O fôlego de Marina Silva – presidência é destino ou só mais um caso de overshoot?

Até quanto o sucesso de Marina Silva na pesquisa DataFolha de 30 de agosto de 2014 é uma salada mista que reúne entre seus ingredientes um enorme senso de oportunidade para aproveitar comoções midiáticas, destruição de expectativas racionais e overshoot?

Hoje, Marina Silva é a nova presidente da República. No 2º turno, derrota Dilma por 10 pontos de diferença. Só que, no 1º turno, ambas empatam em 34% dos votos. Ora, o Governo Dilma já tem um percentual de aprovação de 35% de ótimo e bom. Regridiria? Nem quem considera Dilma ótima vota em Dilma? Faz sentido?

Duas definições.

Overshoot – é um resultado fora do padrão. Em teoria de controle, overshoot ocorre quando um sinal ou função excede sua meta. Ou segundo Katsuhiko Ogata, “o valor máximo do pico da curva de resposta medido a partir da resposta desejada do sistema”.

Expectativas racionais – é um conceito econômico formulado pela primeira vez por John Muth em 1961 e que se popularizou após a publicação de artigo assinado por Robert Lucas e Leonard Rapping em 1969 sobre salário real, emprego e inflação. Baseia se na hipótese de que os agentes econômicos utilizam toda a informação disponível sobre o atual comportamento e as previsões para o futuro da economia. Com base na experiência e nessas informações, os agentes antecipam de forma racional as atitudes e políticas futuras do governo, reagindo no presente em consonância com as expectativas formadas e anulando em algum grau a efetividade dessas políticas.

Governo Dilma – quando o ótimo não é suficiente.

O gráfico abaixo representa a avaliação do Governo Dilma.

Por algumas razões, esse gráfico sempre me incomodou.

A primeira delas é notar o grau de impacto que um fenômeno ainda pouco compreendido como as Manifestações de Junho de 2013 teve na percepção dos brasileiros em relação ao governo federal. Desde lá, há um novo patamar de aprovação que representa uma ruptura.

A segunda é a sua estabilidade a partir de então. Há um ano que nenhum fato da vida nacional, para o bem ou para o mal, o altera significativamente. Por ele, algo em torno de 75% da população apoia o Governo Dilma. Destes, 35% consideram o governo ótimo ou bom. Os demais o consideram regular.

Esse gráfico sempre foi incoerente com um outro. O das intenções de voto do 2º turno destas eleições 2014.

A experiência diz que o povo não troca governos que ele avalia como aceitáveis. O povo não pode correr riscos, sua sobrevivência depende da estabilidade. São as tais expectativas racionais. Assim, só crises levam-no à mudança de governantes.

Dilma on my mind.

Some-se a isso a presença de Dilma no imaginário do eleitor. Traduzido no seu índice de intenção de votos espontânea, ou seja, votação já consolidada. Dilma está na média de 22 pontos percentuais. Patamar nunca alcançado por seus adversários, nem na pesquisa estimulada, mesmo na primeira pesquisa com Marina Silva substituindo Eduardo Campos, recém e tragicamente falecido.

Isso era coerente com a intenção de votos de Dilma no primeiro turno, quando não seria de se estranhar nem mesmo já sua eleição.

O antipetismo como candidato

Ocorre que, na hipótese de um segundo turno, o cenário se alterava.

Tanto Aécio quanto Eduardo Campos eram caudatários dos votos antipetistas.

Reparemos, no entanto, os votos não eram deles, eram do “antipetismo”. Como antipetismo não é candidato, qualquer um que se apresentasse no segundo turno como adversário do PT somava esses votos aos que já trazia do 1º turno.

Desejo de mudança, rejeição ou destruição das expectativas racionais?

O que provocaria tal voto antipetista?

Uma forte rejeição a Dilma ou um enorme desejo de mudança é a explicação corrente.

Desejo de mudança ou niilismo instrumentalizado?

Comecemos com o propalado desejo de mudança.  Se ele existe, é anterior ao Governo Dilma, vem mesmo desde o Governo Lula, que teria feito sua sucessora em um desses momentos de ufanismo que compensam nosso atávico niilismo. Pelo menos é o que nos mostra a Folha de 30 de agosto de 2014.

