemporaneidade.

    De certa forma, historicamente, a liberdade de transitar sempre esteve subordinada a uma condição social ou econômica.

    Por óbvio, certos estratos sociais nunca gozaram de livre acesso e mobilidade nos territórios onde residiam.

    Porém, ainda hoje a essência deste direito (ir e vir) parece (re)condicionada não só a aspectos sócio-econômicos, mas a outras condicionalidades que servem ao aparato capitalista atual.

    Neste sentido, a idealização do direito de ir e vir sempre, sob a égide das declarações universais de direitos, sempre estiveram pressionadas pelos interesses das classes dominantes.

    Com o advento do capitalismo, e a disseminação das noções iniciais de liberdade, igualdade e fraternidade, as classes dominantes se empenharam em buscar uma forma de manter o controle sobre a movimentação das gentes dentro e fora das fronteiras dos Estados Nacionais, sem as características anteriores, ou seja: não era mais possível separar nobres e plebeus, patrões e empregados, com as mesmas justificativas ideológicas de antes: origem, posse de terras, etc.

    Mas a medida que os sistemas políticos de representação amadureciam, e incorporavam as demandas e as classes despossuídas, ficava mais evidente a impossiblidade de um controle explícito do trânsito das gentes sem que conflitos extremos explodissem, e por outro lado, ficava muito mais explícito que em um sistema que propagava desigualdades de forma cruel e exponencial, este controle era vital para a sobreviência daquele sistema em si.

    É claro que todos estes controles e descontroles fluíam no ritmo da luta de classes e a na luta pela forma de ocupação dos territórios urbanos.

    Uma elaborada estrutura de controle, classificação, vigilância e punição assumiu sua forma, e Foucault já nos desvendou quase tudo neste sentido (psquiatria e sistema penal).

    No entanto, Foucault se debruçou de maneira preferencial sobre as manifestações estatais de controle e suas repercussões na sociedade.

    Mas nem ele, nem ninguém imaginaria que o sistema capitalista levado as suas últimas consequências, onde as formas de convívio e as relações sociais sofrem mutações e alterações como resultado do frenêsi dos fluxos de capitais, e das acumulações adjacentes, neessitaria de subsistemas de controle cada vez mais diluídos e integrados ao modus vivendi.

    As novas tecnologias, como as que possibilitam comportamentos em rede, montadas em paradoxos permanentes, onde as pessoas estão conectadas mas distantes entre si, e onde as barreiras são simbólicas (de classe) e físicas (geográficas) reforçam a demanda do capital e dos donos das cidades a aumentarem a vigilância, mas antes de tudo, a classificação do outro.

    É isto que ocorre nos movimentos que se reúnem nos shoppings centers, ou os templos da cidadania condicional.

    Estes espaços são a reificação deste sistema de regras extrajudiciais de conduta, com “leis” próprias, milícias de vigilância (segurança), organização do território, etiquetas e uma subcultura própria.

    Mas como manter intacta a lógica do consumo como símbolo de democracia e cidadania, rejeitando pessoas por características específicas, mas de definições sempre autoritárias, aleatórias e pior, sempre imprevisíveis?

    Ora, outra vez aqui a escolha é clara:

    Pelos que possam representar mais consumo que outros, isto é, uma clivagem permanente de classe.

    Mesmo que todos aqueles jovens e seus familiares, quando colocados de forma isolada, possam manter sua relação de consumo com o shopping, e certamente se não fizeram, poderão fazê-lo em breve, sendo este consumo razão de existir do espaço proibido as manifestações coletivas destes indivíduos, os donos da cidade e destes espaços imaginam que devem manter a exclusão como regra a estas pessoas, e por que?

    Porque a estas pessoas não basta consumir ou ter potencial para tanto, mas é necessário se submeterem as imposições extrajudiciais deste espaço, ou seja, um “bom comportamento”.

    E assim as elites e os donos da cidade vão construindo suas castas informais, onde o domínio do comportamento se materializa como método eficiente de controle ambulatório.

    Não há na lei máxima deste país, sob nenhum aspecto, restrição qualquer a que grupos se reúnam para andar em shoppings centers.

    A aquisição de espaços privados não traz como brinde o poder de legislar.

    Deixo a lição de Chico Science e Nação Zumbi:

     

    A cidade

    O Sol nasce e ilumina as pedras evoluídas,
    Que cresceram com a força de pedreiros suicidas.
    Cavaleiros circulam vigiando as pessoas,
    Não importa se são ruins, nem importa se são boas.

    E a cidade se apresenta centro das ambições,
    Para mendigos ou ricos, e outras armações.
    Coletivos, automóveis, motos e metrôs,
    Trabalhadores, patrões, policiais, camelôs.

    A cidade não pára, a cidade só cresce
    O de cima sobe e o debaixo desce.
    A cidade não pára, a cidade só cresce
    O de cima sobe e o debaixo desce.

    A cidade se encontra prostituída,
    Por aqueles que a usaram em busca de saída.
    Ilusora de pessoas e outros lugares,
    A cidade e sua fama vai além dos mares.

    No meio da esperteza internacional,
    A cidade até que não está tão mal.
    E a situação sempre mais ou menos,
    Sempre uns com mais e outros com menos.

    A cidade não pára, a cidade só cresce
    O de cima sobe e o debaixo desce.
    A cidade não pára, a cidade só cresce
    O de cima sobe e o debaixo desce.

    Eu vou fazer uma embolada, um samba, um maracatu
    Tudo bem envenenado, bom pra mim e bom pra tú.
    Pra gente sair da lama e enfrentar os urubus. (haha)
    Eu vou fazer uma embolada, um samba, um maracatu
    Tudo bem envenenado, bom pra mim e bom pra tú.
    Pra gente sair da lama e enfrentar os urubus. (ê)

    Num dia de Sol, Recife acordou
    Com a mesma fedentina do dia anterior.

    A cidade não pára, a cidade só cresce
    O de cima sobe e o debaixo desce.
    A cidade não pára, a cidade só cresce
    O de cima sobe e o debaixo desce.

    Link: http://www.vagalume.com.br/chico-science-nacao-zumbi/a-cidade.html#ixzz2qIU9n3nw

    Ricos gritando e correndo é sinônimo de excentricidade ou arroubo juvenil, pobre fazendo o mesmo é vandalismo e crime.

  14. O direito de ir e vir não é

    O direito de ir e vir não é constitucional?

    Adoraria que alguém recorresse desta decisão da justiça paulista DIRETO para o STF (há precedentes cangurus) em dia de plantão do Joaquim Barbosa. Adoraria vê-lo entre a cruz ( a discriminação que resvala no racial) e a espada (a classe média que discrimina e o idolatra).

    Seria uma decisão histórica, qualquer que fosse.

    1. Direito de ir e vir em lugar

      Direito de ir e vir em lugar privado não existe.

      Pq não abre sua casa para os rolezinhos?

      Agora, as bibliotecas estão sempre abertas. Por que não visitá-las?

      1. Santa ignorância Batman!

        Meu caro Joãozinho 30, leia o artigo 5º, inciso XVI da Constituição Federal, “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização”.

         

        Foi por isso mesmo que Nassif  escreveu: ” Shoppings são locais privados abertos ao público. Portanto, não devem em hipótese alguma discriminar quem irá ou não adentrar em suas dependências. Quem adentra a um Shopping não pode ser obrigado a consumir, nem deve ser colocado para fora porque resolveu passear com os amigos pelo local. Mas não foi isto o que ocorreu.”

         

        Captou agora?

        1. Shoppings, supermercados,

          Shoppings, supermercados, hospitais, escolas, estadios, casas de shows, restaurantes,  são abertos ao publico MAS TEM REGRAS DE USO estabelecidas pelos proprietarios, não se entra de qualquer jeito como bem entender, isso no Brasil, na França, na Russia, na China, em Cuba e em qualquer lugar CIVILIZADO do planeta.

    2. Este assunto NÃO TEM

      Este assunto NÃO TEM ABSOLUTAMENTE NADA  a ver com direito de ir e vir. Se o vizinho quer entrar na sua casa sem voce querer, ele não pode invocar o direito de ir e vir.

  15. Rolézinho

    Não me interessa a raça seja de quem for. “Rolézinho” é baderna.
    Não era pra tanto a ação, mas não eram exemplos de comportamento que estavam por ali.

    E desnecessário sempre que acontece isso já se classifique como racismo.

    Tenho amigos negro educados e brancos mal educados. Os primeiros são bem vindos em minha casa.

     

    Quanta babaquice escrita!

  16. O Shopping é como um clube,

    O Shopping é como um clube, em que adentra quem comprou o título e segue as regras.

    Evidente que o título é o poder de consumo. Obedecer as regras é não correr pelos corredores, depredando e saqueando, por exemplo.

    Os frequentadores titulares têm o direito de não serem perturbados em seu momento de lazer.

    Essas pobres almas que, sem sutileza de espírito, acham “da hora” perturbar os consumidores em shoppings, seguem impulsos humanos muito naturais, como a inveja.

    A inveja pode ser boa, quando te estimula a trabalhar e alcançar  status.

