Vencedores do Nobel, economistas criticam livre mercado

Jornal GGN – Ganhadores do Prêmio Nobel, George Akerlof e Robert Shiller afirmam, em seu novo livro “Phising for Phools”, que “mercados competitivos, por sua própria natureza, produzem engano e trapaça”.

Eles argumentam que o mercado incentiva empresas a explorar fraquezas de comportamento, tais como o desejo de gratificação imediata do consumidor em detrimento do longo prazo. Além disso, as empresas que não agem desta maneira correm o risco de serem solapadas por companhas menos escrupulosas. Para Akerlof e Shiller, isso “não é um infortúnio ocasional. Ocorre em tudo quanto é lugar”.

Os dois vencedores do Nobel se especializaram em analisar os efeitos do comportamento humano na economia, e governos tem procurado maneiras de utilizar a economia comportamental para para melhorar políticas e a prestação de serviços.

Do Valor

Economistas premiados engrossam coro de ataque ao livre mercado

por Greg Ip

O mês foi bom para os céticos do livre mercado. No Reino Unido, um socialista confesso é o novo líder do Partido Trabalhista. O papa Francisco, que condena o mercado por promover o “consumismo extremo”, foi recebido, ao chegar nos EUA como um astro do rock. E agora, justo aqueles que supostamente deveriam sair em defesa do mercado, os economistas, estão aderindo ao ataque.
 
“Mercados competitivos, por sua própria natureza, produzem engano e trapaça”, escrevem dois ganhadores do Prêmio Nobel, George Akerlof e Robert Shiller, em seu novo livro, “Phishing for Phools”, que deve ser lançado no Brasil pela Alta Books.

 
Com base em lições da economia comportamental, os autores sustentam que o mercado incentiva empresas a explorar fraquezas comportamentais, como o desejo do consumidor de gratificação imediata em detrimento do bem-­estar de longo prazo. Empresas que se negam a descer a esse nível seriam sobrepujadas pelas menos escrupulosas. E isso “não é um infortúnio ocasional. Ocorre em tudo quanto é lugar”, escrevem. 
 
Com a crise financeira global ainda fresca na memória das pessoas, e numa semana em que a Volkswagen foi acusada de fraude deslavada de testes de emissão de poluentes, críticas duras como essas estão fadadas a repercutir. 
 
Mas há uma boa distância entre reconhecer que o mercado às vezes falha e sustentar que ele é inerentemente falho. Autoridades monetárias que partam da segunda hipótese correm o risco de fracassar por enxergar falhas no mercado onde não elas não existem e ignorar seus próprios vieses de comportamento, em ambos os casos deixando as pessoas em situação pior. A confiança da sociedade no livre mercado não mudou muito nos EUA nem no Reino Unido em relação a níveis pré­-crise, e até na Argentina do papa a opinião não é muito pior do que era em 2009.
 
A economia sempre reconheceu que, às vezes, o mercado falha. Fábricas, por exemplo, têm incentivo para poluir, pois é a sociedade, e não os donos da fábrica, que arca com o custo para despoluir o ar e a água. O mercado pode ainda premiar desproporcionalmente quem tem sorte e talento, agravando a desigualdade.
 
A economia comportamental vai além, sustentando que as pessoas tomam, sistematicamente, decisões tidas como irracionais por economistas. Elas poupam muito pouco para a aposentadoria, comem muita comida gordurosa e não se exercitam o suficiente, porque atribuem pouco valor ao futuro. Elas pagam preços inflacionados ou aceitam produtos inferiores devido a vieses pessoais, a informação limitada ou à inércia.
 
Leia mais
Redação

11 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Capitalismo e crescimento econômico

    Capitalism and Economic Growth

    Posted on September 22, 2015 by admin

    The global financial crisis (GFC) has been blamed on the failure of capitalism, with the 2011 Occupy protests declaring, “capitalism isn’t working” (Hussey, 2014). What is capitalism which has failed?

    Economists appear reluctant to define explicitly key economic terms such as capitalism. For example, whole books on capitalism (e.g. Marx, 1890; Baumol et al., 2007; Kaletsky, 2010; Piketty, 2014) have been written without giving explicit definitions from the start of their lengthy discourses. One has to guess what they mean. Indeed they call many different ideas “capitalism”, for example, as Kaletsky (2010, p.3) asserts:

    …capitalism is not a static set of institutions, but an evolutionary system that reinvents and reinvigorates itself through crises…

     

    By inference, capitalism is then defined by the evolving economic systems of Western countries. This proxy definition is also consistent with that of Piketty (2014) who also views the economic history of Western countries as the economic history of capitalism in his study on the cause of wealth inequality. This association and implicit definition of capitalism create noise, muddled thinking and outright errors. As will be shown below, socialism (to be defined) has been a significant component of Western economies for many decades.

     Definitions

    As a valid universal concept, the definition of capitalism cannot depend on time and space – it has to be applicable to any time and at any location. Otherwise, no general statement about capitalism can ever validly be made. What has been evolving in Western economies is not the essence of capitalism itself, which must be space-time invariant, but actually changing ways of exploiting the freedom of private property, alternative political agendas and varying levels of adoption of socialist policies. Capitalism should not be defined by the changing economic systems of Western countries – instead, a scientific definition is needed and is given here.

    Capitalism refers to an economic system which allows individuals privately to own and use capital. Capital is the means of production including resources, property, technology, knowledge, goods and services which are useful for production. Capital in macroeconomic data is often referred to as “fixed capital”. In the twenty-first century, all countries are capitalist to some degree, because most individuals can own private capital. But no country is purely capitalist, because some private properties are usually confiscated by the state, to a greater or lesser extent, through taxation and inflation.

