As obras da Copa e a desinformação do Ministro dos Esportes

No final do ano, entrevistado sobre os problemas nas obras da Copa, o Ministro dos Esportes Aldo Rabelo pretendeu passar uma mensagem otimista. Disse que no Brasil “há uma instituição muito tradicional e respeitada”, que é o casamento.  Segundo a matéria do portal Terra, Aldo explicou que “em 100% dos casamentos que testemunhei a noiva chegou atrasada, nunca vi chegar na hora, e nunca vi deixar de acontecer por isso”.

Esse foi o nível das explicações para o tema mais discutido no momento.

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Na segunda-feira à noite, o programa Brasilianas – da TV Brasil – abordou a questão das obras da Copa. Foram convidados dois críticos das obras. Tentou-se com Aldo sua vinda ao programa. Resposta lacônica: não tem agenda. Solicitou-se que indicasse alguém. Nova resposta lacônica: por problema de agenda, não poderia indicar ninguém.

A agenda de Aldo é provavelmente secreta. Todos os Ministros disponibilizam sua agenda na Internet. Na de Aldo, não existia um compromisso sequer anotado para aquela segunda-feira:

A produção do programa recorreu, então, ao Ministério do Planejamento, que imediatamente providenciou um debatedor para defender as obras: o Secretário Executivo do próprio Ministério dos Esportes, Luiz Fernandes, um técnico de alto nível que proporcionou uma aula imperdível sobre o tema.  Sem o concurso da Seplan, o programa exibiria três críticos e nenhum defensor da Copa.

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Fernandes detalhou o modelo de gestão das obras, um Comitê formado por representantes dos governos federal, estaduais e prefeitos das onze cidades sedes. Eles ajudaram a compor a Matriz de Responsabilidade, definindo o papel de cada ente federativo. E também as obras prioritárias de infraestrutura, aeroportos, portos, mobilidade urbana, estádios, segurança, telecomunicações e turismo.

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Juntamente com esse conselho, foram criados conselhos de acompanhamento, composto por representantes do Tribunal de Contas da União, dos Estados, CGU (Controladoria Geral da União), Ministério Público Federal e MPEs estaduais.

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As únicas obras específicas para a Copa, precisando seguir os padrões da Fifa, são os estádios. Todas as demais são investimentos necessários, sem nenhuma relação direta com o evento. O que se fez foi aproveitar o alarde em torno da Copa para antecipar as obras..

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Um dos participantes do programa, técnico do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), trouxe à tona a suspeita de que, após a Copa, os estádios seriam transformados em elefantes brancos, sem serventia. E deu como exemplo, o estádio de Fortaleza.

Fernandes explicou o modelo de negócio por trás de cada estádio. Como arenas multiuso, além do futebol serviriam para receber espetáculos esportivos e musicais, congressos, em muitos deles foram construídos shoppings, além da valorização imobiliária no seu entorno.

No caso de Fortaleza, apenas a valorização dos terrenos no entorno deu um retorno adicional aos investidores.

A maioria dos estádios foi financiada para grupos privados, com fundos de investimento por trás.  No caso de estádios de propriedade de clubes de futebol – como no Paraná – as garantias foram asseguradas pelo próprio governo do Estado.

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Não respondeu – nem lhe foi perguntado – a razão do Ministro Aldo Rabelo não saber explicar esses mecanismos.

A resposta é simples: o presidencialismo de coalizão, que obriga a se entregar Ministérios a aliados políticos sem nenhum preparo.

Luis Nassif

104 Comentários

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      1. geraldinos e arquibaudos

        nao XTec. 

        os personagens geraldinos e arquibaudos em sua grande maioria, senão na totalidade, estão excluidos. Vão ver na TV. O que, penso, é motivo de comemoração é o FLA-FLU dos fracossomaníacos com sindrome de vira-latas para que ocorra o não sucesso financeiro (incluindo aí a própria dententora dos direitos de transmissão – que é caso de internação em hospitais psiquiatricos – que comprou esses direitos apostando no fracasso).

        Duas coisinhas simples: Onde há demanda, em quaisquer atividades, o preço sobe.

        Sucesso da copa (financeiro e quero acreditar esportivamente) = Reeleição de Dilma. O contrário não seria necessariamente verdadeiro.

      1. O governo tem culpa se o

        O governo tem culpa se o futebol foi mercantilizado pela FIFA?

        João Havelange foi um dos principais articuladores do projeto neoliberal, ao lado de Reagan, Thatcher, Pinochet, João Paulo II.

      2. A Copa pode trazer benefícios

        A Copa pode trazer benefícios para muitos, mas assistir aos jogos, pelos preços fixados, deverá ficar para o que aqui chamam de elite coxinha tucana.

  1. “A resposta é simples: o

    “A resposta é simples: o presidencialismo de coalizão, que obriga a se entregar Ministérios a aliados políticos sem nenhum preparo.”

    Ahh Nassif! Você descobriu a pólvora!A minha única duvida é se não existe um q de sabotagem, pois, no fim das contas, não será o Aldo que vai pagar o pato.dizer que o governo é “inocente” também não é verdade. O que tem sido feito para mudar essa situação? Qual a estratégia para um dia deixar de ser refém? Nenhuma né? Se acomodou, agora toma!

  2. Acusação prematura

    Nassif

    Concordo que o Ministerio dos Esportes não agiu de forma correta com a TV Brasil. Mas só este fato isolado não pode ser argumento para classificar o Ministro  como inconpetente

    1. Além do que, ontem, a

      Além do que, ontem, a qualidade política de Aldo foi apontada como algo positivo para um ministro e usada como fator de anti-climax diante da falta de interesse em ter representação no debate.

  3. Seria possivel colocar esse debate na integra?

    Quando a discussao eh em alto nivel, o pais tende a ganhar. Quando parte para o fla-flu partidario, nao da nem vontade de ler… Agora, uma correcao, provavelmente de quem compilou o debate: o Maranhao nao sediara nenhum jogo da Copa.

  4. Pelas barbas do profeta…

    Estádio no Maranhão? Que estádio no Maranhão?

     

    Não há absolutamente NENHUM estádio sendo reformado ou construído no Maranhão para a Copa do Mundo.

     

    O Maranhão não é, nunca foi e obviamente não será sede da Copa do Mundo de 2014.

     

    O “técnico” do IPEA contou uma lorota furada e o Nassif acreditou!

     

    Pelas barbas do profeta…

  5. Calma, minha gente.

    Calma, minha gente. Nassif pode ter cometido um engano. Não vai haver jogos da Copa no Maranhão.

    Mas uma vez eu solicito ao Nassif que disponibilize aqui, em seu Blog, o vídeo do  programa .

      1. E como a realização da Copa

        E como a realização da Copa do Mundo não está sob ataque nenhum, a TV Brasil, que é do governo, não disponibilizou até agora o programa. Pelo jeito não é só o Ministério dos Esportes que tem problemas de eficiência.

        Dilma, Mercadante ou sei lá quem,  dá para mandar o João Santana conversar com o tecnico que foi no Brasilianas e fazer uma campanha de esclarecimento para a população. Pode ser aquelas campanhas que a assessoria de imprensa do governo gosta. Que manda dinheiro para a Globo, para a Abril, para a Folha etc.

        1. Calma, Vera

          A TV Brasil tem por praxe disponibilizar/liberar no  site todos os seus programas após 7 dias da gravação/apresentação original. Segunda de carnaval vai dar para ver. 

          1. Isso é muito ruim…

            Depois, reclamam da pirataria. Aliás, alguém sabe onde dá para baixar a íntegra do programa?

            Falando sério: será que é tão difícil colocar alguém para carregar esses programas (ou automatizar essa operação – acredito que um programinha simples de computador resolveria o problema) imediatamente após a veiculação? Não é possível que demorem sete dias para uma coisa tão básica.

            Nesse aspecto, entre outros, a Telesur dá de dez a zero na TV Brasil.

      2. O programa

        Seria muito postar esse programa no YT e aqui no blog, além do interesse proprio em assisti-lo, gostaria de envia-lo aos cricris anti-copa e aos que estão procurando saber mais. 

  6. Debate sobre Copa do Mundo

    Tb gostei muito da participação do Secretário, pois demosntrou conhecer muito bem o assunto. Fico surpresa em saber que não foi indicado pelo próprio Min. dos Esportes e sim pelo Min. do Planejamento.

     

  7. Incompetência

    Essa história de dar cargo em ministérios ou em empresas públicas a aliados despreparados já vi inúmeras vezes.

    Reclamam que o ministério vai mal ou que a estatal está dando prejuízo. Agora colocar gente que entenda de “gestão” nestes cargos, ninguém quer, pois irá contra os desejos e interesses políticos.

    Há muitos anos atrás fui funcionário concursado da Embratel e naquela época a coisa já era assim. Colocavam um idiota testa de ferro na presidência da empresa e deu no que deu. Poderiamos ter ainda hoje uma empresa do governo neste segmento e não ficar à deriva nas mãos das estrangeiras. Sei que muita gente irá falar que minha visão e retrógrada, mas é o que penso.

  8. De Geisel p/Sarney

    Funciona assim, torra uma montanha de dinheiro público fazendo uma arena no meio nada em uma cidade com times sem nenhuma expressão. Passa o patrimônio para grupos privados por meio de licitações no mínimo duvidosas. No final alega que a valorização imobiliaria (na realidade uma bolha imobiliaria) gerada no local fez tudo valer a pena. Para eles deve valer mesmo, pois as construtoras devem contribuir com montanhas de dinheiro para os nossos super corruptos partidos.

    Até o Parreira achou um absurdo a escolha de Cuiabá.

    Segundo o Nassif, a justificativa da ausência do débil mental do Ministro é o presidencialismo de coalização.

    Moral da história, votamos em uma gerentona que não sabe gerenciar. Pelo menos ela é uma grande estadista. Pensando bem, deixa p lá.

    PS: ainda aparece um comentarista idiota comemorando o fato de que supostos ingressos da final já estão valendo cem mil reais. E ele acha isso ótimo. É o fim do mundo. Falava que esse governo parecia o final do Geisel. Mas agora acho que a comparação deve ser com o Sarney.

     

    1. Até o Parreira porquê ?

      Não sei se conhece Cuiaba, mas la em MT, ao contrario do que propagam, ha um campeonato local muito disputado e a copa deu o impulso que faltava para algumas melhorias de infraestrutura na cidade. Toda a cidade, apesar dos enormes transtornos causados pela construção do VLT local, um projeto que existia desde meados dos anos 90, esta euforica com os jogos da copa por la. Se ha superfaturação ou não, ai é outro problema.

      Portanto o estadio do Verdão que foi reformado para a Copa, vai continuar servindo à população local para o compeonato anual local, campeonato brasileiro, para shows, encontros da  juventude catolica etc. 

    2. Isso é uma grande mentira. Os

      Isso é uma grande mentira. Os brasileiros são fanáticos por futebol no país inteiro. Não vai haver elefante branco, nem em Cuiabá, muito menos em Fortaleza. O nordestino é mais fanático em futebol do que carioca e paulista, pode ter certeza. A Copa do Nordeste tem altíssima média de público, maior que o Brasileirão, e o Cariocão e o Paulistão.

      Esses caras não entendem nada de povo brasileiro. O nordestino e o nortista vão fazer uma festa inesquecível na Copa. Podem escrever aí. E que os black blocs não se atrevam a aparecer, vão ser escurraçados. 

    3. Até que enfim encontrei uma

      Até que enfim encontrei uma pessoa que pode me informar, com toda a certeza o que é uma ” licitação no mínimo duvidosa”  Por favor ! tem a palavra. Could you please ?

      1. Posso sim…

        Posso sim, sra Lenita. Aqui no Rio de Janeiro o Maracanã, licitado para Odebrecht e para o Sr. Eike Baptista, ambos grandes amigos da sua candidata, iam fechar contrato apenas com o Flamengo e com o Fluminense. O prefeito deu um jeitinho de fechar o Engenhão, alegando que um vento acima de 63 Km/h iria derrubar o estádio. Desde a interdição, já houve alguns vendavais na cidade. O estádio nem se mexeu. Sabe quem gostou da interdição? O consórcio que administra o Maracanã, que agora tinham os 4 grandes na mão.

        O estádio do Corinthians é uma tremenda vergonha, dinheiro público jogado no lixo, faria mais sentido botar o Pacaembu abaixo e construir outro.

        Em Minas um dos grandes (atual campeão da Libertadores) não quer jogar no estádio, alega que os aluguéis são muito altos.

        Em relação as pessoas que falaram de Cuiabá e de Manaus, me recuso a comentar, o futebol desses lugares é ridiculamente pequeno. Só um governo incompetente desse para jogar tanto dinheiro no lixo.

        PS: Belém merecia muito mais ser sede, e nem foi lembrada…

  9. ISTO É QUE É CONCLUSÃO FORÇADA

    ISTO É QUE É CONCLUSÃO FORÇADA

    1.Abrindo, sobre Aldo Rebelo: “Resposta lacônica: não tem agenda. Solicitou-se que indicasse alguém. Nova resposta lacônica: por problema de agenda, não poderia indicar ninguém.”