    Mas há a inveja ruim, aquela que só sabe produzir rolezinhos.

    1. Estatuto

      O Ulderico confundiu shopping com gafieira.

      Estatuto de gafieira

      Moço
      Olha o vexame
      O ambiente exige respeito
      Pelos estatutos
      Da nossa gafieira
      Dance a noite inteira
      Mas dance direito
      Aliás
      Pelo artigo 120
      O distinto que fizer o seguinte:
      Subir na parede
      Dançar de pé pro ar
      Debruçar-se na bebida sem querer pagar
      Abusar da umbigada
      De maneira folgazã
      Prejudicando hoje
      O bom crioulo de amanhã
      Será distintamente censurado
      Se balançar o corpo
      Vai pra mão do delegado
      Ta bem, moço?
      Olha o vexame, moço!

        1. Nao é nao. 1 shopping é aberto ao público

          É só o que faltava inverter as coisas desse modo. Shopping nao é clube nem boate, é aberto ao público em geral. 

          1. Vamos desenhar com a titia…

            Local aberto ao público não foi legalmente definido para a realização das manifestações. O Congresso Nacional e os hospitais são aberto ao público, pode-se convocar uma manifestação para os seus interiores? Só na turma dos tais juízes para a democracia pode surgir uma aberração que considere a turba em ação como manifestação ou considerar a possibilidade de manifestação no interior de locais privados, igualando-os aos logradouros públicos…

            Outra: a CF exige comunicação prévia às autoridades para a realização de uma manifestação e veta o anonimato, então não existe manifestação legal nesse caso, afinal quem foram os seus organizadores e a quem comunicaram?

          2. Deixa de falácia. Nem o Congresso nem hospitais sao abertos livr

            Eles têm algumas áresas abertas, mas nao sao lugares abertos em geral. E mesmo assim ocorrem manifestações no Congresso… 

  17. Abelhinhas

    O problema são os excessos, os manifestantes estão filmando tudo, a polícia que intervem deve também fazer o mesmo, usando as abelhinhas, câmeras portáteis presas ao uniforme que gravam som e vídeo.

    Assim evitam-se excessos e os culpados por estes serão devidamente processados nos termos da Lei.

    O direito de manifestação é previsto na Constituição e deve ser respeitado, inclusive na suas assimetrias.

    1. Das poucas exigências…

      …para a realização de uma manifestação existe a comunicação anterior ao evento às autoridades. Os organizadores do rolezinho se identificaram, visto que é vedado o anonimato, e comunicaram a “manifestação” com anterioridade?

      Outra: apesar da constituição dizer local aberto ao público não confundam uma rua ou uma praça com o interior ou o estacionamento de um shopping center.

      Para parvoíces será sempre com rima

      Embora a lei não defina

      o que seja local aberto

      não é por ser grã-fina

      que deva aturar o esperto

      Um evangélico fundamentalista

      por mais que  seja altruísta

      pode invadir a catedral da Sé

      ou o terreiro de candomblé

      para salvar a alma

      mesmo de maneira calma

      de quem tem outra fé?

       

       

  18. O engraçado é que essa galera

    O engraçado é que essa galera com funk e merda na cabeça não faz rolezinhos em bibliotecas, em museus, em centros culturais, em hospitais, nos orfanatos,….

    A minha mãe nos finais de semana sempre fazia um rolezinho nos hospitais para confortar e animar os doentes, mesmo sendo desconhecidos…

  19. Para a oposição está ótimo

    Para a oposição está ótimo com esses rolezinhos, quanto mais vandalismo desenfreado melhor, principalmente se ocorrer nos estádios na Copa. 

     

        1. Direito de ir e vir é uma coisa…

          …é entrar ou passar por um local agindo da mesma maneira de todos ao seu redor ou se você entrar esbravejando num ônibus não será convidada pelo motorista a descer?

          Protesto, mas qual protesto? Qual é a reivindicação? Entrar no lugar onde estão?

           

          1. De onde estao sendo expulsos…

            E nemhum motorista tem direito de expulsar ninguém do ônibus por estar esbravejando, sua comparação é inválida. 

            E chega, tá? Sua má fé e sua falta de lógica cansam, e seu reacionarismo dá engulhos. 

          2. Titia não anda de ônibus…

            …se um passageiro não apresentar bom comportamento na viagem, não prejudicar a tranquilidade e o conforto dos demais é dever de quem embarca, pode sim ser retirado do veículo. Você não sabia? Consulte a ANTT…

          3. Claro que tem esse direito,

            Claro que tem esse direito, assim como alguem que entra berrando em um avião, ninguem é autorizado a perturbar a ordem, que é o conjunto dos direitos de terceiros prejudicados pelo desordeiro.

            O Prefeito Fernando Haddad acaba de promulgar legislação proibindo idiotas de passarem pela rua com som alto do carro

            pertubando o sossego dos outros, o carro é dele mas o ouvido é dos outros.

            Ninguem pode fazer o quelhe dá na telha SE PREJUDICA OUTROS, tanto faz ser ditadura como democracia.

  20. Rico branco e canalha… você é o grande ladrão!!!

    A periferia tem o direito de ir no shopping, sim!

    Os grã-fino racista e o lixo-branco que lê revista veja tem de aceitar que pobre e preto é ser-humano e tem os mesmos direitos que a “elite”.

  21. A periferia tem direito de ir ao shopping…

    …mas não para agir como uma horda de vândalos…

    … se os vândalos não fossem germânicos imagino o que a turma do politicamente correto diria…

     

    1. Não consta que tenha sido

      Não consta que tenha sido registrado nenhum ato de vandalismo (Houaiss: “ato ou efeito de produzir estrago ou destruição de monumentos ou quaisquer bens públicos ou particulares, de atacar coisas belas ou valiosas, com o propósito de arruiná-las”). Como tampouco brigas ou mesmo desordem: logo, também é inadequado o termo horda (idem: “bando indisciplinado, malfazejo, que provoca desordem, brigas etc.”). A não ser que v. considere que o simples fato de um grupo de jovens pretos da periferia irem dar um rolé num shopping seja destrutivo (de quê?) e os transforme numa pejorativa horda. Suas poucas palavras estão carregadas de desprezo. Que coisa feia!

      1. O garoto que protege o boné…

        …não me parece ser um dos ricos, brancos e canalhas… então não é uma horda de vândalos é um bonde… Se bem que para o Aulete qualquer funkeiro, hip hopeiro, rapeiro, etc. é um vândalo… afinal comentem diariamente atos funestos contras as artes e a civilização…

        [video:http://www.youtube.com/watch?v=H-gf8RG7ja0%5D

        1. Preconceituoso e mentiroso

          Coisa duplamente feia, Rebola. Além de preconceituoso, é mentiroso.

          Do Aulete:

          (fun.quei.ro, fun.kei.ro)

          a.

          1. Que toca funk, frequenta bailes funk ou que gosta desse ritmo musical (vizinho funqueiro)

          sm.

          2. Pessoa que gosta de funk ou que frequenta bailes com esse ritmo musical

          [F.: funk + -eiro.]

          Read more: http://aulete.uol.com.br/funqueiro#ixzz2qK9lJXs7

           

          Hip-hopeiro não tem. Mas tem hip-hop:

          (Ing./ ríp-rop/)

          sm2n.

          1. Movimento cultural urbano originário dos Estados Unidos, típico da juventude pobre, e que se expressa em certos formatos musicais (p.ex: rap) e de artes plásticas (p. ex.: grafite).

          Read more: http://aulete.uol.com.br/hiphop#ixzz2qKACmed6

           

          Rapeiro também não tem. Mas tem rapper:

          (Ing./réper/)

          s2g.

          1. Mús. Cantor(a) ou compositor(a) de rap

          [Pl.: rappers.]

          Read more: http://aulete.uol.com.br/rapper#ixzz2qKAMz3TM

          E rap:

          (Ing. /rép/)

          sm.

          1. Mús. Gênero de música popular, com ritmo bem marcado e letra recitada pelo vocalista, no ritmo da música.

          Read more: http://aulete.uol.com.br/rap#ixzz2qKAYW2iz

           

          Nenhuma alusão ao vandalismo. Mentira, ainda mais na era online, tem pernas curtas.

           

          1. Não sei se o uso o kkkkkkkkkkk


            Uma das definições do Aulete para vândalo é: aquele que comete atos funestos contra às artes, às ciências e à civilização.

            Cá prá nós, existe ato mais funesto contra as artes e a civilização que espalhar resíduos tóxicos como o funk, o rap e o hip hop?

            Funqueiro, rapeiro e hiphopeiro é como chamo estas turmas… são neologismo toscos, pois não merecem dicionarização.

      2. P/ os reaças, pobres sao culpados a priori…

        Nao precisam de fazer nada, nenhum ato imprõprio. O fato de estarem lá, e em grande número, já é uma ofensa em si mesma, um crime. Onde já se viu essa gente nao saber o seu lugar? (ironia on, por favor, antes que acreditem que eu sou a Rebolla 2). 

