Não se engane: é primavera no Brasil!, por Francisco Carlos Teixeira

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Foto: Lilian Wagdy/Wikimedia Commons

NÃO SE ENGANE:  é Primavera no Brasil!

por Francisco Carlos Teixeira da Silva

Muitos brasileiros tinham esperança, ou ao menos expectativas, na atuação da Justiça. Mesmo sabendo que os tribunais brasileiros são lentos, formais e que se expressam num leguleio que poucos entendem – mesmo assim! – esses brasileiros tinham esperanças. Não podíamos crer, materializar, o dito antigo de que a Justiça no Brasil é feita – e com dureza! – apenas para ladrão de galinhas. “Para os amigos tudo, para os inimigos a Lei!”.  Nem muito menos podíamos imaginar que seria através de tribunais brasileiros que interesses estrangeiros declarariam guerra ao Brasil.

Uma guerra de novo tipo: uma guerra sem guerra, ou seja, uma guerra que usa meios não bélicos para destruir, solapar, aniquilar a capacidade do adversário. Assim, utilizando-se de modernos meios tecnológicos – mídias digitais, propaganda massiva, formação de quadros de elite em universidades estrangeiras, sistemas de estágios e bolsas de estudos em centros de treinamentos, etc… arma-se uma elite para atuar a serviço, consciente ou inconscientemente, desse poder estrangeiro.

O Brasil não seria o primeiro alvo. Na verdade Ucrânia, Líbia, Egito, Tunísia, Síria, Geórgia e Turquia foram alvos anteriores desse modelo novo de guerra – uma guerra que não precisava recorrer aos custosos meios tradicionais de luta com canhões, bombardeios e destruição de cidades. Podia-se fazer a guerra a bem dizer… sem guerra. Por outros meios. Não era exatamente uma “guerra híbrida” ainda. A guerra híbrida misturaria meios novos e meios tradicionais. Por enquanto, nas chamadas “primaveras”, a guerra seria “sem guerra”.

Para funcionar a “guerra sem guerra”, precisa-se conhecer bem o ponto fraco do inimigo. No caso brasileiro foi fácil: homens do talho de Victor Nunes Leal e Raymundo Faoro já apontavam para a chaga aberta do país – o caráter patrimonial do Estado brasileiro. O patrimonialismo, no perfeito conceito de Max Weber, permitiu que uma elite parasitária colonizasse o Estado e cooptasse tudo e todos que se apresentem como “o novo”, “o transformador”, “o renovador”. Trata-se do velho “transformismo” das elites, e de seu poder de cooptação, tão bem descrito por Jorge Amado em seu personagem “Doutor Mundinho”, de “Gabriela, cravo e canela”.

Cabia, posto, utilizar-se dos males propiciados pela elite corrompida do país como brecha para iniciar o ataque à soberania nacional. O interessante é que tal ataque a nossa soberania seria feita pela parcela, aparentemente, não corrompida dessa mesma elite. Estrangeirada, imbuída do élan “renovador”, tal elite embora inteiramente colonizada, vestida, como no dizer de Frantz Fanon, com a máscara do colonizador para impor ao seu próprio povo um modelo importado e alienado.  A elite “renovadora”, capacitada em centros estrangeiros,em nome de uma pureza que só o “outro perfeito”, “o estrangeiro”, “o espelho” em que devemos nos mirar e, assim, deixar de ser o que somos para ser a cópia mascarada do “Outro” colonizador, renega sua própria gente, sua história e suas tradições.

Com tudo isso destrói as bases da própria soberania nacional.

A Operação Lava-Jato abriu, sim, para muitos, a esperança de que as coisas mudariam,  o patrimonialismo de mais de quatro séculos seria arrancado pelas raízes e que o país seria “passado a limpo” – mas, infelizmente, só miravam no espelho do Outro, do estrangeiro. Depois de seus cursos e estágios no exterior se sentiam prontos para a hercúlea tarefa de “limpar” o Estado brasileiro, tomando-a como “missão”. De qualquer ponto que puxassem o fio viria o novelo de pecados da história-pátria: propinas, sinecuras, prebendas, filhotismo, estelionato, favoritismo, peculato, e tanto mais… Contra uma “história feia”, a nossa, a da própria pátria, considerada viciosa, apunham a história virtuosa d´“Outro”, sem saber que a história desse “Outro” é uma pura construção mítica, ideológica, benzida na pia da religião.