    2. Concluindo, sobre Aldo Rebelo: “Não respondeu – nem lhe foi perguntado – a razão do Ministro Aldo Rabelo não saber explicar esses mecanismos.”

    3. Pós-concluindo, agora já sobre todo o Governo Federal: “A resposta é simples: o presidencialismo de coalizão, que obriga a se entregar Ministérios a aliados políticos sem nenhum preparo.”

    Eita gota, isto é que é alavancagem de argumentação. Só porquê o Ministro não participou do programa, o Nassif esculhambou o ministro e o governo federal inteiro. Eita vaidade ferida.

    1. “Só porquê o Ministro não

      “Só porquê o Ministro não participou do programa, o Nassif esculhambou o ministro e o governo federal inteiro”:

      Nao senhor.  Nao foi porque a noiva nao apareceu, Francisco.  Foi porque ela era burra mesmo.

    2. Há um claro problema de

      Há um claro problema de comunicação no governo Dilma, parte pelo bloqueio de mídia, parte por incopetência do governo. Nas raras oportunidades o ministro  se omite. 

    3. A agenda melindrou Luis Nassif que chutou o balde de Aldo Rabelo

       

      Francisco de Assis (quarta-feira, 26/02/2014 às 08:59),

      É bom ver um comentário assim em que já se diz o que a gente pretendia dizer ou já disse. Dá tempo para pensar em algo diferente para dizer.

      Enquanto vou elocubrando, transcrevo o meu comentário enviado para ele terça-feira, 25/02/2014 às 00:37, junto ao post “O salto alto de Aldo Rabelo na não defesa da Copa” de segunda-feira, 24/02/2014 às 21:56, também de autoria de Luis Nassif. O endereço do post “O salto alto de Aldo Rabelo na não defesa da Copa” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/o-salto-alto-de-aldo-rabelo-na-nao-defesa-da-copa

      E o que eu disse lá para Luis Nassif foi o seguinte (Transcrevo na íntegra com alterações apenas para correção de português que eu assim considerar ou para esclarecer o que ficou-me parecendo confuso):

      – – – – – – – – – – –

      “Luis Nassif,

      Um tanto exagerado o título deste post de sua autoria de hoje, terça-feira, 24/02/2014 às 21:56, chamado “O salto alto de Aldo Rabelo na não defesa da Copa”.

      O conteúdo do post não tem muita coisa e poderia ter pelo menos o link para o Brasilianas.org de hoje que teve a Copa como tema. Ainda assim, valeu saber que, pelo menos na sua avaliação, o Secretário Executivo do Ministério dos Esportes Luiz Fernandes, diga-se de passagem subordinado de Aldo Rabelo, tem bons argumentos em defesa da Copa.

      Pelo post “O salto alto de Aldo Rabelo na não defesa da Copa” também ficamos sabendo da sua via-crúcis para conseguir um representante do governo na sabatina sobre a Copa.

      E o último conteúdo do post “O salto alto de Aldo Rabelo na não defesa da Copa”, um tanto de acordo com o título, é de que o ministro Aldo Rabelo não é uma figura política maior. E se depreende que ele seria, se tivesse indicado um representante para participar do Brasilianas.org. Critério esdrúxulo de avaliação ministerial.

      Está tudo em um oito ou oitenta desenfreado. Um ministro é avaliado pela capacidade de presto indicar um representante para defender com brios a escolha do Brasil para sede da Copa do Mundo em um palco de debate. Debate que numa cegueira visível apresenta como principal argumento crítico à escolha do Brasil como sede o fato de que no Brasil os custos são maiores do que em outros países e perde-se a oportunidade de criticar o câmbio, o senhor de toda a equação.

      Depois, como fez Luciano Coutinho lá no post “Luciano Coutinho em Davos” de quarta-feira, 29/01/2014 às 14:14, Aldo Rabelo prestigiará o blog e dará uma explicação. O endereço do post “Luciano Coutinho em Davos” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/luciano-coutinho-em-davos

      E a razão de todo o esforço do Luciano Coutinho em se explicar via a assessoria do BNDES foi uma frase sua no post “A economia, vista da área econômica do governo” de quarta-feira, 29/01/2014 às 06:00, de sua autoria, em que você diz:

      “A não-presença do presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) Luciano Coutinho é sintomática. Há pelo menos sete meses Luciano não é recebido por Dilma. Provavelmente será a próxima grande dor-de-cabeça do governo”.

      Uma frase de per si desnecessária e que mais ainda peca por ser tão sem propósito no post “A economia, vista da área econômica do governo” que não justificou nem mesmo o link ao post lá no outro post “Luciano Coutinho em Davos”, em que o presidente Luciano Coutinho rebate os dizeres da sua frase. Faltou o link lá, mas eu o deixo aqui a seguir. Assim, o endereço do post “A economia, vista da área econômica do governo” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/a-economia-vista-da-area-economica-do-governo

      E então no afogadilho ou por oportunismo, o blog vai ganhando destaque e por mais que seja merecido este destaque, ele também é fruto de pequenas injustiças.

      E se não há dor maior do que recordar-se de tempos felizes na miséria então que se cultivem apenas tempos ruins. Ou talvez mais bem ainda faríamos se tudo esquecêssemos. O que parece ser a opção da imensa maioria. Amanhã estará tudo olvidado.

      – – – – – – – – – – – – – – –

      Enganei-me. Aldo Rabelo não encaminhou uma justificativa e Luis Nassif não esqueceu o que se passou e voltou com a crítica.

      Bem, e para dizer algo diferente eu primeiro repito o que você disse no encerramento do seu comentário enfatizando minha concordância com você. Diz então você:

      “Só porquê o Ministro não participou do programa, o Nassif esculhambou o ministro e o governo federal inteiro”.

      Concordo, mas acrescento. Não foram só o ministro Aldo Rabelo e o governo federal que sofreram com a afirmação final de Luis Nassif neste post “As obras da Copa e a desinformação do Ministro dos Esportes” de quarta-feira, 26/02/2014 às 06:00, em que ele dá a resposta para o fato de Ministro Aldo Rabelo não saber explicar os mecanismos que permitem o gerenciamento das obras da Copa. Segundo Luis Nassif a razão para a falta de explicação se encontra no:

      “presidencialismo de coalizão, que obriga a se entregar Ministérios a aliados políticos sem nenhum preparo”.

      Então, na visão de Luis Nassif, a razão de todo o imbróglio é o presidencialismo de coalizão. Sempre achei precários os critérios que Luis Nassif utiliza para elogiar ou criticar um chefe de executivo, seja um presidente, um ministro de Estado, um governador, prefeito ou secretário estadual ou municipal. Aqui, entretanto, a minha resistência é à crítica dele ao modelo político. O que o Luis Nassif está combatendo é o presidencialismo de coalizão. Presidencialismo de coalizão que é um termo mais palatável do que o indevidamente criticado fisiologismo. Indevidamente criticado porque no seu sentido natural, e não o deturpado indicando atos de ilegalidade, fisiologismo é prática salutar e inerente ao processo democrático.

      Resistência que eu manifesto há muito tempo, mas gosto de mencionar o post “FHC combate o fisiologismo que praticou” de quarta-feira, 16/11/2011 às 09:59, encontrado aqui no blog dele e com introdução dele, para deixar claro como ele dá um tratamento equivocado ao tema. O endereço do post “FHC combate o fisiologismo que praticou” é:

      https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/fhc-combate-o-fisiologismo-que-praticou

      Segundo Luis Nassif, pelo que ele diz já no início do post “FHC combate o fisiologismo que praticou”:

      “O fisiologismo é uma praga do modelo político brasileiro”.

      A frase correta a se concordar com a avaliação de Luis Nassif sobre o fisiologismo seria:

      “O fisiologismo é uma praga do modelo político democrático no mundo”

      Digo a se concordar com Luis Nassif porque estou supondo que ele esteja falando do fisiologismo que existe ao se fazer um acordo no parlamento em que se tem o toma-lá-dá-cá, o é-dando-que-se-recebe, a barganha, o conchavo e todas as formas lícitas para se chegar a composição de interesses conflitantes de modo democrático que é a essência da atividade política na democracia. Eu não concordo com Luis Nassif porque considero o fisiologismo uma prática inerente ao processo democrático e disse que é uma prática salutar porque só a considero legítima quando feita dentro da lei e não tenho dúvidas que sem ela não há funcionamento da democracia e por isso digo que o fisiologismo é inerente à democracia.

      Bem, de qualquer modo não há por parte de Luis Nassif um esclarecimento do que ele entende ser fisiologismo. Se ele se refere a atos ilegais então seria mais que razoável que eu também concordasse com ele, com a ressalva de que a ilegalidade ocorre em todo lugar do mundo. Ai a frase seria “O fisiologismo é uma praga do modelo político no mundo”. Aliás eu tiraria até o termo político pois acho que este termo faz mais sentido em uma democracia. Existe política em uma democracia, mas não creio que se deva chamar o que ocorre em uma ditadura de política. Em uma ditadura só há ditadura.

      Então sem definir o termo fisiologismo e dizendo tratar-se de uma praga, a única conclusão possível é que ele se refere ao fisiologismo no seu significado caricato em que se o usa em substituição à terminologia própria para tipificar um ato ilícito. Sim atos ilícitos com o significado de fisiologismo são uma praga.

      O problema é que mais à frente, ainda no post “FHC combate o fisiologismo que praticou”, Luis Nassif pergunta, mas em tom afirmativo como forma de defesa do fisiologismo:

      “Como garantir a governabilidade sem sistemas de cooptação política?”

      Ora, como aceitar atos ilegais em nome da governabilidade? Será a aceitação de atos ilícito que Luis Nassif defende em nome da governabilidade? Não creio. O correto é pensar que Luis Nassif considera o fisiologismo, constituído de atos lícitos, como uma prática condenável. Isto significaria de certo modo que Luis Nassif não aceita o regime democrático.

      Eu não vou a este extremo. Em minha avaliação Luis Nassif é um idealista. A política dele é a de Platão. Tenho um comentário que eu fiquei de enviar para o post “As discussões sobre a taxa Selic” de quinta-feira, 05/12/2013 às 07:00, aqui no blog de Luis Nassif em que ele contrapõe a opinião dele sobre a descrença dele no uso da Selic no combate da inflação e o argumento contrário do comentarista Henrique O. M Reis Jr. O endereço do post “As discussões sobre a taxa Selic” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/as-discussoes-sobre-a-taxa-selic

      E em meu comentário que ainda vou mandar eu falo muito sobre esta idealização de Luis Nassif. Ele idealiza o capitalismo, idealiza o Estado e idealiza a política. E há uma turma grande que segue a ele na idealização sem atentar para a enorme diferença que existe entre as idealizações de Luis Nassif e o mundo real. Em muito ele presta um serviço de desinformação. Desinformação que eu considero como o maior pecado praticado pelos grandes meios de comunicação.

      A desinformação é o mal maior, pois deseduca quem aprende. Há ainda outros males nessas análises dele como a de pensar que estas conclusões que ele chega a partir de episódios chinfrins dão base objetiva para a avaliação dos governantes.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 26/02/2014

  10. Aldo Rebelo sobre a Copa do Mundo. Em 19/12/2013

    Ministro diz que governo federal não está gastando com estádios da Copa

    Veja a íntegra do artigo do ministro:

    O país-sede não vence, necessariamente, a Copa do Mundo dentro do campo, mas festeja a passagem de um furacão desenvolvimentista que deixa em seu rastro benfazejo um legado incomensurável.

    O megaevento esportivo mais cobiçado e acompanhado do planeta, disputado com unhas e dentes pelos países mais desenvolvidos, é um motor de progresso e farol de projeção geopolítica.

    Como desejo, esperamos que ao soar o apito final no Maracanã, em 13 de julho de 2014, o Brasil seja campeão. Como realidade concreta e irreversível, ficará um resultado extraordinário para benefício do povo brasileiro.

    Os números são auspiciosos. O último balanço da Copa, que tem como referência o mês de setembro, mostra que os investimentos públicos e privados já alcançam R$ 25,6 bilhões dos quais:

    •    R$ 8 bilhões em obras de mobilidade urbana
    •    R$ 8 bilhões em construção e reformas de estádios
    •    R$ 6,3 bilhões em aeroportos
    •    R$ 1,9 bilhão  em segurança
    •    R$ 600 milhões em portos
    •    R$ 400 milhões em telecomunicações
    •    R$ 200 milhões em infraestrutura turística
    •    R$ 200 milhões em instalações complementares

    As consultorias Ernst&Young e Fundação Getúlio Vargas calculam que, entre 2010 e 2014, serão movimentados R$ 142,39 bilhões adicionais na economia nacional. Para cada R$ 1 aplicado pelo setor público, R$ 3,4 serão investidos pela iniciativa privada a partir das obras estruturantes.