        1. Vou desenhar de novo…

          Se ele fossem fazer o mesmo que qualquer outro idiota frequentador de shopping faz: olhar vitrines, ir ao cinema, comer gororoba na praça de alimentação e outras coisas semelhantes ninguém estaria falando nada. Porém não é isso que ocorre eles vão para tumultuar, o objetivo do rolezinho é como mijar para demarcar território.

          É uma forma do “excluído afirma a sua cidadania”, na novilíngua esquerdista, ou baderna mesmo na língua normal…

          1. Ninguém pode ser obrigado ou proibido de nada sem ser por lei

            Eles nao sao obrigados a fazer nada disso, e podem andar nos shoppings como qualquer um independentemente disso. Nao se pode julgar a priori que farao atos ilícitos, e nada do que fizeram foi ilícito. Se neste país a lei fosse igual para todos, e valesse de verdade, os donos dos shoppings é que poderiam ser processados. 

          2. A titia fumou coisa mofada…

            …onde foi que eu disse algo sobre a proibição da entrada de quem quer que seja em algum lugar, até agora apenas falei sobre o comportamento lá dentro.

      3. Não foi registrada? Os

        Não foi registrada? Os clientes pafificos saem correndo, todo mundo foge do shopping, vc acha bacana?

        Como os donos de lojas vão pagar os funcionarios, que tambem são pobres, se não tem clientes porque foram espantados

        pela horda, palavra corretissima, um grupo ameaçador de milhares é o que?

  22. Vai rolar mais rolês

    A restrição dos shoppings em relação a quem pode entrar no estabelecimento ou não só motivou os jovens a marcarem mais encontros

    Por Ivan Longo

    Policial intimida participantes do "rolezinho" no Shopping Metrô Itaquera (Foto: Bruno Polett /Folhapress)

    Policial intimida participantes do “rolezinho” no Shopping Metrô Itaquera (Foto: Bruno Polett
    /Folhapress)

    Na esperança de impedir que fossem realizados os chamados “rolezinhos”, seis shoppings em São Paulo conseguiram da justiça na semana passada uma liminar que proíbe a realização desse tipo de evento em suas instalações. O shopping JK Iguatemi, um dos mais luxuosos da capital, blindou suas portas de vidro no último sábado e fez com que cada pessoa que tentasse entrar no local tivesse que se identificar.  Já no Shopping Metrô Itaquera, na zona leste, cerca de 3 mil jovens que se reuniram no local para o “rolezinho” foram violentamente reprimidos pela Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar os adolescentes.

    A restrição de quem pode entrar no shopping ou não, as ameaças e a violência policial só motivaram ainda mais esses jovens da periferia, que realizam os encontros como uma alternativa à falta de espaços públicos para lazer, a marcar mais “rolezinhos”. Até às 17p0 de hoje, 10 novos encontros de adolescentes em shoppings estavam marcados no Facebook para acontecer entre esse mês e o mês que vem.

    Agenda dos “rolezinhos”

    18 de janeiro – Shopping Cidade Jardim https://www.facebook.com/events/259849900839491/

    18 de janeiro – Grand Plaza Shopping https://www.facebook.com/events/370005126469597/

    18 de janeiro – Shopping Metrô Tatuapé https://www.facebook.com/events/393870204093096/?fref=ts

    18 de janeiro – Shopping Center Norte https://www.facebook.com/events/581127665306576/?fref=ts

    24 de janeiro – Suzano Shopping https://www.facebook.com/events/1511056335786477/?fref=ts

    26 de janeiro – Shopping Bonsucesso https://www.facebook.com/events/641294952604630/?fref=ts

    1º de fevereiro – Mauá Plaza Shopping https://www.facebook.com/events/654308727943727/

    5 de fevereiro – Shopping Taboão https://www.facebook.com/events/442076622587860/

    8 de fevereiro – Shopping Aricanduva https://www.facebook.com/events/496608737121261/?fref=ts

    15 de fevereiro – Shopping Penha https://www.facebook.com/events/637097389660206/?fref=ts

    Rio de Janeiro e Brasília

    A onda dos “rolezinhos” está indo para além dos shoppings do estado de São Paulo. Criados hoje como forma de apoio aos paulistas e repúdio à repressão policial e ao preconceito, encontros do tipo estão marcados para acontecer no Rio de Janeiro e em Brasília.

    No Rio, o “rolezinho” está marcado para acontecer no Shopping Leblon, no próximo domingo (18). No evento convocado pelo Facebook, até às 17p0, já eram quase 5 mil pessoas confirmadas. Segundo os organizadores, o evento acontece “em apoio à galera de São Paulo, contra toda forma de opressão e discriminação aos pobres e negros, em especial contra a brutal e covarde ação diária da polícia militar no Brasil, seja nos shoppings, nas praias ou nas periferias”.

    Rolezinho no Shopping Leblon

    https://www.facebook.com/events/447975881997659/?fref=ts

    Em Brasília o “rolezinho” será no Shopping Iguatemi, no bairro nobre do Lago Norte, no próximo dia 25. Até às 17p0 de hoje já eram mais de 700 pessoas confirmadas no evento do Facebook. De acordo com os organizadores, o encontro acontecerá por conta da privatização dos espaços públicos, do subfinanciamento governamental à cultura, esporte e lazer e da criminalização da pobreza . O local escolhido para o “rolezinho” se deve ao fato de o Shopping Iguatemi ser um “monumento à segregação social no Distrito Federal”.

    Rolezinho no Xópim Iguatemi do Lago Norte

    https://www.facebook.com/events/270540636433798/?fref=ts

     

    http://revistaforum.com.br/spressosp/2014/01/mesmo-apos-repressao-policial-mais-rolezinhos-estao-marcados-para-acontecer-em-shoppings-dentro-e-fora-de-sao-paulo/

     

  23. Olá
    Vim questionar alguns

    Olá

    Vim questionar alguns topicos da publicação e expor minha opinião.

    Primeiro a liminar concedida pelo Juiz não interfere no direito de ir e vir supra citado, em momento algum foi proibido das pessoas irem ao shopping, mas, o shopping é um lugar PRIVADO, e a liminar se da apenas para que não possa haver REUNIÔES, ENCONTROS e afins.

    Tocando em outro topico a varios videos na internet aonde mostra pessoas desse grupo agredindo os seguranças que só estão lá trabalhando, e mesmo que digam que todos tem o direito de se reunir em locais aberto ao publico….

    não se esqueçam que desde que seja pacificamente e não foi o que aconteceu.

    Não sou a favor de nenhum tipo de discriminação, moro na periferia, mas, tambem não sou a favor de baderna e banalização.

  24. Abelhinhas

    A Revista Epoca(acrescento,tambem todo o cartel midiatico,pastores,padres celebridades,Datenas)tenta demonizar todo o movimento.sentimentos diversos produzem as manifestaçaoes,mas interesses obetivos e concretos podem se apropriar delas.ainda estamos lidando com o mal estar na CIVILIZAÇAO,as instituiçoes do sistema politico e econômico não SAO capazes de responder as demandas da cidadania e essa simples verdade daria uma resposta mais completa da revista epoca: -Quem são eles?

    -Eles sao todos nós.(Luciano martins costa,in OI 17/06/13)

    Como postulado por Murphy “Antes de propor a soluçao,é muito conveniente conhecer o problema(-Vivê-lo é a soluçao).Deus encontra-se com depressao,inventaram a internet a revelia dele e todo ser humano e suas miserias estao sendo compartilhadas.

     

  25. Policia não é para policiar

    A policia não deve agir, mesmo que dez pessoas tenham sido assaltadas no ponto de onibus na frente deste Shopping pela turma do rolé quando corriam da policia.

    A função da policia não deve ser policiar pois caso contrario idiotas como o escritor do texto acima tira conclusões absurdas

  26. Na minha opinião essa

    Na minha opinião essa discussão não condiz com a realidade.

    Penso que essa molecada apenas está pedindo um lugar decente, com segurança e com uma boa infraestrutura para se divertir em seus bailes funks ou coisas do tipo nas periferias.  Os rolezinhos nos shoppings são um indicativo disto.

    Eles eram obrigados a fazer os seus pancadões nas ruas, o que gerava conflito com bandidos, moradores e policiais.

    Está na hora de prefeituras e governo do estado lhes franquear espaços sub-utilizados em clubes, associações ou mesmo ginásios de escolas. Sempre separando menores de maiores.

    É uma questão de sentar à mesa e fazer acontecer. Não é difícil.

  27. Ei, avarento branquelo… aceite o direito do povo pobre!

    Justiça para o Povo Pobre!

    Vamos implodir a casa-grande e mandar os racistas e preconceituosos pelos ares!

  28. 1-Shoppings são locais

    1-Shoppings são locais privados construidos para um fim determinado, NÃO E NUNCA FORAM LOCAIS PUBLICOS.

    2-A finalidade do shopping é comercial, existe para facilitar venda de produtos e serviços, não é praça publica, parque ou museu publico, mesmo neste locais HA REGRAS DE USO.