Incultos na sua erudição tomaram o mito d´Outro como história.

Iniciaram-se, então, os procedimentos jurídicos, o flanco da “guerra sem guerra”, a primavera do Brasil: afinal poderosos iriam para prisão. E realmente foram. Foram mesmo? Bem, Eduardo Cunha – uma unanimidade nacional, uma espécie de “meu malvado predileto” da Nação – mas, só depois que cumpriu seu papel, o de defenestrar Dilma Rousseff do seu cargo via acusações que seriam nos meses seguintes “fichinha”, “crime” de freira de colégio interno, face ao chorume a vazar do Congresso Nacional nos meses seguintes ao seu impeachment.

Bom, prendeu-se Cunha com seu aspecto melífluo, sua voz dissimulada,  suas mãos felinas e seu cabelo oleoso e com aparência de caspa severa – está lá! Condenado a 15 anos de prisão! No entanto, sua esposa – uma jornalista de grande experiência foi considerada inocente, pois não sabia de onde caía o dinheiro no seu generoso cartão de crédito… Há quem mais? Ah, não… Esse está livre; este outro… Fez delação e foi solto; aquele… hum,  foi liberado e…. acolá outrem está em prisão domiciliar.

O próprio Cunha é personagem central de tramas noturnas da República e continua sendo personagem central no “esquema” (ou será “organização”, um sinônimo talvez de “quadrilha”)  que sustenta com propinas e malas cheias o presidente em exercício. Portanto, é, em verdade, um homem mais livre que a maioria dos 204 milhões de brasileiros que não escolheram seu presidente e com passes de equilibrista esticam seus salários até o mês seguinte!

Ah, temos sim um prisioneiro da Lava-Jato: o Almirante Othon Silva, condenado a 43 anos de reclusão. Um homem que prestou inúmeros serviços à Pátria, que enfrentou terríveis forças internacionais para dotar o país de uma tecnologia única e avançada, resistindo heroicamente às pressões ocultas de grandes potências. Envergonhado, após a prisão, tentou o suicídio. Mostra caráter! Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, qual outro político escreveu sequer uma linha de arrependimento? Nada!

Muito pelo contrário continuam, com recursos escusos, conspirando contra a ordem constitucional da República. No entanto o tribunal entendeu que o homem que dotou o país de alta e exclusiva tecnologia de ponta, um saber estratégico para a Nação, merecia uma pena 3.7 vezes superior ao mago do mal que presidiu o Congresso Nacional, o senhor Eduardo Cunha. Decidiu-se punir um Almirante muito mais do que quaisquer um dos malfeitores que roubam não só o dinheiro, mas principalmente o bem maior do povo, roubam o voto dos cidadãos.

Temos, contudo, como explicar mais esse paradoxo: como permitir que um país com tantas riquezas como o Brasil pudesse se dotar de uma tecnologia nuclear autônoma? Tinha-se que exemplificar em alguém o castigo para parar, deter e nunca mais permitir a ousadia de uma mera colônia neo-extrativista de ser, de fato, um país verdadeiramente soberano.

Como se não bastasse, o mesmo tribunal, aliado a governos estrangeiros, condenam as empresas brasileiras. Isso mesmo, as empresas. Não condenam apenas os executivos responsáveis pelos atos de corrupção, condenam as empresas. Ou seja, em vez de julgar “CPFs”, o tribunal julga “CNPJs”. Condenando as empresas  com multas bilionárias a serem pagas a governos estrangeiros, conseguem gerar desemprego massivo, destruição de postos de trabalho, extinção de modernas tecnologias, subdesenvolvimento e a retirada do Brasil de mercados duramente conquistados. E os executivos? Bem, esses são “premiados” e vão para casa! Uma tornozeleira aqui, outra ali; uma retenção de passaporte de um e de outro não… e para outros nenhuma punição! Ou seja, as empresas, os “CNPJs”, são condenadas, caminham para extinção, o desemprego campeia, os trabalhadores sofrem e os executivos – “CEOs”, gostam de dizer! – vivem feliz o resto da história!

