O pós-choque fiscal e a falta de reação de Dilma

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O cenário econômico para os próximos meses continua desafiador.

Segundo pesquisa IBOPE divulgada ontem, as expectativas negativas dos consumidores bateram no ponto mais baixo, em níveis similares aos do pré-real. Tinha-se na época a inflação como o grande inimigo e a bala de prata na agulha: o próprio Plano Real.  

Agora o inimigo é a recessão. O consumidor ainda não sentiu os efeitos maiores desse vórtice. E não se vê à vista nem bala de prata nem de latão.

***

As engrenagens da recessão são fáceis de acionar e difíceis de serem revertidas.

Há uma queda inicial de salário e emprego que afeta o mercado de consumo, refletindo-se na queda de vendas.

Em um primeiro momento, as empresas seguram o emprego até o cenário futuro clarear. Quando o futuro torna-se nublado, as demissões se espraiam por outros setores.

Alguns setores relevantes ainda não se refizeram dos problemas dos anos anteriores. É o caso do setor elétrico e do etanol.

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Há um conjunto de ações anticíclicas que poderiam ser deflagradas. Mas o governo Dilma gastou seu arsenal.

A demanda pública esbarra na crise fiscal e no desmantelamento do pré-sal promovido pela Lava Jato e pela compressão de tarifas da Petrobras.

O mercado de crédito foi implodido pela alta expressiva da Selic e pela ação dos bancos, que elevaram de forma recorde as taxas de juros.

A lógica é simples. Na fase de abundância, o cliente toma crédito em vários bancos. Quando se configura a inadimplência, o primeiro sinal se dá nos mercados de crédito rápido – cartão de crédito, cheque especial. Todos os bancos aumentam exponencialmente as taxas sabendo que o resultado final será a inadimplência do cliente, mas cada qual procurando preservar sua fatia naquele minifúndio antes da queda final.

Depois, segue-se um período doloroso de renegociação, nome sujo, no final do qual parte da dívida acaba perdoada e o cliente volta para o mundo dos vivos..

***

O último elo da cadeia são as administrações públicas, estados e municípios.

No final do ano passado, estados como o Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais já apresentavam problemas fiscais expressivos.

Existe uma defasagem entre a queda da atividade e dos tributos, decorrência do prazo para pagamento dos tributos.

É um estrondo que já bateu nos caixas das prefeituras mas ainda não foi captado pelas estatísticas. É possível que ocorram quedas reais (descontada a inflação do período) na casa dos dois dígitos.

***

O aumento do desemprego resultará em mais desprestígio para o governo.

Por outro lado, os dois principais atores da oposição – o presidente da Câmara Eduardo Cunha e do senado Renan Calheiros – estão com os dias contados.

Especialmente Cunha incorreu em um erro que já degolou outras figuras poderosas: as demonstrações excessivas de força. Dificilmente escapará das investigações do Ministério Público Federal.

Do lado da oposição, há uma falta de rumo similar ao do governo. São incapazes de articular qualquer frase que não seja a vociferação vazia.

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Se Dilma tivesse um pouco mais de fôlego, Dilma poderia recuperar o protagonismo do discurso público e articular ações efetivas para o pós-choque fiscal.

Mas a cada dia que passa essa hipótese torna-se menos factível.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

33 Comentários

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  1. As sirenes do TSUNAMI que se

    As sirenes do TSUNAMI que se abaterá e arrasará a economia brasileira já estão tocando em alto som; só a presidente Dilma e seus ministros da área econômica não ouviram ainda. Será um desastre completo e dificilmente a presidente terá condições políticas para continuar no governo.

  2. O povo está iniciando uma

    O povo está iniciando uma travessia no deserto sem um líder. Quando não há líderes nem ideiais a conduzir tal travessia árdua, a possibilidade maior é que se chegue não à terra prometida, mas a uma terra devastada. Se em 2018 o país chegar, com o quadro político econômico atual (presidência fraca e oposição sem proposta nenhuma) , minimamente estável, será a prova dos nove de que o papa é argentino, mas deus é definitivamente brasileiro (rs). 

  3. O que esperar?

    Estado do Brasil em Junho de 2016: 

    1. Governo sem agenda para alem do ajuste e do desmonte de sua matriz economica.

    2. Legislativo tornando a governanca do sistema politico do pais ainda pior, com cobertura da midia e num contexto de panela de pressao da sociedade. 