    Deverão ser gerados 3,6 milhões de empregos – a população do Uruguai. A arrecadação de impostos atingirá R$ 11 bilhões e a população vai auferir renda adicional de R$ 63,48 bilhões apenas nesse quadriênio.

    Segundo prospecção da consultoria Value Partners, os investimentos vão agregar R$ 183,2 bilhões ao Produto Interno Bruto até 2019. Os efeitos na economia serão ainda mais fecundos se o Brasil ganhar a Copa. Estudo do pesquisador britânico John S. Irons, do “Center for American Progress”, indica que o torneio da Fifa “faz rolar a bola da economia” do país-anfitrião que levanta a taça. O PIB da Inglaterra, se cresceu 2% em 1966, aumentou para mais de 3% nos dois anos seguintes. Fenômeno idêntico ocorreu com a Argentina, sede e vencedora da Copa de 1978.

    Afora os aspectos econômicos, a Copa do Mundo é, e antes de tudo, uma contagiante festa esportiva que, ao realizar-se no País do Futebol, encontra o seu campo perfeito. O retumbante sucesso popular da Copa das Confederações foi uma prévia da jornada de 2014.

    As manifestações contrárias, algumas legítimas, de pessoas que se sentem prejudicadas pelas obras associadas ao torneio da Fifa, mas, de fato, previstas no Programa de Aceleração do Crescimento, serão, naturalmente, assimiladas. Nada é feito contra os interesses do povo. Três quartos dos investimentos nos projetos se destinam a infraestrutura e serviços.

    No que concerne ao Governo Federal, a palavra de ordem é minimizar o dano. O interesse do Ministério do Esporte é que eventuais transtornos sejam resolvidos com a dignidade, o respeito e as compensações que o povo brasileiro merece.

    Já os que apontam desvio de recursos das áreas sociais deveriam cotejar os investimentos. Na Copa, como se viu, os investimentos chegam aos R$ 25,6 bilhões. O Brasil conquistou o direito de sediar a Copa Fifa em 2007. Pois, de lá para cá, investimentos da União em educação quase triplicaram e os destinados à saúde mais que dobraram. A Educação recebeu R$ 311,6 bilhões. A Saúde, R$ 447 bilhões.

    Os argumentos contra os estádios de “padrão Fifa” são autodepreciativos – e se repetem desde a construção do Maracanã no final da década de 1940. Merecemos estádios à altura do nosso futebol, para conforto e segurança do torcedor.

    Até agora, aproximadamente R$ 4 bilhões foram emprestados – e não doados – pelo BNDES a empresas e governos estaduais. A demora de dois anos do repasse para o Itaquerão, a Arena Corinthians em São Paulo, deveu-se a discussões acerca das garantias bancárias exigidas ao Corinthians.

    Compreendendo sua importância social e lúdica, a maioria do povo brasileiro é a favor da Copa. Nada menos que dois terços, segundo a última pesquisa do Datafolha, continuam apoiando a realização do evento e, pelo andar da carruagem, vão volver ao índice próximo de 80% vigente antes da onda revisora das manifestações de junho. Para os entrevistados, será uma “Copa alegre”.

    Outra herança positiva da Copa poderá ser a redução do pessimismo, cultural de uns, caviloso de outros, que duvidam da capacidade do Brasil de realizar um empreendimento de tanta magnitude e abrem os olhos para os problemas e os fecham para as soluções.

    Toda a soberba e soberana Nação que construímos em cinco séculos é reduzida a deficiências e deformidades, que certamente temos, mas que estão longe de configurar a face de nossa formação social. Realizamos empreitadas mais difíceis e importantes que uma Copa, e já fizemos uma em 1950, porém a de 2014 parece objeto preferencial de um derrotismo seletivo de várias inspirações – a começar do facciosismo político-partidário que atira na Fifa para atingir o governo.

    As críticas aperfeiçoam qualquer projeto, mas a diatribe só atende à morbidez das cassandras. Não é de hoje que viceja no Brasil um pessimismo voluptuoso. As grandes rupturas de nossa História a guerra aos holandeses, a Independência, a República, a Abolição e a Revolução de 30 – nunca foram perdoadas. Assim como ainda são increpados o Maracanã e Brasília – alvos da “fracassomania”, recidiva como um cupim autofágico, insistentemente apontada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em seu governo.

    Com todas as nossas deficiências e deformidades históricas, nenhuma delas introduzida ou agravada pela Copa, seremos capazes de usufruir os resultados benfazejos de um evento que gera desenvolvimento em todos os campos.

    Como visto, a festa do futebol inova ou acelera obras de infraestrutura para usufruto perene do povo, traz turistas, melhorias da segurança, empregos, aumento capilarizado de negócios e consequente incremento do PIB. Também aperfeiçoa mecanismos de transparência e escrutínio dos gastos públicos. Ao final, ficará demonstrado que o Brasil sabe realizar uma Copa do Mundo tanto quanto ganhá-la.
     
    Aldo Rebelo
    Ministro do Esporte

    *o artigo foi publicado na edição desta quinta-feira do jornal “Valor Econômico”

    http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2013/12/ministro-diz-que-governo-federal-nao-esta-gastando-com-estadios-da-copa.html

     

      1. O texto é prolixo, questão de

        O texto é prolixo, questão de estilo do ghost writer. Levemente preocupante é o fato de que , apesar de estarmos no final de fevereiro, segundo o ministro o último balanço de dados sobre a Copa é de setembro de 2013.

        Deve ser só um probleminha de atualização da planilha.

  11. Eu só me pergunto onde estão

    Eu só me pergunto onde estão as obras de mobilidade urbana, nunca vi nem comi, só ouço falar. Nos últimos tempo so vejo as coisas piorarem no RJ, SP e BSB. Chegaram até a retirar, ou seja, não há obras de mobilidade urbana na matriz da Copa porque foi retirada. 

    1. Eu aqui no Rio estou vendo um

      Eu aqui no Rio estou vendo um monte. O maior destaque é a derrubada da Perimetral. Agora, concordo que a mobilidade está pior. Durante a obra, com seus tapumes, operários no meio da rua, interdições, e etc, tudo piora. Depois de concluída a obra, é que dá para ver se a mobilidade urbana melhorou. Entendeu? Sorvete na testa para voce, einh?

      PS: Se quiser manter sua síndrome de vira-lata incólume, diga que brasileiro faz tudo emcima da hora. E se muita coisa não ficar pronta, venha aqui de novo e reclame mais ainda. Por enquanto vai chupando seu sorvete, sem babar muito

    2. Em BH tem o BRT (Move)

      O BRT será bem vindo para a população dos bairros periféricos.

      Você não verá estas obras anunciadas em sua cidade, assim como eu não vejo obras do RJ anunciadas aqui em BH. As obras envolvem parceria entre Governo Federal/Estadual e Municipal, consequentemente, quem puxa a propaganda aqui em BH é o Prefeito (com o BRT). Imagina se ele vai dar ibope para o Paes do RJ, falando que no RJ também tem obras de mobilidade urbana?

  12. O governo deveria obrigar cada ministério a manter um blog

       como o Fatos e Dados da Petrobrás, assim como uma equipe de comunicação ligada à ele.  Seria um grande avanço.

        Mas o grande salto seria investir os bilhões gastos pela secom na própria TV Brasil, colocando sinal aberto de alta definição e programação decente pra todo o território nacional, ela iria reinar, a concorrência é triste.

  13. Bagunça

    Parabéns Nassif por ir ao ponto.

    O Ministério dos Esportes teve 7 anos para montar uma governança para a Copa, atribuindo não só uma Matriz de Obras, mas quem deveria fazer o que. O fez de maneira precaria.

    Agora vc pegue o problema do Presidencialismo de Coalizão e desdobre para Estados e Municípios que sediarão o evento. Dá para ter uma idéia dos porques as coisas não andaram.

     

    abçs

  14. Um dos participantes do

    Um dos participantes do programa, técnico do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), trouxe à tona a suspeita de que, após a Copa, os estádios seriam transformados em elefantes brancos, sem serventia. E deu como exemplo, o estádio de Fortaleza

    Mas que técnico mais desinformado, esse! Poderia dar milhões de exemplos, menos esse de Fortaleza. 

    Isso é um caso clássico de alienação ou, para sermos mais caridosos, de tenocratas que só conhecem a realidade através de mapas, gráficos, planilhas etc. 

    Aqui no nordeste é onde se dão as maiores bilheterias em jogos de futebol. Ceará, Fortaleza, colocam, se jogarem entre si, em jogos decisórios ou em partidas contra grandes times, 50, 60 mil, e até mais de torcedores. 

    Ademais, tem as demais promoções/eventos que geram renda que juntas com a do futebol vão cobrir os custos com sobra. Além da locação de museus e a serventia como escola. 

    Tenho certeza que esse cidadão emitiu essa análise sem a devida ponderações dos fatores envolvidos. 

    O antigo castelão estava podre; com riscos até de desmoronar. Sofremos muito com a sua interdição. Tanto é que nos embates diretos entre Fortaleza X Ceará feitos no incipiente PV só era permitido uma torcida. 

     

    1. Foi o que eu falei lá

      Foi o que eu falei lá embaixo, Costa. Esses caras não entendem nada de povo brasileiro. O nordestino é mais fanático por futebol do que carioca e paulista. A Copa do nordeste tem maior média de público do que qualquer outra competição

      1. O campeonato Brasileiro é uma

        O campeonato Brasileiro é uma porcaria, poucos times pelo tamanho da paixão futebolítica do nosso país.

        Uma mania de endeusar tudo que vem da Europa (fórmula dos pontos corridos).

        Sou a favor de mais equipes do Nordeste no Brasileirão.

    2. Sem dúvida o exemplo foi

      Sem dúvida o exemplo foi infeliz. Deveria ter falado de Natal, para ficar no Nordeste, e  de Manaus, onde é PATÉTICO achar que a viabilidade economica do elefante é associada a futuros jogos dos times do sul e sudeste.

      Aldo é um pragmata, vive da política de bastidor, conchavo e nisso ele é bom. Taí nosso código florestal, que  de acordo com ele foi uma vitória da agricultura familiar. (Caiado e Katinha Moto Serra viraram Agricultura Familiar). De ideias e conhecimento técnico é uma nulidade completa. COMPLETA!!!!!

      Jamais esquecerei a surra que nosso comunista vestido de NIKE levou no horroroso e tucano Roda Viva. Apanhou porque é mediocre, tão mediocre quanto grande parte da bancada  que o entravistou.

  15. Prefiro atribuir essa

    Prefiro atribuir essa situação, mais que ao presidencialismo de coalisão, à tapioca. A escadalosa tapioca de sete reais. Não fosse ela – ou seria o PIG? – teríamos voz falante ao invés de voz pensante, pausada, no ritmo das obras, que fora chamado para a emergência. Emergência essa que o probo e eficiente PMDP estava outra vez disposto a, contribuir. Como contribui. Não sei se com sabotagens ou faturamentos inflados…

  16. deixa ver se eu entendi bem:

    deixa ver se eu entendi bem: o “legado da Copa”, as obras que não são estádios, em realidade não tem nada a ver com a Copa? Poderiam ter sido feitos em qualquer outro contexto mas agora estão sendo propagandizados como “legados da Copa”?

    E as demais obras, os elefantes brancos, são investimento para futuros “rolezinhos”? É isso que eu entendi?

    1. Assisti ao programa e entendi perfeitamente

      E entendi, perfeitamente, as explicações dadas pelo Nassif.

      Não há elefantes brancos, no que se refere aos estádios. São obras planejadas, onde o governo federal, financiou, no máximo 400 milhões de reais. O resto foi bancado por quem as construia, que ficou devendo ao BNDES, como as empresas brasileiras o fazem, também. Todos os estádios terão utilidade e muito para as regiões onde foram construídas, além de ajudarem a fomentar o turismo, em muitos casos.

      No caso de Brasília, foi a única obra que pode gerar polêmica. Mas é uma obra ´pública, laborada pelo governo do Distrito Federal. Era para ficar a metade do preço, mas o governo referido quis fazer um estádio com melhores condições, voltado para o futuro. É também multiuso, mas não dará o retorno financeiro. Porém, não se entende como querem as pessoas que criticam, neste País, que tudo dê retorno financeiro. Obras públicas têm que dar retorno ao povo e não financeiro. Esse papo furado é do bando de neollberais, que entendem que em primeiro lugar devem servir aos rentistas e empresários, e em último lugar ao povo. A obra de Brasília, pode ter sido um pouco exagerada, para o presente, mas para o futuro fará história,como o fez o Maracanâ, construído antes da década de 50. Nos estádios,  pelo que compreendi, o governo federal emprestou cerca de 6 bilhões. Mas irá recebê-los durante o prazo, tal qual faz com as empresas em geral.