Nem as empresas que colaboraram, e mesmo colocaram em funcionamento o Holocausto durante o Terceiro Reich, foram punidas desta forma. A punição recai sobre seus proprietários e executivos e hoje são orgulho da nova Alemanha. Aqui, como se não bastasse a contaminação de valores intangíveis das empresas, devora-se a própria capacidade das empresas sobreviverem. Assim, a engenharia, a pesquisa geológica, a mineral, agropecuária, ferroviária, a engenharia de alimentos, os laboratórios das universidades, transportes e logística passam a ser alvo de uma operação profunda de desmonte.

Enquanto isso, outros produtores/fornecedores internacionais, concorrentes do Brasil, ocupam fatias crescentes de mercados tradicionalmente do país. A capacidade de agregação de valor despenca e cada vez mais nos aproximamos de uma situação de colônia neo-extrativista.

Trava-se, assim, uma “guerra sem guerra” na qual o futuro da soberania nacional está em jogo. E o mais triste de tudo é que o povo brasileiro nada sabe sobre guerras.

Francisco Carlos Teixeira da Silva, historiador, ganhador do Prêmio Jabuti, 2014.

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32 Comentários

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  1. Tenho minhas dúvidas de que

    Tenho minhas dúvidas de que Eduardo Cunha esteja cumprindo pena normalmente, mesmo no que fosse o padrão mais alto de penitenciárias brasileiras. A impressão que dá é a de que ele está em um retiro muito confortável, à espera de que seus guardadores escolham o melhor momento para sua soltura. Infelizmente não se pode confiar uma averiguação a respeito à nossa mídia jornalistica. Ela tem pacto com os guardadores e jamais publicariam o que lhes fosse do desagrado.

  2. Desolador, porque real.
    Feito

    Desolador, porque real.

    Feito por quem sabe do que fala. Radiografia perfeita de mais essa ignomínia.

  3. Vejam só a “elitizinha”

    Vejam só a “elitizinha” safada que vou botar nesse país! Lembram da piada? Classe média do sul/sudeste com grande número de imigrantes saudosistas da origem de seus avós, que vieram chutados de seus respectivos países e ainda hoje são mal recebidos lá. Cambada de escravagistas e traficantes de escravos, que só largaram o “vício” porque a Inglaterra queria vender suas máquinas. Montes de beleguins e chupins do estado, que raríssimamente empreenderam, e, quando isto acontecia os ousados eram devorados pelos seus próprios colegas, para eliminar o “mau exemplo”. Cambada de vagabundos chefes, que ao invés de servirem o patrão-estado que os remunerava, serviam aos seus familiares. Policiais cheios de jeitinhos, sempre prontos a servir ao sr. doutor e a desaparecer com os pobres incomodantes. E vai por aí afora…E os militares: auto intitulados defensores da pátria e da constituição irão, novamente, virar instrumento de genocídio da população brasileira desarmada, desprotegida e vilipendiada? Irão combater o tráfico pequeno de drogas nas favelas, porque o atacado chega através de impunes aeronaves.

    Se houve ameaça de intervenção armada velada é preferível morrer lutando do que a inanição da mais profunda escravidão…

  4. Junte-se a esse quadro, não

    Junte-se a esse quadro, não empresas gigantes como as construtoras mas sim as milhares de pequenas que abandonam suas razões sociais para apenas ganhar dinheiro, os criadores de startups (de qualquer ramo, tanto faz, já que esses embriões não têm outra vocação exceto o de serem vendidos para algum grupo gigante estrangeiro, nunca para viabilizar um desejo de expressão vocacional ou científica; menos ainda para realizar o sonho de um país melhor) e talvez tenhamos não apenas um momento difícil mas também um futuro pouco promissor. Bem… pouco promissor se a gente pensar em  independência, soberania, justiça e prosperidade geral, né? Se pensar em coletivo. Para os que vendem o país, as expectativas são ricas… ou melhor, são endinheiradas.

    Não há representante mais afinado com esses tempos do que Dória. O imperativo não é acabar com a pobreza, é liquidar com os pobres.

    Triste país… jamais devíamos ter eleito um Lula. Pelo menos não teríamos conhecido a esperança de um país melhor para nós, brasileiros.

  5. Eu Imagino

    Eu imagino o que não dirão Dallagnol e Moro aos interlocutores americanos durante aqueles happy hours  e dinners regados a vinhos da Califórnia nos quiais eles normalmente levam suas esposas após suas paletras e seminários sobre o Brasil. Deve ser muito dignificante. Não tenho certeza mais acho que frases como: Yes, we agree with you. For sure. We both will do that. Don´t worry sir. I have a dream, one day I intend to live here ,farão parte do diálogo.