    3. Oposicao sendo pautados por seguidores da triade veja-lobao-olavo. 

    Ou seja: nao espero nada de melhora ate 2018, e apenas aprofundento da crise no proximo governo, pois o legislativo esta jogando para prejudicar a governanca do Brasil sob PT como se o governo fosse o estado e sociedade civil. Eles realmente acreditaram na balela que o PT tomou o pais e que prejudicar a governanca do pais atingira o PT a nao o Brasil. A pauta do grande pmdb ate psdb-midia se resumiu a ser anti-PT. 

  4. A julgar pelo número de

    A julgar pelo número de previsões catstrófias para o Brasil, é vital que todas se concretizem a fim de seus propagadores não acirem no balaio dos chamados profetas do apocalipse. Interesessantemente, há aqueles que dizem que previsões econmicas de médio e longo prazo são furadas justamente pelo fato de a economia ser uma ci^^encia social e não exata como muitos economistas e comentaristas economicas querem fazer crer. 

    Antes de a China aportar aqui com projetos de investimentos as previsões eram catastróficas. O sebastianismo em busca de estadista capaz de devolver os “rumos” ao Brasil  esbarrava no contraditório da demanda pela abertura das ideias vinas da mandatária.

    A ansia afeta todos os segmentos e não poderia ser diferente. A cada dia uma nva interpretação da realidade. Caso as previsões catastróficas não se concretizem, mais interpretações virão e provavelmente o “contou com a sorte…” entrará em cena a fim de diminuir o peso da aposta negativa.

    Mas enfim, o que importa e morder os doislados. Estamos testemunhando o nascimento de fato de uma terceira via.

  5. O problema é que esse governo

    também caiu no canto da sereia. Acha que quem salva a economia são somente os grandes empresários , somente os grandes investidores , então eles deram e ainda estão dando para eles vários benefícios , só que a contrapartida não vem.

    E não vem porque nenhum deles vai investir , mesmo com os benefícios recebidos , se o Governo está tirando dinheiro de quem realmente movimenta a economia , que é o povão , que consome seus produtos.

    Encheram o bolso com esses benefícios , provavelmente investiram esse dinheiro no mercado financeiro ou consumindo/comprando alguns poucos produtos , produtos que movimentam uma pequena parte da cadeia produtiva.

    Sobre a questão do povao endividado em empréstimos e cartão , acho importante falar que a maioria não consegue pagar porque os juros ficaram extorsivos de novo. Qualquer um consegue administrar o pagamento de juros de 2-3% ao mês em empréstimos ou até 5% no cartão de crédito ou cheque especial(que já é alto) , mas 10-15% acaba com qualquer orçamento.

    E nenhuma instituição tem justificativa para cobrar juros de 10-15% ao mês. Cobram em um mês mais do que pagam por ano , que é a Selic de +/-13%.

    Assim economia nenhuma vai pra frente também. 

  6. só nos resta juntar os cacos?

    estamos sendo tragados pela inevitável crise terminal de um modelo de governo focado em atender os grandes interesses da minoria, mas  legitimando-se através de alguns poucos benefícios para a maioria. eleito pelos de baixo, mas governando para os de cima, numa hegemonia às avessas. 

    em 1964 a intervenção no Brasil, depois propagada pela AL, foi uma ação direta de estado dos EUA. hoje se dá através dos interesses econômicos das mega corporações norte-americanas, como os Koch Brothers (petróleo, celulose, têxtil) que são a maior fortuna do mundo, superam Bill Gates e Carlos Slim. os EUA atualmente não são mais um país, tudo e todos são apenas negócios.

    em 1961, ao finalmente chegar em Porto Alegre, Jango foi recebido por Brizola e comandantes militares com a proposta de marcharem por terra até Brasília, mas optou ir de avião ao lado de Tancredo.

    na manhã do primeiro de abril de 1964, o herói da II Guerra Mundial e comandante da Base Aérea de Santa Cruz, Rui Moreira Lima, localizou e deu um vôo rasante sobre as tropas revoltosas, que se apavoraram e se jogaram no mato. contudo, não foi autorizado a atacar, nem mesmo quando propôs que o bombardeio seria tão somente às posições da estrada, vanguarda e retaguarda, para estabelecer um bloqueio.

    em junho de 2013, quando as ruas foram ocupadas pela juventude combativa, e aquele relâmpago em céu azul gerou um instante no qual se desmanchava no ar tudo que antes parecia sólido, manteve-se o pacto conservador que domina a história brasileira, dele sempre excluídos como protagonistas as classes trabalhadoras.

    em 2014, para não “prejudicar a Copa do Mundo da FIFA”, as manifestações foram duramente reprimidas, expulsas das ruas na porrada, como resultado a copa dos ricos para os ricos foi um fiasco em todos o sentidos.

    chances sempre tivemos generosamente. lançamos os dados. estamos na maior crise de nossa história, inclusive e principalmente pelo componente climático. escolhemos o nosso destino. ele agora nos encara nos olhos e nos leva pela mão. o que nos resta?