      As demais obras, de infra-estrutura, são obras previstas,  como em aeroportos, que foram antecipadas, um esforço para melhorar nossas condições para receber um evento tão magnânime. O mundo todo estará olhando para o Brasil e precisamos, assim,  se houver pessoas inteligentes e patriotas que evitar confusões, conflitos e fazer com que transcorra o evento em paz. Quem não concorda, é fácil: há eleições em outubro. Poucos meses, para que fazer protestos violentos. Não sou, nunca serei, porque já participei de protestos na época da ditadura, e não acho que neles deve haver violência.

      Então as obras de infra-estrutura, ligadas à copa, mas que teriam que ser construídas de qualquer maneira, pois era muito importante para o País, como obras em aeroportos e vias públicas,   são legados sim, da administração federal atual, que aproveitou-as para fazer melhorar as condições para a Copa.

      Elefantes brancos? Não há e nunca haverá. É o que a imprensa tem buscado passar para o povo, pois o PIG, não se esqueça tem donos, meia dúzia de famílias que dominam a comunicação no País. No futuro, baterá o arrependimento, pois teremos a compreensão, na prática, daquilo que hoje é jogado, como uma verdade – a tese dos elefantes brancos –  o que poderia haver dúvida em alguns casos, mas não são  A FOX, com isenção,mostrou, por exemplo o estádio de Natal e o alcance financeiro da obra para todo o povo do Rio Grande do Norte.  Pena que você não assistiu. Talvez tenha perdido tempo lá na Globo, a mesma que apoio escancardamente a Ditadura e será uma das grandes beneficiadas com a Copa, pois irá transmiti-la para o Brasil  e para o Mundo.

      Entendeu agora.

      l

      1. não assisti mesmo, eu li o

        não assisti mesmo, eu li o post apenas.

        mas a impressão que fica com ele e com seu comentário é esse: os verdadeiros legados úteis da Copa em realidade nada tem a ver com a Copa. O patriotismo de quem defende eventos que remove populações inteiras de suas casas para abrir caminho a investimentos estrangeiros é muito duvidoso. Também são duvidosas as espectativas de que não serão Elefantes Brancos “centros de eventos” multitudinários em cidades como Manaus. Quando o governo lançou a candidatura para a Copa não tinha dito que seria tudo feito sem dinheiro público? De que adianta eu votar se depois o mandato eleito vai e faz tudo de qualquer jeito? (ou melhor, do jeito que a “banca aliada” e a FIFA querem, muito patriótico).

        Mas claro, esse tipo de questionamento eu só posso ter se eu assisto a Globo. Repetir tudo o que o governo federal diz é uma iluminação sem igual mesmo.

    2. Outro que se diz de

      Outro que se diz de “esquerda” e não entende nada de povo brasileiro. Não vai ter elefante branco, muito menos em Fortaleza. O ceraense gosta tanto de futebol que é torcedor fanático do Ceará FC, por exemplo, e do Flamengo, ao mesmo tempo.

      E tem mais, voce também não entende uma coisa mais do que óbvia. Essas obras não são feitas apenas para a Copa, mas aproveita a importância do evento para botar todas os gestores, municipais, estaduais e federais para trabalhar com mais afinco, pois há um prazo específico.

      Não dá para adiar a Copa, entendeu? Voce com certeza concorda comigo que essa coisa de ficar adiando a entrega de obras é uma mania nacional. A Copa é um grande pretexto para superar essa mazela tupiniquim. Mais um ponto para ela

  17. desinformção do ministro

    Bom dia !!! Nassif, mais uma vez foi provado, a incompetencia do governo como um todo.

    Estão achando que somos todos uns tapados, sem um minimo de conhecimento, desde o começo do governo do PT

    foi criado um cem numero de ministérios ou seja 39 ( trinta e nove ) e o 40° que é o MARKTING, isto tudo para atender uma coligação que é no minimo CONSTRANGEDORA para nós POVO, e sem dúvida alguma pornografica, isto mesmo pornografica para o PROPRIO GOVERNO que via de regra se sempre embaraçado com os desmandos dos tais ministérios e por que não falar dos MINISTROS, lembra do antigo ministro dos transportes do  PDT aquele mesmo que ao vivo em cores em cadeia de radio e televisção DISSE COM TODAS AS LETRAS que amava a Preidenta Dilma..

    querem uma prova maior de imcompetencia e CABRESTO com a coligação.

    Mais uma ves parabens Nassif, mostra que o Sr. quer mostrar a verdade.

    Por favor, como sugestão convide o Ministro da Fazenda para falar dos gastos absurdos da copa, e o Presidente do BNDS para falar dos desmandos dos emprestimos a FUNDO PERDIDO PARA OS TAMBEM COLIGADOS DO GOVERNO DO TV, CUBA E VENEZUELA PARA NÃO DIZER DOS PAIZES AFRICANOS.

     

    Parabens !!!!!

  18. Ministério dos Transportes, outro exemplo

    Paulo Sérgio Passos é funcionário de carreira do Ministério dos Transportes, está no serviço público há mais de 40 anos. É o que se poderia chamar de Ministro dos Transportes nato, um técnico com profundo conhecimento na área, a chamada pessoa certa para o lugar certo. Um lugar delicado, estratégico, pois a pasta tem um orçamento gigantesco, alvo da cobiça de todos os partidos. Paulo Passos foi ministro em 2006/2007, 2010 e 2011/2013.

    César Borges não se elegeu senador em 2010, pela Bahia. Foi “acomodado” em uma vice-presidência (ou diretoria) do Banco do Brasil, afinal um aliado não pode ficar “desempregado”, exposto ao sol e ao sereno. Por direito divino, o Ministério dos Transportes “pertence” ao PR. Não adiantou Paulo Passos filiar-se ao partido, o PR simplesmente não o reconheceu como um “quadro autêntico”. Assim ele foi ficando no ministério enquanto o PR negociava com a presidente. Dilma sugeriu nomear Blairo Maggi, que recusou. Daí apareceu o “experiente no ramo” César Borges. No Ministério dos Transportes, César Borges é um Aldo Rebelo. 

  19. Carlos Lacerda e a UDN deixaram inúmeros herdeiros…

    COMPLEXO DE VIRA-LATAS REAPARECE COM FORÇA TOTAL – Uns e outros dizem que há um “sentimento megalomaníaco” em relação aos jogos que o Brasil sediará. De onde uns e outros tiram esse negócio de “sentimento megalomaníaco”? Isto simplesmente não existe!

    Em nenhum momento Dilma Rousseff se utilizou ou está se utilizando destes eventos para passar um “sentimento megalomaníaco” de ufanismo aos brasileiros e brasileiras. O que existe é um sentimento de fracassomania renitente por parte de setores oposicionistas, nada mais do que isto. 

    Fernando Henrique Cardoso se utilizou de algum “sentimento megalomaníaco” ao bancar os jogos Panamericanos no Brasil, em 2000 (estes jogos bancados em 2000 foram realizados em 2007)? A resposta é simplesmente não. 

    Da mesma forma que não houve nenhum “sentimento megalomaníaco”, por parte do Estado brasileiro e do então Presidente João Goulart, ao sediar pela primeira vez os jogos Panamericanos, em São Paulo, no ano de 1963. 

    Esta conversa mole para boi dormir, de dizer que o Brasil tem outras prioridades (como se fossem situações excludentes a feitura de jogos e o ataque aos problemas sociais), não passa de um embuste ideológico de quinta categoria. 

    Ora, se o México foi capaz de sediar os Jogos Olímpicos de 1968, e, logo em seguida, foi também capaz de sediar a Copa do Mundo de 1970, porque cargas d’água o Brasil não poderia fazê-lo mais de 40 anos depois?

    O que há é um Complexo de Vira-Latas que enoja a qualquer um.

    Não há investimentos excessivos por parte do Brasil para a Copa e as Olimpíadas, muito antes pelo contrário! A Rússia investiu 120 bilhões de reais nos Jogos Olímpicos de inverno de Socchi, que acabaram no último domingo. 

    Os dois eventos esportivos no Brasil, Copa do Mundo e Olimpíada, demandarão investimentos de aproximadamente 35 bilhões de reais (menos do que o Brasil está investindo somente na construção da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco).

    O Brasil foi capaz de sediar a Copa do Mundo de 1950, construindo e reformando estádios numa época em que a economia da Argentina era maior do que a economia brasileira. Ora, será que 64 anos depois, e quando a economia brasileira é 05 vezes maior do que a economia da Argentina, não temos capacidade de sediar esta Copa? Evidentemente que sim.

    O resto é chororô de recalcados. Ou, pior ainda, reclamos, choramingos e queixumes de fracassados e complexados que, tal e qual a UDN no passado, ou tal e qual o corvo golpista Carlos Lacerda, fazem do exercício da virulenta crítica sem nexo um hábito cotidiano.

    A UDN batia bumbo 24 horas por dia para dizer que o Maracanã não ficaria pronto, que era um desperdício e que a Copa de 1950 seria um fracasso total, completo e absoluto. Fizeram o mesmo quando da construção de Brasília, no governo de JK.

    São os fracassados e complexados de ontem, que só sabiam criticar a tudo e a todos, que deixaram herdeiros nos dias atuais, também fracassados e complexados. 

    E ficarão, além disto, frustrados, porque os seus intentos de fracassomaníacos, mais uma vez, não irão se realizar.

    1. …mas Brasília

      …mas Brasília foi um fracasso absoluto…

       

      Fica frio, mas a megalomania se expressa no excessivo número de sedes e excessiva construção de estádios em locais inadequados e na excessiva propaganda de que faremos a melhor Copa de todas as Copas, quando já se sabe que faremos uma Copa, e ponto.

      1. Absolutamente nada a ver

        Brasília chegará em 2020 como a terceira maior cidade da República Federativa do Brasil. Brasília abriu as portas para a interiorização do Brasil.

         

        Se dependêssemos deste tipo de pensamento tacanho, ainda seríamos um país com população rarefeita e predominantemente fixada no litoral.

         

        Isto sem falar que existem várias outras cidades que foram planejadas no país, dentre elas, Goiânia, capital do belíssimo Estado de Goiás.

        1. Sabe, ironia?

          Existe uma coisa chamada “ironia”. Aplique neste caso.

          Mas, objetivamente, por um prisma diverso do seu, Brasília representa, sim, um enorme fracasso, tanto em sua concepção urbana como no que resultou a cidade depois disso, e pela facilidade como se instalou no local um verdadeiro parque temático de todas as mazelas brasileiras, de modo que, se você quer saber porque muitas coisas no Brasil não dão certo, dê um pulo em Brasília, que lá estão distribuídos vários exemplos das razões concernentes.

          1. Brasília, brasilis.

            Marcos Nunes, as tolices que você escreve não me espantam nem me vexam, pois vêm de uma mente tacanha. O que me assusta é que você tenha leitores que concordam consigo.  Ontem fui ver o ótimo “Caçadores de Obras Primas”. Na trama, por mero acaso, o oficial alemão que coordenou a queima e destruição de milhares de obras de arte foi apresentado aos especialistas que tentavam salvar essas obras. Descoberto, o oficial alemão foi enforcado, pois havia comandado um dos campos de concentração plantados por Hitler Europa afora. Com um lança-chamas à mão, você queimaria Brasília, e depois se diria “iconoclasta”. Na verdade, você é um “piroclasta”, mais um coxinha frustrado, ignorante e beligerante. Longa vida aos idiotas, talvez aprendam algo na vida.

          2. Triste…

            Quando alguém parte para ofensas “ad hominem” em vez de rebater com argumentos a posição do outro, não existe mais debate.

            É uma pena que os frequentadores esse blog tenham se tornado cada vez mais intolerantes. O debate está desaparecendo e no lugar dele aparece uma defesa incondicional de tudo que vem do governo (bom ou ruim) e uma pressão cada vez maior contra quem ousa discordar.

          3. Alegre!

            Pois é, e quanto mais estreito e dogmático você é, mas assim vê os outros – só que do outro lado, o errado, pois quando se tem a razão absoluta, só se pode estar certo, etc. É para rir, não é para chorar. Felizmente, tais figuras raramente chegam ao poder ou a qualquer lugar.

          4. Contra o humor, contra a ironia

            Querido Alvaro,

            Lamento que você seja tão avesso ao humor e à ironia.

            Lamento que você seja tão dogmático a ponto de impedi-lo, sempre, de reexaminar aquilo que você cr~e como conceitos, mas são apenas preconceitos.

            Lamento que você seja incapaz de se opor às respeitabilidades forjadas por um processo histórico que, através de seus supostos heróis e gênios, só ratificam a opressão e a tirania da ordem.

            Lamento que você não saiba que, enquanto escrevo a presente mensagem, rio às escâncaras.

            Querido Alvaro,

            Desejo, ardentemente, que vá morar em Brasília e prestar assessoria a um de seus heróis, e consiga perceber que Brasília é, sim, um equívoco, e suas pretensões originárias são elitistas.

            Desejo, ardentemente, que nada de fato arda; afinal, planejar matar a rainha não é de fato matá-la.

            Entende?

  20. Para não governar

    O governo brasileiro deve ser o único no mundo que, para bem da governabilidade, associa-se a outros partidos para formação de uma base aliada que, assim, lhe permite… não governar.