  6. Perfeito! Por mais doloroso

    Perfeito! Por mais doloroso que seja, um retrato fiel do que estamos passando. Dói mas é uma tranqulidade constatar que temos pessoas atentas aos mínimos detalhes.  Compartilhado no FB e TT.

  7. Parabéns ao analista

    Brilhante análise, muito aterrador a nossa pátria estar sendo “subtraida em tenebrosas transações”, até quando?

  8. E duro dizer,  mas a situação

    E duro dizer,  mas a situação das oposições das quais somos parte, no momento ainda  está na condição de apenas espernear. Não nos foi dito, mas soa como se tivessem gritado: Ai, dos vencidos! Controlam tudo, principalmente, as duas casas do parlamento, a mídia, a justiça e as forças de segurança (estas na surdina), tornando claro que no papo não há saída. O diálogo é de surdos, e as forças são desproporcionais. Dessas áreas não se pode esperar nada, mas nada mesmo, pois majoritariamente são golpistas a serviço do poder de fato. Não temos a quem recorrer. Para os amigos a lei, para a oposição a lei segundo a interpretação dos golpistas. É aquela questão, que sabem muito bem, de que não se deve deixar o adversário sem saída, porque os obriga a lutar até o último homem, ou render-se. Em política, as coisas não acontecem por acaso, por isso, a meu ver,  com o povo à parte e sofrendo calado, como se estivesse anestesiado, e confuso com as informações que lhes chegam completamente deturpadas, estão tentando direcionar as oposições para outro tipo de enfrentamento, que pode ser o caminho que esperam que seja seguido para implantar a ditadura de fato, principalmente se atentarmos que quem manda mesmo não são os personagens à frente do golpe. Almejam, ao que parece, fechar o Congresso, porque claro que não morrem de amores pelos políticos que lá atuam, não são confiáveis e são muito caros. E por aí vai…  A soltura do Aécio sem mais aquela, mostra que este político é peça chave do golpe, com tudo para ser um ditador civil. Ter essa consciência, torna necessário que não entremos na pilha, e deixemos que continuem se desgastando dentro do arcabouço democrático, no qual ainda em parte nós estamos, sem que tenham condições de partir para a força explícita. Não adianta chiar, bom cabrito não berra. Eleitoralmente, não estão bem. Melhor, aos trancos e barranco, continuarmos denunciando as arbitrariedades que cometem, combatendo a condução da política econômica, aproveitando o resto de democracia que ainda resta, até que seja possível chegar, com a urna eletrônica, a outubro de 2018, onde ou enfrentarão o, para eles, espantalho do Lula, ou um seu indicado. No voto, ainda é cedo, mas dá para perceber, que não contam com um nome, já que os tradicionais, Aécio, Serra, Alckmin, Marina e Temer estão mais do que desgastados, e os que tentam como alternativa, Bolsonaro, Joaquim Barbosa e João Dória estão longe de decolar para disputar de fato. Pouco mais de um ano passa rápido. Isso não quer dizer que devamos abandonar a luta pelas diretas já, seria o melhor, caso possível, até mesmo dentro das regras de sempre, mas muito improvável de acontecer com as forças que estão no comando do estado,  e falta a essas forças um candidato viável para o enfrentamento. Tudo o mais é secundário, porque aos golpistas não interessa mesmo é a eleição. Hildermes

  9. A prisão do Almirante Othon a

    A prisão do Almirante Othon a pena perpétua é a rendição das forças armadas nacionais ao Tio Sam. Se ainda existia algum nacionalista entre nossos militares, certamente mudou de lado. Não éramos ainda uma nação, deixamos de ser um país, e estamos deixando de ser um povo. 

  10. É uma Guerra

    Uma guerra pior que as tradicionais, as antigas, com tiros, coturnos, e sangue pelo chão.

    Dessas, a consciência é clara e imediata, é física e concreta.

    As modernas, invisíveis, acontecem ao largo dos olhos e da consciência.

    O estrago dessas últimas é muito maior, porque não gera reação; como um vírus que o organismo só identifica e ativa o mecanismo de defesa muito tardiamenete.