    .

     

  7. Tão estranho essas notícias

    o Mantega vivia projetando crescimento e que o dolar não subiria, a propaganda da Granda Chefa da Naçoa dizia que estava tudo bem e que continuaria tudo bem e agora pq mudou td subitamente??

  8. Mercúrio Retrógrado

    Até 11 de junho, nos Céus Mercúrio anda para trás. Movimento que se repete de três a quatro vêzes ao ano. É um tempo que a humanidade têm para reavaliar ações, pensamentos e palavras. Revisitam-se decisões e reavaliam-se táticas e estratégias. 

    Está época não é favoravel a tomada de decisões, fechamento de contratos e grandes discursos, afeta a todos os humanos, gera um clima de desconfiança, pessimismo e mesmo má vontade em muitos. Coisa normal na Natureza, sem os contrastes não conseguimos distinguir o bem do mal.

    Pode ser que o sentimento astrológico, difuso e conhecido a milênios pelos humanos esteja realmente influênciando o cotidiano do  planeta, a Lua Cheia em Aquários dá uma nova perspectiva, aguardemos pois.

  9. E o pátria educadora?

    Prezados,

    Mas o governo faz por onde só dar bola fora.

    Como é que vêm com um slogan de “pátria educadora” justamente no ano que vão fazer um mega-corte nas verbas do MEC? Resultado: um monte de greve de professores país afora e, agora, mais uma greve das federais.

    Por que não vieram com o slogan “pátria conservadora”? Teria sido melhor… ou então “pátria fiscalizadora”… Caía bem e entrava em ressonância com a realidade. Não ia ser uma piada pronta para a oposição.

  10. É o que dá ter uma técnica competente ao invés de uma lider.

    Dilma não tem perfil pra ser presidente. Simples assim. O raciocínio não é de líder político. Acontece o mesmo fenômeno aqui em Pernambuco, na capital e no estado. Ambos governantes sem sentido político, perdidos com a orfandade de Dudu.

  11. A única quadratura que

    A única quadratura que consigo ver é a de Renam/Cunha no conresso e Gilmar/Marco Aurélio de Mello no STF. Seriam os deuses astronautas? , o sucesso editorial dos anos 60 (talvez) já foi declarado uma farsa. E agora?

  12. É, está todo mundo pessimista

    É, está todo mundo pessimista em relação a tudo, do futebol à criminalidade urbana. O brasileiro está em inferno astral. Mas tem um detalhe que passou despercebido na tal pesquisa Ibope. Mais de 40% acha que a mídia pinta um quadro muito pior do que realmente é.

    Será que esse catastrofismo inclui o blog do Nassif? Nosso colega Francy acha que sim. Uma pequena polêmica. Eu particularmente acho o Brasil imprevisível.

    1. Contaminação

      As epidemias são assim.

      A de dengue passou pela fase mais crítica.

      A do pessimismo está abalando o Nassif. Contaminou-se!

      Deve ser algum vírus latente que ele manteve contido desde os tempos da Folha.

      Pode ser que Vitamina C resolva.

  13. Eis a questão

    Pessimismo ou realidade?

    “Se Dilma tivesse um pouco mais de fôlego, Dilma poderia recuperar o protagonismo do discurso público e articular ações efetivas para o pós-choque fiscal.

    Mas a cada dia que passa essa hipótese torna-se menos factível.”

  14. A questão que fica é por que a Dilma mudou tão radicalmente

    de uma politica econômica de preservação do emprego, que foi a politica do Mantega, mesmo com todas as suas limitações, para uma politica ortodoxa que olha apenas para inflação e rating sem se importar com as consequências sociais disso. Por que ela não tentou um meio termo? De que vai adiantar salvar a inflação, se isso ocorrer, o que eu duvido, se para isso ela vai destruir tudo que o PT construiu até agora? Até os programas sociais que eram as meninas de ouro do governo petista ela está desmantelando para financiar os juros pornográficos do BACEN.