    Socialism is an economic system where the state or the society as a whole owns and controls capital and its uses. Since the state acquires most of its capital from its citizens directly or indirectly through taxation and other means, socialism involves coercive acquisition of individual capital and is a partial denial of private property – it is a contradiction of capitalism.  Hence socialism is opposite to capitalism.  Note state ownership of capital is different from collective ownership, because the latter allows the individual rights to shared ownership of collective capital, but the former denies any individual rights to the property of the state.

    Note that these definitions of capitalism and socialism are purely economic and universal, unencumbered by ideas from politics and finance. Clear definitions do not restrict, but help, the development of other ideas. When economists discuss capitalism, they usually by association confound the essence of capitalism with all sorts of other extraneous ideas from management, finance and politics such as competition, markets, democracy, etc.

    For example, Baumol et al. (2007) introduce four types of capitalism: state-guided capitalism, oligarchic capitalism, big-firm capitalism and entrepreneurial capitalism. The qualifying ideas are not essential or universal attributes, because they are merely current ways of exploiting the freedom of private property and their conceptual addition may involve logical contradictions.   For example, does state-guided capitalism imply restrictions on the private use of capital? By identifying capitalism with changing Western economies, as done by Kaletsky (2010) and Piketty (2014), capitalism becomes a mixed bag of shifting ideas even including socialism, its antithesis as defined here.

    Given our definitions, the following passage (Piketty, 2014, p.99) makes little sense:

    Throughout the Trente Glorieuses, during which the country was rebuilt and economic growth was strong (stronger that at any other time in the nation’s history), France had a mixed economy, in a sense a capitalism without capitalists, or at any rate a state capitalism in which private owners no longer controlled the largest firms.

    By our definition, the key ideas in capitalism are private and capital. State capital has legitimate meaning as capital owned by the state. But state capitalism is an oxymoron. What we would probably say instead is that, during the thirty glorious years after the War, France was essentially a socialist country. If this is the case, then the period should not be included in the history of French capitalism.

    Indeed, all countries are socialist to some degree where the state expropriates capital from its citizens directly or indirectly through taxation and other means to use according to its priorities. The main uses of state capital are public administration, law enforcement, public infrastructure, welfare and warfare. Capitalism requires at least one function of the state which is to enforce laws protecting individual property rights. Hence capitalism cannot be entirely free of the state or some other protective agency.

    A priori, capitalism or socialism is neither good nor bad in itself. It is only better or worse, in practice, relative to certain economic objectives. Economic objectives evolve in time or space (i.e. geography). From the start of any science inquiry, it is inappropriate to assume that capitalism or socialism is either good or bad. Such a dichotomy leads to adoption of left or right prejudices which compromise the integrity of any scientific inquiry and plague virtually all economic theories.

    Metric for Capitalism

    To be able to decide objectively whether a particular country is more capitalist than socialist and vice versa, we need a metric for capitalism or socialism. Since the government confiscates private property which is usually part of personal income and corporate profits to fund ongoing public expenditure, a metric for socialism can be defined by government total expenditure as a percent of the country’s gross domestic product (GDP).

    The International Monetary Fund (IMF) publishes a macroeconomic database which is used in its World Economic Outlook (WEO) reports. The data for 189 countries are lagged generally by a few years. At the time of this writing, the last year of reasonably complete and verified (rather than estimated) data was 2012. Before 2002, the WEO database also has many gaps, particularly for smaller countries. For the purposes of this paper, we select data for the ten year period 2003-2012.

    The data used to measure the size of government has the WEO subject code: “GGX_NGDP”, which measures general government total expenditure as a percentage of nominal GDP. Total expenditure consists of total expense and the net acquisition of non-financial assets. Apart from being on an accrual basis, total expenditure differs from the IMF’s own Government Finance Statistics Manual (GFSM) 1986 definition of total expenditure by also taking into account the disposals of non-financial assets. The data suggest that some countries have been funding government expenditure through privatization or the sale of public assets such as public utilities.

    Degrees of Capitalism

    The chart below shows the sizes of government defined as government total expenditure for 40 largest economies averaged over 2003-2012, sorted in descending order of the size of economy.

    Size of Government

    The United States and China account for more than 35 percent of global GDP. The above chart shows that there is apparently no correlation between the size of economy and the size of government. The chart below shows the same data sorted in ascending order of the size of government.

    Size of Government Sorted

    If we were to divide the top 40 countries into two groups of equal numbers, with one group being labelled capitalist and the other group socialist, then Russia and countries above it would be capitalist and Australia and countries below it would be socialist. This division and nomenclature are entirely arbitrary and are created only for convenience of discussion of the current dataset – it may be more precise to say more capitalist rather than simplycapitalist in describing countries. Heading the capitalist group are Singapore and Hong Kong SAR, followed by other developing countries. Milton Friedman (1997) considered Hong Kong to be the paragon of natural experiments in free-market capitalism.

    On the other hand, the United States, United Kingdom and most countries in Western Europe belong to the socialist group – the exception being Switzerland. It is interesting that China and Russia are more capitalist than US and UK. The GFC originated from the socialist group of countries and they suffered from the most serious recessions, while the capitalist group of countries were less affected (see below). Hence it is difficult to conclude that “capitalism has failed”.  It is ironic also that Piketty is a citizen of France which is the most socialist or least capitalist of all major economies. Apparently the largest socialist economy in the world has not solved its own problem of wealth inequality, which Piketty (2014) has blamed on capitalism.