     

     

     

  11. Nós nunca seremos um País e

    Nós nunca seremos um País e Nação preocupada com seus cidadãos . A classe dominante de origem escravocata sempre vai minar esta transformação. O que chama atenção é a facilidade deste desmonte de empresas estatais e nacionais. A articulação do golpe escolheu o Temer já sabendo de seu passado . Um ser traiçoeiro , corrupto até o ultimo fio de cabelo , sem liderança e de facil manipulação . Temer é um sujeito perfeito para manipular , chantagear , emparedar e para cobrar qualquer serviço sujo politico . O cara é um mordomo que serve quem lhe pague bem e o livre de suas falcratuas. Cabe aqui uma critica ao PT , a ficha desde homem já era sabida  a muito tempo e vice de alguém se mau articulado derruba a cabeça da chapa , como deixaram prosperar isso ?

  12. Espelhos

    “Incultos na sua erudição tomaram o mito d´Outro como história”.

    Tenho notado em muitos sites que nos passam a visão de pessoas deslumbradas que fazem qualquer coisa por um espelho.

    Se queremos ter um futuro, temos que ser menos “naives”, e começar a ver a possibilidade de que estas pessoas são traidores da pátria em toda sua consciência.

    Eu não aguentaria uma outra “comissão da verdade”.

  13. Sétima República
    Uma onda silenciosa inunda a sociedade..  .. seu nome é resignação.. .. as pessoas estão chocadas.. arrependidas.. desiludidas.. frustradas.. confusas.. .. cansadas.. .. e com medo.. Impotentes, estão aceitando o golpe.. Quando os efeitos mais pesados do desastre econômico chegarem, já não haverá mais como reagir.. .. não haverá revolução.. alguma convulsão, talvez.. .. a podridão é tão grande que nem o fascismo prospera nestes campos.. .. nosso futuro é uma mexicanização nível master.. um plus do modelo.. Perdidos numa guerra híbrida para a qual não estávamos preparados.. Precisamos urgentemente aprender a jogar esse jogo.. Temos que sair do quadrado e criar um novo movimento social.. .. algo que nos leve a pensar novos caminhos.. Eu criei esse site com a proposta de que ele se torne impessoal, auto gerenciável, auto sustentável e democrático.. .. é a semente que vale a pena.. .. espero que se torne um “bolo de gente de todo tipo” aprendendo a construir alternativas.. .. humanos aprendendo a escolher os melhores caminhos para a humanidade.. Espero que você vá lá e comece a contribuir..http://setimarepublica.com.br/

  14. Almirante Othon

    Alguém sabe porque e como o Almirante foi condenado?

    Há provas de traição ou enriquecimento ilícito?

    Porque seus companheiros pesquisadores e os militares não se manifestaram quanto à prisão e condenação?

    O que, de fato, aconteceu? Afinal nem matar a própria mãe a dentadas rende 43 anos de prisão perpétua! 

    1. Othon

      Pesquiso também sobre ele, e se deveria montar uma central de informações a respeito. Gostaria de saber se ele já recorreu em segunda instância, na Vara de Porto Alegre. É um absurdo, e mais absurdo é que os militares não fizeram nada! Só se moveram corporativamente para ‘sair’ da Reforma da Previdência, assim como o Presidente do Supremo, Lewandowski, foi pedir, no auge do Golpe 2016, aumento de 40% para o Judiciário. É o patrimonialismo de quem pode, como fala o Historiador Carlos Teixeira.

    2. Nacionalismo é crime

      Ele foi condenado na justiça miiitar, não se tem acesso ao processo. Ele não está em Bangu1 junto com o Cabral, é claro que está numa prisão militar. O problema foi ter defendido o programa nuclear brasileiro, ele é nacionalista. Uma pessoa dessas não tem interesse em propina, a própria acusação é uma ofensa e já é uma forma de desmoralização por impor a ele um fato que é justamente o oposto do que ele prega. Por que ao invés de perguntar o que ele fez vc não pergunta por que colocaram o Romário para assumir o comando do programa nuclear brasileiro? Tal absurdo não te sugere que talvez o almirante não tenha feito absolutamente nada de errado? Acho que o fato de não estar claro o Estado de exceção em que vivemos é o grande trunfo dos golpistas porque muita gente boa fica duvidando de tudo e é nesse vazio de informação que eles aproveitam pra saquear o país. O erro com o AI5 foi ter sido declarado. Os golpistas evoluíram, temos que reconhecer.