 

A pesquisa do IBOPE de junho de 2014 é mais detalhada. O brasileiro, realmente, parece ser um insatisfeito, mesmo nos momentos de maior aprovação de Dilma – 92%. 

E, a partir de determinados momentos, junho de 2013 e janeiro de 2014, mesmo onde o governo tem sucessos reconhecidos.

Pergunte a alguém assim, se ele deseja mudanças.

 

Por que passei a odiar Dilma?

Agora, a rejeição a Dilma é um caso que ainda precisa ser explicado. Vemos que até abril de 2014 não há diferença entre as rejeições de Dilma e de seus adversários. São literalmente iguais. Algo acontece a partir de abril e há um descolamento contínuo e crescente da rejeição do eleitorado à Dilma em relação a qualquer outro adversário.

 

 

O que teria ocorrido a partir de abril?

A explicação talvez venha da destruição das expectativas racionais da população. Mas não de algo objetivo que provocasse uma queda na qualidade de vida do brasileiro, como foi o fim do governo FHC, com o país parado, endividado, sem investimento ou obras, com desemprego, salários comprimidos e inflação em alta. Não, no caso de Dilma parece haver algo subjetivo, que não guarda relação com o real.

Mas o quê?

O “manchetômetro” e a destruição das expectativas racionais.

A resposta veio da UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro e seu “Manchetômetro”.

Submetidas a tal nível de “valências negativas”, não há expectativa racional que resista.

Essa é a origem do voto antipetista.

Dilma X Dilma, ou a eleição de um só candidato.

Ocorre que Aécio só os herdava in extremis. No primeiro turno, o voto antipetista não tinha dono.

Isso, o voto antipetista sem dono, fica muito mais evidente quando se analisa o gráfico comparativo da intenção de votos “brancos, nulos e não sabe” do primeiro turno. Dilma oscila, mas nenhum outro candidato herda os votos que ela perde.

Assim, o nível de indefinidos é proporcional apenas ao nível momentâneo de aceitação de Dilma. Como se Dilma disputasse contra ela mesma.

 

Marina Silva, como luvas para as mãos dos indecisos.

Quando surge Marina, esse voto é dela.

A pesquisa DataFolha de 18 de agosto de 2014, logo após a morte de Eduardo Campos, é coerente com esse cenário.

Repare-se que Aécio e Dilma não alteram sua intenção de votos, Marina é a resposta aos indecisos.

Coerentemente, Dilma e Marina empatavam no segundo turno, dentro da margem de erro, em 45 pontos percentuais para ambas.

 

O fôlego de Marina Silva – presidência é destino ou só mais um caso de overshoot?

A grande imprensa trabalhou fortemente por um segundo turno, apenas inverteu-se inicialmente o beneficiário dos seus esforços. Marina ligeiramente à frente de Aécio – um empate técnico.  Nada que não pudesse ser corrigido no decorrer da campanha, garantindo Aécio no segundo turno.

Pela lógica, já que nenhum fato novo surgiu, desde então, e dado o curto tempo decorrido, o cenário descrito acima deveria ser mantido.

Porém, na pesquisa DataFolha de 30 de agosto de 2014, confirmando a do IBOPE de dias antes, Marina aparece com 34% das intenções de voto já no 1º turno. Conquistou 13 pontos percentuais em 12 dias e empatou com Dilma. Aécio está fora do jogo.

 

E aqui não há “manchetômetro” que explique.

Que Aécio caia cinco pontos percentuais poderia ser até explicado pelo voto útil, seus eleitores querem mais derrotar Dilma que eleger Aécio. Seria assim?

Agora, que todos os candidatos tenham simultaneamente caído de uma pesquisa para outra ao mesmo tempo em que o índice de indecisos caia também e todos esses votos migrantes tenham somente Marina como endereço só tem uma explicação – overshoot.

Até porque, com 34% dos votos, Dilma teria uma porcentagem menor do que os 35% daqueles que consideram seu governo ótimo e bom. Eis o gráfico do início do texto me incomodando outra vez. Não faz sentido.