  15. Falta

    Votei nela e, contra os mesmos candidatos, votaria novamente, mas o que falta a Dilma, na minha opinião, não eh fôlego. Falta- lhe mesmo eh compromisso com a parcela da população que a elegeu (eu e minha família incluídos). Para tentar (inutilmente) agradar quem sempre lhe fez e continuará fazendo oposição, está  “governando” como se Aecio tivesse sido eleito e não ela. Pura traição ao eleitorado de esquerda. Sobretudo a classe trabalhadora. E com esse ajuste provocará recessão, desemprego e necessidade de mais recessão e mais desemprego, como prova a história recente em países que caíram na conversa dos rentistas. Vai destruir (já está fazendo) as conquistas do governo Lula, que ela ainda manteve ( a conta gosto?) no primeiro mandato.

     

     

  16. Dilma até agora é um grande

    Dilma até agora é um grande erro politico, nao se mostrou capaz de atender as espectativas de seus eleitores, e pior, nao se comunica com a populaçao, parece uma politica sem rumo e sem discurso. Alguém tem que lembra-la que o Brasil nao se resume à explanada dos ministérios e que ela esta ocupando o cargo de presidente da republica, o Brasil possui enormes talentos nas mais diversas àreas, e é impressionante ver que o governo està simplesmente ignorando isso, optando por uma resposta conservadora. Se o governo nao conseguir manter as conquistas sociais e economicas dos trabalhadores brasileiros, pode sentar e esperar o caos se instalar, com resultados incertos para à democracia. 

  17. Até agora aqui na base da

    Até agora aqui na base da pirâmide continua tudo normal como se nada estivesse acontecendo.

    O povão aguardando o fim de semana para tomar umas cervas (Itaipava, a mais barata) e fazendo vaguinha para o churrascão na esquina.

    Até agora não soube de ninguém que perdeu o emprego

    Ontem na promoção de carnes em alguns mercados, a peça da alcatra(Friboi) estava saindo por R$ 15,68 no mercado mundial, compramos três peças, mais ou menos uns 15Kg de carne

    A pelada já está marcada para o domingo, se não chover é claro.

    E o que é melhor, aqui embaixo ninguém conhece esse tal de Levy.

    O dia que o povão começar reclamar, pode ter certeza, o bicho está pegando

    Por enqunto, vida que segue !

  18. Parece que Folha de São

    Parece que Folha de São Paulo, Estadão, O Globo,  etc, etc, quando metem o pau na política econômica do govêrno é que estão sabendo das coisas? Levy, Barbosa, Dilma, etc, etc não estão sabendo de nada? Socorro!!!!!

  19. Depois de quase seis meses

    DFernando Pimentel foto Fabio Pozzebom ABr 3epois de quase seis meses escondendo a realidade do Estado e mentindo com propagandas na TV, o Governo do PT em Minas Gerais apresentou a realidade aos mineiros. Forçado por exigência da Lei, o secretário de Estado da Fazenda, José Afonso Bicalho, apresentou, nesta quarta-feira (27/05), o relatório de gestão fiscal do primeiro quadrimestre de 2015. Os números mostram que Minas Gerais possui um superávit de R$ 2,322 bilhões, o que desmente mais uma vez as propagandas do próprio governo que afirmam que o Estado estaria com déficit de R$ 7 bilhões.

    É a segunda vez que o PT se vê forçado a mostrar a realidade. Na última semana, dados divulgados pelo Banco Central também desmentiram a afirmação de déficit nas contas do Estado, mostrando que Minas Gerais fechou 2014 com o maior superávit do Brasil.

  20. Boa parte das expectativas

    Boa parte das expectativas negativas da população captadas pelas pesquisas decorre de uma campanha incessante e autofágica da mídia para mostrar um quadro muito pior do que o que se revelerá nos próximos meses. A queda pequena do PIB no 1o. trimestre , por exemplo, foi na contramão dos propagadores do caos absoluto. Ao se desconsiderar as expectativas criadas artificialmente por uma mídia partidarizada e sem rumos e sua influência nos mercados reais podemos estar retirando um componente importante para a compreensão dos movimentos econômicos e atribuindo a apenas um agente a culpa por tudo. Dilma pode muito, mas não pode tudo. Estamos em uma economia de mercado cujos resultados macroeconômicos dependem de múltiplas variáveis. Uma delas são as expectativas futuras dos agentes econômicos escandalosamente induzidas a esperar o pior dos mundos. Sem isso não dá para entender como a tal pesquisa pode captar que o quadro atual é pior do que o ambiente hiperinflacionário pré real, o que cá para nós, é um absurdo completo.