    Economic Growth

    For the economic growth history of the same top 40 countries, the WEO database provides data for annual growth rates of GDP at constant prices with WEO subject code: “NGDP_RPCH”. They are annual percentage changes of constant price GDP year-on-year; the base year is country-specific. Expenditure-based GDP is total final expenditures at purchasers’ prices (including the free-on-board values of net exports of goods and services). The arithmetic averages over a ten-year period are shown in the chart below, in descending order of size of economy.

    Economic Growth

    China appears as a statistical outlier, which may cast doubt on the accuracy of its official data. The data show Greece has already had a lost decade by 2012. There is also apparently no correlation between the size of economy and average economic growth. The chart below shows the same data sorted in ascending order of average economic growth.

    Economic Growth Sorted

    Again, if we were to divide the same top 40 countries into two groups of equal numbers, with one group being low-growth and the other group being high-growth, then Brazil and countries above it would be low-growth, while Korea and countries below it would behigh-growth. Again, this nomenclature is used only for convenience of discussion. It is evident from the above rankings (seen in the charts) that capitalist/socialist and low/high group memberships are correlated.

    There are 17 countries in each of the two groups: low-growth socialist and high-growth capitalist. The perfect binary rank correlation between capitalism and growth is marred only by 6 off-diagonal elements in the correlation matrix, being in the high-growth socialist or in the low-growth capitalist groups. The high-growth socialist countries are Israel, Poland and Turkey, while the low-growth capitalist countries are Switzerland, Mexico and South Africa.

     Capitalism and Growth

    To examine the statistical relationship between capitalism/socialism and economic growth, the annual relationships between government total expenditure and real economic growth for the 40 countries are shown in the chart below, where each dot represents a data pair for Government Total Expenditure (% GDP) and Real GDP Growth (% pa) for one country for one year.

    Government vs Growth

    The blue dots represent the bottom quartile of countries in terms of size of government (measured by average government total expenditure), while the green, yellow and red dots represent succeeding quartiles. The black dots represent the US, the largest economy in the world. Evidently, there is substantial volatility in the data from year to year, as the period includes the years around the GFC. Nevertheless, the anti-correlation coefficient at -0.54 is statistically significant, with an R-square of 0.29.

    Some of the noise in the data may be removed by taking averages over the ten-year period for each country. The 400 data points then reduce to 40 data points shown in the chart below, where each dot represents a data pair for Government Total Expenditure (% GDP)and Real GDP Growth (% pa) for one country averaged over ten years.

    Government vs Growth Average

    The statistical significance of the relationship has improved, with the anti-correlation coefficient increasing to -0.71 and the R-square increasing to 0.51. Note the order of the dots and their country names are given as in the second chart of this post. Singapore is at the extreme left of the above chart, while Denmark and France are at the extreme right of the chart. The degree of socialism increases monotonically from left to right on the bottom axis.

    The regression model for this dataset suggests that for every ten percent increase in the size of government, defined by government total expenditure as a percentage of GDP, the average economic growth rate falls by about 1.5 percent per annum. While this fact is statistically and economically significant, by itself, it is not necessarily an argument against socialism. But the fact that there is a cost should be considered along with all relevant social and economic objectives.

    Conclusion

    The clear definition of capitalism introduced in this post provides a scientific basis for understanding and interpreting facts.  The empirical evidence presented here strongly contradicts the belief that “capitalism has failed”, before, during or after the GFC. In fact, the capitalist economies of the emerging markets had to weather the storm created by the major centres of financialization (located in socialist countries) and propagated through capital flows of globalization. It has been capitalism which has provided the flexibility and resilience in the emerging economies to survive the fallout from the GFC.

    Except for China, the emerging capitalist economies do not have large governments or central banks which are constantly stimulating their economies, fixing interest rates, increasing money supplies and manipulating financial markets. The emerging capitalist economies also do not have large welfare and pension systems through which savings are transferred and spent by governments on current consumption, creating a mountain of public debt (Sy, 2015c).

    Private savings in emerging capitalist economies had to be used to generate real investment returns in economic production to fund future consumption of individuals in retirement. Private debt had to be carefully managed by individuals, because bad private debts cannot be rescued simply by transferring to public debt by governments which have been creating moral hazard through constant meddling in Western countries.

    From a scientific point of view, there is no a priori reason, based on sound theory or evidence, to suggest that it is impossible for governments to be beneficial to their economies. But by the same token, governments need to accept their economic ignorance and need to observe the consequences of their actions and to stop digging when they find themselves in a Keynesian hole (Sy, 2014).

    Capitalism has been good for economic growth. This does not mean governments should privatize natural monopolies such as public utilities, as they have done. The current economic paradigm is unscientific and has led to many bad policies based on false theories. There has not yet been a reliable theoretical basis from which governments can manage economies effectively in any systematic or substantive way.

    Since the GFC, Western countries have practised extreme socialism by expropriating many trillions from savers and taxpayers and have given it to failed financial institutions, violating the essence of capitalism. Failure to generate economic growth in many countries has come from a lack of capitalism, not because of it. “Capitalism isn’t working” for Western countries, only because there has not been enough of it to promote economic growth.

    References and citations

    This entry was posted in EconomicsMethodologyScience. Bookmark the permalink.