    3-Direito de ir e vir NÃOO TEM NADA A VER com aglomeraçõs ou INVASÕES DE GRUPOS PARA REUNIÕES em locais privados. Se assim fosse porque não invasão de HOTEIS, RESTAURANTES, ESCOLAS, HOSPITAIS . CONDOMINIOS RESIDENCIAIS, CLUBES, PREDIOS DE ESCRITORIOS, ESTADIOS, CASAS DE SHOWS?

    4-Shoppings sempre funcionam com REGRAS, quanto a horarios, circulação, limpeza,uso dos equipmanetos. Quem estabelece as regras são os donos do shopping.Ponto.

    5.O Shopping Itaquera é popular, situado em zona popular, seus usuarios são pessoas do povo, essas invasões prejudicam pessoas do povo da mesma classe social dos invasores, não só usuarios mas tambem funcionarios.

    6.O direito de IR E VIR pode ser invocado para que 50 pessoas cerquem em atitude ameaçadora um veiculo levando

    um professor de direito constitucional da PUC São Paulo, o mesmo que defende invasão de shoppings . Não é o mesmo sagrado direito de ir e vir ?

    6.Multidões invadindo recintos NUNCA FOI PERMITIDO em paises comunistas.

  29. A quem interessa o higienismo da elite paulistana?

    São Paulo, uma cidade cada vez mais careta no meio de tanta gente interessante.

    Sabem aquela frase, que muitos paulistanos se vangloriavam de repetir até a exaustão? Refiro-me ao slogan “A cidade que não para”. Dizia-se que era possível encontrar lazer, diversão, restaurantes e barzinhos em qualquer lugar, a qualquer hora do dia. Tudo mentira!

    Ontem (12 de janeiro, domingo) eu tentei dar um rolezinho no Mercado Municipal da Lapa, para comprar uns ingredientes para o almoço. Gosto de fazer turismo em São Paulo, explorar a cidade inteira… Como a minha mulher não conhecia o mercado da Lapa, quis lhe mostrar alguma coisa diferente do Mercadão do centro. O mercado da Lapa não estava funcionando, mas não desistimos. Fomos até o mercado municipal de Pinheiros, que também estava fechado. Depois de muito procurar algo diferente pra fazer em São Paulo, fomos parar em Embu das Artes!

    Eu poderia citar inúmeros outros exemplos. A Vila Madalena já não é mais a mesma, e certa vez eu encontrei quase todos os barzinhos fechados antes da meia-noite! Também, com tantas regras e proibições… É a Lei do Psiu, a proibição de cadeiras na calçada, a Cidade Limpa… sem falar na parcela de responsabilidade do governo estadual e a insegurança pública que traz cada vez mais medo àqueles que querem se divertir até as altas horas. A propósito, e o transporte publico 24 horas por dia?

    No século passado, eu conheci uma cidade que nunca parava. Isso foi na minha adolescência, num lugar localizado entre os municípios de Guarulhos, Osasco, região do ABC etc. A classe média conservadora e a burguesia dessa cidade costumava eleger políticos conservadores para administrá-la: Jânio Quadros, Paulo Maluf, Celso Pitta, José Serra, Gilberto Kassab etc. Então, começaram a criar um monte de regras. A maioria das mudanças era cosmética, dessas que transformam a fachada para manter o mesmo conteúdo. Ou melhor, dessas mudanças superficiais que servem para manter privilégios seculares em nome da “lei e da ordem”.

    Parece que a vassourinha de Jânio Quadros ressurgiu ali no shopping center JK. Tudo bem, afinal Juscelino ajudou a eleger Jânio Quadros para a presidência, com seu apoio discreto em 1960. Mas o presidente Bossa Nova não está mais aqui para ver essa bosta nova. O presidente pé de valsa ficaria constrangido com o pé na bunda que os pobres continuam tomando da polícia… ou não, como diria o Caetano Veloso, cada dia mais careta (mas deixa pra lá, ele é um baiano-carioca que nessas questões ao menos continua progressista).

    Aqui em Sampa, muitos aplaudiram as políticas higienistas adotadas. Quiseram, tentaram e quase conseguiram eliminar os moradores de rua. Muitos prefeitos, apesar de não se chamarem Caco Antibes, não fizeram questão de esconder seu horror diante dos pobres. Então decidiram concretar os vãos sob viadutos para impedir a presença de moradores de rua. E também chegaram ao ponto de colocar obstáculos nos bancos das praças para impedir que uma certa gente diferenciada os utilizasse para uma boa e merecida soneca.

    Por falar em política higienista, num bairro com o nome muito parecido alguns moradores não querem saber de pobres. Algumas senhoras, daquelas que em 1964 estavam ao lado de dona Leonor na “Marcha da Família”, voltaram às ruas para protestar contra as reformas de base (sim, a construção de uma nova linha/estação de metrô que passaria sob as bases do seu edifício de alto padrão).

    É uma cidade cujos nobres “doutores” criticaram em peso a chegada de médicos estrangeiros. O CREMESP chegou a colocar uma gigantesca faixa preta no seu edifício, na Rua da Consolação, com a palavra “Luto”. São os mesmos médicos que ficam deslumbrados com concessionárias de carros importados, altos executivos de corporações estrangeiras e a privatização de bancos brasileiros, adquiridos por um Santander ou HSBC. Parece que patrão estrangeiro pode, só não pode trabalhador.

    Essa cidade já teve uma administração marcada por uma quantidade incrível de incêndios suspeitos em favelas. Coincidência ou não, assim que o tal prefeito deixou o cargo, os incêndios praticamente desapareceram.

    O prefeito apoiou uma lei, chamada Cidade Limpa, que limitava o espaço destinado à propaganda publicitária. A lei em si mesma até que era interessante, mas também serviu como uma grande jogada de marketing. Para a mídia venal, isso serviu para esconder a situação nas periferias e todo o esquema de corrupção na prefeitura. E alguns tolos passaram a acreditar que a cidade estava limpa de verdade.

    Nessa cidade, pessoas do mesmo sexo que se amam têm medo de demonstrar afeto em público, porque podem ser espancadas até a morte. E assim como em outros lugares, também encontramos idiotas que repetem a frase “orgulho de ser hetero”.

    Nessa cidade, manifestantes apanham da polícia por participarem de uma marcha pela legalização da maconha. A propósito, eu estive recentemente no Uruguai e participei de uma marcha parecida: mas em Montevidéu, havia apenas 5 policiais (isso mesmo: cinco!) diante de uma multidão de 10 mil pessoas. Não houve violência, o que comprova um dos slogans das jornadas de junho aqui no Brasil: “Ah, que coincidência, não tem polícia, não tem violência!”

    É a cidade dos quatrocentões e da USP, que não forma quase nenhum médico negro.

    Em nome da tranquilidade, tentaram acabar com as opções de lazer dos jovens. Quem não se lembra do troglodita da Guarda Civil Metropolitano espancando um skatista na Praça Roosevelt? Acho que todos lembram, mas não sabem (assim como eu) o que aconteceu com o cretino, que acha mais importante o silêncio de um cemitério do que a diversão de um jovem.

    Pois é. Essa é a cidade onde algumas pessoas chegam a propor o fechamento do vão livre do MASP com grades ou paredes de concreto! É a cidade onde alguns vizinhos do parque Ibirapuera querem a cobrança de entrada para os frequentadores. Onde as autoridades, que nunca pensam em educação e cidadania de verdade, querem proibir motociclistas de andarem com garupas. É a cidade que fecha bicicletários em estações de metrô, e não pensa em ciclovias como uma opção de transporte para o trabalho e sim uma alternativa de lazer nos finais de semana. É a cidade das regras, dos limites, da punição, das multas. É o lugar onde o presidente da FIESP se vangloria em orquestrar uma ação para os ricos pagarem menos impostos, e os pobres pagarem mais!

    É a cidade do apartheid, como é o resto do Brasil.

    Mas felizmente é a cidade também do protesto, da indignação, das grandes manifestações. E enquanto eu tiver forças, vou continuar ocupando, xingando, levantando minhas bandeiras, chamando o policial de coxinha, o filhinho de papai de babaca, o autoritário de fascista, a mídia de venal e essas regras de autoritárias. Vou continuar apoiando os sem-teto, porque “enquanto morar for um privilégio, ocupar será um direito”. Vou apoiar os maconheiros, porque apesar de não fumar eu defendo o direito individual e entendo que a política baseada na repressão revelou-se completamente equivocada. A repressão não é apenas burra, ela é inócua!!!

    Viva a rebeldia, por um mundo mais libertário. Fora autoritarismo!

  30. A quem interessa a política higienista da elite paulistana?

    São Paulo, uma cidade cada vez mais careta no meio de tanta gente interessante.

    Sabem aquela frase, que muitos paulistanos se vangloriavam de repetir até a exaustão? Refiro-me ao slogan “A cidade que não para”. Dizia-se que era possível encontrar lazer, diversão, restaurantes e barzinhos em qualquer lugar, a qualquer hora do dia. Tudo mentira!