  21. Acesso à Informação

    Pela lei de acesso à informação (12.527/2011) é possível solicitar ao Ministério a agenda do ministro daquele dia, já que ela não estava divulgada em nome da transparência ativa. 

    Alguma resposta o Ministério terá que dar, nem que seja para dizer que ele não teve agenda…. Daí confirma-se o que seria inconfirmável e, claro, vergonhoso….

    Para se cadastrar a fazer um pedido aos Serviços de Informação ao Cidadão, basta acessar http://www.acessoainformacao.gov.br/sistema/site/index.html

  22. obras da copa

    Boa tarde a todos, acho que o Nassif, a quem muito admiro, “escorregou” neste assunto da copa. Pelo contato que tenho com pessoas ligadas ao Ministro dos Esportes, sei que ele é uma pessoa comprometida com o País e muito bem preparado. As criticas, nos meu entendimento, são infundadas e as análises superficiais. Não entendi o porque do Nassif estar tão ácido.

    Sou solidário ao Diogo Costa: ” As críticas aperfeiçoam qualquer projeto, mas a diatribe só atende à morbidez das cassandras. Não é de hoje que viceja no Brasil um pessimismo voluptuoso. As grandes rupturas de nossa História a guerra aos holandeses, a Independência, a República, a Abolição e a Revolução de 30 – nunca foram perdoadas. Assim como ainda são increpados o Maracanã e Brasília – alvos da “fracassomania”, recidiva como um cupim autofágico, insistentemente apontada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em seu governo.”

    1. Será que a acidez do Nassif

      Será que a acidez do Nassif não tem a ver com um certo candidato à presidência da república, um certo mineiro /carioca ou será caroca/mineiro? Eu acho que é por aí. E não é de hoje que venho notando esse comportamento no Nassif. Tô acompanhando.

  23. ministros

    “o presidencialismo de coalizão, que obriga a se entregar Ministérios a aliados políticos sem nenhum preparo.”

    Nassif, seria o caso do Lobão?

  24. E O LOBÃO ? pior ainda !

    http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/quem-tem-medo-do-lobao-mau/

    LEMBRANÇA OPORTUNA

    O ex-deputado Fernando Gabeira lembra que, nos Estados Unidos, o ministro da Energia é Steven Chu, Prêmio Nobel de Física. No Brasil é o Lobão. A entrega da execução da política energética a Sarney não acaba aí. “Tanto Furnas, com Flávio Decat, e a Eletronorte, com José Antônio Muniz, tudo fica com Sarney”.

    O MOTIVO DA BRIGA

    O setor federal de energia elétrica manipula verbas de 12,5 bilhões reais por ano, aproximadamente. É por isso que ninguém admite largar o osso.

  25. Gostaria de saber de que

    Gostaria de saber de que forma o estádio de Manaus (sem Shopping Center) se justifica.

    Para a realização de eventos? Construído ao lado do sambódromo (com capacidade para mais de 100 mil pessoas) e também ao lado da Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira (ginásio com capacidade para mais de dez mil pessoas construído em 2006).

    Para jogos de futebol? A final do campeonato amazonense de 2013 teve menos de 11 mil pessoas somando as duas partidas.

    1. FLAMENGO X VASCO, CORINTIANS

      FLAMENGO X VASCO, CORINTIANS X SÃO PAULO, PALMEIRAS CRUZEIRO BOTAFOGO FLUMENINSE.

      E, especialmente para você, imperdíveis shows do Justim Bieber e da Lady Gaga.

  26. Como o assunto ainda é Copa,

    Como o assunto ainda é Copa, chamo a atenção para alguns pontos pouco lembrado para análise do quadro geral no que se refere às manifestações, quando muitos questionam a ausência de manifestações antes de o Brasil ser escolhido para sediar a Copa.

    1. Primeiro, democracia por democracia, então que fosse feito um plebiscito. Não foi.

    2. Além disso, o ano do sorteio era 2007, portanto foi antes da crise mundial de 2008 que arrochou “meio mundo” e foi muito antes das manifestações de repercussão mundial como a Primavera Árabe (dez 2010) e o Occupy Wall Street (set 2011), isto é, o cenário propício para protestos era outro.

    3. Em 2007 praticamente só havia o Orkut no Brasil como rede social, com 15,2 milhões de usuários. Já no começo de 2013 o Facebook despontava com 67 milhões. O Orkut funcionava com “scraps” e mensagens, enquanto que o Facebook tem formatação mais dinâmica. 4. Mesmo assim houve quem reclamou: Juca Kfouri era um dos exemplos, conforme escreveu: “O Brasil pode fazer uma Copa do Mundo brasileira no Brasil. Não pode querer fazer a Copa do Mundo da Alemanha no Brasil. … O diabo é que não há nenhum motivo para acreditar que quem está à frente do projeto mereça a nossa confiança.”. Juca Kfouri também replicou textos de outros como em: “Que Brasil disputará a Copa de 2014?”, de Roberto Vieira. 5. Muito da reclamação de Juca Kfouri e de outros se devia à figura de Ricardo Teixeira, que estava no comando do Comitê Organizador da Copa. De lá pra cá, Ricardo Teixeira saiu de campo e muita coisa foi esquecida, até ele. 6. Ainda como o “Sr. da Copa”, em julho de 2011, na Revista Piauí, Ricardo Teixeira provocou a ira de muitos brasileiros quando questionado sobre as investigações que corriam: “Não ligo. Aliás, caguei. Caguei montão.” e finalizou:“Em 2014 eu posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por que? Porque eu saio em 2015. E ai, acabou”. 7. Uma legislação foi construída garantindo privilégios para a Fifa, alguns somente concedidos a entes públicos, como isenção de custas e despesas processuais em processos judiciais, vide PL 2330/2011, de setembro de 2011, que se transformou na Lei Geral da Copa. Há outros pontos, como a proibição das baianas de vender o tradional acarajé, a escolha do nome do mascote (Fuleco X Tatu-bola), etc. etc. Citei alguns maiores para que não se esqueça que as coisas são con 

  27. O “Presidencialismo de

    O “Presidencialismo de Coalizão” exigir que sejam satisfeitos conchavos nocivos é o lado bom do negócio, de certo modo justificável. O ruim é a ausência de políticos com poder e competência para alterar paulatinamente as regras de jogo do Estado até algo mais racional e controlável, outrossim os altíssimos custos e desgastes do aparato administrativo.

    Porque um presidente latino-americano usualmente concentra grande número de funções constitucionais, sua caneta nomeia ministros, comissionados, diretores; comanda mais de 60% do orçamento, define os rumos principais do país e – no final das contas – o que faz ou deixa de fazer interfere na vida de milhões de pessoas, trata-se de uma pessoa poderosíssima. Ele domina vários e vários nós de um sistema fortemente complexo, é capaz de alterar regras que interferem diretamente na estrutura social.

    Não significa o gênio da lâmpada que estala os dedos e os sonhos acontecem, mas que sua destreza política pode iniciar processos de longo alcance sem que isso signifique agir com temeridade. É raro o aparecimento desse tipo de liderança, uma espécie de visionário capaz de altas realizaçõs. Lamento informar que o Lula não foi, muito menos a Dilma. São poderosos, mas não têm competência.

    Quanto aos custos da inefiência, este raramente toma corpo nos canais de comunicação social, sobretudo os nossos historicamente deficientes, precários, elitistas. Se o Presidente do país é o poder, os ministros o são apenas em menor escala. Nomear uma pessoa errada para um lugar estratégico causa grandes estragos – embora imperceptíveis para o cidadão comum.

    Os problemas sociais possuem muitas faces, pontas e cores, é necessário concerto afinado de músicos para que ações de política pública causem impacto considerável. Fala-se em coordenação, horizontalidade, intersetorialiadade… Mas há alí uma pessoa que destoa do projeto e certamente vai atrapalhar sua execução.

    Enfim, muito se fala – ou se falava – sobre “governabilidade”, “realpolitik” e coisas do gênero que permitem um projeto “popular de poder” sob a batuta do Partido dos Trabalhadores.

    O que poucos vêem é que de fato – em muitas situações – não se consegue governar justamente por causa dos conchavos e clientelismos.

    E o resultado pode ser o oposto: um país cada vez mais difícil de se governar.

  28. Achava que após o CDES – o

    Achava que após o CDES – o conselhão -, PACs, enfim, esse assembleísmo todo, já estivesse meio claro que esse excesso de reuniões não leva a muita produtividade

  29. O Aldo ainda é melhor que o

    O Aldo ainda é melhor que o Orlando Silva.

    Apesar de mais acessível, Orlando não mostrou competência para o cargo.

    O Aldo corrigiu muita coisa da gestão anterior, iniciação esportiva está sendo feita nas escolas e não através dessas ONGs.

  30. TOCANDO EM MIÚDOS


    Tocando em miúdos, tem graúdos ligados, como Franklin Martins, Gilberto Carvalho e o Alexandre Padilha, que participam de entrevistas em orgãos do “Dezenium” e onde mais puder, já tocáveis encantados, como Aloísio Mercadante, Paulo Bernardo, José Eduardo Cardozo e Aldo Rebelo, reservam a “imajestade reverenciosa” a orgãos do Millenium.

    É o “puder”…é o “puder”… Berra lá das nuvens, Henrique de Souza Filho, montado no Orelana.

    Que falta faz Dirceu.   

  31. O disparate do Nassif vou

    O disparate do Nassif vou atribuí-lo à sua herança udenista subjacente (também a tenho…).

    Caro Nassif,

    Não cometa uma injustiça dessas com Aldo Rebelo, que tem demonstrado de sobejo a sua competência política, e em especial quando contribuiu decisivamente o País a sair da mais grave crise política por que já passou nos últimos 20 anos ao se eleger de maneira brilhante  Presidente da Câmara dos Deputados nos idos de 2005.

    Tudo bem criticar o Aldo por não comparecer ao programa e por não – presumidamente – dominar tecnicamente as questões.

    Mas isso não tem nada a ver com ‘políticos despreparados’ pelo amor de Deus! Isso é expressão dos tecnocratas da ditadura militar ou – para ser imparcial… – dos seus antecedentes do Estado Novo!

    Aliás para quem defende a soberania do mandato popular essa expressão não deixa de ser – no limite – um oxímoro, uma ‘contradictio in adjecto”

    Diferentemente de você, para mim ao ter como Secretário Executivo do seu Ministério alguém com o preparo técnico do Luis Fernandes (seu companheiro de política desde o movimento estudantil) Aldo só demonstra o seu preparo politico para exercer o cargo que exerce.

    Vá lá entender… Nassif e seus pontos fora da curva…

     

    1. Tomar a frente do Ministério dos Esporte já foi prova de fogo

       

      Fernando G Trindade (quarta-feira, 26/02/2014 às 15:21),

      Elogiei mais cedo o comentário de Francisco de Assis enviado quarta-feira, 26/02/2014 às 08:59 e que agora se encontra na segunda página deste post “As obras da Copa e a desinformação do Ministro dos Esportes” de quarta-feira, 26/02/2014 às 06:00. O Francisco de Assis fora crítico a Luis Nassif e eu aproveitei para estender um pouco o tom das críticas. O comentário crítico de Francisco de Assis ao Luis Nassif termina assim:

      “Só porquê o Ministro não participou do programa, o Nassif esculhambou o ministro e o governo federal inteiro. Eita vaidade ferida”.

      Como eu disse estendi um pouco a minha crítica a Luis Nassif, mas ela ficou no mesmo tom da crítica do comentário de quarta-feira, 26/02/2014 às 08:59, de Francisco de Assis. Analisando o seu comentário e o comparando com o de Francisco de Assis. Sei não, mas parece-me que você foi mais duro com Luis Nassif! Será que o post de Luis Nassif foi um disparate?

      De todo modo, gostei muito do seu comentário e fiquei ainda mais satisfeito em ver que você ganhou 5 estrelas. Não é por nada não, mas o ótimo comentário de Francisco de Assis ganhou só 1 estrela.

      Aliás, se tivesse tido mais tempo no meu comentário que eu enviei quarta-feira, 26/02/2014 às 14:29, para ele, eu teria feito uma observação relacionada com a avaliação que o comentário de Francisco de Assis recebeu e outra relacionada com a forma ambígua que Luis Nassif trata o presidencialismo de coalizão e que de algum modo guarda relação com a avaliação recebida por Francisco de Assis. Em relação a forma ambígua de tratamento do termo de presidencialismo de coalizão, eu queria dizer lá seria lembrar a passagem do Sermão da Montanha no evangelho de Mateus:

      “Ninguém pode servir a dois senhores; pois ou há de aborrecer a um e amar ao outro, ou há de unir-se a um e desprezar ao outro”.

      Em meu entendimento ou se reconhece que o presidencialismo de coalizão é a única forma possível de se gerenciar um país democrático quando o chefe do parlamento ou o presidente da República não pertence a um partido majoritário ou se dá murro em ponta de faca para o resto da vida, a menos que não se seja democrático.