     

  2. O engraçado é que, quem defende estado mínimo

    e livre mercado, também defende que o estado pague juros máximos e intervenha em socorro de bancos e grandes corporações quando eles se afundam em dívidas. É o famoso “capitalismo nos lucros, socialismo nas perdas”.

  3. O que uso em minhas análises

    Como bem descreve o artigo por mim juntado, não existe país só capitalista ou só socialista. O que encontramos no planeta dos humanos são nações que se apropriam mais do capital ou menos para dar atendimento ao seu povo.

    Fazendo um parênteses, na minha concepção, para se entender o fenômeno Estado/Nação é preciso situá-lo com definições precisas e claras e dentro deste espaço, que para mim é tri-dimensional com três eixos cartezianos, modelável holograficamente, temos seis categorias independentes entre si, que irão compor as extremidades destes eixos.

    Assim, um deles foi definido no artigo acima, Capitalismo – Socialismo, os outros dois, escolhas arbitrárias minhas são : Liberalismo – Mercantilismo e Autoritarianismo – Democracia.

    Este espaço delimitado engloba muito do que é significativo na vida dos diversos países, que transitam esta unidade em um espaço geográfico tri-dimensional também e que também é holograficamente modelável.

    Enfim uma teoria do Estado que engloba seus fenômenos de forma tri-dimensional  e mutuamente dependentes.

    Qualquer outro tipo de modelagem, para mim e por enquanto se mostra insuficiente para abarcar o que realmente acontece. Para facilitar o entendimento uso a Astrologia, o Tarot e a Geometria.

    Moleza.

  4. Dos mesmos: Espírito Animal (Viralata, claro)

    O Livro Espírito Animal é menos conhecido, mas muito mais aderente à Realidade Brasileira.

    Explica muito:

    1. O Nassif tem razão parcial quando diz que, se não há Demanda, não haverá Investimento.

    Não importa (ou importa pouco) o tal Ajuste Fiscal do Levy que, inocentemente, busca a tal “Credibilidade” (de uma hora para outra o Brasileiro está “histérico” com um Deficit de “apenas” 0,5%).

    E, qual a Razão para a Falta de Demanda/Consumo?

    A atual queda na Demanda seria fruto do Ajuste (que nem começou) ou da Lava Jato que secou o Investimento da Petrobrás?

    Ou seria o Medo (Psicologia, segundo os Autores) que está provocando um Efeito Cascata?

    O Intuitivo Lula, quando Prega (e, praticou em seu Governo)  o Aquecimento da Demanda estaria errado?

    Depende.

    Se é com base em Crédito Fácil, isso vai explodir o País.

    Mas, se for na base da Autestima do Brasileiro, isso é bem saudável e sustentável.

    2. Estaria o Tombini/Dilma errados em manter essa nossa Selic maluca?

    De novo a Psicologia.

    Taxa de Juros Selic pouco afeta a Demanda.

    Mas afeta a Psicologia.

    Sem uma Selic maluca e nas alturas, teríamos propagandeada na Grande Mídia a Hiperinflação.

    No entanto ninguém usa as Palavras que já foram “moda”:

    – Tarifaço

    – Maxi Desvalorização, etc.

    Alguém poderia incentivar os Empresários (da Mídia, inclusive) a lerem o Livro.

    Assim, vão descobrir que transformar o brasileiro em um Viralatas, REALMENTE dá Prejuízo…

    http://www.amazon.com/Animal-Spirits-Psychology-Economy-Capitalism/dp/069114592X/ref=sr_1_8?s=books&ie=UTF8&qid=1443203458&sr=1-8&keywords=phishing+for+phools

  5. O que é isso Sr. Greg Ip!!!
    Não entendi: “E agora, justo aqueles que supostamente deveriam sair em defesa do mercado, os economistas, estão aderindo ao ataque”. Como assim? Será que o nobre jornalista não sabe das divergências teóricas existentes entre os economistas? Alto lá, Sr. Jornalista! Eu não estou no time daqueles que exaltam as “virtudes” do livre mercado,muito ao contrário, prefiro a “mão visível” do Estado.

  6. Como a esquerda fomenta

    Como a esquerda fomenta crises e sabota o debate econômico

    características responsáveis pela evolução humana é sua capacidade de aprender com os erros.  É partir do acúmulo de experiências e da transmissão dos conhecimentos adquiridos que o ser humano conseguiu avanços antes inimagináveis em quase todas as áreas do conhecimento.

    No entanto, em algumas áreas a evolução humana tem ocorrido mais lentamente. A economia é um exemplo. Não por acaso as previsões de economistas têm um nível de confiabilidade não muito diferente das previsões da Mãe Dinah. Muitos tentam justificar este fato atribuindo à parte humana das ciências econômicas, mas existe outro fator que sabota a evolução do debate: o discurso populista da esquerda.

    Claro que a economia não é nem nunca será uma ciência exata, mas não é difícil perceber o abismo que esperam as economias cujo crescimento está baseado em crédito acima do seu potencial ou que acumule déficits sucessivos, por exemplo. Apesar da intuição geral até entre o mais leigo dos cidadãos de que isso não pode dar certo, entre os “especialistas” da área econômica existe uma corrente acadêmica que acredita sim que pode promover um crescimento sustentável a partir de “induções” e sem consequências no longo prazo. São os keynesianos, a linha abraçada pelos esquerdistas órfãos do fracassado comunismo.  São estes economistas que teimam em brigar com a realidade, chegando ao cúmulo de mudar o significado das palavras, quando estas já não conseguem descrever a realidade que eles tentam criar artificialmente.  Um dos exemplos mais recentes é agora a demonizada “austeridade”, que levou os gregos ao recente plebiscito, atendendo o apelo do seu governo de extrema esquerda que até então pregava o “não” à austeridade.