  15. Conciliar, nunca mais !

    Penso que essa análise do prof. Francisco Teixeira é verdadeira. É uma descrição clara de nossa realidade.

    Por tudo isso, sou da opinião de que não podemos Conciliar com os golpistas. Eles têm que ser derrotados exemplarmente. Caso contrário, estarão gestando um novo golpe (aliás, é o que fazem neste momento).

    E quem são esses “eles”, os que têm que ser eliminados da política ? São os Marinhos da Globo, os Setúbal do Itaú, os empresários filiados à FIESP e CNI que patrocinaram o golpe (Joesley confessou que deu milhões para derrubar a Dilma), os líderes partidários (Aécio, Temer), os supostos magistrados (Moro, Gilmar Mendes, Janot), etc… É tarefa difícil, mas penso que é a única solução para constituir uma República Democrática, livre e soberana.

  16. Um reparo

    O artigo é excelente mas peca por um erro de desvio informativo relativo ao emprego da expressão Primavera (árabe). È que na Tunisia e, de uma forma mais avassaladoramente emblemática, no Egito,houve de fato revoluções populares de grande magnitude espontânea, da mais significativa importância paradigmática para o mundo e que puseram de novo como palavra de ordem e desordem a expressão “revolução” quando ela havia sido desmedidamente retirada do espaço semântico UNIVERSAL, da cartilha viva de aprendizagem dos povos durante longos,áridos,desnecessários e inócuos anos fukuiâmicos de artificialização forçada midiaticamente de uma  tal não-história. Acompanhei milimetricamente via internet em 2011 os acontecimentos revolucionarios na praça Tahir, no Cairo, que de fato, assombraram e surpreenderam o mundo, estremecendo as fundaçõs de  fancaria do neo-coonialismo financeiro que estava já a indimidar os povos e os estados-nação em quase toda a parte. O que desconfio que aocnteceu de fato foi o seguinte; os  tais supostos sennhers um por cento do mundo foram pegos de surpresa,por aquels erupções vulcânicas de rebeldia que chegaram a concentrar numa unica noite em todo o Egito mais de vinte milhoes de pessoas rebeladas nas ruas de todas as grandes cidades do mais rico ,populoso e fundamental pais árabe do mundo. Foi o exemplo, o neo-fantasma féerico da grandiosa revolução popular egípcia que se alastrou rapidamente por toda a Terra  o que deixou temerosa, amendrontada e de sobreviso a deselite mundial parlamentaria de Davos. O modelo dos acampamentos arabes da praça da Liberdade, a praça Tahir, da milenar cidade do Cairo foi inesperadamente emulado nas praças das grandes ,médias e pequenas cidades  dos Estados Unidos, Europa ocidental(incluindo-se Inglaterra!) , Bahrein,um protetorado norte-americano e até em Tal-Aviv,no centro de Usrael.A palavra ocupar,acampar, entrou na moda e os ventos da revolução anticapitalista se alastraran pelo universo politico conhecido com o ímpeto que todos consideravam já coisa do passado.É aí,nessa parte de análise do que houve desde entaõ que o brilhante articulista faz coro com o pensamento único da grande midia controlada pelos dententores do sistema financeiro.Ele  , numa estranha deguira informativa, não percebe ,nesses detalhes bem gigvantes e girantes, nessas nervuras encendiadas da história, o que realmente aconteceu. Os donos sonsos do mundo, entao se aregimentaram em polvorosa, realmente amedrontados, e começaram  em seguida, a partir de cerca de uns dois anos em diante a reorganizar suas forças contra-revolucionarias, e iniciaram o perverso processo das revoluçoes coloridas, revoluçoes de fancaria, a que continuaram insidosamente dando o nome de Primavera Àrabe .Incialmente na Libia, com a batuta televisiva do braço midiatico do Qatar,a Al Jazheera, e aí veio ,tragiamente, a Síria,a Ucrãnia, Istambul e os acontecimentos de junho de 2013 no Brasil. Mas isso ja era a contra-revolução diametralmente edia-ementalemnte proposta fake contra o modelo  recolucionário do Egito, ao mesmo tempo e, que uma eficaz repressão se disseminava em todos os territórios atlânticos contra os movimentos,principalmente, é claro, e  é Cairo! – o  atrevido Ocuppy Wall Street, que chegaram a estremecer  naqueles longos e fabulosos meses revolucionarios as bases de dominaçaõo do Império, em pleno coração de Wall Street, em Londres quando a sede do  apático Partido Conservador foi invadida e estilhaçada pelos estudantes ingleses,e na praça do Sol, em Madrid, agitação  tutelar e central européia emulada por centenasde acampamentos “árabes” em todas as cidades e vilarejos da Espanha, cujo modo de instalação revolucionária totalmente inédito na História foi imediamente copiada em todos os países da “Desunião Européia” dos paises vassalos dos ianques. Tudo estava rachando.Nao adiantava o boicote midiatico de então a esse movimentos, todo mundo se rebelava na granade nave do mundo contra o capitalismo víedeo-financeiro.O sistemão, vendo-se à perigo, usou dos ardis de inventar revoluções de fancaria superdimensionadas pela sua midia de manejamento global para fazer frente à livre efesvecência libertáaria dos povos rebelados  cujo modelo máximo e exemplar de ação situava-se na centralidade simbolicaa e total da revolução egipcia iniciada na praça Tahir, uma explosão que apagou todos os scripts e e planejamentos até entao encetados Colocar as revoluçoes tunisiana e egípcia de 2011 como parte da operação mundial de controle da humanidade pelo sistema financeiro sobre o mundo é um erro brutal. 