    Ontem (12 de janeiro, domingo) eu tentei dar um rolezinho no Mercado Municipal da Lapa, para comprar uns ingredientes para o almoço. Gosto de fazer turismo em São Paulo, explorar a cidade inteira… Como a minha mulher não conhecia o mercado da Lapa, quis lhe mostrar alguma coisa diferente do Mercadão do centro. O mercado da Lapa não estava funcionando, mas não desistimos. Fomos até o mercado municipal de Pinheiros, que também estava fechado. Depois de muito procurar algo diferente pra fazer em São Paulo, fomos parar em Embu das Artes!

    Eu poderia citar inúmeros outros exemplos. A Vila Madalena já não é mais a mesma, e certa vez eu encontrei quase todos os barzinhos fechados antes da meia-noite! Também, com tantas regras e proibições… É a Lei do Psiu, a proibição de cadeiras na calçada, a Cidade Limpa… sem falar na parcela de responsabilidade do governo estadual e a insegurança pública que traz cada vez mais medo àqueles que querem se divertir até as altas horas. A propósito, e o transporte publico 24 horas por dia?

    No século passado, eu conheci uma cidade que nunca parava. Isso foi na minha adolescência, num lugar localizado entre os municípios de Guarulhos, Osasco, região do ABC etc. A classe média conservadora e a burguesia dessa cidade costumava eleger políticos conservadores para administrá-la: Jânio Quadros, Paulo Maluf, Celso Pitta, José Serra, Gilberto Kassab etc. Então, começaram a criar um monte de regras. A maioria das mudanças era cosmética, dessas que transformam a fachada para manter o mesmo conteúdo. Ou melhor, dessas mudanças superficiais que servem para manter privilégios seculares em nome da “lei e da ordem”.

    Parece que a vassourinha de Jânio Quadros ressurgiu ali no shopping center JK. Tudo bem, afinal Juscelino ajudou a eleger Jânio Quadros para a presidência, com seu apoio discreto em 1960. Mas o presidente Bossa Nova não está mais aqui para ver essa bosta nova. O presidente pé de valsa ficaria constrangido com o pé na bunda que os pobres continuam tomando da polícia… ou não, como diria o Caetano Veloso, cada dia mais careta (mas deixa pra lá, ele é um baiano-carioca que nessas questões ao menos continua progressista).

    Aqui em Sampa, muitos aplaudiram as políticas higienistas adotadas. Quiseram, tentaram e quase conseguiram eliminar os moradores de rua. Muitos prefeitos, apesar de não se chamarem Caco Antibes, não fizeram questão de esconder seu horror diante dos pobres. Então decidiram concretar os vãos sob viadutos para impedir a presença de moradores de rua. E também chegaram ao ponto de colocar obstáculos nos bancos das praças para impedir que uma certa gente diferenciada os utilizasse para uma boa e merecida soneca.

    Por falar em política higienista, num bairro com o nome muito parecido alguns moradores não querem saber de pobres. Algumas senhoras, daquelas que em 1964 estavam ao lado de dona Leonor na “Marcha da Família”, voltaram às ruas para protestar contra as reformas de base (sim, a construção de uma nova linha/estação de metrô que passaria sob as bases do seu edifício de alto padrão).

    É uma cidade cujos nobres “doutores” criticaram em peso a chegada de médicos estrangeiros. O CREMESP chegou a colocar uma gigantesca faixa preta no seu edifício, na Rua da Consolação, com a palavra “Luto”. São os mesmos médicos que ficam deslumbrados com concessionárias de carros importados, altos executivos de corporações estrangeiras e a privatização de bancos brasileiros, adquiridos por um Santander ou HSBC. Parece que patrão estrangeiro pode, só não pode trabalhador.

    Essa cidade já teve uma administração marcada por uma quantidade incrível de incêndios suspeitos em favelas. Coincidência ou não, assim que o tal prefeito deixou o cargo, os incêndios praticamente desapareceram.

    O prefeito apoiou uma lei, chamada Cidade Limpa, que limitava o espaço destinado à propaganda publicitária. A lei em si mesma até que era interessante, mas também serviu como uma grande jogada de marketing. Para a mídia venal, isso serviu para esconder a situação nas periferias e todo o esquema de corrupção na prefeitura. E alguns tolos passaram a acreditar que a cidade estava limpa de verdade.

    Nessa cidade, pessoas do mesmo sexo que se amam têm medo de demonstrar afeto em público, porque podem ser espancadas até a morte. E assim como em outros lugares, também encontramos idiotas que repetem a frase “orgulho de ser hetero”.

    Nessa cidade, manifestantes apanham da polícia por participarem de uma marcha pela legalização da maconha. A propósito, eu estive recentemente no Uruguai e participei de uma marcha parecida: mas em Montevidéu, havia apenas 5 policiais (isso mesmo: cinco!) diante de uma multidão de 10 mil pessoas. Não houve violência, o que comprova um dos slogans das jornadas de junho aqui no Brasil: “Ah, que coincidência, não tem polícia, não tem violência!”

    É a cidade dos quatrocentões e da USP, que não forma quase nenhum médico negro.

    Em nome da tranquilidade, tentaram acabar com as opções de lazer dos jovens. Quem não se lembra do troglodita da Guarda Civil Metropolitano espancando um skatista na Praça Roosevelt? Acho que todos lembram, mas não sabem (assim como eu) o que aconteceu com o cretino, que acha mais importante o silêncio de um cemitério do que a diversão de um jovem.

    Pois é. Essa é a cidade onde algumas pessoas chegam a propor o fechamento do vão livre do MASP com grades ou paredes de concreto! É a cidade onde alguns vizinhos do parque Ibirapuera querem a cobrança de entrada para os frequentadores. Onde as autoridades, que nunca pensam em educação e cidadania de verdade, querem proibir motociclistas de andarem com garupas. É a cidade que fecha bicicletários em estações de metrô, e não pensa em ciclovias como uma opção de transporte para o trabalho e sim uma alternativa de lazer nos finais de semana. É a cidade das regras, dos limites, da punição, das multas. É o lugar onde o presidente da FIESP se vangloria em orquestrar uma ação para os ricos pagarem menos impostos, e os pobres pagarem mais!

    É a cidade do apartheid, como é o resto do Brasil.

    Mas felizmente é a cidade também do protesto, da indignação, das grandes manifestações. E enquanto eu tiver forças, vou continuar ocupando, xingando, levantando minhas bandeiras, chamando o policial de coxinha, o filhinho de papai de babaca, o autoritário de fascista, a mídia de venal e essas regras de autoritárias. Vou continuar apoiando os sem-teto, porque “enquanto morar for um privilégio, ocupar será um direito”. Vou apoiar os maconheiros, porque apesar de não fumar eu defendo o direito individual e entendo que a política baseada na repressão revelou-se completamente equivocada. A repressão não é apenas burra, ela é inócua!!!

    Viva a rebeldia, por um mundo mais libertário. Fora autoritarismo!

  31. Sonhar nunca é demais

    Rolezinho é nada mais que o desejo de ostentação de jovens despolitizados, amestrados e invariavelmente presos as cadeias da ideologia consumista, exibicionista e ultracapitalista. Para essa gente, o sujeito vale o que veste, o que aparenta, o que ostenta. Adoram ao deus Consumismo. Um deus que nunca responde aos anseios por autoestima, realização e conforto moral.

    Despreparados para o acesso a condições dignas de vida social e econômica são, em geral, muito mal-educados. Resultado da lobotomia eletrônica executada sem misericórdia pela TV e pela nossa mídia-lixo ocidental. 

    Abandonados, sem pai nem mãe, gritam por aceitação marcando encontros em shopping centers. Orfãos do colapso da família, do descarte da memória cultural tradicional e da péssima educação pública disponível para a sua inclusão na sociedade do conhecimento. Fragilizados economicamente, cultural e socialmente, são admitidos na escola onde são mais deformados que formados. Recebem largas doses de construtivismo, psicologismo, relativismo, cientificismo pós-modernismo, tudo misturado a um ambiente completamente entrópico. Superar isto seria um milagre. Sabemos que eles acontecem, mas via de regra, no final do processo industrial de bestialização surgem monstros novinhos em folha da linha de montagem social pós-moderna. É verdade que agora alguns vêm até com cheiro de perfume francês!

    Mas, sonhar nunca é demais! Porque não aproveitar para criar nos seus estacionamentos dos shoppings shows culturais de bom nível em horários de pouco movimento. Poderiam ser feitos sorteios, concursos, enfim, algo bem organizado. Devem haver idéias melhores do simplesmente resolver o assunto a bala. Mesmo que sejam de borracha. 

     

     

     

    1. Melhor Análise

      Parabéns , cara !

      Sua análise sem firulas ideologicas é a mais exata do que realmente está acontecendo com esse pessoal , indicando uma falência dessa m… de sociedade pós moderna em que estamos vivendo atualmente , onde a indigência existencial parece ter tomado conta de todos e, sendo o jovem o mais afetado dentre estes !

      Coloquemos , assim , nossa fé , ou sonhos , como bem disseste , nos valorosos homens de bom senso ( dos dois lados da referida questão , autoridades e manifestantes   ) e nos nobres valores essenciais que restam ao ser humano , para reverter tal tragédia !