  21. Fôlego

    Creio que não seja uma questão de fôlego, até porque supõe-se que  Presidenta o tem.  O problema é lidar com uma oposição cujo o programa político não é outro senão contrapor o do governo.

  22. O que seria a BALA DE PRATA, não fosse um ludibriador de quê.

    A  BALA DE PRATA:

    https://jornalggn.com.br/blog/photios-andreas-assimakoupolos/brasil-grandes-empresas-sonegam-e-driblam-o-fisco

    Brasil: Grandes empresas sonegam e driblam o fisco

    Photios Andreas Assimakopoulos

    “…os pequenos negociantes pagam seus tributos, enquanto os grandes, além de não pagarem, ainda corrompem os conselheiros para se livrarem das dívidas, de acordo com a apuração da Operação Zelotes.

    O senador baiano diz que para modificar essa situação basta apenas o governo Dilma endurecer contra os maiores devedores do país e cobrar 20% dos débitos desses grandes conglomerados, o que daria uma receita imediata de R$72 bilhões. “Se o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais adotasse essa medida, estaria feito o ajuste fiscal no Brasil. …”

    O  DESALENTADOR DE QUÊ:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-ameaca-a-liberdade-de-imprensa#comment-656047

    Luis Nassif

    “Doutrinariamente, a imprensa é vista como o instrumento de defesa da sociedade contra os esbirros do poder, seja ele o Executivo, outro poder institucional ou econômico.

    Não se exija dos grupos de mídia a isenção. Desde os primórdios da democracia são grupos empresariais com interesses próprios, com posições políticas nítidas, explícitas ou sub-reptícias.

    ***

    Tome-se o caso brasileiro. É óbvio que os grupos de mídia têm lado. Denunciam o lado contrário e poupam os aliados….”

  23. Como contrponto a analisar

    Como contrponto a analisar vai aí Fernando Brito:

     

    A economia cai aqui: 0,2%, E nos EUA, -0,7%. A crise não é mundial?

    29 de maio de 2015 | 14:19 Autor: Fernando Brito

    gdp

    O Governo dos Estados Unidos divulgou os dados do seu PIB (GDP, na sigla deles) do primeiro trimestre e a revisão dos números de 2014.

    É de fazer murchar as orelhas da Míriam Leitão.

    No trimestre inaugural de 2015, queda de 0,7%.

    E agora, ao contrário do ano passado, não houve nevasca para culpar.

    Aqui, onde o IBGE soltou os dados também hoje, queda de 0,2%.

    A coisa está ruim aqui? Está.

    Mas está em toda a economia mundial, em séria crise e isso se reflete também aqui.

    Não é o caso de falar em marolinha, porque o Governo não tem os saldos que possuía na crise de 2008/09 e que se consumiram para mitigar seus efeitos, pelo investimento público e pelo crédito para inversões e consumo.

    Quem se recorda de que soltavam foguetes com a “forte recuperação” da economia dos EUA no início do ano passado?

    Quem vai recordar que o FMI colocava o Brasil como um dos “cinco frágeis” do mundo, ao lado de  Índia, Turquia, Indonésia e África do Sul?

    Quem vai lembrar que essa retomada americana foi o sinal para a alta dos juros, numa “competição” que nunca houve com um possível aumento da taxa de juros dos EUA, da qual todos falavam?

    Há problemas sérios nas contas brasileiras, mas eles só chegaram a este ponto por três fatores essenciais: excesso de generosidade nas desonerações tributárias, elevação dos custos de energia com a seca, retração do consumo e a insegurança negocial em setores com grande peso na economia, como petróleo e gás e construção pesada, levando a uma imensa queda na Fomação Bruta de capital Fixo: investimentos.

    A situação, porém, é agravada por um terrorismo diário que desmotiva o país a trabalhar e investir.

    Em lugar de vermos que há uma crise mundial e quais são os nossos espaços para sofrer menos com ela, parece que há uma torcida pelo desastre.

    E, como no futebol, embora torcida não ganhe jogo, afeta, em maior ou menor grau, o desempenho do time.

     

  24. Quanto dessa crise é propaganda negativa e terrorismo da mídia?

    A Havan Loja de departamentos, está vindo com uma propaganda mais ou menos assim “venham comprar aqui, porque aqui não tem crise”. Já vi outras lojas com propaganda similar. Parece que o comércio já sentiu o peso da propaganda negativa da mídia. 

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