Marina Silva teve até aqui tudo ao seu favor, a comoção com a morte de Eduardo Campo e o talento de se passar por sua “viúva” angariando simpatias comovidas e protegendo-a de críticas. Um grande índice de eleitores indecisos, formados pelo intenso bombardeio ao Governo Dilma, e à procura de um candidato que simbolizasse uma mudança real. A “Nova Política”, um conjunto de propostas vagas, mas adaptáveis aos melhores sonhos de cada um agregando mesmo eleitores opostos entre si.

Em uma situação como essa, o overshoot poderia realmente ocorrer. Porém, é um estado momentâneo, novas expectativa racionais começam a se formar a partir da campanha eleitoral. Compromissos terão de ser estabelecidos.

Collor conseguiu empinar um slogan até à vitória, mas o Brasil era outro. Até a eleição em primeiro turno falta mais de um mês, até a data do segundo turno, quase dois meses.  A “marinomania” durará tanto?

Aos poucos, vozes fortes começam a criticar Marina mais abertamente. E vozes do simbolismo da filha de Chico Mendes. A divulgação de seu programa de governo escancarou o neoliberalismo nele contido e a sua retratação na causa homossexual mostra um conservadorismo incompatível com apoiadores mais progressistas. Parecer que tem donos, nas figuras de Neca Setubal e Silas Malafaia, tampouco a credencia como líder da “nova política”.

Qual o fôlego de Marina Silva?

Marina é um caso de overshoot ou, como nos ensinou Tancredo Neves, presidência é destino?

Redação

25 Comentários

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  1. Ótima análise!

    Adoro ver os dados e análisá-los. Parabéns. Mas vc não explicou a inexplicável controvérsia dos dois primeiros gráficos: 75% de aprovação para o gov. Dilma mas só 40% de votos no 2o turno. Eu achava que brasileiro era um povo conservador (mesmo quando isso significasse votar num partido de centro-esquerda)…

  2. Esse cara tá de brincadeira.
    Esse cara tá de brincadeira. A rejeição a Campos e Aecio caíram a partir de abril porque foi o momento em que passaram a ficar conhecidos da população. A rejeição a Dilma permaneceu onde estava porque todo mundo já a conhecia. Esta é uma explicação banal desse fenômeno, que alias ocorre em toda eleição.

  3. Os blogs progressistas

    Os blogs progressistas ficaram muito apreensivos com essa última pesquisa. Mas eu acredito que ela não reflete a realidade, moro no MS estado que historicamente é de direita, e, aqui, não vejo ninguém falando em votar na Marina, bem diferente de quatro anos atrás quando muitos diziam que votariam nela. Ou seja, hoje a maior parte das pessoas que conheço votam na Dilma e algumas no Aécio. Considero então que a Dilma terá mais votos do que teve em 2010, até porque naquela época poucos daqueles que conheço votaram nela, a maioria votou no Serra e na Marina, situação bem diferente agora. Acho que esta pesquisa foi para esconder um fato: a Dilma está muito próxima de vencer no primeiro turno. Considero que a Marina não faz mais de 20% dos votos, o Aécio não convence e fica entre 15 e 18%, enquanto que a Dilma provavelmente tenha entre 40 e 43%, ou seja, entre 2 e 5% de votos para vencer no primeiro turno, considerando que os nanicos tem entre 3 e 5%, então estamos no limite para vencer no primeiro turno. Por isso o desespero da mídia, sabendo desse fato, fizeram essa pesquisa tentando esconder que na verdade o PT pode vencer ainda no primeiro turno, coisa que nem o Lula conseguiu, mas se a mídia não agisse poderia acontecer. Mas mesmo com toda essa mobilização da mídia, isso ainda pode acontecer.

    1. Também acho

      Essa eleição vai ser a prova dos nove se os media ainda têm alguma credibilidade e capacidade de influência sobre a população ou se ela já alcançou a maioridade…

      Os “vetores” positivos e negativos do manchetômetro só têm valor pra quem acredita neles. Se não, não valem nada…

      Precisa saber se o leitor acredita e concorda com a opinião dos jornais…

  4. Poderia haver um “que” de

    Poderia haver um “que” de religioso na questão.

    Acho que o “ser ungida por Deus” teve muito significado entre os evangelicos.