      É Eusper , acertaste na mosca , acima da turma do Aliança Liberal , que defende a repressão pura e simples e a porrada como solução , ou o pessoal da ultra esquerda radical que ve o movimento simplesmente como uma reação ao preconceito social e racial (que é ingrediente aí , mas , sinceramente , como disseste , o buraco é mais em cima ) ! O problema crucial , e que a maioria não quer ( ou não consegue ) ver , é a P… do materialismo desenfreado que domina os tempos atuais , onde o valor essencial do ser humano vale menos que uma titica !

      Belíssimo comentário , e desafio o Nassif a transformá-lo em um post , já que sua colocação foge a toda mesmice que se falou até agora sobre o referido assunto ! Seria muito rico debater esta sua ( lúcida ) visão !

      Abrçs a todos .

       

       

  32. E de repente… olha nóis de novo!
    Musiquinha para alegrar os assustados corações de rebollas e alianças e tais.  Pesadelo
    (Maurício Tapajós / Paulo César Pinheiro)

    Quando o muro separa uma ponte une
    Se a vingança encara o remorso pune
    Você vem me agarra, alguém vem me solta
    Você vai na marra, ela um dia volta
    E se a força é tua ela um dia é nossa
    Olha o muro, olha a ponte, olhe o dia de ontem chegando
    Que medo você tem de nós, olha aí

    Você corta um verso, eu escrevo outro
    Você me prende vivo, eu escapo morto
    De repente olha eu de novo
    Perturbando a paz, exigindo troco
    Vamos por aí eu e meu cachorro
    Olha um verso, olha o outro
    Olha o velho, olha o moço chegando
    Que medo você tem de nós, olha aí

    O muro caiu, olha a ponte
    Da liberdade guardiã
    O braço do Cristo, horizonte
    Abraça o dia de amanhã, olha aíLink: http://www.vagalume.com.br/paulo-cesar-pinheiro/pesadelo.html#ixzz2qKmksbqv

     

  33. Só queria saber que “elite”

    Só queria saber que “elite” que frequenta o shopping Itaquera…

    O local é periferia e seus frequentadores são, em sua maioria, pobres e moradores da Z/L.

    Há um exagero aí em demonizar os comerciantes e a polícia e santificar um grande grupo de arruaceiros que provocam o tumulto e em seguida partem para os saques e arrastões.

    Não estou escrevendo isso por “desconhecimento de causa ou preconceito”.

    Escrevo isso por viver o dia a dia nesta região e saber bem o que ocorre por lá.

    Pra quem não acha que não h´s assaltos e furtos nestes “rolezinhos”, perguntem aos logistas que tiveram suas lojas arrombadas e produtos roubados, nos quiosques do terminal de ônibus da Estação Itaquera, ou aos jovens mais novos e em pequenos números ou sozinhos, que foram cercados e tiveram tenis e dinheiro roubados.

    Estes jovens que foram roubados, não são “elite branca de olhos azuis” e sim, moradores do próprio bairro de Itaquera e imediações.

    Portanto, não viagem na maionese achando que toda “manifestação popular” é válida só por ser “popular”, sendo assim, estaria justificado até os linchamentos públicos, afinal, também são uma forma de “manifestação popular”…

  34. quanto mais ideologizado,

    quanto mais ideologizado, mais imbecil…tanto à esquerda quanto à direita…os “entendidos”  acham que o tal rolezinho é um movimento de protesto, de denúncia contra o templo do consumismo em…Itaquera, Campo Limpo… reunir 500, 1000 mil pessoas pra fazer baderna é ato de protesto apenas para idiotas ideologizados que necessitam de moinhos para guerrear…gente que que consegue ver apenas A e B, sem perceber que há um alfabeto todo…a imbecilização chegou e ficou…

  35. Os imbecis de sempre estao

    Os imbecis de sempre estao mais uma vez falando as abobrinhas de sempre

    Dessa vez a demencia ideologica os fez enxergar no shopping ITAQUERA !!!!! um  local de ELITE rs

    E pior, os fez dividir os freguentadores em dois grupos:

    O pirmeiro só tem pobre e negro

    O segundo só brancos e classe media ou seja os que nao eram vandalos eram TODOS classe média e branco dos olhos azuis

    Só um IDIOTA ou alguem com retardo mental ou ( hipotese + provavel ) um estelionatario ideologico comprometido em manipular fatos poderiam ver algum nexo nessas analises de merda feita por esses supostos sociologos…rs 

  36. Eis aqui mais um indicativo

    Eis aqui mais um indicativo claro de que a imprensa brasileira pretende criminalizar o Rolezinho. Ontem o Jornal da Gazeta entrevistou um advogado que apóia a repressão ao Rolezinho e, portanto, a revogação do direito constitucional dos jovens negros, pobres e pardos de circular nos Shoppings. O Jornal da Gazeta, porém, não entrevistou um advogado que é contra esta repressão. É assim que o jornalismo trata os eventos de maneira isenta. Escolhendo o lado do opressor. 

  37. Este tema aqui é forte

    Este tema aqui é forte canidadato ao CONCURSO DE BESTEIROL, gente falando em Constituição para justificar baderna,

    professores de direito POMBAS GIRA citando de ir e vir em ibvasão de propriedade particucalr, criando um espaço publico em qualquer estabelecimento privado, shopping, hospital,supermercado,teatro, cinema,escola,clube, TEM REGRAS DE USO, que são estabelecidas pelos proprietarios. Ou será que alguem pode entrar em um shopping sem camisa, carregando um som altissimo, mascarado ? Ou levando uma onça na coleira e uma cobra em volta do pescoço? Pode entrar em um hospital sem se identificar e fedendo? Pode entrar em um supermercado descalço?

    O maximo é dizer que no Shopping Itaquera, em uma zona popular, frequentado por um publico emergente, há preconceito CONTRA PESSOAS DO MESMO BAIRRO DOS FREQUENTARES,  conseguiram achar uma ELIETE BRANCAE RACISTA, no mesmo bairro dos invasores, essa gente precisa ter alguma noção antes de escrever tantas bobagens.

    1. Os jovens pardos e pobres que

      Os jovens pardos e pobres que participam dos Rolezinhos nos Shoppings de São Paulo são descendentes de índios escravizados no interior pelos Bandeirantes, cujos “roles” pelas aldeias indígenas recebem o nome de Bandeiras?

  38. A esquerdalha apoia vagabundo

    A esquerdalha apoia vagabundo ate o momento que eles falem mal da Dilma rs

    Foi assim nas manifestaçoes ,  quando a PM reprimiu era um escandalo , uma opressao ditadorial contra o povo na rua. et

    Na epoca eles achavam que podiam usar elas mas quando notaram que eles começaram a vaiar os grpos de esquerda

    Os manifestantes passaram a ser coxinhas a serviço do PIG

    A sem vergonhice deles é infinitas…rs

    Se esses vagabundos começarem a falar mal do PT nos ditos ” protestos ” logo deixam de ser negro e pobre e passa a ser uma massa burra manipulada pelo Pig 

    Com o Barbosa tambem foi o mesmo.

    OBarbosa é cria do PT filho dessa demencia politicamente correta que eles tanto usam desavergonhadamente para seus interesses.

    Antes o Barbosa era o negro ocupando a casa grande à contra gosto da elite branca de olhos azuuis

    Agora que ele detonou o PT ele só nao é santo.

    Chamam o homem de tudo quanto é nome e nada que faça esta certo desde sempre! 

    Enfim uma turma de estelionatarios que falam mal da midia pois vê nela o que eles sao…rs

  39. ?????

    Acho que quem postou essa matéria está meio por fora..

    Procure por vídeos no youtube deste ROLEZINHO!!!!

    Os jovens estaam impedindo a passagem dos carros no estacionamento, estavam transitando sem camisa, estavam escutando som alto e dançando na porta da entrada…

    Passear.. ok, ninguém pode dizer que não pode… porém, fazer algazarra na porta do shopping impedindo as pessoas de entrar, ameaçando os seguranças do shopping que estavam fazendo seu trabalho, no vpideo o seguraça pede para amenizarem a bagunça, e é respondido com encaradas de 2 ou 3, ameaças de chutes por mais uns 4, 5 e é chamado ” para o pau” por muitos outros, que gritam, chingam, algumas garotas rebolam na porta do shipping, recomendo assistir o vídeo gravado por esses mesmos do “rolezinho” para perceber, que, o direito de ir e vir é de todos, mas se quer bancar o trouxa gritando na porta de algum lugar e rebolando, que seja na porta da própria casa.

    Há situações e situações.

    Não julgo, não discrimino, mas acho q p mínimo de bom senso é necessário!

     

    Abraços.!

  40. ESTAMOS APOIANDO OS ROLEZINHOS PELO MOTIVO ERRADO…

    ESTAMOS APOIANDO OS ROLEZINHOS PELO MOTIVO ERRADO… PROPOSITALMENTE…

    Que eles façam os rolezinhos nos aeroportos… É UM DESEJO DE CONSUMO DELES, OU NÃO???

    Que façam rolezinhos nas rodoviárias (ônibus de viagem)… É UM DESEJO DE CONSUMO DELES, OU NÃO???