      E a avaliação com uma só estrela recebida por Francisco de Assis fez-me lembrar de Antoine de Saint-Exupéry na passagem do “O Pequeno Príncipe” em que ele diz:

      “Tu te tornas eternamente responsável pelo que praticas”.

      Para mim, a nota que Francisco de Assis recebera era um sinal do que Luis Nassif estava cultivando. Eu não disse isto, e se tivesse dito isto lá teria me enganado. Afinal, o seu comentário e a nota que você ganhou mostram que há outros comentaristas e avaliadores de comentários que foram cativados por passagens melhores de Luis Nassif.

      Bem, mas não vou terminar o meu comentário fazendo um elogio dissimulado para Luis Nassif. Prefiro justificar uma crítica meio de soslaio que eu fiz a você. Questionei se se devesse considerar este post “As obras da Copa e a desinformação do Ministro dos Esportes” como um disparate. Se você prestar atenção o post tem três partes. Duas delas, a parte inicial, sobre a indelicadeza de Aldo Rabelo em não participar do programa de Luis Nassif ou indicar representante, e a parte final, com a crítica a capacidade do ministro dos Esportes, são meros adornos. O que importa é o cerne do post que é inteiramente uma defesa bem fundamentada da Copa.

      Como eu disse, não vou terminar o meu comentário fazendo um elogio dissimulado a Luis Nassif. Assim, considero que este jeito de Luis Nassif fazer elogio ao governo, recheando-o ou adornando-o com críticas ao governo, o que acaba encaminhando-se para o dilema de servir a dois senhores, não é um jeito ruim em si mesmo. É a penas uma forma de mostrar imparcialidade. Imparcialidade que, a bem da verdade, não é da natureza humana. O problema, entretanto, é o repasse de ensinamentos equivocados. Tudo bem em criticar a indelicadeza de Aldo Moro, se houve de fato indelicadeza. O equívoco é associar a indelicadeza à falta de capacidade gerencial de um chefe de executivo, no caso, ministro de Estado. E é também equívoco atribuir esta falta de capacidade gerencial ao presidencialismo de coalizão. E mesmo que a falta de capacidade técnica de um ministro de Estado fosse decorrente do presidencialismo de coalizão a associação fica capenga quando não se diz que não há alternativa ao presidencialismo de coalizão numa democracia.

      E deixo aqui uma observação final sobre a falta de capacidade gerencial. Salvo para a absoluta incapacidade, que é difícil de ocorrer em sistemas políticos não hereditários, ou a capacidade infinita, que não há, o ser humano não dispõe de mecanismos objetivos para medir a capacidade gerencial de um chefe de executivo. O que prevalece é a nossa avaliação subjetiva. A capacidade do salto em distância, triplo ou de altura, da corrida de 100 metros, da maratona, etc. é objetiva. A capacidade na ginástica olímpica já apresenta subjetividade que olhos e mentes cada vez mais objetivos conseguem superar e mensurar, mas em se tratando de capacidade gerencial o que temos é a nossa subjetividade batendo palmas para quem procede parecido com a gente e vaiando quem procede de modo diferente. Temos também no setor público concursos que medem capacidade em geral para atividades específicas No setor privado há a medição pelo lucro que pode ir e vir e se pode dizer que pelo menos para as circunstâncias em que o lucro veio é possível falar de capacidade do gerente.

      Assim, um comentário como o de Fabio (o outro) enviado quarta-feira, 26/02/2014 às 12:41, em que ele, a propósito de criticar o presidencialismo de coalizão que nos deu o ministro Edson Lobão, cita o ex-deputado Fernando Gabeira que menciona que nos Estados Unidos, o ministro de energia é o Prêmio Nobel da Física Steven Chu, revela a falta de entendimento do gerenciamento de um ministério.

      Primeiro, a referência foi tirada de blog de Ricardo Setti. Não é nada, mas esta informação esclarece bastante sobre o teor da notícia. Segundo é uma pena que o Fernando Gabeira se tenha encaminhado para uma visão tão tacanha da democracia. Terceiro nós não temos Prêmio Nobel. E quarto e que é o que interessa, o comentário de Fábio (o outro) fez-me lembrar de uma crítica antiga que eu faço toda a vez que preciso dizer que A. Augusto Junho A. é um gênio. Para delimitar bem o meu significado de gênio eu digo que gênio é um Prêmio Nobel ainda não ganhador da premiação e que no dia da premiação está voltando do centro de pesquisa onde trabalha para a residência dele. Pois bem, enquanto ele volta para casa, o filho está absorto assistindo seu programa predileto na TV e fica aborrecido quando o programa é interrompido para informar que o pai acabara de ser premiado. E depois, quando o pai chega em casa, o pai descobre que esquecera a chave da casa no serviço e, assim, tem que interromper novamente o filho, apertando a campainha. E o filho, já ainda mais zangado com a segunda interrupção, ao abrir a porta e dar de cara com o pai, exclama: “O que a humanidade vê neste idiota”.

      No caso do ministro de energia dos Estados Unidos, o que Fabio (o outro), Fernando Gabeira e Ricardo Setti e outros tantos que pensam como eles em casos semelhantes não entenderam é que não é a competência de um Prêmio Nobel que se precisa para o gerenciamento de um ministério. E pode até ocorrer de se utilizar esta competência de um modo genérico como gerente ou até mesmo apenas de faixada quando se tem pessoas assim como gerentes de alto nível de um país. Pode ser que a indicação de Barack Obama tenha a intenção de apenas mostrar preocupação com o aumento de temperatura na terra. Um exemplo mais clássico de uso de personalidade de faixada que ocorreu aqui foi o de Henrique Meirelles que eu dizia que era presidente do Banco Central do Brasil para inglês vê (Não era o Banco Central que era para inglês ver. O que era para inglês ver era o presidente). O próprio Luis Nassif e o Andre Araujo (Ou talvez o Motta Araujo) são capazes de assinar em baixo uma declaração que ateste que o Henrique Meirelles não tem a competência que se exige para assumir a presidência do Banco Central do Brasil. E que se esclareça no caso da presidência do Banco Central do Brasil, embora seja cargo equiparado a de um ministro, não se trata propriamente de um cargo de gerenciamento.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 25/02/2014

  32. As obras da Copa

    Nassif:

    O leitor que assinou como Grão, às 09p7minh, abaixo, falou pouco mas foi direto ao ponto nevrálgico da questão.

    Fiz meu cadastro no E-sic e não seria nada de mais insistir que foi o governo da Dilma que conseguiu aprovar a lei de abertura total das informações do Governo Federal. Uma decisão comum em outros países, mas que no Brasil precisou de muita negociação.

    Para estas negociações darem certo, foram importantes acordos com a base política do governo, e por isso a nossa presidenta teve que chamar o Aldo Rebelo como ministro dos Esportes. Se ele atendeu ao seu convite ou não (foi uma descortesia da parte do sr. Aldo, é claro) nada se pode falar. Em ano de eleições presidenciais todos os políticos e a maioria dos empresários querem mostrar-se independentes e cuspir na mão de que os ajudou. Depois das eleições voltam todos pedindo um carguinho.

    Voltando à proposta do sr. Gão, ela é muito necessária e seria ótimo que isto fosse encaminhado ao nosso legislativo para ser cumprido, se possível, ainda este ano. Precisamos nos libertar do lixo apresentado nas emissoras atuais que tem coragem de apresentar novelas ultra sexualizadas, BBBBBBB´s, programas policiais que só sobrevivem porque existem pessoas cometendo crimes e sustentando esta corja de apresentadores. Além disso que tal cancelar a concessão da Manchete, que esta´ cada vez mais inassistível.

  33. Para ir a Arena-PE são

    Para ir a Arena-PE são necessárias duas horas e outras duas para voltar – ou seja, para assistir um jogo são necessárias 6 ou 7 horas! O estádio está sempre quase vázio, o clube Náutico está doido para se livrar do contrato para jogar lá e os outros tipos de eventos são rarissimos.

    1. Bem lembrado, cadê o protesto dos coxinhas (fantasiados ou não)?

      E onde estão os coxinhas (fantasiados ou não) para protestar contra a barbaridade que foi feita em Pernambuco?

       

      Todos os outros estádios foram reformados ou construídos no lugar dos antigos estádios. Em Pernambuco, terra do farsante dos olhos verdes, gastou-se uma fortuna para construir um estádio fora da cidade, sendo que com este valor seria possível tornar Padrão Fifa os 03 estádios já existentes na capital!

       

      A saber, os estádios que poderiam ter sido reformados ao invés de se gastar uma fortuna num outro estádio fora da capital são estes: Estádio dos Aflitos, do Náutico; Estádio do Arruda, do Santa Cruz e Estádio da Ilha do Retiro, do Sport Recife.

       

      Cadê os protestos dos coxinhas (fantasiados ou não) contra esta aberrante e singular situação havida em Pernambuco?

      1. Quanta bobagem

        Local de estadios novos devem sim ser longe dos já asfixiados centros urbanos.

        O proprio Itaquerão esta longe do centro.  O Mineirão foi construido na então distante Pampulha.

        Já a autorizaçaõ da ampliação do Estadio do Palmeiras foi um dos maiores absurdos do Kassab, pois ira acarretar problema urbanos em uma região já saturada. Um estadio sem area de dispersão

    2. Duas horas? De onde? Levo 40

      Duas horas? De onde? Levo 40 minutos de metro! De carro saindo do centro são 30 minutos no Domingo! O Estádio esta vazio em jogos do Náutico pq o time está jogando um futebol horroroso! 

  34. Jogar na conta da coalizão

    Jogar na conta da coalizão política é eximir de responsabilidade quem nomeou estes ministros fraquíssimos: Dilma Roussef.

    Em todo o ministério, nas dezenas de pastas, só um nome se destaca: Celso Amorim. Ademais, somente nulidades diversas, tendo como destaque de incompetência e leviandade o senhor José Eduardo Cardozo.

  35. Gosto deste site por isso mesmo

    O Nassif publicou todos os comentários, inclusive os que são bastante críticos ao que ele escreveu.

    Apesar de não ter um conhecimento maior sobre o Aldo Rebelo, acredito que bastava a indicação de quem realmente compareceu no programa para que o caso não ganhasse tal proporção negativa ao Ministro.

    O subordinado ao Aldo Rebelo compareceu  Secretário Executivo do Ministério dos Esportes, Luiz Fernandes e mostrou pleno conhecimento da área em que atua. O Ministro Aldo pode ter pisado na bola, rsrs, mas está cercado de pessoas competentes na área.

  36. O ministério do Esporte

    O ministério do Esporte ,  esta sendo incompetente e omisso diante da “guerra de mentiras” feitas pela grande mídia  contra a copa, Aldo na verdade é um incompetente, Dilma tem que tomar  providÊNCIAS URGENTES.

  37. Cidade Olímpica promove maior despejo da história do Rio

    Dario de Negreiros: Cidade Olímpica promove maior despejo da história do Rio

    publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 21:56

    Amaro Couta da Silva, morador da Vila Autódromo (Fotos Dario de Negreiros)

    Rio de remoções: por quais motivos e de que forma a Cidade Olímpica tem promovido a maior leva de despejos de toda a sua história

    por Dario de Negreiros, do Rio de Janeiro, especial para o Viomundo* 

    No quintal da casa de Amaro Couto da Silva, 58, na Vila Autódromo, zona Oeste do Rio de Janeiro, tem pé de seriguela, cajá, acerola, maracujá, carambola, coco, goiaba e limão. Há ainda algumas galinhas, patos, dois cachorros e um bode – para não falar das outras árvores frutíferas rapidamente listadas pelo morador, mas que escaparam à caneta do repórter.

    Talvez o que mais surpreenda aqueles que têm a curiosidade de visitar as casas de moradores ameaçados de remoção em virtude das grandes intervenções urbanas no Rio é como, ao contrário do que se pode imaginar, não são poucos os que vivem em condições de dar inveja aos que se espremem em apartamentos de áreas nobres da capital.

    São casas como a da diarista Maria da Penha, 48, também moradora da pacata Vila Autódromo. Ao seu amplo quintal, soma-se ainda uma grande laje coberta, com vista para a lagoa de Jacarepaguá.

     Quintal da casa de Maria da Penha, moradora da Vila Autódromo ameaçada de remoção

    “Meu sonho era morar em uma casa com quintal”, diz Penha, que há vinte anos deixou a favela da Rocinha e começou a erguer sua moradia, onde antes só havia um terreno baldio.

    Amaro, no terreno de sua casa, construiu também um bar e seis quitinetes, fontes importantes de renda para ele, a esposa e três filhos. “Ficaram insistindo para eu ir ver o apartamento [da proposta de reassentamento]. Não fui e nem vou”, afirma. “Como é que eu vou fazer, lá?”.

    Este drama tem sido vivido, no Rio, por mais de 100 mil pessoas, segundo as contas da Anistia Internacional. Entre 2009 e 2013, a Prefeitura admite já ter removido 20.229 famílias, o que equivaleria a aproximadamente 65 mil pessoas, se considerado o tamanho médio da família brasileira.