    Uma rápida olhada no dicionário nos mostra o quanto é surreal a situação. Segundo o Aurélio,austeridade significa ser cuidadoso, severo, rigoroso, escrupuloso em não se deixar dominar pelo que agrada aos sentidos. Ou seja, é tudo que se poderia esperar de uma administração pública. Mas os gregos decidiram justamente pelo caminho inverso.

    Seria mesmo surreal se tal decisão envolvesse apenas o discurso populista descolado da realidade. O problema é que tal discurso consegue um verniz de credibilidade quando tais argumentos encontram suporte na teoria keynesiana.

    É a completa inversão da lógica. Em qualquer área do conhecimento, a média das características dos componentes individuais de um grupo é que vai determinar as características gerais do grupo. Um grupo de bons alunos, por exemplo, vai produzir uma boa turma. O contrário nunca será possível, mas na lógica deturpada dos keynesianos, a manipulação artificial dos indicadores gerais da turma teria o poder de “induzir” os alunos a estudarem mais!

    Claro que você não vai encontrar esta afirmação em nenhum manual keynesiano, mas é justamente isso que eles fazem na prática com a economia. É sintomático que tal teoria tenha surgido de outra grande inversão da lógica. John Maynard Keynes deduziu que a recuperação da crise de 1929 estava sendo dificultada pela tal “armadilha de liquidez”. Segundo ele, as pessoas estavam poupando ao invés de colocar o dinheiro para circular na economia, o que agravava a recessão. E para contornar tal problema, o governo deveria aumentar os gastos e o Banco Central deveria baixar as taxas de juros para estimular o consumo das famílias para impulsionar o crescimento novamente.

    Na complexidade de um sistema econômico, pode até parecer fazer sentido a recomendação de Keynes. Mas, como veremos a seguir, tal pensamento embute vários equívocos, de modo que a economia, mesmo com o componente humano que torna qualquer análise mais difícil, não é nenhuma exceção à regra do específico para o geral que citamos acima.

    Para começar, Keynes ignorou totalmente as reais causas da depressão de 29, ajudando a criar o mito de que tal crise significou a prova cabal de que o mercado não funciona e que, portanto, este precisa ser domados pelo Estado. Como um economista de sua importância foi capaz de ignorar os efeitos do incremento de 62% na oferta monetária pelo FED na economia americana no curto período de oito anos anteriores ao estouro da crise de 29?

    Pois é. Se o médico não consegue diagnosticar de fato a doença, como vai prescrever o remédio?

    Em seguida Keynes ignora outra lição básica da Escola Austríaca, a mais antiga corrente liberal: somente uma recessão pode corrigir os excessos cometidos durante o boom artificial. Os preços que subiram artificialmente têm que voltar a realidade; os investimentos equivocados terão que ser liquidados; as ações que foram valorizadas artificialmente precisam voltar aos seus valores reais. Contornar este processo natural de correção é semelhante a curar uma ressaca com mais álcool. Pode até poupar o bêbado de um incômodo momentâneo, mas no final ele vai ter que passar por uma ressaca ainda maior.

    E não por acaso foi assim que a crise de 29 foi transformada na depressão que durou quase uma década, diferente da crise de 1920/21, a última grande crise que, sem a intervenção do governo, foi contornada em apenas um ano. Para quem nunca ouviu falar desta crise, o PIB norte-americano chegou a encolher 17% (ver aqui).  Apesar da gravidade, quase nunca esta crise é citada nos meios acadêmicos, pois sua recuperação foi exatamente como prega a Escola Austríaca: com o próprio mercado corrigindo os excessos, muitos dos quais já criados pelo próprio governo e pelo recém-criado FED.

    Mas voltando aos equívocos de Keynes sobre a tal “armadilha de liquidez”, ele parte do pressuposto de que o que gera crescimento econômico é o gasto. Logo, poupar passa a ser então algo a ser evitado, enquanto os gastos passam a ser uma virtude que deve ser estimulada pelo governo!

    Alguns keynesianos dirão que isto é apenas uma circunstância e que tal prescrição não deveria acontecer nos momentos de crescimento. Acontece que, na prática, os governos adoraram os conselhos de Keynes e nunca mais pararam de coloca-los em prática, ainda mais quando há sempre um time de economistas keynesianos falando exatamente o que eles querem ouvir: gastem mais e mais.

    Não é preciso ser nenhum expert em economia para deduzir aonde tais políticas vão levar. E não por acaso, Keynes foi questionado por um repórter sobre as consequências futuras do endividamento dos Estados decorrentes de tais estímulos. A reposta clássica de Keynes foi uma verdadeira confissão de falta de compromisso com as gerações futuras: “até lá estaremos todos mortos”!

    Também não por acaso, os níveis de inflação e de endividamento mundial foram multiplicados várias vezes desde que o keynesianismo tornou-se a corrente econômica dominante. Pior: foi multiplicado também o percentual de dinheiro sem lastro nas economias, o que torna o sistema a cada ano mais vulnerável e instável.

    Em outras palavras, a esquerda, em conluio com os keynesianos, é a grande responsável pela maioria das crises que estouram a cada dia, pois não apenas divulga a teoria econômica que fomenta tais crises como ainda confunde a opinião pública com discursos populistas que atribui a outros o que eles fazem.