    Que façam rolezinhos nos barzinhos e restarantes que frequentamos… É UM DESEJO DE CONSUMO DELES, OU NÃO???

    Que façam rolezinhos na portas dos hotéis (os bons)… É UM DESEJO DE CONSUMO DELES, OU NÃO???

    Que façam rolezinhos nos clubes e danceterias que frequentamos… É UM DESEJO DE CONSUMO DELES, OU NÃO???

    Que façam rolezinhos nas faculdades/universidades que esudamos… É UM DESEJO DE CONSUMO DELES, OU NÃO???

    Que façam rolezinhos nos concessionárias de veículos… É UM DESEJO DE CONSUMO DELES, OU NÃO???

     

    QUANDO OS ROLEZINHOS ACIMA ACONTECEREM, VIRÃO AS CRÍTICAS DOS “HOJE” APOIADORES…

     

    Porque ai, diram estes: ELES PRECISAM TRABALHAR PARA CONSEGUIR “CONSUMIR” ESTAS COISAS… Foi assim que “NÓS” fizemos… Nós lutamos, estudamos, trabalhamos, ora…

    Alguns dirão: Pô! Eu também vim da “comunidade”, vim de baixo… Mas eu lutei, batalhei… Agora vem estes moleques querendo “consumir”, ter as coisas apenas com “rolezinhos”, sem trabalhar… Pô!!!

    Outros dirão: Vocês viram nas fotos dos jornais, os tênis que os moleques estavam usando??? Só tênis de 600 contos pra cima, só roupa de marca… Como esses moleques conseguem isso, se não trabalham???

     

    TODOS DEVERIAM ter condições de alcançar o desejado, de viver com dignidade… Mas por mérito (luta, batalha), apesar de alguns ter por sorte, e até por meios ilícitos…

     

    Ah tá!!! Eu estava esquecendo…

    Aqui não se trata disso, estamos aqui combatendo é o Alckmim, aquele picolé de xuxú… E não nos importa se a tática (do PIG, PSDB, DEM…) que usamos é aquela que repudiamos e temos a tanto tempo combatido… É APOSTAR NO QUANTO PIOR MELHOR…

    VAMOS ESPERAR ATÉ QUE OS ROLEZINHOS CHEGUE PRÓXIMOS DA GENTE…

    Já há vários marcados em outros estados…

    ESPEREMOS.

     

     

  41. Breve história dos rolês no

    Breve história dos rolês no Brasil

     

    A internet está pegando fogo com o debate provocado pelos “rolezinhos”. Em razão disto, resolvi fazer um pequeno esforço histórico. 

     

    Os rolês são tão antigos quando o Brasil. Em 1500  os portugueses resolveram dar um rolê no desconhecido Mar Oceano e chegaram aqui por acaso. Dois séculos depois os descendentes deles com as índias litorâneas estavam dando rolês no interior para aprisionar, reunir e descer milhares de índios. O primeiro rolê mencionado foi chamado de “descobrimento”, o segundo de “Bandeiras”. 

     

    Os mesmos bandeirantes que deram rolês para escravizar índios foram contratados para dar um rolezão num aldeamento de negros fugidos liderados por Zumbi. E a coisa ficou preta para os ex-escravos trazidos da África. 

     

    De quando em vez o Exército colonial e seus sucessores (o Exército imperial e o Exército republicano), dava  um rolê punitivo contra a população brasileira. Os resultados eram quase sempre os mesmos: degolas e mais degolas. Foi o que ocorreu nos rolês de portugueses contra índios que não aceitaram o jugo luso (Revolta dos Tamoios); rolê contra os caboclos do sertão (Cabanos); rolê contra os partidários de um fabricante de balaios (Balaiada); rolê contra aldeamentos suspeitos (Reino da Pedra Encantada do Rodeador); rolê contra o povo rebelado por causa das novos pesos e medidas imperiais (Quebra Quilos); rolê contra gauchos republicanos que defendiam a secessão (Farroupilha);  e o famoso rolê contra nordestinos pobres que se recusavam a aceitar o domínio dos fazendeiros (Canudos).  Ainda no século XIX o Exército deu um rolezão no Paraguai degolando quase toda a população masculina daquele país. 

     

    No princípio do século XX cansados da modorra racista e excludente da república velha, os tenentes resolveram dar um rolê pelos sertões do Brasil. Este rolê ganhou o nome de “Coluna Prestes” , mas infelizmente não chegou a lugar algum depois de percorrer milhares de quilometros.

     

    Muita pouca coisa mudou desde os primeiros rolês punitivos do período Colonial. Há algum tempo a PM paulista deu um rolê num presídio e o resultado foi mais de uma centena de prisioneiros mortos predominantemente com tiros nas costas. Quando faz seus rolês pela periferia de São Paulo a PM geralmente produz cadáveres, mas os rolezinhos da PM nos bairros nobres nunca são tão sanguinários.  

  42. Um testemunho pessoal sobre o apartheid em São Paulo

    Interessante isso estar sendo explorado tanto só agora, justo quando se elege em São Paulo, finalmente, um prefeito disposto a abordar essa questão. Pois está explicitado no plano de governo de Haddad a intenção de reavivar a cidade, de tomar os espaços públicos para uso do povo e ativar a cultura: tudo isso que estão pleiteando só agora é o próprio coração do governo Haddad, basta ler seu plano de governo para constatar.  Pela minha experiência de vida pessoal, o apartheid começou a partir da metade da década de 70. Nos 1ºs anos dessa década, eu era bem jovem, universitária, e costumávamos frequentar ambientes bem populares como Cassino Vila Sofia e Asa Branca, em Pinheiros. Embora já fossem tidos como um pouco perigosos, íamos em grupos e nunca houve ameaça alguma, nenhum incoveniente, muito pelo contrário a troca era rica. Podíamos dançar e coversar com nordestinos de todos estados, aprender danças e músicas regionais com eles. Havia uma interação social bem sadia quando São Paulo era apenas uma cidade, não a megalópole atual. Para mim, parece que foi a partir de 1975 mais ou menos que começou a separação de ambientes, que muito lamentamos na época. E de lá em diante só foi acentuar essa tendência, até que na década de 90 já haviam muitas escolas particulares com grades próprias e um certo desprezo pelo ensino público de base, que, realmente já tinha perdido toda qualidade de outrora, e as escolas já estavam depredadadas e sucateadas. Assim, desde crianças as classes sociais já começaram a ser separadas. Portanto, o apartheid é bem antigo, e nunca foi ignorado, pelos menos pelos que não aprovaram essa nova modalidade de sociabilidade. 

  43. Culto à Mercadoria

    Nada mais contraditório do que a negação ao consumo na sociedade da mercadoria.

    Ficam debatendo o preconceito – real – e não percebem que poderia ser muito pior. Ao perderem a oportunidade –  palavra tão cara ao nosso capitalismo coxinha e incapaz – de educar seus novos e potenciais consumidores, de doutriná-los em seus valores mais caros, estão abrindo as portas do inferno.

    Estão promovendo sua antítese,  esvaziando os shoppings pelo medo. Ao barrarem o desejo de consumo, estão correndo o risco de transformá-lo em rejeição, em bloqueio físico e espacial por uma massa que ao invés de consumir passa a protestar.

    Se as greves antigamente eram arma política que parava a produção, o boicote hoje é uma arma muito mais destrutível deste capitalismo que acha pode viver sem o trabalho mas não sobrevive sem o consumidor, a única forma objetiva possível de cidadania e valoração dentro desta sociedade sem  outro valor.

    Promovam o consumo ou sucubam à barbárie de sua negação. 

     

  44. Para os nervosinhos em defesa do Rolezinho….

    Gostaria de perguntar aos que estão tão nervosinhos em defesa do rolezinho o que vocês acharam da cena de selvageria protagonizada pelos “jovens segregados da periferia que ousaram entrar em templos de consumo da classe burguesa” espancando sem piedade dois guardas municipais em um shopping de São Paulo?

    Inclusive um saiu desacordado pela surra covarde que recebeu dos “anjinhos do rolezinho”.  

    Discordo integralmente do texto.  Que tal começarem a respeitar as leis? A propriedade dos outros? O respeito ao próximo?

  45. Muita sandice…

    Tenho certeza absoluta de que a polícia reprimiu “um rolezinho” ingênuo, partiu pra cima da “criançada” sem nenhum motivo ou provocação, apenas porque eram “nem brancos, nem bem nascidos”…

    Coitadinhos… Estavam apenas passeando, admirando as vitrines, paquerando-se mutuamente, aí vem a polícia, toda truculenta e sem absolutamente nenhuma justificativa, partiu para a ignorância contra estas criança inocentes…

    Tenho convicção de que foi assim!

    Que dó…

    O povo repete as coisas ditas por alguns formadores de opinião como um mantra… Parece que discordar ou ter outra opinião é que é proibido…

    Eu frequento alguns dos maiores shoppings deste país, em São Paulo e em Campinas…

    Nunca vi nenhum “não branco mal nascido” ser discriminado em shopping ou ter seu “rolezinho” impedido…

    Mas será que alguém verdadeiramente acredita (ou gostaria de argumentar e tentar me convencer) que os 6000 jovens se encontram em um shopping porque são “amigos”? São “da turminha” do colégio? Foram lá apenas para dar um rolezinho, passear de escada rolante e apreciar vitrine?