    A elas, acrescentam-se todos os que ainda estão ameaçados de remoção.

    “Os ameaçados, nós não sabemos quantos são. A Prefeitura não tem transparência quanto aos projetos, então fica difícil de estimar os impactos”, explica Renata Neder, da Anistia Internacional, segundo quem a capital fluminense estaria vivendo hoje a maior leva de remoções de toda a sua história.

    Mas por quais motivos, afinal de contas, estas dezenas de milhares de pessoas estariam sendo despejadas de suas casas? Quais direitos destes moradores estão sendo desrespeitados pelo Estado? Quais alternativas lhes são oferecidas, em quais termos e em que condições?

    Os direitos dos moradores e o legado de violações

    Se fizermos um recenseamento de todas as salvaguardas que, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), deveriam ser observadas em processos inevitáveis de remoção, encontraremos uma boa lista de tudo o que, de acordo com ativistas, está sendo feito no Rio. Só que ao avesso.

    “Uma oportunidade de consulta genuína com aqueles que serão afetados” deve ser oferecida, reza documento oficial da ONU, assim como um “aviso adequado e razoável, para todas as pessoas afetadas, da data agendada para a remoção”.

    No Rio, para a ampla maioria das famílias já removidas, foi com uma marcação à tinta, feita no muro de suas casas sem seus consentimentos, que o aviso chegou.

    Casas marcadas para remoção na Vila União de Curicica

    Caminhando pela Vila União de Curicica, comunidade com cerca de 3 mil moradores localizada na região de Jacarepaguá, na zona Oeste, passa-se por ruas em que quase todas as casas possuem a indesejada marcação: “SMH”, sigla da Secretaria Municipal de Habitação.

    “Parece nazista marcando judeu com a Estrela de Davi. Isso não é tortura física, é tortura psicológica.” Esta comparação, por estranho que possa parecer, foi feita pelo próprio prefeito Eduardo Paes, em entrevista ao jornalista Juca Kfouri.

    “É uma coisa que a Prefeitura do Rio faz há vinte anos”, justificou-se, à época, o alcaide. “Eu nunca tinha me tocado, ninguém tinha se tocado disso.”

    Em junho de 2011, o subprocurador geral de Justiça do Ministério Público Federal do Rio, Leonardo de Souza, havia feito exatamente a mesma analogia, na presença de Jorge Bittar, então secretário de Habitação de Paes. Mas foi necessário que se passassem mais de dois anos para que o prefeito, por decreto, proibisse a prática.

    Independentemente da proibição de marcação, as formas e o tempo de notificação, afirma a Anistia Internacional, continuam sendo inadequados.

    “O padrão de notificação é baixíssimo, totalmente inaceitável”, diz Renata Neder. “Há casos de famílias que receberam notificação com um dia de antecedência. E até de gente que chegou à sua casa e a encontrou demolida. Zero notificação”.

    Elmar Freitas, ao lado do seu bar e dos escombros das casas demolidas, na favela Metrô-Mangueira

    Quanto ao modo de consulta à comunidade afetada, é emblemático o caso de Elmar Freitas, 38, dono de um bar e ex-morador, recém-despejado, da favela Metrô-Mangueira, zona Norte do Rio.

    Em vez de promover audiências com as comunidades e seus representantes, negociando coletivamente, como recomendam os protocolos internacionais, a Prefeitura, dizem os ativistas, prefere bater de porta em porta.

    As casas daqueles que aceitam as propostas iniciais de reassentamento são demolidas e seus escombros, a exemplo do que relata Elmar, são abandonados. Os entulhos dos imóveis de seus vizinhos passaram a servir de banheiro público e ponto de consumo de drogas, acumulam lixo e ratos, exalam mau-cheiro e instalam na vizinhança um verdadeiro cenário de guerra.

    “Eu saía na porta da minha casa e só via escombros”, diz Elmar, que ainda viu despencar o movimento do seu bar. “Diminuiu 95% o meu lucro. Aqui era cheio”, diz, apontando dezenas de cadeiras empilhadas e mesas empoeiradas.

    “Isso tem sido um padrão claro”, diz Renata Neder. “Demole-se as casas e deixa-se os restos como forma de pressionar os moradores.”

    Em outras ocasiões, dizem ativistas e moradores, as demolições de casas anexas provocam a interrupção do fornecimento de água e luz daqueles que ficam. “Eles chegam a destruir casas geminadas, mesmo abalando a estrutura da outra casa”, diz Renato Cosentino.

    Mas a lista das salvaguardas internacionalmente acordadas que não estariam sendo cumpridas, ainda não a esgotamos: oferecer, sempre, reassentamento próximo à área de remoção; indenizar adequadamente aqueles que preferirem compensação financeira; garantir que o morador vá melhorar ou, no mínimo, manter o seu padrão de vida atual.

    “Eles chegaram batendo na minha porta e falando que eu tinha três opções: Cosmos [bairro no extremo Oeste da cidade, a mais de 60 km do Metrô-Mangueira], albergue ou rua”, conta Elmar.

    Depois de intensa mobilização da comunidade, foram construídos os conjuntos de Mangueira 1 e Mangueira 2, localizados em região bastante próxima à favela. Antes disso, contudo, mais de 100 famílias, segundo a Anistia Internacional, acabaram por aceitar a oferta inicial e se mudaram para Cosmos.

    No caso das comunidades removidas em função das obras da via Transoeste, a média das indenizações oferecidas, diz Renata Neder, ficou na faixa de R$ 8 mil.

    “Eles indenizam apenas pela melhoria ou investimento que você fez no local, sem levar em conta o valor do terreno”, explica Renata, segundo quem todos os que optam pela indenização acabam por piorar o seu padrão de vida.

    “Se você tira alguém do Metrô-Mangueira, uma área nobre, e paga apenas pelo tijolo que a pessoa botou naquela casa, com aquele dinheiro ela não vai conseguir nem ir para uma favela daquela região, vai ter que ir para uma favela em área distante”, diz.

    As remoções formam, assim, a face mais visível do “legado de violação de direitos”, na expressão de Renato Cosentino, deixado até agora pelas obras relacionadas à Copa e às Olimpíadas.

    Mas, analisados de maneira mais ampla, quais devem ser os efeitos das grandes intervenções urbanas ligadas aos megaeventos para a organização sócio-espacial do Rio de Janeiro, como um todo?

    “O resultado desse processo é, inexoravelmente, uma cidade muito mais desigual”, afirmou o professor Carlos Vainer, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em recente entrevista ao Viomundo.

    Aprofundamento da desigualdade que é acompanhado, segundo ele, por aumento de violência, guetificação de áreas pobres, extinção das expectativas de gestão democrática do espaço urbano, criminalização da pobreza e dos movimentos sociais.

    “Eu torci bastante para o Brasil ser escolhido sede da Copa, das Olimpíadas”, conta Antônio Carlos de Jesus, 35, um dos moradores ameaçados de remoção na Vila União de Curicica. “Mas não sabia que ia ser assim.”

    Pico do morro Dona Marta

    Os motivos aparentes e os interesses subjacentes

    Como entender a lógica existente por trás da maior onda de remoções da história do Rio? Se funestas são as consequências, justas seriam, ao menos, as motivações iniciais?

    Eis uma breve lista, sem pretensões de exaustão, de todos os motivos que já apareceram, em diferentes momentos, para justificar a necessidade de reassentamento dos moradores da Vila Autódromo: obras dos Jogos Panamericanos, perímetro de segurança do Parque Olímpico, área de risco, zona de proteção ambiental, construção de um centro de mídia, da via Transolímpica, de passarelas fixas e móveis, de um estacionamento.

    Para estudiosos e ativistas, a falta de transparência dos projetos de intervenção urbana e a mudança constante das alegações que justificariam as remoções seriam sintomas de uma mentira fundamental: as remoções, dizem, longe de constituírem consequências inevitáveis e lastimáveis das operações urbanas, são antes um de seus principais objetivos.

    “Os pretextos são os mais variados, mas na verdade são meros pretextos”, afirma Carlos Vainer. “Eles querem limpar aquela área [da Vila Autódromo], fazer um processo de higienização.”

    Segundo a Associação de Moradores, a comunidade sequer costuma ser comunicada oficialmente sobre as supostas causas de sua necessidade de reassentamento, descobrindo-as na maioria das vezes por intermédio da imprensa.

    “Se antes usaram o argumento de zona de preservação ambiental, como podem, depois, argumentar que vão construir uma via?”, questiona Inalva Mendes Brito, moradora e membro da Associação.

    Renato Cosentino, da Justiça Global, oferece uma resposta para a contradição: “É que eles não têm nem o cuidado de manter a mesma mentira”.

    Renata Neder, da Anistia Internacional, considera a Vila Autódromo “um exemplo incrível” de como os projetos, ao invés de buscar os menores impactos sociais possíveis – outro imperativo acordado pela ONU –, estão sendo pensados, ao contrário, justamente para promover os despejos.

    “Em volta da Vila Autódromo, há um monte de terrenos vazios, que poderiam ser usados para todos os equipamentos que eles gostariam de construir”, diz. “Mas eles querem colocá-los todos onde está a comunidade, para justificar a remoção”.

    Entre o final de 2010 e o início de 2011, teria sido a construção da Transoeste, um dos grandes projetos viários da Cidade Olímpica, o fator responsável pela remoção de cerca de 500 das comunidades de Restinga, Vila Harmonia e Vila Recreio II.

    “A Transoeste foi construída e a área da qual as casas da Vila Harmonia foram removidas ficou intocada”, conta Carlos Vainer. O mesmo aconteceu, segundo a Anistia Internacional, com parte da área de remoção da Vila Recreio II.

    No pico do morro Dona Marta, o governo do Estado, argumentando tratar-se de área de risco, planeja a remoção de 150 famílias. A comissão de moradores, entretanto, conta com um contra-laudo, elaborado pelo engenheiro Maurício Campos, que desmente o perigo.

    Como a ocupação do morro, nos anos 1930, se deu de cima para baixo, é no pico que estão as famílias mais antigas da comunidade. Está ameaçada de remoção, inclusive, até mesmo a santa que deu nome ao local, já que é também na parte mais alta da favela que está a capela que abriga a imagem de Santa Marta.

    Vitor Lira, morador da favela Santa Marta ameaçado de remoção. A casa de sua família, uma das mais antigas do morro, tem paredes de pedra 

    “Eu tenho raízes aqui. Tenho história, luta, sofrimento. Nós não chegamos aqui ontem, não”, diz Vitor Lira, membro da comissão de moradores e cuja família foi uma das primeiras a ocuparem o local.

    Vitor não hesita em atribuir aos interesses da especulação imobiliária a tentativa de remoção contra a qual lutam os moradores da favela, localizada no nobre bairro do Botafogo, zona Sul do Rio.

    Cinco anos atrás, a primeira de todas as UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) era instalada no Dona Marta. De lá para cá, a valorização dos imóveis e o crescimento da atividade turística têm provocado aumento considerável do custo de vida, causando a saída de antigos moradores. É a chamada “remoção branca”.

    “O Estado nunca contribuiu em nada, nunca beneficiou a gente em nada”, diz Vitor, que trabalha como guia turístico no morro. “A gente roeu o osso esse tempo todo e, agora, vai deixar o filé para eles?”.

    Um mapa dos reassentamentos, elaborado pelo arquiteto Lucas Faulhaber, mostra com clareza o vetor que orienta esta onda de remoções: é a zona Oeste, região carente de serviços públicos, que recebe a população de baixa renda retirada das áreas nobres ou de interesse da especulação imobiliária.

    “Dentre a população de zero a três salários mínimos, 88% dos conjuntos do Minha Casa Minha Vida estão na periferia da zona Oeste”, afirma o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). “São lugares que não têm sequer acesso a saneamento básico, nem zonas de hospitais e de escolas”, diz.

    E onde os serviços públicos claudicam, sabe-se bem, florescem as milícias. Conversando com moradores ameaçados de despejos, não é raro ouvir denúncias de que diversos conjuntos do Minha Casa Minha Vida já estariam sob domínio de milicianos.

    Antes, até mesmo, da chegada dos futuros proprietários.

    “Mais do que ocupar e controlar, os milicianos chegavam a revender os apartamentos”, conta Renato Cosentino, da Justiça Global. “A pessoa chegava lá e tinha alguém no apartamento, dizendo que o havia comprado.”

    Casas colocadas à venda ao lado da estátua de Michael Jackson, na parte turística da favela Santa Marta. Aumento do custo de vida tem provocado a saída de muitos moradores

    Vila Autódromo: símbolo de resistência e contra-modelo de cidade

    Na luta contra a remoção, os moradores da Vila Autódromo, com o auxílio de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Federal Fluminense, elaboraram o Plano Popular da Vila Autódromo.

    Em dezembro do ano passado, o plano recebeu o prêmio Urban Age Award, concedido pela London School of Economics e pelo Deutsche Bank. Com a premiação, de US$ 80 mil, a associação de moradores planeja construir uma creche.