    Retornando um pouco mais no tempo, vamos concluir que o adorado Estado das esquerdas foi o grande fomentador do atual regime de reservas fracionárias dos bancos, a maior fraude de história, que a cada ano torna as moedas ainda menos lastreadas, o que potencializa os riscos de crises sistêmicas, uma vez que os bancos não têm de fato todo o dinheiro que emprestam. Ou seja, os mesmos esquerdistas que adoram demonizar os bancos pelas crises são os mesmos que, no poder, diminuem cada vez mais o compulsório dos bancos (a parte que realmente tem lastro) para que estes possam emprestar mais e mais, exatamente como fez o governo do PT várias vezes, a última no final de 2015 (ver aqui).

    Mas voltando a Keynes, ele demonstrou não conhecer o real significado de poupança, o verdadeiro combustível do crescimento sustentável. Por definição, poupar é abrir mão de consumir algo no presente para consumir no futuro. É um ato de prudência ou de preparação para investimento no futuro. A pessoa que poupa (livre de qualquer indução governamental), deveria, portanto, saber o melhor momento para usar sua poupança, seja em consumo ou em investimento.

    No mundo ideal da Escola Austríaca (caso não houvesse dinheiro sem lastro e os governos e bancos centrais não manipulassem a macroeconomia para influenciar as decisões dos indivíduos), a poupança funcionaria como um seguro para os tempos de crise. Em uma eventual retração da economia, portanto, os preços cairiam naturalmente seguindo a lei da oferta e da demanda, tornando-se mais atrativos até o ponto de convencer alguns poupadores a gastarem uma parte de suas poupanças. À medida que mais pessoas vão sendo convencidas a comprar pelos preços baixos, a economia vai recuperando seu ritmo aproximando-se cada vez mais do equilíbrio, mas nunca o conquistando de fato, pois, para os austríacos, a economia é um processo que muda o tempo todo, de modo que sempre vai haver falências, pois estas são inerentes aos riscos do empreendedorismo. As falências ocorrem justamente porque tais empreendimentos não passaram nos testes das preferências dos consumidores, os verdadeiros soberanos que os empreendedores tentam agradar no livre mercado.

    O keynesiano, portanto, não apenas substitui o papel da poupança pelo do crédito, como ainda confunde moeda com poupança. A moeda não passa de um mecanismo de troca que desvaloriza ao longo do tempo com as sucessivas intervenções governamentais, de modo que o valor real da poupança são os bens e serviços produzidos por cada pessoa. Um padeiro, por exemplo, paga por seus sapatos com o pão que produziu, e vice-versa. As pessoas não consomem dinheiro, as pessoas usam o dinheiro apenas para trocarem suas poupanças. Aconteça o que acontecer, sempre vai haver demanda, sempre vai haver alguém produzindo e alguém consumindo. Sugerir, portanto, que as pessoas têm uma demanda infinita para entesourar dinheiro sem gastar (o que levaria a tal “armadilha de liquidez”) é o mesmo que dizer que ninguém mais transacionaria bens e serviços, mais uma falácia keynesiana que ainda hoje é tida como verdade absoluta por muitos economistas.

    Claro que em um momento de crise aguda as pessoas tendem a ser mais prudentes com os gastos e a valorizar mais suas poupanças. No entanto, o agravamento das crises sempre vai fazer com que as pessoas utilizem suas economias, até para cumprir suas obrigações quando suas rendas são corroídas, como, aliás, tem acontecido agora no nosso país.

    Apesar de todos os exemplos fartos de equívocos keynesianos, os esquerdistas ainda conseguem deturpar as lições que seus próprios governos têm que aprender na prática. Como se não bastasse o economista Marcio Pochmann, professor da Unicamp ligado ao PT, culpando o ministro Joaquim Levy pela inflação atual, por este ter liberado os preços antes represados do setor energético (como se fosse possível represa-los eternamente), eis que na mesma  Globonews a economista Leda Paulani , da USP, fez um diagnóstico da atual crise brasileira que sintetiza a tese central deste artigo:

    “Existe um discurso fácil que diz: se o se o cidadão não pode gastar mais do que arrecada, o governo não pode gastar mais do que arrecada”.

    Sim. Ela disse isso! Pode procurar nos arquivos do programa do militante esquerdista Mário Sérgio Conti. Ou seja, ela acredita de fato que o governo pode continuar gastando mais do que arrecada indefinidamente e sem nenhuma consequência. Em outras palavras, ela acha que pode melhorar a saúde econômica dos indivíduos a partir da manipulação da macroeconomia. Exemplo perfeito do que citamos acima. Para estas pessoas, um conjunto de endividados pode sim resultar numa grande potência!

    Acontece que a realidade é implacável e a conta sempre chega. E quando isso acontece e encontra um esquerdista no poder, logo os slogas panfletários são guardados na gaveta. É o que acontece agora com Dilma e é o que acontece com o primeiro ministro grego, Alexis Tsipras, que, uma semana depois da euforia da vitória do “não à austeridade” no plebiscito, agora tenta convencer seus apoiadores da necessidade de políticas austeras para conseguir um novo empréstimo da odiada Troika!

    São estes mesmos caras de pau que daqui a alguns anos estarão nas ruas novamente pregando o calote da dívida que eles estão querendo aumentar agora. De um lado, os esquerdistas fazendo seu papel sujo de manipulação da opinião pública. Do outro, prêmios nobels de economia como Paul Krugman, por exemplo, clamando aos governos que promovam um pouco mais de inflação para “estimular a economia” ou pedindo o criação de uma nova bolha como o próprio sugeriu depois da quebra da Nasdaq em 2000. Conselho aliás atendido pelo governo americano que fomentou a bolha imobiliária que veio a estourar em 2008.