  17. ” Assim, utilizando-se de

    ” Assim, utilizando-se de modernos meios tecnológicos – mídias digitais, propaganda massiva, formação de quadros de elite em universidades estrangeiras, sistemas de estágios e bolsas de estudos em centros de treinamentos, etc… arma-se uma elite para atuar a serviço, consciente ou inconscientemente, desse poder estrangeiro.”

    Perdi as conts do número de vezes que tentei denunciar isso mas era um tabu. Era assunto proibido. 

  18. Rodamoinho, Roda Pião… É o Amadorismo Esquerdista, Estúpido!

    Disso tudo, resta um dilema atroz:

    Quem sofreu mais por antecipação?

    Nossos pais e avós, com o esquema militar do Assis Brasil ou nós e nossos filhos, com o Controle Remoto? 

    Rodamoinho, roda pião… de novo não!

  19. Assunto muito importante e pouco comentado

    O golpe teve sucesso total na destruição da economia do brasil (ou cassi total) e parcial em tentar descubrir nossos segredos atomicos apesar do absurdo dos 43 anos ao Almte.Othon, Entrega do presal, fatiar Petrobras, destruir empreiteras, tentar destruir Lula e PT , tropas na Amazonia, atraso em programas militares. Insisto, que artigos como este, dando detalhes de tudo isso, deveria ser coisa de todos os dias nos blogs que se oponen ao golpe. Mais não e o que acontece, e dedicamos mas tempo ao circo das delações, as falas dos promotores de curitiba etc. Pessoalmente escrevi um artigo com esse tipo de observações, publicado na revista GGN faz tempo, (5 de maio 2017 Lavajato e seu objetivo oculto:destruição da economia do Brasil) e desde essos dias este e o segundo ou terceiro artigo que toca no assunto, inclusive outros tentavam negar a importancia externa neste fatos.

    Prof. Francisco Teixeira, precisamos muito de artigos como este, por favor continue nessa linea

    1. A origem
      O golpe começou em 2002…
      Com a criação do Foro de São Paulo o PT protagonizou e financiou o grande golpe pró esquerdas latinas… roubar dos brasileiros e destruir nossas instituições foi efeito colateral. Como bradava José Dirceu, o “partido (PT) em primeiro lugar”.

  20. Contexto
    Só tem um detalhe que o autor deixa passar que é o tempo da guerra que ele a situa no pós Dilma eximindo os que declararam a guerra, o que plantaram a minas no solo pátrio, os que deportaram nossos parcos recursos para aliados que não lutam conosco, enfim a narrativa fala das flores que não frutificam sem dizer o nome do agricultor que envenenou o solo.

  21. Cunha não, Lula.
    Fazer uma crônica em torno de Eduardo Cunha ambientada no pós Dilma resumindo tudo em 18 meses é militância disfarçada de história.
    Quem minou o solo pátrio, colheu os despojos e deportou boa parte das nossas riquezas foi o Lula.