    Após a morte de Eduardo, pastores e bispos conseguiram mudança de votos entre seus fiéis pois Marina, é uma candidata mais viavel que pastor Everaldo.  

    Intenção de votos por religião

  5. depois que a moça  do ibope

    depois que a moça  do ibope me confessou que a maioria das consultar eram feitas por telefone mesmo comecei a dsacreditar  mais fortemente dessas pesquisas ditas científicas –

    e os meus vizinhos que não tem telefone?

    o ibope tradicionalmente tem furos na pesquisa –

    dizem que os números sempre beneficiam quem contrata, né mesmo?

    enquanto não houver realmente uma redemocratixação-regulamentação da grande mídia brasileira, dificilmente teremos uma verdadeira democrcia que possa beneficiar  toda a população,

    já que essa grande mídia hegeonica desde os tempos do suicídio de getúlio e do ogolpe contra jango vem fazendo e  desfazendo,

    mais desfazendo do que fazendo, sempre, claro, mandando e desmandando nas instituições, como no caso do mensalão no stf.

    e agora ajustando seus interesses conforme as manifestações da chamada primavera brasileira de junho de 13 – que número cabalístico, não lhe parece?

    como a primavera do egito que virou ditadura e outras assemelhados, será no que vai dar a nossa?

    quem bobeou, bobeou, quem nõ deu bobeira, tá dando o golpe?

    é tão simples?

    prefiro esperar 5 de outubro

  6. presidência é destino ou só mais um caso de overshoot?

    A massa dos eleitores de Marina, tirando a direita raivosa e os apolíticos, é formada na sua imensa maioria  pelos seus irmãos pentecostais (Assembléia de Deus, Igreja Universal, a Igreja do Pastor Malafaia e eles são totalmente apolíticos, o mundo que eles vivem é o mundo das Sagradas Escrituras e preocupam somente com os irmãos “convertidos e batizados segundo o rito deles”, os outros brasileiros: católicos, espíritas, sem religiao, ateus, etc., são para eles pagãos, escória do mundo, fadados ao fogo eterno do inferno, se não se declararem “Evangélicos como eles”.  É esta a verdade, nua e crua.  Querem saber quantos brasileiros irão votar em Marina?  É só somar o número de petencostais, o número da direita raivosa, o número dos apolíticos.  Para reverter este quadro, o outro Brasil, o Brasil que pensa a nação, tinha que se unir em torno do projeto de Dilma.  Temos que entender que não estamos combatendo idéias socialistas, capitalistas, mas uma verdadeira guerra santa.  Igualzinha a guerra entre Hitler e os Judeus, na segunda guerra mundial.  Os evangélicos sempre sonharam tomar o poder porque se julgam “santos”, uma elite espedial que Deus separou dos pedadores.  Se não entrarmos nesta guerra, não em nome de Jesus, mas em nome do povo brasileiro, do estado laico, a vitória de Marina Silva vai ser um verdadeiro massacre.  Eu termino citando uma frase de Gamaliel, mestre de São Paulo:  “Apareceu um certo Teudas, comandando quatrocentos homens.  Ele  foi morto e seus partidários foram  reduzidos a nada.  Depois apareceu Judas, o galileu e arrastou o povo consigo, mas também foi morto e os que o seguiam foram dispersados.  Por isso vos aconselho:  Deixai estes homens em paz, se o seu projeto  provém de homens, por si mesmo se destruirá.”  Eu não acredito em nada que vem da Marina Silva, (Diga com quem andas e direi quem és.), mas tenho certeza que ela está ofendendo muito a Deus com o tipo de política que está fazendo, principalmente aceitando o dinheiro sujo do Banco Itaú, usando como degrau a morte de Eduardo Campos e sobretudo se dizendo uma iluminada.  Que Deus tenha pena do Brasil.  Quero deixar bem claro que respeito e admiro o verdadeiro cristão de todos os seguimentos religiosos, aquele que realmente vive os ensinamentos de Jesus e que tem o discernimento de ver a verdade e jamais se deixa alienar por falsos pastores e  falsos messias.