    Com gurus como estes o que esperar da economia global para os próximos anos?

    Infelizmente serão necessárias ainda muitas catástrofes para que o mundo definitivamente evolua nesta área. Até lá a Escola Austríaca, embora considerada radical pelo mainstream econômico, vai continuar clamando no deserto, alertando sempre aos agentes econômicos sobre os custos de suas manipulações macroeconômicas e chamando a atenção para o que realmente importa: a economia do indivíduo, a verdadeira fonte de recursos do Estado endeusado pelas esquerdas.

    http://visaopanoramica.net/2015/07/14/como-a-esquerda-fomenta-crises-e-sabota-o-debate-economico/

    1. Sou pela transparência dos gastos do Estado

      Pessoalmente acho o Estado paquidermico para investimentos, prefiro a iniciativa privada tocando os negócios.

      Por outro lado sou contra monopólios (é lógico que eu não tenho nenhum, hehehehe) mas no geral, a concorrência acaba oferecendo produtos melhores, por preços mais acessíveis.

      Asssim, vamos controlando o remorso e a culpa dos humanos que hora cedem, ora confrontam seus instintos e pulsões básicas. O assunto é para lá de complexo e sutíl, para quem gosta da investigação, olhe o significado das cartas do Taro 8 de espadas 9 de espadas e 10 de espadas. Sem crises e sofrimento, não existe superação e apreendizado.

      A transparência TOTAL nos gastos públicos me parece o melhor antídoto contra exageros na arrecadação. Não a arrecadação sem representação.

      O Blockchain fornece o livro caixa inviolável onde  o povo vai controlar os gastos do governo. O mundo mudou, muitos ainda não sabem.

      Ps. para os que querem consultar o significado das cartas um site interessante é este

      http://www.clubedotaro.com.br/site/index.asp

       

      Tudo depende da confiança:

       35 – Âncora. Você está sendo chamado a compreender que a segurança e a estabilidade, material e emocional, resultam unicamente da fé; de um sistema de crenças, flexível e sem fanatismo, que possa orientá-lo e servir de apoio para levá-lo a vitória (Âncora). Isso é verdadeiro quando as situações pressionantes da vida, que geram toda sorte de medos, ansiedades, culpas e sofrimentos, tentam inibir sua capacidade de reagir e vencer (9 de Espadas).

       

      Culpa e Tarô   Por
      Vanessa Mazza Furquim         O Tarô é um poderoso instrumento de autoconhecimento, pois trabalha com nosso próprio subconsciente. Nem tudo está à mostra. Tal como um iceberg, aquilo que temos percepção sobre nós mesmos (a mente consciente) é apenas uma pequena fração do todo submerso (mente subconsciente e inconsciente). E é exatamente nestas duas últimas que se encontra toda a beleza e também todas as manchas da nossa alma, um misto de qualidades e defeitos que batalham entre si e dos quais somos tão pouco conscientes. 
          Com certeza um dos sentimentos mais tenebrosos do ser humano é a culpa, pois esta sensação é algo que simplesmente não passa de um momento à outro, tal como um arroubo de alegria ou um instante de raiva.  Nove de Espadas [Tarô Mitológico]     A culpa é um daqueles sentimentos que nos consomem dia-a-dia, que nos martirizam e dos quais não encontramos uma desculpa ética e aceita moralmente para deixá-lo de lado e continuarmos nossa vida normalmente. Afinal de contas, sentir-se culpado indica que em algum momento fizemos algo de tão terrível para nós ou para outro(s) que gerou arrependimento, auto-sacrifício e auto-punição.
          Podemos encontrar este sentimento muito bem representado pelo 9 de Espadas, que, dependendo do tipo de Tarô, nos traz novas luzes e matizes para o assunto. No Tarô Mitológico, por exemplo, temos o mito de Orestes. Aliás, todo o naipe de espadas nos conta a trajetória, passo a passo, de como este rapaz foi levado ao assassinato, primeiro pela mãe e depois pelo próprio deus Apolo. Em dado momento, após os dois crimes, a culpa sobrevêm a ele.    A culpa está representada nesta carta pelas Mórias, seres que tinham o poder de decidir sobre a vida e a morte dos mortais, ao cortar o cordão da vida em sua roda de fiar.
          Neste baralho e em muitos outros semelhantes, a carta da culpa indica medo do futuro, crueldade consigo mesmo, angústia, tormento. Já que estamos sofrendo tantas conseqüências pelos atos passados (como a própria vergonha do erro cometido), como poderemos ter um futuro cheio de paz e alegria?         O Tarô Osho-Zen faz uma releitura do 9 de Espadasassociando-o à iluminação espiritual. Ele diz: O sofrimento não vem para torná-lo infeliz e sim para torná-lo consciente.
          Em outras palavras, nós só entendemos quem somos de verdade através do sofrimento. É a culpa que nos mostrará onde estão nossas maiores deficiências. Porém, de nada adianta viver o resto do tempo nos maldizendo, porque existem neste mundo pessoas muito melhores que nós e também muito piores em todos os sentidos. 
          Este sentimento tem apenas o sentido de informar que você errou, o que o torna tão falível como qualquer outro ser humano. Na verdade, isso o ajuda a ser mais humilde e a ter mais consciência de seus atos.  Nove de Espadas [Tarô Osho]     Porém, tome cuidado! A culpa têm a tendência a querer coroar-lhe de mártir, o que de certa forma, é apenas uma variante do sentimento de vítima, do egoísmo e do orgulho.    Por isso, se você estiver sentindo culpa, não viva atormentado como Orestes, nem rebaixe a si mesmo ou se puna. Chore, mas medite e se transforme! Seu erro com certeza não foi o maior erro de todos e nem é você o pior dos seres humanos. Não tente encontrar grandeza dentro da própria miséria, pois somos todos iguais e sofremos da mesma forma. 
          Liberte-se da culpa e seja feliz por saber e ser quem é e por ter aprendido mais uma lição!