  22. “Idéias fora do lugar” –  

    “Idéias fora do lugar” –   primavera no Brasil só se for do Paraná para baixo… pq no resistante, primavera só como ilusão.

  23. Sun Tzu
    A verdade na escrita está nítida! Eu venho pensando nisso desde o início. Desde junho de 2013 quando eclodiu a primeira demonstração de “insatisfação generalizada” que infestou as ruas por 20 centavos! Foi quando eu pude notar o inchasso fermentado das demonstrações e quando os Black Blocks apareceram infiltrados. Foi aí que eu vi e me convencí de que a Primavera de outros hemisférios havia chegado ao Brasil. Era certeza, porque muito bem organizada!De lá para cá foi apenas uma questão de observar os traços particulares que a Primavera colocaria na Guerrra Híbrida brasileira. E foi exatamente como diz no texto: a Guerra toma o formato da vítima. Mais precisamente ela usa o DNA da fraqueza da vítima! E aí temos hoje para ninguem negar, que a corrupção à brasileira, a elite que se faz de nacional por ter endereço domiciliar no Brasil, trabalha contra os interesses do Brasil porque o código mental, o software, é estranho.Esta é a composição da primeira parte do problema, a ofensiva na Guerra. A segunda parte, a defesa, sem falar na contra-ofensiva porque isso no DNA do brasileiro foi há muito minimizado à quase extinção, e que o Almirante Othon junto com uma minoria quase inexpressiva tentava refazer, foi rasurada do DNA nacional pela condenação da sua ação e seu emprisionamento. Então esta segunda parte, a defesa, para que esta Guerra pudesse ser caracterizada como guerra, onde duas partes se embatem por dois objetivos distintos, não existe! Aí reside o problema central: a completa e total falta de defesa do Brasil. E o texto termina com uma verdade ainda mais triste na última frase: a incapacidade do brasileiro de sequer montar esta defesa porque não tem a mínima noção da natureza desta guerra: a Guerra Híbrida. Isto é simplesmente devastador, é uma guerra perdida!E para piorar a situação, se ela ainda pudesse ser piorada, quando em conversas se começa a falar sobre os elementos de defesa desta Guerra Híbrida, ou não querem ouvir ou levam o assunto para as suas áreas de conforto intelectual, que é a ignorância.

  24. SUN TZU
    A verdade na escrita está nítida! Eu venho pensando nisso desde o início. Desde junho de 2013 quando eclodiu a primeira demonstração de “insatisfação generalizada” que infestou as ruas por 20 centavos! Foi quando eu pude notar o inchasso fermentado das demonstrações e quando os Black Blocks apareceram infiltrados. Foi aí que eu vi e me convencí de que a Primavera de outros hemisférios havia chegado ao Brasil. Era certeza, porque muito bem organizada!De lá para cá foi apenas uma questão de observar os traços particulares que a Primavera colocaria na Guerrra Híbrida brasileira. E foi exatamente como diz no texto: a Guerra toma o formato da vítima. Mais precisamente ela usa o DNA da fraqueza da vítima! E aí temos hoje para ninguem negar, que a corrupção à brasileira, a elite que se faz de nacional por ter endereço domiciliar no Brasil, trabalha contra os interesses do Brasil porque o código mental, o software, é estranho.Esta é a composição da primeira parte do problema, a ofensiva na Guerra. A segunda parte, a defesa, sem falar na contra-ofensiva porque isso no DNA do brasileiro foi há muito minimizado à quase extinção, e que o Almirante Othon junto com uma minoria quase inexpressiva tentava refazer, foi rasurada do DNA nacional pela condenação da sua ação e seu emprisionamento. Então esta segunda parte, a defesa, para que esta Guerra pudesse ser caracterizada como guerra, onde duas partes se embatem por dois objetivos distintos, não existe! Aí reside o problema central: a completa e total falta de defesa do Brasil. E o texto termina com uma verdade ainda mais triste na última frase: a incapacidade do brasileiro de sequer montar esta defesa porque não tem a mínima noção da natureza desta guerra: a Guerra Híbrida. Isto é simplesmente devastador, é uma guerra perdida!E para piorar a situação, se ela ainda pudesse ser piorada, quando em conversas se começa a falar sobre os elementos de defesa desta Guerra Híbrida, ou não querem ouvir ou levam o assunto para as suas áreas de conforto intelectual, que é a ignorância.

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