  7. Não dá pra desprezar nenhum

    Não dá pra desprezar nenhum cenário eleitoral analisado neste momento. Marta perdeu a prefeitura, tendo 40% de aprovação. A imprensa elegeu Collor, também não nos esqueçamos disso. Mas vale também lembrar o famoso escândalo Globo/Proconsult… 

  8. Dilma trabalhou como nenhum presidente

    Trabalhou como nenhum presidente depois da redemocratização, mas a impressão que tenho é que a população não tenha nem 10% das suas realizações, mesmo assim apoiam a presidente. Algo inexplicável: As pessoas reconhecem que melhoraram de vida com o PT mas babam de ódio do PT, isso aconteceu quando SP derrotou Marta Suplicy, colocando em seu lugar o Maluf e, na sequência, Pitta, Kassab, Serra…Quando viram que essa gente detonou a prefeitura, chamaram o PT de volta e ta ai, de novo, a midia em pé de guerra contra o PT na prefeitura de SP. A mídia é uma desgraça prá esse pais e para a democracia.

  9. Nem overshoot, nem destino

    A tese do overshoot não se sustenta.

    Ibope e Datafolha não iriam mostrar um ponto fora da curva ao mesmo tempo.

    A hipótese que surge de imediato, e que eu não descarto de todo, é a de manipulação. Para testá-la, seria bom que outros institutos de pesquisa divulgassem resultados.

    Quanto a “destino”, nem pensar. Falta muito tempo para o segundo turno, que é o que vale. A candidatura do PSB esteve em seu melhor momento na semana que passou. As contradições começam a surgir e ser divulgadas; com isso, é de se prever que esfrie uma parcela do entusiasmo em torno da novidade.

    Mas concordo com o post em um ponto não muito bem explicitado: a incompatibilidade entre a taxa de rejeição de Dilma (35%) e o percentual de ruim/péssimo na avaliação de seu governo (26%). Como explicar essa diferença de nove pontos?

    De três uma: ou as pesquisas usam metodologias e bases diferentes, o que invalida sua comparação; ou uma das pesquisas está errada; ou, ainda, há algum fenômeno por trás dessa contradição que merece ser investigado.

    A última hipótese é a mais promissora. Voney Malta tenta fazer um diagnóstico, aqui. Em essência, embora sem condenar o governo Dilma como um todo, uma faixa importante do eleitorado acha que é necessário trocar para tentar melhorar – ou ao menos, acrescento, tentar combater o que se avalia (justa ou injustamente, não entro no mérito) como vícios da gestão do PT.

  10. Engraçado é que muitos que

    Engraçado é que muitos que vão votar em Marina e criticam a “polarização” PT-PSDB, tem como modelo de vida os Estados Unidos.

    Qual maior polarização do que os partidos republicano e democrata, que ficam se alternando no poder desde sempre?

    Lá também existe a “terceira via”, os “verdes”. Vão ver quantas eleições eles ganharam.

  11. Também não vejo

    Também não vejo quase pessoas, aqui no rs, votando em osmarina. Os faceburros jovens são os mais osmarineiros por serem antipetistas,  não vão votar no “corrupto” pt, mas estes dizem  que preferem ficar dormindo ou no faceburro. Para eles, votar fora do faceburro, não faz parte do seu objetivo. Portanto o voto em osmarina é um voto de eleitor inconsequente e/ou antipetista. A direita representa os oportunistas. Uma das coisas que faz com que eu respeite muito o eleitor do PT, é a consciência desse voto. Esse, dificilmente vota regurjitando bile. Seu voto é extremamente consciente, porque vota no programa do partido,.

  12. Pesquisa

     Os protestos de 2013 impactaram negativamente em Dilma. E Marina conseguiu capitalizar bem. Depois, Dilma se recuperou da onda de protestos e até voltou ao patamar de 40% de aprovação de governo. Só que veio o desastre e Marina é a candidata a presidente e uma parte de eleitores (pequena) que iriâo votar em  Dilma, por não desejarem votar em Eduardo e Aécio passam a votar em Marina, tem os votos nulos e indecisos que passam a ir pra Marina, tem também os votos utéis (eleitores que acreditam que a única chance de derrotar Dilma é votando em Marina) votos de Aécio e do Pastor Everaldo. Se esses votos vão se consolidar pró Marina não sei.

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