    Enquanto a proposta inicial da Prefeitura previa a remoção de todos os moradores, o Plano Popular manteria 368 das 450 famílias em suas casas, sendo as demais reassentadas na própria comunidade.

    “Esse plano se transformou numa espécie de contra-modelo de cidade”, diz Carlos Vainer, que coordenou uma das equipes responsáveis por sua elaboração.

    “Enquanto a cidade, dominada pelos interesses empresariais, é anti-democrática, autoritária, ambientalmente destrutiva e transfere recursos públicos para as mãos de empresários privados, esse é um plano democrático, ambientalmente responsável e que economiza recursos públicos”, diz Vainer.

    Segundo quadro comparativo divulgado pelo Comitê Popular da Copa do Rio, o plano popular tem custo estimado de R$ 13,5 milhões, contra R$ 68 milhões da proposta oficial.

    “Ali, na Vila Autódromo, se trava uma batalha fundamental, do ponto de vista simbólico e cultural, entre dois modelos de cidade”, complementa.

    Organizada juridicamente desde 1987, quando se constituiu como um loteamento popular, a Vila Autódromo serviu também de refúgio para militantes perseguidos pela ditadura civil-militar (1964-1985), fato que ajuda a explicar o alto grau de organização política de seus moradores.

    “Há um extraordinário espírito de resistência e coesão dessa comunidade”, diz Carlos Vainer.

    Até hoje, a Vila Autódromo é uma das poucas comunidades pobres não-pacificadas do Rio que não estão nem sob o controle de milicianos, nem sob o jugo das facções do tráfico.

    Além disso, a maioria dos moradores tem, desde 1998, concessão de direito real de uso de seus terrenos por 99 anos, estando, portanto, em situação legal.

    Inalva Mendes Brito, da Associação de Moradores da Vila Autódromo 

    Tomo uma bronca de Inalva, da associação de moradores, quando lhe pergunto, em tom de desesperança, se ela considera haver alguma remota possibilidade de que o Plano Popular vença as pressões da Prefeitura e consiga, de fato, sair do papel.

    “Eu nem te respondo essa pergunta. Seria negar o que nós construímos durante dois anos”, diz. Em seguida, resume aquele que parece ser o desejo maior de todos os que lutam contra as remoções forçadas: “Nós sempre gostamos de ser sujeitos de nosso próprio destino.”

    Outro lado

    Consultada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Habitação emitiu, por meio de sua assessoria, o seguinte comunicado:

    “A Prefeitura vem conduzindo os processos de reassentamento da maneira mais democrática, respeitando os direitos de cada família. O próprio decreto municipal que trata dos reassentamentos estabelece todos os procedimentos obrigatórios para reassentar uma família. Isso implica avisá-las com antecedência, esclarecer sobre a natureza e a importância desse reassentamento, sempre motivado por interesse público mais amplo.

    
Além das informações prestadas, as famílias são recebidas na própria Secretaria Municipal de Habitação (SMH) para conhecerem os critérios que definem o valor de suas benfeitorias e as alternativas para reassentamento. As famílias são reassentadas de diferentes formas: transferência direta para apartamentos do Programa Minha Casa, Minha Vida; recebimento de aluguel social (R$ 400 por mês) enquanto aguardam uma unidade do Programa Minha Casa, Minha Vida em local desejado; ou indenização. No caso da opção pelo imóvel, as negociações são coletivas. Já quando se trata de indenização, elas são individuais, já que os valores são definidos a partir de critérios de avaliação das moradias.

    Todos os reassentamentos são feitos com base em decreto municipal, que estabelece regras claras, baseadas nos direitos humanos e na busca da moradia digna. O primeiro decreto é o de número 20.454, de 24 de agosto de 2001. Depois disso, ao longo do tempo, ele sofreu alterações e atualizações. O mais recente é o 38.197, publicado no Diário Oficial do Município do Rio em 17 de dezembro de 2013. Ele atualiza, sobretudo, os valores pagos aos moradores pela Prefeitura.

    De janeiro de 2009 a dezembro de 2013, a Secretaria Municipal de Habitação realizou o reassentamento de 20.299 famílias, que viviam nas áreas informais da cidade. Deste total, 4.953 tiveram que sair de suas casas por viverem em beiras de rios e 8.215 em encostas, ambas as situações classificadas como alto risco. Outros tipos de risco são responsáveis pelo reassentamento de 5.411 famílias, enquanto que 1.720 precisaram deixar suas casas em função de obras.

    No quadro atual, 9.320 famílias (cerca de 45% do total de reassentados) receberam imóveis do Minha Casa, Minha Vida, 25% estão recebendo aluguel social e 30% receberam indenização ou realizaram a compra assistida.

    A Prefeitura do Rio informa que o processo de transferência dos moradores da Vila Autódromo, que optaram em ir para o Parque Carioca, será feito de forma gradual e deve acontecer a partir da segunda quinzena de março.

    Das 285 famílias que deixarão a comunidade para a realização das obras de canalização dos rios e duplicação das Avenidas Salvador Allende e Abelardo Bueno, 253 já optaram entre indenização e imóveis no Parque Carioca – condomínio com 900 unidades localizado a um quilômetro da Vila Autódromo, com apartamentos de dois e três quartos com infraestrutura de lazer, além de creche e espaço comercial.

    Elas só serão transferidas para lá quando o empreendimento, que está em fase final de acabamento, estiver concluído. Assim também, qualquer obra na comunidade só acontecerá quando todas as casas estiverem desocupadas.

    
Quanto ao traçado da Transolímpica, a informação [de que ele teria sido concebido com o intuito de provocar a remoção dos moradores da Vila Autódromo] não procede. A Secretaria Municipal de Obras reafirma que o traçado do corredor expresso Transolímpica foi estudado para evitar o maior número possível de desapropriações e reassentamentos.”

     Obras do Parque Olímpico, vistas da Vila Autódromo

    *Dario de Negreiros viajou ao Rio de Janeiro graças ao apoio financeiro dos assinantes do Viomundo, aos quais agradecemos de coração por compartilhar gratuitamente conteúdo jornalístico exclusivo com outros internautas.
    http://www.viomundo.com.br/denuncias/dario-de-negreiros-cidade-olimpica-promove-a-maior-leva-de-despejos-de-toda-a-historia-do-rio.html

     

  38. Aldo Rebelo salvou o Brasil de um Golpe Branco de Estado

    UM DOS HOMENS MAIS SÉRIOS E COMPETENTES DA REPÚBLICA – No início de 2005, o deputado federal Severino Cavalcanti (o “rei do baixo clero”), do PP de Pernambuco, foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, quando derrotou o candidato Luiz Eduardo Greenhalgh, do PT de São Paulo. 

    Esta vitória de Severino Cavalcanti foi fruto de uma articulação direta da oposição partidária e midiática liderada por Fernando Henrique Cardoso, que articulou pessoalmente a vitória de Severino. 

    Um pouco depois (junho de 2005) veio a denúncia de Roberto Jefferson, feita a partir de um vídeo produzido pelo mafioso Carlinhos Cachoeira nos Correios e que ele atribuiu, equivocadamente, ao então Ministro Chefe da Casa Civil, José Dirceu. Nem é preciso recordar o que aconteceu na época, pois foi uma bomba que por pouco não derrubou o governo Lula. 

    Depois do estouro da farsa do “”mensalão””, a oposição fracassada ficou com a faca e o queijo na mão para entrar com um pedido de impeachment contra o Presidente Lula. Uma das prerrogativas da presidência da Câmara é justamente a de dar ou não sequência a um pedido de impeachment.

    Por ter mudado de lado, saindo da oposição e passando a apoiar o governo Lula, Severino Cavalcanti foi defenestrado logo em seguida da presidência da Câmara e a crise política na casa só terminou com a eleição de Aldo Rebelo, do PC do B de São Paulo, por escassa margem, pouco tempo depois. 

    Aldo Rebelo estancou o Golpe Branco de Estado que estava sendo gestado no Brasil. Todas as vitórias e conquistas que o povo brasileiro pode usufruir após estes episódio se devem, em grande margem, ao trabalho deste competente e valoroso brasileiro de nome Aldo Rebelo. 

    Aldo Rebelo é um dos homens mais sérios e competentes da República Federativa do Brasil. Salvou o Brasil de um Golpe. Salvou a realização da Copa das Confederações, da Copa do Mundo e salvará a realização dos Jogos Olímpicos, justamente em função de sua reconhecida capacidade executiva e política. 

    Aldo Rebelo é um homem de caráter, jamais nomearia a própria mãe para uma disputa política no Tribunal de Contas da União, como fez o farsante governador dos olhos verdes lá de Pernambuco (tal e qual um velho Coronel da República Velha do Café com Leite). 

    E o fez, mostrando que é um reles Coronelzinho de meia pataca, derrotando o próprio Aldo Rebelo em 2011. 

    Aldo Rebelo é um orgulho incomensurável para o Brasil e para o povo brasileiro.

  39. Tô preocupadíssimo é com as Olimpíadas !

    Estádios  de futebol são substituíveis por outros mas , p.ex., ciclismo não pode usar o parque aquático !

    Ensaios da abertura e do fechamento são feitos anos antes.

    Os esportes náuticos já estam prejudicados, pois, segundo especialistas não temos mais tempo para 

    a despoluição.

  40. Tô preocupadíssimo é com as Olimpíadas !

    Estádios  de futebol são substituíveis por outros mas , p.ex., ciclismo não pode usar o parque aquático !

    Ensaios da abertura e do fechamento são feitos anos antes.

    Os esportes náuticos já estam prejudicados, pois, segundo especialistas não temos mais tempo para 

    a despoluição.

  41. Aldo.

     O ministro errou deveria ter ido ao programa. Cade os esclarecimentos sobre os gastos da Copa, falo para o povo em geral, pro contribuinte? O Brasilianas é um ótimo programa, parabéns Nassif. Porem só atinge uma elite intelectual, não o povão. Lembrando que o programa é que convidou o ministro e o mesmo não compareceu. Caramba, eu não intendo como uma coisa dessas pode acontecer. Um monte de gente no facebook metendo o pau nos gastos com a copa, todo um clima de revolta com supostos desvios e o ministro dos esportes não tem agenda! O governo não vai responder as críticas descabidas? Quem cala consente.

  42. Cardoso, Mercadante, Rebelo,

    Cardoso, Mercadante, Rebelo, Bernardo… Somando todos eles e elevando ao quadrado não dá um bom político!

    No executivo hoje, Haddad dá de lavada em todos!

    Mas o Aldo… cara, um ministro dos esportes que não faz nada para popularizar os esportes não passa de um zero a esquerda. Fazer Copa é fácil, basta construir uma dúzia de estádios. Fazer o povo praticar esportes, dar condições pras crianças praticarem desde cedo (e assim revelarmos além de Neymares, Federrers e LeBrons) é que é difícil!

  43. Essa critica do Nassif ao
    Essa critica do Nassif ao Aldo Rebelo, gratuitamente ofensiva, só demonstra que o Nassif nao foge ao perfil da maioria dos jornalistas. Arrogantes, eles imaginam que sao realmente o Quarto Poder. Um convite de tais elementos deve ser considerado como uma intimação para comparecer. Ridículo para dizer o mínimo.
    Nao há duvida que o Nassif e um jornalista competente, entretanto, essa competência nao lhe da salvo conduto para sair fazendo beicinho quando um Ministro nao pode atender seu convite.
    E possivel que alguma questão particular, pessoal, privada tenha impedido o Ministro de comparecer. E aí ?
    O Ministro nao tem o direito de decidir pelo seu compromisso privado?

    1. A crítica nãoi foi nem

      A crítica nãoi foi nem arrogante nem gratuita.

      O Ministro tem o direito de dispor da sua agenda comobem entender. Não tem o direito – perante seu governo e seu partido – de não indicar ninguém para substituí-lo, alegando problemas de agenda. A presença do Secretário Executivo – indicado não por ele, mas pelo MInistério do Planejamento – mostra que sua atitude foi de preguiça, de desleixo.

      Mais ainda. Dia desses viajei com uma advogada ligada aos ruralistas. Elogiou muito o Aldo e disse ter aproveitado muito bem seus conselhos, de procurar os blogueiros da Veja para defender o estatuto da terra.

      O Blog assumiu a defesa solidária do Ministro Orlando Dias, do PCdoB e dos Esportes, quando alvo de campanha difamatória da imprensa. Acho que tenho o direito de cobrar do Aldo um mínimo de compostura e de responsabilidade.

      Essa cobrança, aliás, deveria ser do próprio PCdoB. No cargo de maior visibilidade ocupado por um membro do patido, Aldo demonstra a falta de compromisso com a gestão e com a defesa do seu próprio trabalho.

       

      1. Nassif , quando eu falo que

        Nassif , quando eu falo que este governo não se comunica e não mostra o que foi feito, com as promessas de mobilidade urbana, nos fazem de bobos e ainda pagam para o Pig  falar mal deles. 

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