8 de março: Reflexão e respeito são os melhores presentes

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Por Allan Simon

Mais uma vez, tenho que ressaltar nesta data que 8 de março é um dia de reflexão, e não de comemoração. O Dia Internacional da Mulher tem como função principal renovar em cada um de nós, seres humanos, a cada ano, a força para lutar contra uma mentalidade conservadora, machista e retrógrada que tenta isolar e impedir o crescimento das mulheres.

De nada adiantarão as flores e as caixas de bombom distribuídas hoje, a não ser para agradar por algum instante aquelas que serão presenteadas. Um mimo, um presente, isso tudo é legal, mas seria em qualquer outro dos 364 dias. Mas acho que o melhor e maior presente que podemos dar é outro.

É lutar e fazer com que alguns desejos se realizem a partir de agora: Que possamos não dar atenção às bocas que disparam maldades contra elas. Que se convertam em algo minimamente inteligente os cérebros que ainda concebem a imagem feminina como o “sexo frágil”. Que sejam condenados moralmente todos aqueles que insistem em dizer que a mulher é culpada pelo assédio e agressões que sofrem.

Que já neste próximo ano, até 8 de março de 2016, nós possamos evoluir um pouco mais. Que menos vozes recheadas de ódio sejam ouvidas. Que menos dedos carregados de julgamentos preconceituosos sejam apontados. Que mais amor e RESPEITO possam dar o tom em mais uma temporada de luta pelos direitos iguais.

Mais direito de escolha, mais poder sobre o próprio destino, mais espaço no mercado de trabalho, mais igualdade na distribuição de salários. Menos violência doméstica, menos ataques, menos estupros, menos gente ditando o que se deve ou não fazer, vestir, como se comportar.

Ainda sonho com o dia em que 8 de março será um verdadeiro Dia da Independência. Assim seja.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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