    Qualquer um destes jovenzinhos inocentes pode, quando quiser, convidar uma destas jovenzinhas, ambos da periferia, ambos pardos e pobres (que “não brancos” e “não bem nascidos” é linguajar tolo de quem está tentando ser politicamente correto), e irem passear em qualquer shopping, mesmo os que têm liminar, tomar lanche, ir ao cinema, etc., que eu corto o saco se um policial ou guarda municipal os abordar e mandar retirarem-se!

    Meu, na boa… Acordem!

  46. Rolézinho

    Não é questão de discriminar, seu imbecil. É uma questão de ordem. Há tempos não lia tanta baboseira junta num texto só. 
    Quem quiser ir ao shopping, vá. Agora, ir pra gritar, cantar no volume 10 e fazer baderna, isso não pode. 
    Você gostaria de ir a um restaurante e de repente ter que jantar no meio de um rolézinho de 3 mil jovens?! Pobre ou rico não importa. Baderna é baderna. Um pouco mais de bom senso antes de escrever essas asneiras, por favor. 

     

    1. Blá, blá, blá… todo mundo

      Blá, blá, blá… todo mundo sabe que quem começa o vandalismo e a violência é a PM paulista, que não tem nenhuma educação quando lida com jovens pobres, pardos e negros. Os PMs estão acostumados a baixar porrada e matar a tiros estes jovens nas periferias. E fariam isto de bom grado nos Shoppings se não existissem câmeras de TV filmando.

  47. Rolezinho da morte em Campinas

    Em Campinas (SP), neste final de semana ocorreu um outro tipo de  “rolezinho”. O rolezinho da Morte, onde  se executou em série 12 elementos pardos, pobres.  Os algozes são os suspeitos de sempre.

  48. Sugiro aos interessados que

    Sugiro aos interessados que leiam a seguinte matéria jornalística: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,beltrame-diz-que-rolezinho-nao-e-crime,1118381,0.htm

     

    Beltrame foi perfeito. No Brasil, o único crime descrito no Código Penal que incrimina uma coletividade é a “formação de quadrilha ou bando para a prática de crimes”. Cada garoto que participa de um rolezinho só pode ser responsabilizado criminalmente pelo que fizer. Em outras palavras, os garotos que não cometerem nenhum furto nem danificarem lojas não podem ser punidos por passearem no Shopping . Sou advogado há 20 anos e a única ação criminosa que vi até agora foi a da PM, que puniu grosseira e indiscriminadamente garotos que estavam apenas se divertindo.

  49. > A imprensa parece inclinada

    > A imprensa parece inclinada a criminalizar o “rolezinho”.

    Se o rolezinho for o que eu vi em imagens, não pode mesmo ser permitido. O fato de um espaço ser aberto ao público não dá ao distinto público o direito de usá-lo como bem entender.

  50. A História se repete

    A História se repete. O regime nazista fazia isso – proibia a entrada de judeus em certos locais públicos. Século XIX, Guerra do ópio – os britânicos ocuparam a China, e colocaram no parque de Shangai a placa – “proibida a entrada de cachorros e chineses”. Também no Apartheid da África do Sul e no Alabama (USA) nos anos 1960, era tudo segregado – lojas, ônibus, banheiros, bebedouros.  Isso não pode chegar no Brasil de jeito nenhum.  Em hipótese alguma, pode haver proibição seletiva com base na aparência da pessoa. Ou todos podem entrar, ou ninguém pode. O shopping somente pode usar critérios objetivos de seleção, que valerão para todos – do tipo ‘proibido entrar sem camisa’, ‘proibido fazer algazarra’, ‘proibido tocar música ou portar instrumentos musicais ligados em volume alto’, e etc. Isso tem que vale para brancos e negros, ricos e pobres, para funk ou jazz ou samba ou MPB.  Qualquer coisa diferente disso é uma aberração.

  51. “Rolezinho” é coisa de

    “Rolezinho” é coisa de ladrão. Moro numa comunidade pobre de Recife e afirmo sem a menor cerimônia: só almas-sebosas se prestam a isso.

  52. São mesmo de periferias ? Ou

    São mesmo de periferias ? Ou são de cidades da Grande São Paulo onde tem toques de recolher ? Ninguém fala nisso. Eu sei porque trabalhei numa delas, e moradores me disseram que todas cidades da região têm, já há algum tempo, toque de recolher. Seriam, segundo as informações que tive, Itapecerica da Serra, Taboão da Serra e Embu, outras não sei. Mas, memo a periferias de São Paulo, como as de Campinas, como vimos ultimamente, vem enfrentando muita violência. Assim os jovens têm procurado regiões mais servidas de segurança, como a região da Paulista. Mas, em todo caso, eu, pessoalmente, não vejo em quê os shoppings possam ter tantas atrativos para os jovens, a menos, pela ausência de cinemas e teatros, que, infelizmente, perderam a autonomia e hoje se concentram nesses ambientes fechados e elitistas. Os jovens, cheios de vida, devem resgatar as ruas e praças públicas, e deixar os shoppings para a velharia de idade ou cabeça. As ruas e praças são do povo, os shoppings são ambientes particulares de seus donos.

  53. FALANDO POR MIM…

    … passei pela experiencia em Joinville, não eram de classe baixa, e me senti ameaçado e constrangido pela presença de centenas de jovens andando em grupo e fazendo algazarra… Aqui, com certeza, não é o caso de ser pobre ou não, e ilustra o fato de não ser necessariamente o caso de rico contra pobre… O que incomoda é a ação um tanto intimidatória tipica de quem anda em grupo pelas ruas, seja em shoppings, festas ou outros locais… Diria que, fossem 500 crentes atacando pessoas no shopping com panfletos e discursos religiosos, causaria o mesmo efeito…

  54. Esperança? Que mané esperança

    Esperança? Que mané esperança de “invasão de praias dos chiques”!

    Esses caras querem consumir, nada os impede! Fazer arruaça dentro de estabelecimento privado é o que NÃO PODE e já aconteceu quando vândalos agrediram covardemente 2 guardas municipais em SP!

    Não há racismo, muito menos uma luta social e política nesse caso como quer fazer crer o PT!

    Agora culpa também de TODOS os governos (municipais, estaduais e federal)! Que tal abrirem as escolas nos fins de semana para atividades culturais (hip hop e dança de rua, por exemplo)? Talvez a possibilidade de ofertar cursos profissionalizantes para a comunidade? Que tal construírem quadras esportivas? Que tal construírem pistas de skate para a molecada? A defensora do rolezinho, que está em Davos hoje, prometeu quadras esportivas espalhadas pelo Brasil, onde estão?

  55. Esperança? Que mané esperança

    Esperança? Que mané esperança de “invasão de praias dos chiques”!

    Esses caras querem consumir, nada os impede! Fazer arruaça dentro de estabelecimento privado é o que NÃO PODE e já aconteceu quando vândalos agrediram covardemente 2 guardas municipais em SP!

    Não há racismo, muito menos uma luta social e política nesse caso como quer fazer crer o PT!

    Agora culpa também de TODOS os governos (municipais, estaduais e federal)! Que tal abrirem as escolas nos fins de semana para atividades culturais (hip hop e dança de rua, por exemplo)? Talvez a possibilidade de ofertar cursos profissionalizantes para a comunidade? Que tal construírem quadras esportivas? Que tal construírem pistas de skate para a molecada? A defensora do rolezinho, que está em Davos hoje, prometeu quadras esportivas espalhadas pelo Brasil, onde estão?

  56. rolezinhos proveitosos

    Por que essa meninada nao vai dar rolezinho em hospitais visitando doentes?

    Por que nao fazem campanhas em ajuda aos necessitados?

    Por que nao ajudam em filas de postos de saude?

    Por que nao ajudam aos desbrigados da chuva?

     

  57. rolezinho

    a maioria desses jovens nao trabalham e tem roupas de marca por causa dos pais que nao tem a minima ideia que eles fazem, uns 3 anos forçados no quartel ia mudar tudo isso, mas hoje em dia o governo da mole pra esses vagabundos

  58. discordo do rolezinho

    sabemos que desrespeito a cf garante o direito de ir e vir ,o problema e simplesmente o exagero no qual os jovens cometem em xi que sabemos nao comporta tantas pessoas ,grito de guerra a que guerra estao falando,palavroes a quem se destina ,a liberdade de expressao e necessaria ,mais a lberdade esta alem do limite

    nao importa o local seja nos bairro ou na praça de alimentaçao,eles gostam de afrontar e nao conviver

    ,o mesmo direito que eles tem nos tambem ,e noler um livro ou ate ficar de bobeira,hoje e impossivel ,pois nao sabemos ssa familia de ir ate la para um lanche ,namorar  ou ficar apenas de bobeira hoje e impossivel 

     

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