       

    2. Só falta culpar a ‘esquerda’ pelo terremoto no Chile….

      A irracionalidade da cruzada antiesquerda dos ultraneoliberais cripto fascistas está beirando o ridículo. Só falta culpar a esquerda pelos terremotos, vulcões, o el nino e quem sabe o apocalipse. O texto é repleto de platitudes do senso comum, erros teóricos e históricos. Pura retórica neoliberal com o objetivo de demonizar a esquerda- definida como tudo que eles não concordam –  e espalhar o medo e ódio na população, como faziam os nazis na década de 1920 na Alemanha contra os judeus e os bolcheviques. 

      EM primeiro lugar Keynes  era um liberal, segundo ele mesmo, e cuja teoria visava salvar o capitalismo do ‘perigo do comunismo’ exatamente como Von Mises e seus asseclas. Colocar Keynes como um perigoso esquerdista é pura paranóia, retórica sem nenhum sentido na história, na vida pessoal de Keynes ou de sua teoria.  No nivel da fofoca da vida dos economistas, Hayek e Von Mises tinha mágoa de Keynes porque esse venceu o debate intelectual se tornando um dos economistas mais renomados e requisitados de sua época enquanto os outros dois cairam na obscuridade durante quase toda suas vidas. Mas Keynes nunca deixou de ter dialógo bastante amigável com Hayek em suas correspondencias, ambos sabiam que apesar de suas divergências teóricas estavam do mesmo lado, o lado da burguesia – o próprio Keynes afirmou que não tinha dúvida de que lado estava na ‘luta de classes’.

      A diferença é que Keynes entedeu um pouco melhor do que os paranóicos austriacos que vêem socialismo até na sombra da própria mãe como realmente funciona o capitalismo moderno real e não ‘o mundo ideal da Escola Austríaca’. Keynes escreveu na Grã-bretanha, uma das economias mais avançadas da época e não no atrasadissimo império austro-hungaro como os austriacos; por isso foi capaz de perceber que ninguem poupa guardando dinheiro no colchão para comprar uma carruagem, mas que com o desenvolvimento do crédito e do sistema financeiro e o fim do padrão ouro recursos novos podem ser criados ex ante – no ‘mundo ideal’ da escola austrica não existe a prática da reserva fracionada e a moeda escritural, apenas o falecido padrão ouro – e compensados por uma poupança ex post. E que os grandes ‘poupadores’ jogam recursos no mercado financeiro com o objetivo de obter ganhos financeiros, poupam para obter mais dinheiro e não para comprar um carruagem no futuro. Os recursos poupados, dependo do estado das expectativas, podem nunca sair do circuito financeiro para o produtivo. Keynes percebeu que para salvar o capitalismo era preciso impulsionar o sistema de crédito direcionado para o investimento – e na verdade para Keynes o gasto que é o motor da economia é o investimento e não o gasto público ou o consumo das familias. Keynes tinha uma visão de equilíbrio dinâmico de longo prazo, tanto entre poupança e investimento como no orçamento do setor público. Keynes era a favor do equilíbrio de médio prazo nas contas públicas onde o défict necessário em situações de crise se compensa com o superávit em situações de crescimento.

      Além disso o texto comete um erro crasso, grosseiro do ponto de vista histórico: afirma que a “Escola Austriaca” é ‘a mais antiga corrente liberal’. Qualquer pessoa minimanente instruida sabe que isso é falso. A mais antiga corrente liberal na economia é da escola clássica, de Smith e Ricardo – este último um arduo defensor do livre mercado, inclusive no parlamento britânico. Talvez a sofisticação teórica dos clássicos seja inalcançavel para o senso comum rasteiro dos adeptos da ‘escola austriaca’ – estão mais próximos da retórica escola de Manchester, que vulgarizava os principios liberais da escola clássica, mas que não era ‘austrica’ era britânica também..- ; talvez seja melhor omitir a existencia da escola clássica e de que ela era ‘a mais antiga corrente liberal’ na economia porque ela contém a ‘perigosa’ teoria do valor trabalho.

  7. “Ph” com “D” maiúsculo!

    “A economia sempre reconheceu que, às vezes, o mercado falha”

    Ôpa, não nas últimas décadas de loucura neoliberalóide. E a frase, inclusive, é bem tímida: muitas vezes, muitas vezes o mercado falha. Isso é pra “acabar” com o “mercado” (nem o tal “socialismo real” buscou isso)? Minha resposta é nãããão..

    O que não pode é exigir nefelibaticamente o que ele não tem pra entregar.

    “Com a crise financeira global ainda fresca na memória das pessoas”

    Ôpa, de novo: em plena campanha eleitoral Armínio Fraga disse com todas as letras na globonews que “a crise foi em 2008; já passou!”, (como se a Europa estivesse promovendo desemprego, então, “só de sacanagem!”.

    … Agora, não entendi o “Ph”….

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador