Xadrez do pós-impeachment e da morte do velho

Começa a clarear os movimentos em torno do impeachment.

Peça 1 – a concretização do golpe

A fim de que não sejam alimentadas esperanças vãs, há quase consenso de que o golpe se tornou irreversível. O desafio consiste em reverter os votos de seis senadores. Para tanto, Dilma Rousseff teria que se empenhar pessoalmente em algo que abomina: a negociação de favores. E ela não parece disposta a tal.

Os sinais de desistência são nítidos:

1.     A cada dia que passa mais claro fica que a grande meta de Dilma é salvar sua biografia. Fora do poder, as possibilidades são melhores.

2.     Seus assessores principais evitam provocar o STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o golpe. A proposta da volta de Dilma com plebiscito para antecipação de eleições visa apenas manter alguma tocha acesa junto à militância.

3.     No Supremo, prevalece a tendência de lavar as mãos. As acrobacias retóricas do Ministro Luís Roberto Barroso se tornaram um clássico do modelo Poncio Pilatos, acatado por toda a corte.

4.     O próprio Lula já jogou a toalha. Mantém a resistência apenas para consumo externo.

Peça 2 – os protagonistas do pós golpe

Está-se obviamente em um período de transição entre a era democrática pós-Constituinte e os novos tempos, que ainda não se sabe como serão. O golpe machuca fundo, é uma mancha na jovem democracia brasileira. E a maior comprovação da ausência de grandes nomes no Congresso, no Judiciário, nos partidos políticos e na mídia.

Está-se em um processo intenso de recomposição política, com o aparecimento de novos personagens, uma juventude politizada, uma classe média que saiu do armário, todos se alinhando – ainda de forma um tanto caótica – com vistas aos próximos capítulos políticos, as eleições municipais de 2016 mas, principalmente, o pós-eleição..

Nessa transição, entrarão em cena os seguintes personagens políticos.

Grupo Temer

Com o fim de Eduardo Cunha, cria-se um vácuo político que dificilmente será preenchido pelos sobreviventes, Eliseu Padilha, Romero Jucá, Geddel Vieira de Lima, Henrique Alves e Moreira Franco. Cercados pela Lava Jato, sem a simpatia da mídia, a tendência será serem jogados ao mar, um a um. Por absoluta falta de alternativas do sistema de poder, ficará Temer devidamente enquadrado no script imposto pelo mercado.

Grupo Lula.

Lula tenta se colocar como protagonista, investindo sobre deputados descontentes com Temer, como Rodrigo Maia. Baixada a temperatura, tentará se colocar como porta-voz de um grupo eclético, que inclui os partidos da esquerda, os descontentes com Temer e os movimentos sociais. Será peça chave para Temer aspirar a um mínimo de interlocução com a oposição que lhe garanta a governabilidade pelos próximos dois anos. O grande desafio de Lula será garantir as eleições de 2018. Continuará sendo o grande líder popular, mas com atuação restrita no Congresso.

PSDB

Conforme previsto aqui no GGN, ao resumir todo o programa do partido a um antipetismo tosco, FHC e Serra quebraram sua espinha dorsal. Com o PT fora do poder, o PSDB perdeu sua única bandeira unificadora.

Desde 2002, lançou três candidatos à presidência da República: José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves.

Aécio está politicamente condenado pelas delações da Lava Jato. Rompida a blindagem inicial, seu destino ficou indelevelmente amarrado ao de Lula. Tornou-se bola da vez. O que quiserem aprontar com Lula terão que aprontar com Aécio, como prova mínima de isenção.

Alckmin está a caminho do PSB (Partido Socialista Brasileiro). Politicamente, o Brasil é um país tão maluco que o PSB pretende, com Alckmin – provavelmente o mais conservador político da atualidade – conquistar a hegemonia das esquerdas. Há que se indagar aos amigos de Eduardo Campos que tipo de cigarro andam fumando.

Finalmente, na luz, o terceiro presidenciável, José Serra, desmancha-se no ar. Foi assim no governo de São Paulo e está sendo no Ministério das Relações Exteriores. Sem conhecimento da matéria – e, parece, de qualquer tema contemporâneo um pouco mais complexo -, entrou no MRE pretendendo “causar”, com slogans tirados diretamente dos sites da ultradireita, sem a menor noção das sutilezas e sofisticações do jogo diplomático. Desmoralizou-se nas primeiras declarações e, sob pressão, desaparece, preso a uma proverbial insegurança, tão grande que precisou levar FHC a tiracolo na última assembleia do Mercosul por se sentir impotente para defender suas teses de confronto. Sem espaço no PSDB sonha ainda em ser candidato do PMDB. Mas sua única base de apoio é Michel Temer. As delações da OAS e Odebrecht devem liquidar definitivamente com suas pretensões.

A Lava Jato e a PGR

A esta altura do campeonato, há que se separar as intenções da Lava Jato e da Procuradoria Geral da República.

A Lava Jato pretende-se um poder autônomo. Sob a liderança do procurador Carlos Fernando dos Santos tem afrontado o STF (Supremo Tribunal Federal) no episódio de participação nos resultados da operação, vetado pelo Ministro Teori Zavascki.

Santos tem reiterado essa posição em todo acordo de delação firmado. Assumiu praticamente a liderança de uma rebelião de procuradores, investindo contra tribunais superiores que ousam colocar freios à sua atuação; criticando decisões do Supremo. Não apenas afrontou a decisão de Teori como investiu pela mídia contra votos de Dias Toffoli.

No Rio de Janeiro, procuradores conseguiram atropelar uma decisão do desembargador federal Antônio Ivan Athié, mandando libertar o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o dono da Delta, Fernando Cavendish.  A alegação foi de que Athié e Cavendish tinham sido defendidos – em processos distintos – pelo mesmo advogado, o reputado Técio Lins e Silva. É possível que houvesse desconfianças maiores em relação ao desembargador. O argumento inovcado foi ridículo, mas bastou.

Enfim, são agentes públicos, dotados de poder de Estado e armados de mídia, entrando sem nenhum pudor no jogo político e jurídico.

Responsável por esse estado de coisas, o PGR Rodrigo Janot deixou-se conduzir por esse clima feérico no pedido de prisão dos três senadores, negado por Teori. Antes disso, por uma perseguição implacável a Dilma Rousseff e a Lula e uma blindagem a Aécio Neves.

Nos últimos tempos abdicou dessas manifestações midiáticas. Ao contrário da república de Curitiba, é mais suscetível às manifestações de bom senso do STF e dos próprios colegas de Brasília. E colecionará uma bela vitória no dia em que Eduardo Cunha for cassado e preso.

De qualquer modo, ambos – a Lava Jato e a PGR – são agentes de ações que trazem total imprevisibilidade ao jogo político. Mesmo o profundo alinhamento da Lava Jato com o PSDB parece em xeque.

Mídia e mercado

Gradativamente, mídia e mercado vão deserdando o PSDB. O medo da volta da instabilidade política reforçará Michel Temer, enquanto mantiver a hegemonia do mercado na política econômica. O fator Henrique Meirelles será cada vez mais a sua âncora, na medida em que as futuras delações da Lava Jato comprometerem irreversivelmente Serra e Aécio.

E a Lava Jato continuará sendo o grande aríete contra qualquer forma de definição de política desenvolvimentista.

3. As novas movimentações

O novo tempo político consagrou um conjunto de novos campeões nacionais ao abrigo do voto popular. Sua força determina os movimentos erráticos do governo Temer, com concessões de toda espécie. São eles:

·      As corporações públicas, do Judiciário ao Ministério Público, Tribunal de Contas da União.

·      Os parlamentares contemplados com recurso farto para suas emendas individuais.

·      O mercado, com a manutenção da Selic em níveis elevados e a apreciação cambial.

Está-se ainda no momento zero do novo jogo político, que deverá ser dominado pelas seguintes tendências:

Internacionalização e a era dos yuppies

Menciona-se muito o fenômeno da ascensão das novas classes C. O fenômeno determinante da crise atual é outro: é o da internacionalização das classes A e B, com seus mestrados e doutorados em outros países.

O jovem procurador arrotando seu mestrado nos Estados Unidos ou Portugal é da mesma extração ideológica do jovem publicitário, jornalista de grandes veículos ou operador do mercado financeiro, do jovem técnico do Banco Central, do Tribunal de Contas ou da Advocacia Geral da União. É uma mudança geracional que está mudando a cara dos principais setores expostos a essa internacionalização.

Seus valores são a meritocracia, as virtudes individuais, o estado mínimo e a internacionalização. Prezam o sucesso pessoal, a casa com piscina, os vinhos finos. EM muitas casas, o idioma corrente passou a ser o inglês.E seu sonho de consumo é o imóvel em Miami.

Não se trata de uma caricatura, mas de valores consolidados, muito mais enraizados que a intolerância tosca de alguns brucutus da classe média que enveredam pelos temas morais.

Como são contra a política, tornam-se massa de manobra fácil para discursos simplistas da mídia ou de políticos.

A nova esquerda

Falta à esquerda consenso mínimo sobre temas econômicos.  O desenvolvimentismo, que deveria ser a bandeira das esquerdas, esgarçou-se sob o peso da globalização e de quase três décadas de financeirização da economia brasileira.

Na indústria, escasseiam novas lideranças. As últimas grandes lideranças estão desaparecendo sem deixar sucessores. Instituições como o IEDI (Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial) perderam dimensão.

Por outro lado, há um Brasil submerso explodindo em energia. A renovação das universidades tem promovido um arejamento de ideias, há uma sede nacional de diagnósticos sobre o novo país. E uma nova geração jovem entrando de cabeça na política em torno de valores e sem obedecer à hierarquia dos velhos partidos.

Os temas morais – da tolerância, contra o preconceito, a favor da solidariedade, da democracia – são preponderantes neste momento. E a campanha contra o golpe certamente marcará as próximas gerações. Com o tempo, ganharão musculatura até desaguarem em novos partidos.

Por enquanto vive-se esse terremoto, no qual o velho morreu e o novo ainda não se fez.

 

Luis Nassif

181 Comentários

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  1. Dilma já perdeu? #sqn
    Ao meu ver, Dilma volta sim, mas com o pais ingovernável com esse congresso tosco, Gilmar conseguirá caça-la mas somente após o prazo para eleições indiretas para presidente.

    E o mais votado será nada mais nada menos que Eduardo Cunha.

    Não vejo como a Lava Jato conseguirá manter o espetáculo com o afastamento de delegados por Temer e da mídia uma vê que os protegidos desta são os próximos alvos lógicos da operação, pois esta já desmantelou quase todo o resto.

    Quanto a 2018 acho muito difícil haver eleição. Mais provável Cunha conseguir uma PEC do Parlamentarismo e continuar no poder ad infinitum.

    Não esqueçam que há muita grana pra eles torrarem, não só do pré-sal ou da privatização dos Correios, Caixa e afins, mas em reservas internacionais que 14 anos do PT juntaram a muito custo.

    Quando tiverem quebrado o país, como FHC fez, é só devolvê-lo as esquerdas. Seus lugares em Miami já estarão pagos

  2. Luis Nassif
    Peça uma

    Luis Nassif

    Peça uma entrevista com Lula, tenho certeza que lhe dará.

    Abra aqui pedidos de perguntas. 

    Voce vai pedir?, 

    No aguardo.

     

  3. O manual uspiano

    Enquanto a dita esquerda brasileira continuar presa aos manuais uspianos Ela não terá futuro e não sairá do lugar, como cachorro corrrendo atrás do próprio rabo. O Brasil é grande e complexo demais pra caber dentro dos manuais da usp. Acho.

  4. Pois é #ForaTEMER

    Nesse xadrez pos impeachment, o Nassif nem considera o povo, a sua reação, a sua incredulidade e a sua própria iniciativa. Alguém imagina o que se possa acontecer diante de um GOLPE consumado, e, vislumbrando movimentos politicos para uma possivel prorrogação de mandatos até 2020, onde se elegerá todos os nivéis do Executivo?  ou o Nassif acredita que dois anos será o suficiente para desmontar o Brasil, privatizar o que interesse ao grupo GOLPISTA sem qualquer reação?  Nesse XADREZ, parece-me que ainda estão jogando damas, com pedras brancas e pretas………..Não dá para levar a sério, a morte do velho sem contar com os novos. 

  5. POLITICA EXTERNA NO MUNDO

    POLITICA EXTERNA NO MUNDO REAL – Tenho aqui observado comentarios extraordinariamente toscos sobre politica externa, usando categorias dos anos 60 como “impealismo ianque” sem atentar para as fundamentais mudanças

    de cenario na area de relações internacionais do cambiante mundo atual e seus conflitos e desafios, sem defesa, sem discurso e sem reação a  agressões aos interesses do Estado nacional brasileiro em nome de ideologias simplorias

    como foram os achaques do Paraguai e da Bolivia para inteiramente a margem de solenes Tratados extorquirem muito mais pela energia eletrica de Itaipu e pelo gas de Tajira, ambas fontes de energia construidas pelo Brasil e não por eles proprios, aceitando sem negociação pagar muito mais pelos quilowatts e pelos metros cubicos de gás, prejudicando enormemente a população e as industrias brasileiras, em nome de um “companheirismo” que não existe na diplomacia.

    O Governo do PT, esse mesmo que abraçou um bolivarianismo de vitrine sem qualqer objetivo pratico, aceitou alegremente tutela americana sobre nossas estatais processadas sem qualquer razão logica pelo governo dos EUA

    e assinou sem qualquer proteção ao interesse nacional ACORDOS DE COOPERAÇÃO JUDICIARIA que são uma intervenção na soberania brasileira muito mais graves do que a Quarta Frota navegando no Atlantico Sul.

    Pergunto, quem redigiu, que revisou, quem negociou esses acordos, especialmente o de 2003 com os EUA?

    Pior, após a assinatura e a entrada em vigencia, a unica proteção ao Estado nacional brasileiro nesse Acordo

    é a a necessidade de autorização do Ministro da Justiça do Brasil, chamada no acordo de AUTORIDADE CENTRAL

    para qualquer ação do Ministerio Publico Federal e do Poder Judiciario junto ao Governo dos EUA.

    Essa AUTORIDADE CENTRAL deu autorização para irem ao Departamento de Justiça operar em conjunto ações da Lava jato contra empresas brasileiras? Minha intuição é que o Ministro sempre esteve por fora.

    O que adianta a esquerda esvravejar com a mudança de rota de politica externa se no Governo do PT se permitiu a ingerencia do Departamento de Justiça, que é um braço da Casa Branca, não é autonomo como aqui, dentro de processos judiciais brasileiros, a ponto de delatores brasileiros serem ovidos aqui dentro e em Washington por promotores americanos? Como se chegou a esse ponto em um Governo do PT?

    Isso é muito mais grave do que chanceler tirar sapato em aeroporto americano, um simbolo que a esquerda usa sem cessar e que não tem nenhuma importancia porque todos os chanceleres fazem o mesmo.

    Quanto a grande estrategia de politica externa, o Brasil no MUNDO REAL é um pais do mundo ocidental, nossa politica externa desde 1822 é relacionada ao bloco dos paises ocidentais, nossos interesses estrategicos não tem sinergia

    com o mundo asiatico,  são dimensões distintas das relações internacionais, então nossos aliados naturais estão dentro do bloco ocidental e não na Russia, na China ou na India, nossa politica externa, como ja sabia o Barão do Rio Branco está em conseguir o melhor lugar na mesa dos ocidentais e jamais seria de nos aliarmos a asiaticos para ir contra nossas raizes e nossa familia ocidental,  nossos parentes são eles e não chineses ou indus.

    Politica externa é de Giverno e não do Ministro, é uma imensa tolice atacar Serra como se ele fosse a politica externa, ele não tem esse poder, assim como Raul Fernandes não fazia da cabeça dele a politica externa do Governo Dutra ou Saraiva Guerreiro não fazia a politica do Governo militar, chanceleres são sempre executores e não autores de politica.

    As discussões sobre politica externa tem sempre que focar no possivel e no real e não na utopia e na fantasia.

    Os EUA são nossos aliados naturais desde a Independencia mas aliado natural não significa ser amigo ou irmão,

    diplomacia é a defesa do interesse nacional, paises não tem amigos ou companheiros, paises tem aliados por conveniencia, DENTRO do campo ocidental nos precisamos defender nossos interesses porque os EUA defende os deles mas por razões da natureza eles precisam de nós como aliados da mesma forma que nós precisamos deles,

    o que absolutamente não quer dizer que devemos fazer tudo os que eles pedem, o Acordo Judiciario é exatamente um dos casos que deveriamos ter negado aceitação, é um Acordo que só beneficia a eles e  sob essa CAPA do acordo

    permite uma inaceitavel intromissão em nossa soberania, nossas empresas e nossos negocios, porque o Governo do PT aceitou?  Acordos são voluntarios, aceita quem quer, quando não interessa não se acieta, porque os EUA não aceitaram a jurisdição do Tribunal Penal Internacional?    Porque não interessa a eles ter americanos sob jurisdição

    que eles não controlam, é simples assim, o intersse nacional em primeiro lugar.

     

    1. Concordo plenamente

      Exatamente, Sr. Araújo. Os EUA são nossos suseranos, somos seus vassalos, assim como todos os países do ocidente. Quem não aceita este fato, acaba pagando caríssimo, como Cuba, que agora está se abrindo aos EUA, após décadas de perseguição e suplicio de embargo econômico.

       Isto não quer dizer que não possamos negociar esta vassalagem. Ou melhor, nos adaptar a esta vassalagem.  Nem a União Européia, o Canadá ou a Austrália aceitam todos os acordos que o grande capital lhes impõe, mas negocia antes. Os próprios países da União européia não aceitam tudo o que a Troika lhes impõe, como atesta o Brexit, que preferiu sair do grupo.

      Seu comentário foi muito lúcido, merecia ser promovido a post.

    2. André, de onde você espera

      André, de onde você espera que tiremos nossas “sinergias”? Nosso interesse estratégico não é com o mundo asiático – e tem de ser com o de outro mundo por quê? Tolice atacar Serra?

      Puxa! somos o segundo país no mundo em população japonesa. A China é o único país que se interessou em nos ajudar na construção de uma ligação (ferroviária e rodoviária) com o Pacífico. O que tem de turco e sírio em nosso país não é mole! Os coreanos e os japoneses correram ao nosso país para estabelecerem fábricas de motos e automóveis assim que um governo independente abriu o comércio de autos a todo o Mundo.

      Supor que não é o Serra agente-mor, executor mesmo, do entreguismo que se pretente fazer no Brasil, de tudo que tivermos de melhor e maior que outros países não têm nem poderão vir a ter – como a capacidade e riqueza da Petrobrás e das empresas de energia não parece ser um errinho. Logo ele que qualquer um já sabe ser agente de interesses estrangeiros (como se viu na pressa e oportunismo com que passou o projeto de entregar a Petrobrás e o Pre-Sal), exatamente aquele que há muitos anos já havia jurado e prometido fazer. Essa traição já é notícia velha – e isto é público e notório!

      Eu só vejo Deus como capaz de impedi-lo; e você amacia isto, dizendo que é tolice atacar o Serra?

      Finalizando,, vale lembrar que, quando algumas empresas americanas e européias foram impedidas de participar dos leilões do Pré-Sal, o foram por terem praticado escutas telefônicas ilegais, ferindo cláusula dos contratos de participação que tinham se comprometido a respeitar. Portanto, não se trata de buscar sinergias e só lidar com este ou aquele povo; trata-se de não gostar de ser feito de besta e de lidar com quem aja com honestidade e respeito.

      1. 1.O pre-sal não é uma

        1.O pre-sal não é uma montanha de ouro como o Lula inventou para justificar 200 bilhões de dolares de investimentos em

        dois ou tres anos, coisa que nem a Exxon, Shell e BP juntar sonham fazer. Não tem fila de estrangeiras para entrar no pre-sal, um petroleo de extração cara, com riscos ambientais como toda exploração maritima, para trair novos investidores no pre-sal precisa fazer campanha.

        2.A China não ajuda ninguem, eles investem para garantir fontes de alimentos e minerios no seu interesse.

        3.O Brasil tem de fato a maior diaspora siria no mundo, porisso mesmo o Brasil foi convidado a fazer parte do Grupo de Paises que tentar controlar a guerra civil na Siria. Sabe o que o Governo Dilma fez?  Nem respondeu.

        4.Temos a maior colonia japonesa no mundo? O Japão depois de 30 anos resolveu investir no Brasil, o primeiro grande investimento de mais de um bilhão foi uma fabrica de vidros, convidaram a Presidente e varios Ministros para a inauguração, convites feitos com muita antecedencia, sabe o que aconteceu?  Ninguem compareceu e nem responderam ao convite e tampouco responderam pedido de audiencia para o presidente mundial da empresa e que era vice-presidente da Federação das Industrias do Japão, um dos lideres empresariais daquele Pais.

        5.O Japão é o Pais mais protocolar do mundo, mais que a Inglaterra, tudo é rigidamente preparado e planejado, convidaram por duas vezes a Presidente do Brasil para visita de Estado, com jantar com o Imperador. O Japão tem alto interesse em voltar a investir em grande escala no Brasil, eles tem tanta reserva financeira como tem a China e a visita da Chefe de Estado seria importantissima para selar esse projeto de volta do Japão em grande escala ao Brasil.

        Sabe o que aconteceu? A Presidente cancelou  na ultima hora e por DUAS vezes a visita longamente preparada pelo Japão,

        fez pouco caso de um jantar com o Imperador do Japão, está bom ou é pouco?

         

        1. “um petroleo de extração

          “um petroleo de extração cara, com riscos ambientais como toda exploração maritima, para trair novos investidores no pre-sal precisa fazer campanha”. O Pré-Sal é uma das explorações mas bartas do mundo, e o Brasil tem hoje a sexta maior reserva do mundo . . . . e se o petróleo brasileiro não é la estas coisas, poque tanto esforço neste saque internacional? . . . . 

           

          1. A reserva do pre-sal de

            A reserva do pre-sal de acordo com a informação no site da PETROBRAS é de 14,4 bilhões de barris, isso é uma reserva media, está muito longe de ser a 6ª reserva do mundo, para ter uma ideia de proporção, a Franja do Orinoco, na Vanezuela tem 567 bilhões de barris. Veremos o apetitte das majors nos proximos leilões, o custo de exploração está em torno de

            40 a 45 dolares, não tem exploração maritima mais barata do que isso, a exploração a 9.000 metros longe da costa, exige um enorme apoio de equipamentos, barcaças, navios tanques, helicopteros, navios de abastecimento, carissimos alugues de plataformas, seguro de riscos ambientais, está longe de ter a lucratividade de uma exploração em terra.

          2. PORQUE INSISTEM NESTE VALOR DE U$45 PRA EXTRAÇÃO?

            E a PETROBRAS insiste em DESMENTIR este valor que o grande A.A. citou – e que Ciro Gomes também cita?

            “Por conta do conhecimento acumulado em nossas operações e da inovação tecnológica, o custo médio de extração do petróleo do pré-sal vem sendo reduzido gradativamente ao longo dos últimos anos. Passou de US$ 9,1 por barril de óleo equivalente (óleo + gás) em 2014, para US$ 8,3 em 2015, e atingiu um valor inferior a US$ 8 por barril no primeiro trimestre de 2016.”  

            Este parágrafo acima tá no sitio da Petrobras Fatos e Dados.

             

            E aí? Afinal, com quem está a VERDADE?!?

          3. Depende de que custo se fala.

            Depende de que custo se fala. São um milhão de barris/dia,  nos dias de pico, por ano 360 milhões de barris/ano a US$8 por barril dá custos de US$2,880 bilhões/ano, segundo essa conta da Petrobras. Por esse valor ve-se que não estão considerando o CUSTO DE CAPITAL pelo investimento no pre-sal, a Petrobras emitiu este ano Bonus pagando 9% ao ano de juros, basta calcular o valor investido no pre-sal mais o alguel das plataformas que já supera em muito esse valor.

            Provavelmente esse dado de US$8 por barril, baixissimo, é apenas custo direto. O oleo da Arabia Saudita, que jurra do chão custa US$2 por barril, como no meio do oceano necessitanto puxar de 9 km de profundidade pode custar IS$* ?

          4. Gostaria de saber a verdade.
            Qual o verdadeiro custo? Queria ver esse custo comparado a outras empresas internacionais.

        2. André, o “barato” deles aqui é outro (F.Brito)

          André, sobre o que vc disse sobre o pré-sal [ 1.O pre-sal não é uma montanha de ouro como o Lula inventou para justificar 200 bilhões de dolares de investimentos em dois ou tres anos, coisa que nem a Exxon, Shell e BP juntar sonham fazer. Não tem fila de estrangeiras para entrar no pre-sal, um petroleo de extração cara, com riscos ambientais como toda exploração maritima, para trair novos investidores no pre-sal precisa fazer campanha], gostaria de deixar abaixo esse artigo do Tijolaço para reflexão de todos. Vou usar uma expressão do texto do Brito que eu acho que vem bem a calhar para a reflexão sobre o pré-sal: “O “barato” deles aqui é outro”

          Do Tijolaço, do queridíssimo Fernando Brito – 

          Os militares, a Quarta Frota dos EUA, o pré-sal e…a Polícia Federal

          Inteligência militar, ao contrário do que pensa o raciocínio medíocre, não é espionagem e vigilância ideológica.

          É estudo e formação de conhecimento geopolítico, estratégico, e suas repercussões no planejamento de defesa nacional, criando mecanismos de dissuasão a ambições econômicas que, afinal, são as forças que movem os processos de dominação, do qual os processos armados são meros vetores.

          E o Brasil a tem, embora mal disseminada até mesmo dentro das Forças Armadas, onde teima em resistir uma visão – felizmente minoritária – de considerar-se uma “gendarmeria nacional”, cujo papel principal seria o de interferir nos processos políticos da sociedade, em lugar de encará-la como um todo a quem lhes cabe proteger, física e economicamente.

          Uma das provas de que ela existe é o trabalho dos capitães de fragata Luciano Ponce Carvalho Judice e  Charles Pacheco Piñon, “A defesa do ouro negro da Amazônia Azul“.

          Amazônia Azul, na linguagem militar, é a área marítima dentro da qual se situa a província petrolífera do pré-sal  e o livro trata de estudar suas necessidades de defesa e, por isso, as ameaças que nossa soberania pode sofrer ali.

          Destaco, comentando, um trecho do livro, onde os autores analisam o aumento do interesse estratégico dos EUA pelo Atlântico Sul”, evidenciado pela reativação da Quarta Frota , em junho  de 2008 – criada durante a II Guerra, foi desativada nos anos 50.

          Cabe neste ponto ressaltar o baixo custo de extração da área do Polígono do Pré-sal, que atualmente encontra-se em um patamar inferior a US$10,00 o barril, em relação a outras áreas petrolíferas do mundo, custo esse inclusive inferior aos campos petrolíferos existente no Pós-sal da Bacia de Campos, por serem mais antigos. Em termos de comparações internacionais, de acordo com dados de 2013, compilados pelo periódico Petroleum Intelligence Weekly, os campos petrolíferos do tight oil nos EUA, por exemplo, teriam custos de extração variando entre US$ 56,00 e US$93,00; o offshore do Golfo do México estadunidense teria custos entre US$ 41,00 e US$70,00; e o Mar do Norte teria custos entre US$ 27,00 e US$83,00. Tais dados explicam a queda prevista pela AIE [Agência Internacional de Energia] na citação anterior, considerando a manutenção do preço de mercado do barril de petróleo na faixa atual de US$ 30,00, e evidenciam como é alvissareiro o baixo custo extrativo do Pré-sal, após os investimentos tecnológicos já realizados. Enfim, a ativação de uma Esquadra a partir de um Comando de Força Naval (…) é coerente com o conceito de proatividade estratégica marítima discutido no capítulo teórico inicial deste trabalho. Dentro da visão de atuação global estadunidense, haveria a preocupação de manter uma estrutura permanente que realize planejamentos com vistas a conformar o futuro a seu favor. Nota-se assim, pela ativação da Quarta Esquadra em 2008, uma antevisão de que o Atlântico Sul passaria a ter uma elevada importância estratégica, consoante a possibilidade de diversificação de oferta de combustíveis fósseis, numa área distante do conflagrado Oriente Médio, que agora está ameaçada pelo Estado Islâmico, sem depender do trânsito marítimo por perigosos gargalos, como o estreito de Ormuz. Não por acaso o Polígono do Pré-sal foi incluído no denominado “Triângulo Dourado”.

          Triângulo Dourado que o quinta-colunismo de O Globo não vacilou,há seis meses, em classificar comopatrimônio inútil.

          E quem pensa que os interesses militares dos EUA se expressam exclusivamente com porta-aviões e destróieres, segue o estudo dos dois capitães:

          Para finalizar a abordagem da estrutura de comando estadunidense, em termos de proatividade operacional para a segurança marítima, com notabilizado interesse para este estudo, destaca-se ainda a JOINT INTERAGENCY TASK FORCE – SOUTH (JIATF- South).
          A JIATF-South é uma organização subordinada ao US Southern Command (US SOUTHCOM) [Comando Sul] cuja missão é conduzir operações interagências contra tráfico ilícito, notadamente de drogas, cometido por embarcações e aeronaves na área de responsabilidade daquele comando, que envolve o mar do Caribe e o Atlântico Sul. Para tal, essa Força-Tarefa concentra seus esforços na detecção e acompanhamento de alvos marítimos e aéreos, processamento de conhecimentos de inteligência e compartilhamento de informações para possibilitar a condução de ações de interrupção, interdição e apreensão antidrogas junto a países colaboradores. O JIATF-South é composto por representantes do DoD, DHS e Department of Justice (DoJ). A organização também conta com pessoal oriundo do Drug Enforcement Administration (DEA), FBI, Imigration and Customs Enforcement (ICE), CBP, USCG, USN, US Air Force (USAF), Defense Intelligence Agency (DIA), National Security Agency (NSA) e ONI, bem como de Oficiais de Ligação de diversos países da América do Sul, incluindo o Brasil.

          E concluem os dois analistas de estratégia:

          É digno de nota que agentes da Polícia Federal do Brasil compõem o Estado-Maior dessa força, cooperação institucional que ainda não encontra paralelo em nosso próprio Estado, em termos de operação integrada.

          Quem acha que a atenção dada pelos norte-americanos à integração com nossa Polícia Federal e instituições judiciais e parajudiciais é preocupação com drogas, apenas, continue achando, de bobo que é.  Os estudos da ONU mostram que o Brasil é irrelevante como fonte das drogas traficadas para os EUA.

          O “barato” deles aqui é outro.

          PS: O livro, muito importante para quem se interessa pelo tema, está disponível, gratuitamente, no site daEscola de Guerra Naval.

    3. Opinião do AA.

      Gosto sempre de ler as opiniões do AA. Mesmo quando ele fala sobre a nobreza e a beleza da princesa.

      Desejaria que ele respondesse duas questões:

      1- A China é um dos nossos principais parceiros comerciais e, além disso, possui enormes recursos para investir. Não devemos  buscar alianças com a China, por eles não serem ocidentais? Não parece lógico. Ou a ideia seria não desagradar os EUA? O Brasil não deveria fazer um jogo estratégico buscando ganhar dos dois lados, talvez até explorando o antagonismo China x EUA? (não foi mais ou menos o que Vargas fez mantendo-se “encima do muro” e obtendo apoio para a CSN?)

      2- Gostaria de saber a opinião do AA sobre outro assunto. O Brasil fez bem em assinar o TNP? Deveria assinar o protocolo adicional?

       

      1. A China já está invesindo

        A China já está invesindo muito em onfra estrutura no Brasil, só não investe mais pela incompetencia de nossos Ministerios, agencias e estatais, não temos uma boa organização de projeos planejados com clareza, a ligação com o Pacifico é um exemplo, o lado peruano já está muito adiantado, aqui do nosso lado não tem nada, só uma ideia.

        Os entendimentos e acordos com a China já existem em principio e podem ser aprofundados, por exemplo, porque a China só compra soja em grão e não soja processada no Brasil, o que geraria empregos aqui ?

        Quando ao Tratado de Não Proliferação sempre fui contra o Brasil assinar, o que ganhamos com isso? Nossos militares nunca assinaram, foi um grande erro do Governo FHC, porque temos que nos abster da possibilidade nunclear se a India, o Paquistão, a China e Israel tem e os EUA aceitam?

        Escrevi um livro sobre isso e jamais achei logico o Brasil assinar esse Tratado.

         

          1. O BRASIL DOS PATRIOTAS,

            O BRASIL DOS PATRIOTAS, Editora Alfa Omega,  já é um tanto defasado, hoje só se acha na Estante Virtual

        1. Militares e o TNP

            Caro Andre,

             É verdade que não assinamos os “adicionais” da AIEA , mas os cumprimos, inclusive aceitamos as inspeções da Agencia quando em relação a nossas obras civis, como Nuclebrás, Nuclep, INB – não assinamos mas nos comportamos, tipo um “acordo de cavalheiros”, bem ao estilo diplomático.

              Quanto aos programas militares, CTMSP ( São Paulo ), CEA ( ARAMAR – Iperó ), LABGENE ( Iperó ), as instalações foram “certificadas” pela AIEA em visitas, até mesmo as normas NATO  referentes a segurança de instalações nucleares (STANAGs 1022 e 2999 ) foram respeitadas, incluido as normas SAE – fiscalizadas pela AIEA – referentes a poluição ambiental, estão contempladas nestes centros.

              Como aconselha a AIEA , instalações nucleares devem possuir um contingente especial de segurança NBQR, e como vc. sabe e insiste, o Brasil é “ocidental”,  segue doutrinas NATO, portanto em Iperó, a Marinha concluiu uma unidade do CFN (Fuzileiros Navais ), o BtL DefNBQR , que cursou e treina regularmente, no Fort Leonard Wood ( USA -MO )na USMC CBRN School, o centro de excelencia norte-amercano para este tipo de ameaças, e todo o equipamento desta unidade é NATO – STANAG (standards nato ), a maioria de procedencia italiana.

               Outras unidades miliatares brasileiras que fizeram Fort Leonard Wood : GATE/MG, Comando de Forças Especiais do EB/Goiania, Guarda Presidencial/Brasilia.

    4. Interessante

      André achei interessante suas observações. Você que está por dentro do assunto sabe quanto o Brasil paga o Kwh da energia comprada do Paraguai e pelo gás da Bolívia?

    5. Falar em imperialismo Yankee
      Falar em imperialismo Yankee é tosco e sessentista, mas falar em bolivariano é o quê? Retórica por retórica ficamos no 0 a 0.

    6. Onde está o problema?

      “O Governo do PT, esse mesmo que abraçou um bolivarianismo de vitrine sem qualqer objetivo pratico, aceitou alegremente tutela americana sobre nossas estatais processadas sem qualquer razão logica pelo governo dos EUA

      e assinou sem qualquer proteção ao interesse nacional ACORDOS DE COOPERAÇÃO JUDICIARIA que são uma intervenção na soberania brasileira muito mais graves do que a Quarta Frota navegando no Atlantico Sul.

      Pergunto, quem redigiu, que revisou, quem negociou esses acordos, especialmente o de 2003 com os EUA?

      Pior, após a assinatura e a entrada em vigencia, a unica proteção ao Estado nacional brasileiro nesse Acordo

      é a a necessidade de autorização do Ministro da Justiça do Brasil, chamada no acordo de AUTORIDADE CENTRAL

      para qualquer ação do Ministerio Publico Federal e do Poder Judiciario junto ao Governo dos EUA.”

       

      Sobre a praticidade do tal ‘bolivarianismo’ vou me isentar de comentar, visto que o comentarista demonstra certo grau de preconceito a olhos vistos. Porém gostaria de me ater ao fato dos tais acordos judiciários assinados pelos governos do PT – como se fosse um crime!.

      O problema – a questionável perda da soberania – estaria na assinatura dos tais acordos em si ou na mera autorização pelo agente político (o ocupante do cargo do MJ) para seu efetivo cumprimento?

      Creio não ser de fácil avaliação a questão, como fez o comentarista, pois acordos – como você explicou – não são autorização prévia para ação contra a nossa soberania.

      Se faltou debate sobre o assunto, nesse ponto estamos de acordo. Inclusive, a autorização deveria passar pelo crivo do Senado Federal, no mínimo, para ações dessa envergadura.

    7. Aliados.

      André,

       

      -Todos os países, absolutamente todos, são aliados e adversários. O contexto histórico varia a preponderância da relação aliado/ adversário, bem como em qual ou quais campos tais movimentos tendem a preponderar.

      – Concordo que dilomacia é defesa do interesse nacional, mas a tendência é de gratativamente se tornar uma relação, também, supra-nacional, como em questões de Direitos Humanos.

      – Falta de soberania no olho dos outros é refresco. Concordo que soberania é fundamental e reciprocidade também.

      – Russia, China, Estados Unidos da America, Argentina, Peru, Canadá, Irã, Venezuela e Japão são aliados e adversários naturais. 

      -Se no passado nossa política externa fora Americocêntrica, hoje pode ser multilateral, incluindo a Russia, China e a Índia. E aproveito para comentar sobre sua visão sobre famílias e raízes: não seja racista, os asiáticos foram os primeiros a chegar, povoar, dominar, e desenvolver nosso continente, se for pra olhar para a raiz, olhe para a mais profunda, não apenas para superficiais/aparentes.

      – Os interesses se dão em aspectos macro: políticos, econômicos e sociais. Mas acho fundamental lembrarmos que estamos falando , em última escala, de indivíduos.

       

       

  6. Morte do velho??
    Estamos
    Morte do velho??
    Estamos presenciando exatamente o oposto: A morte do novo e a resuscitação do que ha de mais arcaico.

  7. Engraçado, li e não acredito,

    Engraçado, li e não acredito, falam de procuradores sonhando com imóveis em miami, se esquecem que são funcionarios publicos, com ganhos limitados, portanto, de onde essa turma tiraria dinheiro para comprar imóvel no exterior? De acordos de leniencia?? De retroativos inventados??? Falou-sem em classe média, esse bicho histérico e as vezes inutil, e se esqueceram da maior parte dos brasileiros: as classes menos favorecidas, os trabalhadores desse país, onde estarão nessa balburdia politica e sucessão de saques que o país sofrerá? No limbo??

    1. Os trabalhadores deste país,

      Os trabalhadores deste país, encontram-se trabalhando, tentando ganhar a vida e  só reagirão se algo  muito absurdo ocorrer, como por exemplo, as 80 horas semanais, ou algo do gênero. Não se importam na verdade com michel temer, Dilma, ou quem quer que esteja no poder, se não lhes pisarem no calo, no caso, seu bolso. Uma observação que fiz ontem. O shopping do meu bairro esteja lotado ontem, culpa da crise.

      1. sacola

        Veranis,

        “O shopping do meu bairro esteja lotado ontem, culpa da crise.”

        Shopping lotado é sinal de…..shopping lotado. Jamais de punjança econômica ou de sucesso nas vendas.

        Shopping lotado de pessoas COM SACOLAS NAS MÃOS, ai sim. 

        Não basta gente.

        Tem que ter sacolinha! Cheia.

    2. tendência

      Naldo, isso é uma tendência nas (valiosas) análises de Nassif: fala-se de tudo, menos dos trabalhadores, dos movimentos sociais… É um olhar bem informado sobre os acordos pelo alto, os acertos e desencontros nos bastidores das altas esferas, descendo, quando muito, de forma ligeira, à classe média, aos estudantes. Nunca se chega à base da pirâmide. E sabe de uma coisa? Melhor não falar a respeito do que chutar, né não?

      O que mais me marca neste post é a confirmação do que eu já vinha sentindo – e comentei esta semana com algumas pessoas: a normalização do golpe, o arrefecimento da resistência. É tão absurdamente triste que tenho vontade de sentar no meio-fio e chorar.  

  8. Quando Dilma viu que não

    Quando Dilma viu que não havia chance do impeachment não passar no congresso, ela deveria ter ido à tv e proposto que o único jeito de se resolver o impasse político no Brasil  era haver nova eleição pra presidente. E para isso deveria haver a renuncia dela e de Temer – o que obrigaria, pela constituição, há novos eleições dentro de 90 dias [ou seja, já estaríamos hoje à beira disso] . E é claro que Temer não iria ir combater essa ideia. Ele derreteria. Dilma tinha o dever de ter agido assim, pois ela, que estava no olho do furação, sabia que com Temer chegaria ao poder, sem um mísero voto, o que há de mais retrógrado no pensamento do Brasil. Nesse circo de horrores, não descarto que em 2017 haverá eleiçao indireta pra presidente, pois a única âncora de Temer e o plano Meirelles – e se este fizer o que pretende, o plano Dilma-Levy será, por comparação, um New Deal do Roosevelt rs 

    Enfim, Dilma resolveu salvar sua biografia – mas não o país que a elegeu duas vezes e foi traído por ela no seu segundo mandato ao impor um plano econômico oposto do que prometera na campanha. 

  9. Nassif tem falado muito de

    Nassif tem falado muito de velho e novo. Talvez a aproximação dos 70 anos dê a ele essa sensação estranha de que o velho acabou-se, e o novo ainda não nasceu.

    No campo político, sinceramente, não vejo o velho se despedindo, muito menos o novo surgindo.

    Sempre tivemos velhas gerações e novas gerações. No meu tempo de escola e de universidade massacrava-se sem pena o movimento estudantil e qualquer coisa que cheirasse a isso. O velho venceu, e permanecemos 21 anos sob uma feroz ditadura. Hoje vemos de novo a predominância do velho, com pouquíssimo jovens entrando na política partidária, restrita aos “filhotes” de velhos caciques, que já nascem velhos (em ideias e ações).

    Não sei se podemos chamar de novos a garotada que toma ruas e ocupa escolas. Podem até ser jovens na idade e na disposição de luta, mas renegam a política partidária tradicional. E não vejo, nem aqui nem em outros lugares, como se fazer política efetivamente fora da velha e conhecida representação parlamentar. Não é à toa que a presidente da UNE vai concorrer nas novas eleições municipais. O novo não só não nasceu como me parece que não quer nascer. Assim como o PSOL que recusa sistematicamente qualquer possibilidade real de vitória no executivo. Alguém já disse, com razão, que é muito mais fácil ser pedra que ser vidraça.

    E com os valores que o Nassif citou, individualismo, meritocracia, sucesso pessoal, etc.. acho muito difícil alguma coisa proveitosa realmente nascer. E a campanha contra o golpe, me desculpe Nassif, foi e está sendo um nada diante do horror que estamos vivendo. Esperar dessa campanha um fortalecimento de estruturas futuras é simplesmente delírio.

    Acho que a chegada próxima dos 70 também está me influenciando….

     

  10. “1.     A cada dia que passa

    “1.     A cada dia que passa mais claro fica que a grande meta de Dilma é salvar sua biografia. Fora do poder, as possibilidades são melhores”:

    Nada de errado entao.  Ela esta certissima.  EU TAMBEM  prefiror desistir da internet a ser trabalho escravo do governo dos Estados Unidos.  E como ela, eu tambem nao tenho um espaco a preencher que ja nao esteja preenchido por uma putaiada infernal, uma bichaiada louca complexada dos quintos dos infernos da qual nao ha maneira de se livrar.

  11. Com o fim de Eduardo Cunha,

    Com o fim de Eduardo Cunha, cria-se um vácuo político que dificilmente será preenchido pelos sobreviventes, Eliseu Padilha, Romero Jucá, Geddel Vieira de Lima, Henrique Alves e Moreira Franco. Cercados pela Lava Jato, sem a simpatia da mídia, a tendência será serem jogados ao mar, um a um.

    Tipo máfia ? pedras amarradas e sem bóia ?

     

  12. A Dilma jamais em tempo algum

    A Dilma jamais em tempo algum deveria ter concorrido a reeleição, Lula deixa a Presidência da República com o país crescendo e com popularidade na estratosfera, em apenas dois anos Dilma, a tecnocrata, já havia destruido tudo, com multidões nas ruas revoltadas, era um governo que se recusava a se comunicar com o povo, só trancada no Palácio,se recusava a  comunicar as obras que estavam sendo feitas e o porquê. Lula é quem deveria ter voltado. Na minha opinião Dilma destruiu com os pés o que Lula construiu com as mãos, destruiu um capital politico que jamais foi dela, mas sim do maior lider popular da história do Brasil. Você diz agora que mesmo diante da ameaça do maior ataque aos direitos do povo brasileiro que se tem noticia após a escravidão ela só se preocupa com a própria  biografia? Nesse sentido quem é pior ela ou os malditos golpistas?

    1. Exatamente

      Comentário muito lúcido. Lula não sabia escolher pessoas, e Dilma não sabia governar. Lula errou em quase todas as suas nomeações. A oposição percebeu isto muito bem e utilizou contra o PT. Por isto a volta de Lula ao poder de nada adiantará.

      Ciro 2018

  13. O único velho que quase

    O único velho que quase morreu esses dias, foi fhc cujo coração cheio de fel e golpismo quase parou, mas foi recuperado

    pelo providencial hospital de primeiro mundo. No mais a velharia está dando as cartas e ferrando com o país inteiro.

  14. Verdade!

    É verdade! Quando quebrarem o país, irão devolvê-lo à esquerda para que esta junte os cacos e promova a “ressurreição” do Brasil, como aconteceu no período pós-FHC com Lula. Que sina maldita do Brasil, gente! O povo não pode ficar quieto não. Vamos reagir!

    1. E vão usufruir da pilhagem no exterior.

      Criticando novamente a esquerda, controlando a mídia e o poder Judiciário.

      Chamando, novamente, aesquerda de corruptos e ladrão.

      E voltar a roubar e quebrar o país? Tudo de novo? 

      Mas dessa vez vai ser por um golpe escancarado das mídias.

      Pode contar um por um seus autores.

      Portanto, faço um alerta a TODOS: comecem a dar um PRINT e guardar

      todas as imagens das rede sociais, que essa gente vai querer apagar

      sua história, sua atuação nesse golpe. Registrem e guardem tudo.

  15. “E colecionará uma bela

    “E colecionará uma bela vitória no dia em que Eduardo Cunha for cassado e preso”:

    O dia que um canalha como Janot considerar isso como vitoria DELE eu vou comprar um microscopio pros brasileiros.  Ou eh falta de oculos ou eh burrice.  Esse canalha ja podia ter se livrado desse outro canalha dois anos atraz e nao o fez porque estava enfiado no golpe ate o fiofoh, e agora vai clamar afastamento de Cunha como…  COMO VITORIA??????  DELE???????

  16. xadrez do pós.

    Que quadro negro. 

    Após o xeque-mate…, ou “TERREMOTO”, certamente a “acomodação” não chegará para a geração que pediu DIRETAS JÁ. Pode chegar pra os outros, mas muitos de nós não estarão mais por aqui.  É duro esperar “um país do futuro” quando o presente é varrido, em nome do passado,  e escapa das mãos de todos nós. Que melancólico…

    Resistência, e todas as maneiras POSSÍVEIS de resistir. É licito, quando o voto é ultrajado.

  17. Acho que Nassif erra em um

    Acho que Nassif erra em um ponto. Esse tal novo a que ele se refere não será construído das universidades brasileiras. Estas, aliás, vivem seu pior momento enquanto formadoras de uma geração de pensadores nacionais. Aliás, apenas as públicas dão alguma importância ao tema, nas universidades privadas não há qualquer sinal de vida inteligente nesse sentido. E mesmo nas públicas, hoje em dia, o pós-modernismo impera largamente no ambiente universitário nacional. Qualquer tema identitário é tido como muito mais importante do que o debate dos futuros da nação e do que temos que fazer para superar nosso subdesenvolvimento histórico. Aliás, nas próprias universidades esquecemos que somos um país subdesenvolvido e que esta superação não se dará de forma simples ou com soluções de mercado, no esquema do deixai fazer, deixai passar. A verdade é que vivemos um período sombrio de falta de lideranças com visão do que fazer, a ponto de eu mesmo depositar minhas últimas esperanças em Ciro Gomes, um político tradicional nordestino que em toda sua carreira não foi capaz de agregar lideranças e formar um partido ou base de alguma coisa coletiva. Eu vejo nossa época atual como o período histórico que a Argentina viveu antes da subida de Perón ao poder, o qual eles mesmos chama de década infame. E nada garante que tudo se resolverá em apenas 10 anos no caso do Brasil.

    1. “E mesmo nas públicas, hoje

      “E mesmo nas públicas, hoje em dia, o pós-modernismo impera largamente no ambiente universitário nacional. Qualquer tema identitário é tido como muito mais importante do que o debate dos futuros da nação e do que temos que fazer para superar nosso subdesenvolvimento histórico.”

      Só por esse período, merece 10 estrelinhas !!! Essa juventude vendeu o nosso futuro pro 20 centavos, jamais devemos esquecer disso. É totalmente descerebrada e garanto que aceitaria um governo Temer de excelente grado se não fosse a roupagem conservadora nos costumes deste. Um Temer liberal na economia e sem bancada evangélica é o sonho da nossa juventude de esquerda, que se lixa para o nosso subdesenvolvimento, emprego e economia.

  18. O modelo científico,
    O modelo científico, meritocrático e elitista engabela os nobres jovens que partem para a matriz, ops!, para o berço do conhecimento, ops!, acreditando que por lá avançarão em seus conhecimentos.

    Como já estão treinados desde o berço para seguir em linha reta que é o trajeto mais rápido e prático para se alcançar os objetivos traçados pelo modelo, vestem a indumentária e se acomodam no papel de títeres.

    Esse modelo, que não admite dissidência de pensamento, coopta facilmente os nossos “brilhantes” jovens e os torna, eficazmente mascarados pelo brilho, sabujos dos interesses dos refletores da madrasta hollywoodiana.

    O que se pretende ensinar nessas extensões de aprendizado não são apenas técnicas científicas que poderiam vir em compêndios.

    A função principal é a doutrinação.

    Tal como feito na economia pela escola de Chicago, nas Forças Armadas pela Escola das Américas, os atuais “instruídos” estão na área de Direito. Trata-se do novo modelo de propaganda e dominância.

    Portanto, é doutrinação, é ideológico, e por isso mesmo pode-se denominar parte da geopolítica soft de domínio de mente e submissão de ideias.

    Estes cursos atuais não são atualizações meramente acadêmicas, orientados por universidades. São particionados pelo governo dos EUA e por corporações privadas com altos interesses nas riquezas dos países de origem dos aprendizes.

    O objetivo é claro, mesmo que em segundo plano, que é a de exercer o comando direto com orientação “full time”, ou indireto através da cooptação doutrinária e ideológica determinante de um modelo.

    Não é à toa que as ações da Força Tarefa burlou a normatização pátria utilizada nas demandas judiciais. Também, misteriosamente, não encontrou um agente estrangeiro nas extensas investigações, enquanto todas as grandes empresas brasileiras caíram na malha. Não foi em vão a descoberta que o governo americano fazia escutas telefônicas ilegais ao governo brasileiro, à Dilma, e na Petrobrás.

    Para que sejam alcançados objetivos de dominância, controle e exploração, derrubam-se Presidentes, se assim for necessário. É o que eu chamo de justiciamento da política em países rebeldes ao modelo traçado.

    Por isso podem também ser entendidos como ações de conspiração no sentido de “Maquinação; ação de construir um plano que prejudica alguém, geralmente um governante ou uma pessoa poderosa: conspiração contra a presidente.
    Conluio; ação de quem busca prejudicar alguém, com a ajuda de uma outra pessoa.”, como definido pelo Dicionário Online de Português.

    Comentário ao post:
    https://jornalggn.com.br/comment/954520#comment-954520

    http://assisprocura.blogspot.com.br/2016/07/escolas-americanas-e-doutrinacao.html?m=0

    1. Siemens e Alston

      Lembrei disso agora 

      o que que deu ?

      é Metrolão de SP né ?

      sao tantas mutretas que fica difícil de guardar tudo no HD 

    2. Pois é isso mesmo e o grande

      Pois é isso mesmo e o grande exemplo do big brother atuando nos corações e mentes é Harvard que

      adula FHC à direita e Ciro Gomes à esquerda, mas tudo calculado nos parâmetros capitalistas neoliberais do tio sam.

      Afinal eles não querem um novo Vietnã por aqui, se é que o povo teria tido  o preparo que não teve ou mesmo coragem para isto.

      No final das contas prevalece o clima real do império luso-brasileiro que formalmente mudou seu nome para república democrática, das bananas.

    3. Concurseiro é o Estudante Profissional de hoje

      Como o trabalho jurídico foi potencializado ao extremo com a informática, temos sobra de aprovados em concursos que são direcionados, por falta de utilidade, a cursos, de preferência no Exterior, onde não enchem o saco KKKKK!!!!!!!

  19. não há nada de novo no

    não há nada de novo no pedaço, só encarquilhados golpistas.

    matando o que havia de novidade e diferença para nelhor no espectro

    político brasileiro, que avançou com a os movimentos sociais e sindicais

    pós-ditadura e convergiu para a eleição de lula em 2002 e a melhor

    distribuição de renda no país, nestes últimos treze anos de governo popular…

    este era o novo….

    a luta é resistir para que este novo prevaleça….

  20. Até que enfim!

    Eu havia jogado a toalha para o “xadrez” do Nassif.

    Quando vi ele sacar o Janot como o demônio demiúrgico, a dama do apocalipse na grande diagonal do tabuleiro, comecei a achar que ele tinha perdido o senso do equilíbrio analítico.

    Parece que, depois de um bocado de tempo e num tabuleiro já não mais movido a bilis e expectativas pré-definidas, a sensatez voltou, e voltou em grande estilo.

    Por fim uma síntese desapaixonada, apesar de uma certa terminologia dos anos 70 (falar de “novo” e de “velho”), mas aproveitável exatamente porque serve apenas como matriz relacional, e não como remissões a entes substantivos, como outros (até por aqui mesmo) ainda insistem em usar (com o único objetivo de fazer a política obedecer às suas convicções idiossincráticas).

    Dessa vez o Nassif botou a bola na rede (e parece que começou a jogar outro jogo, mais sutil exatamente por ser tão mais imponderável).

  21. Mesmo que o golpe esteja

    Mesmo que o golpe esteja confirmado no senado, acho que a Dilma deveria recorrer ao STF.

    Depois de todas as evidências que ela não cometeu crime, seria bom para história e futuram gerações saberem, que o STF 2016 participou de um golpe de estado. E que todos os seus onze integrantes são golpista.

    ///////

    Eu como otimista, ainda acredito no imponderável, acho que a Democracia ainda poderá vencer.

  22. Nassif esta querendo fazer estudo de futurologia.

    As forças do novo, viram das boas sementes que o PT plantou ao longo desses anos.

    Eles não aceitaram o retrocesso e os jovens, não os Yuppies procuradores, mas os

    jovens da Classe C, não aceitaram o pão, a água e a miséria que estão querendo lhes

    oferecer. Quando começar bater o desespero, e penso que isso não demorará muito,

    eles irão inchar. O dinheiro, ou já sumiu, ou está sumindo. E milhões estão escorregando

    de volta para o passado.

    As forças da mudança estão se acumulando, por enquanto, acredito, estamos naquele

    momento de gravidade zero, quando o avião para de subir, ou aquele momento de uma

    falsa paz, como é o centro de um furação.

  23. Nassif esta querendo fazer estudo de futurologia.

    As forças do novo, viram das boas sementes que o PT plantou ao longo desses anos.

    Eles não aceitaram o retrocesso e os jovens, não os Yuppies procuradores, mas os

    jovens da Classe C, não aceitaram o pão, a água e a miséria que estão querendo lhes

    oferecer. Quando começar bater o desespero, e penso que isso não demorará muito,

    eles irão inchar. O dinheiro, ou já sumiu, ou está sumindo. E milhões estão escorregando

    de volta para o passado.

    As forças da mudança estão se acumulando, por enquanto, acredito, estamos naquele

    momento de gravidade zero, quando o avião para de subir, ou aquele momento de uma

    falsa paz, como é o centro de um furação.

  24. Nassif favor verificar pq
    Nassif favor verificar pq meus comentários ficaram bloqueados no artigo do dia 09,”Temer pede a empresários para contratarem…”somente hj perto das 9 da manhã foram
    postados após reclamação minha, Obrigado!!

  25. Robin Hood

    A grande contribuição do LULA para o Brasil foi sua luta de exorcizar o COMPLEXO DE VIRA-LATA do povo mais pobre e sua capacidade de construir UMA IDÉIA DE POTÊNCIA BRASILEIRA QUE NÃO EXISTE NA POLITICA FORA DO PT!

    A prática até aqui dos outros partidos, PRINCIPALMENTE DO PSDB É ENTREGUISTA!

    Nesse quadro haverá um “Day after” quando se cristalizarem as ações do hoje interino, certamente irá provocar revolta!

    Hoje quase tudo ainda vem do governo Dilma…

    Constatando a sucumbência do Moro ao Temer, não prendendo a mulher do Cunha, perderá PARTE DE SEUS admiradores e ARRASTARÁ O JANOT E SEUS PROCURADORES AO POÇO DA MEDIOCRIDADE, onde hoje reluta em cair…

    A politica no Brasil sempre foi CASO DE POLICIA EM CORRUPÇÃO DESPUDORADA.

    Era impossível vencer uma eleição SEM CAIXA 2!

    E o PT assumiu este risco, mas estranhamente usou CAIXA 2 QUASE EXCLUSIVAMENTE PARA FINANCIAR O PARTIDO – DIFERENTE DA BUSCA LOUCA DOS OUTROS POLÍTICOS COMO FORMA DE ENRIQUECIMENTO PESSOAL! 

    É uma forma de “Robin Hood” – se utilizar da prática de caixa 2 para ajudar os mais pobres!

    Foi um erro, que o partido corrigiu QUANDO SE TORNOU O PRIMEIRO PARTIDO A REJEITAR O FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS NAS CAMPANHAS POLITICAS!

    Nesse mundo da corrupção TODO MUNDO SABE QUEM É E QUEM NÃO É!

    Dá para entender o Ódio ao PT, por que usando praticas CONSAGRADAS NOS SUBTERRANEOS DA POLITICA BRASILEIRA, o PT usou do poder para aliviar os mais pobres, invertendo a prioridade do Estado Brasileiro!

    Tem que haver punição sim! Tanto ao PT quanto aos outros!

    Mas não condeno mais o PT por isso, por que o PIOR SERIA TER CERTEZA QUE MILHARES DE CRIANÇAS TERIAM MORRIDO DE FOME NESTE ÚLTIMOS 14 ANOS!

    Viva o novo tempo!

    Mas devemos muito ao PT por não conviver mais com a DESGRAÇA DA FOME!

  26. Tínhamos uma saída promissora

    Tínhamos uma saída promissora pelo BRICS e com nossos vizinhos de continente, cujos povos – tirando a classe média urbana, os artificiais imitadores baratos dos chamados yuppies – têm bem mais a nossa cara mestiça do que a dos wasp…

    O alinhamento entre segundos certamente é mais vantajoso para cada um desses segundos do que andar atrás, seguir sendo dependentes dos primeiros. Os tais primeiros não abrirão mão da ascendência de poder enquanto entre os segundos cada soberania e independência tenda a ser respeitada.

  27. O que acontecerá

    Temer está no poder apenas como interino. Manterão ele no poder até que Dilma saia de vez. Se não sair no impeachment do Senado, vão tirá-la cassando a chapa Dilma Temer. Mas é provável que o Senado a cassará sim. Dilma é teimosa, e se voltar ao poder todos sabem que será massacrada pela midia e pela lava jato novamente, até sucumbir. A oposição armou esta jogada de Mestre Enxadrezista, e pensou nos mínimos detalhes deste jogo diabólico.

    Depois manterão Temer no poder até 2017, quando vão cassá-lo também, pois então poderão fazer uma eleição indireta. Temer poderá ser cassado pelo STF, pela Lava Jato, pouco importa, quem a midia quer no poder é o tucanato.

    Então, logicamente, o tucanato chegará ao poder por eleições indiretas. Talvez lancem mão de um populismo cambial que trará um desastre maior ainda após as eleições de 2018, que eles com certeza vão manipular para ganhar, inclusive com maioria na Camara. E se não conseguirem isto, tentarão de novo, e de novo, sempre, pois este é o desejo mais acalentado pela midia e pela elite.

    Só quando a crise atingir a midia e a elite, o que não é de se duvidar a longo prazo, eles se desiludirão ao ponto de desejar novos rumos ao país, ou melhor de permitir novos rumos.

  28. Pelo título do Xadrez

    Pelo título do Xadrez “

    Xadrez do pós-impeachment e da morte do velho

    Fica subentendido que  morte do velho é o PT/Dilma/Lula e todas as conquistas conseguidas nos últimos 14 anos.

    E que o novo é o que se apresenta.

    //////

    Estou achado o Nassif um pouco pessimista, a politica é dinâmica e  amanhã tudo pode mudar, inclusive a cabeça de seis sanadores.

    Ainda guardo um pontinho de esperança pela volta da Democracia.

    1. Xadrez

      Eu acho que Nassif tem toda razão.E o pior é que a juventude que grita “Fora Temer” ainda não entendeu que se Dilma não ceder a negociação, o que virá  é muito pior. Sou mais pessimista que o Nassif. A polícia Militar será acionada para desocupar prédios hoje ocupados pela militância. As manifestações podem ser proibidas, O país pode ser vendido e os jovens pensam na sua falta de maturidade e vivência que a luta continuará.Como? Eu vivenciei 21 anos de Ditadura e até hoje não reconquistamos todos os poderes que tínhamos antes da ditadura.Não tenho muito tempo de vida para ver o retorno da democracia, só vejo a ida da democracia embora.

      1. Marcia vamos ter esperança, é

        Marcia vamos ter esperança, é o mínimo que nos resta depois da  indignação

        Se o jogo não virar agora em agosto, o suplicio não irá durar além de 2018.

        O Brasil do golpe ficará isolado, o mundo não aceita mais essas posturas radicais.

        Acho que o país precisa dessa catarse, para expurgar todos os seus pecados e renascer o novo.

        Vamos ter esperança !

  29. As dita cuja FALSAS

    As dita cuja FALSAS lideranças do GOLPE, são PO(a)DRES. 

    E o que é PODRE, acaba CAINDO por si mesmo.

    O que está para vir é a CANALHICE de sempre. Aí a juventude falsa politizada, elitizada e egoísta de sempre, vai sentir no LOMBO, o que dá receber propina como se fosse direito, para fingir que atua politicamente. São passivos do VELHOS  DO GOLPE.

    Quando falta inteligência, existe a necessidade de se colocar a mão no fogo, para saber que o mesmo queima. 

    A brasilidade está querendo FOGO. …Ainda que tarde, virá a REAÇÃO.

     

  30. Nassif tá delirando

    E o título e a conclusão do artigo não passa de frases de efeito. Não tem nada a ver com a realidade. A começar por Temer que não é nada, basta Cunha abrir a boca e acaba com ele num segundo, todo mundo sabe disso.

    1. Quer dizer que o Nassif,

      Quer dizer que o Nassif, depois de quatro decadas de intimo contato com o Poder não conhece a realidade?

      Quando se forma um consenso é dificil quebra-lo por acidentes isolados, o Nassif quis dizer isso.

      1. Tem aí  as dezenas da sena

        Tem aí  as dezenas da sena ????? . . . . . Talvez por se fiar nas tais décadas de experiência, Nassif passa por cima de um monte de fatos relevantes, o principal deles é o seguinte, Temer e sua base não têm a menor condição de fazerem um governo, mas nenhuma mesmo, o Fora Temer é muito maior do que o Volta Dilma . . . .

      2. Nassif é craque em Economia em política é um perna de pau

        Essa é minha opinião.

        Vou dar apenas um exemplo:

        “Dilma Rousseff teria que se empenhar pessoalmente em algo que abomina: a negociação de favores. E ela não parece disposta a tal.”

        “Estes favores” são republicanos? Claro que não. Se fossem, ela negociava. Ela não se corrompe. Esse é o problema, para eles, ela está certa.

        Se dependesse de Nassif e muitos outros, Dilma teria sido uma Estadista se tivesse negociado com Eduardo Cunha. Isso é o novo dele?

         

         

  31. Cuma?

    “Com o fim de Eduardo Cunha”

    O que houve? Mataram?

    Esse mesmo cassado e preso continuará mandando.

    Tal e qual alguns chefes do tráfico e/ou de facções criminosas

    Ele só mudará a conduta se a mulher e a filha forem presas.

  32. As fronteiras dos impérios se

    As fronteiras dos impérios se moviam consideravelmente no mundo antigo.

    Em uma caverna de sombras estamos vendo fantoches sendo lançados na parede. 

    A alegoria da caverna, ilustrada nas ideias de Temer, de fato, não prevalecerão.

  33. O mestre internacional Silman
    O mestre internacional Silman costuma falar que o xadrez se resolve através de pequenos desequilíbrios causados no tabuleiro. Podem ser posicionais, materiais, não importa. O conceito é que o jogador não busca uma vantagem imediata, estratégia que seria muito arriscada se o adversário está solido; busca somente o desequilíbrio que levará a um rearranjo das forças. Isso, em inglês, é chamado de “theory of imbalances”.

    O jogo ainda não está jogado. Acredito que a prepotência dos atuais vencedores os prejudicam. O silêncio de Lula é estratégico. A acompanhar.

    1. Onde foi que o Nassif viu a juventude politizada ?
      O Nassif precisa visitar universidades, ele vai ver a politização da juventude. E a classe média, saiu do armário ? Sim, foi à cozinha pegar as panelas. O problema do Nassif é tentar encontrar lógica no caos, coerência na demência, algo de acadêmico no lixo institucional que se formou.

    2. Além do silêncio o Lula, ele

      Além do silêncio o Lula, ele tem passado a ideia, e a impressa divulga, que o jogo está perdido.

      Sinceramente, achei muito estranho um líder sindical com horas e mais horas de negociação dá o jogo como perdido.

      Muitos estão caindo nesse jogo

      Eu acho que ai tem

    3. Concordo com você. Ainda tem

      Concordo com você. Ainda tem muita água passando embaixo da ponte. Discordo do post sobre a posição de Dilma. Sua aparente inércia não leva a concluir que terminará seu mandato agindo assim indefinidamente. Ela ainda tem muitas portas a escancarar. Sobre Lula, como bom amante do futebol, não é de entregar o jogo antes do apito final. Nessa partida de xadrez, ainda faltam muitos lances. Lembro-me de uma partida de xadrez, salvo engano, de Capablanca, em que, estando em grande desvantagem, sacrificou um cavalo e um peão e deu o xeque-mate três lances após. O jogo ainda está sendo jogado. 

  34. Pau

    Do alto da minha ignorância, eu desconfio que prevalecendo a quadrilha de Temer, Kunha, Globo, haverá uma grande chance de o “pau quebrar”. 

    A violência está madura prota para ser colhida em todos níveis sociais.

    Se o governo usurpador implantar uma pequena parte do que pretendem o desemprego vai disparar como já começa.

    Dai para frente será o fim do Brasil belo e formoso.

  35. Salvando a barra?

    Alguns trechos parecem apenas ficção. Uma narrativa que limpe a barra de Procuradores criminosos e dos covardes do STF – como se apresentarão no”futuro”?.

    Muito esquisito a parte que alinha Temer, Lula, Aécio e Alckmin num “futuro” político como se eles tivessem o mesmo tratamento na mídia, na “justiça”, no Congresso de achacadores. Como se não houvesse a perseguição “Lava-Jato”.

    É como se Sérgio Moro já tivesse se mudado para Miami…

  36. Aguardando

         Após agosto, quando Dilma estará em definitivo em Porto Alegre, é que as ações do Governo Temer virão a ser conhecidas, e será mostrado o que as supostas esquerdas tem a oferecer como resistência, o movimento de Lula relativo a eleição da Presidencia da Camara, já mostra que ele procura aumentar uma frente para negociações com Temer, e me desculpem os puristas, tanto para Temer como para Lula, existe, é clara, a necessidade da interlocução entre ambos, não apenas quanto a governabilidade, como tb. a manutenção do calendario eleitoral.

          Dilma, já estava fora do jogo antes mesmo do impedimento, só falta sair de vez.

          Quanto ao possivel breve futuro, eleições municipais, para a “esquerda” a situação sera grave, alianças com o PT estão sendo consideradas “tóxicas”, o dinheiro para campanha evaporou, contribuintes tradicionais, mesmo pessoas fisicas, não querem ter seu nome envolvido com politica, e se for PT , eles nem te recebem, as juridicas, mesmo que proibidas, fogem como o diabo da cruz ( da ainda, mesmo com a lei atual, receber algo de “juridicas” , tipo materiais ), e é fato, eleições municipais podem não refletir o futuro, mas influem bastante na disposição dos congressistas federais.

           Que após agosto, Temer e os politicos com mandato, de todo ambiente politico, da “esquerda” a “direita”, irão tentar, se irão conseguir não sei, restringir ao minimo possivel o protagonismo das corporações juridicas, até mesmo com referencia a Lava-Jato , os recentes movimentos do MInJustiça já foram um “teste de campo”, que deu certo, com poucas marolas, e caso os procuradores/delegados percam midia, um abraço para eles.

            Já a midia, é mercado, portanto o governo Temer ao satisfazer o “mercado”, tb. contenta a midia, o mercado e a midia não são burros, a “Lava Jato” e correlatas, nestes dois anos, as levaram a perdas, chegou a hora de conte-las, e cobrar a fatura, que pode ser de varias formas, como juros x arbitragem, novas legislações ambientais, novos sistemas de contratos de trabalho, e Temer & Cia terão que “pagar”, ou………

  37. O próximo presidente já está escolhido

    E será o ministro da justiça, Alex de Moraes.

    É o preço a pagar ? Não !!! Diria que é o melhor caminho pra seguir implementando o projeto..

    anotem aí.

  38. Infelizmente a esquerda não

    Infelizmente a esquerda não aprende.

    A primeira declaração da candidata a prefeita de São Paulo Luíza Erondina é que o governo Haddad é medíocre.

    A direita golpista e truculenta, é também mais hábil.

    Não fariam uma afirmação desta de gente próxima a eles.

    Tentariam compor.

     

     

     

     

     

     

     

    1. Ela veio do PSB

      Alguém tem que lembrar a Erundina que ela estava anteriormente no PSB. 

      Vc tem toda a razão.  Erundina, Marina e Luciana Genro  jogam no tudo ou nada. Ou é do jeito delas ou não tem jeito! Só que elas são pessoas que, independentemente das condições econômicas do País, sempre estarão amparadas (cargos eletivos, presidência de partidos, aposentadoria dos políticos etc), tal como juízes e promotores. Por isto, querem ver o circo pegar fogo! Eu, a partir do momento que a Erundina foi para o PSB, passei a não confiar mais nela. A direita já povoava o PSB quando ela ingressou nele. E pior!! Ainda tentou emplacar a Marina para presidente!!! Ou seja, eleger o banco ITAÚ.

  39. “Internacionalização e a era

    “Internacionalização e a era dos yuppies”

    Esse item é extremamente preocupante. Foi gente desse perfil que, se não conduziu, mas foi fundamental para engrossar substancialmente o caldo da loucura alemã do segundo quartel do século XX.

    Todo idiota é perigoso; mas o idiota douto é três vezes mais.

  40. JUVENTUDE POLITIZADA ? KKKKKKKKKKK
    Precisa visitar umas universidades Nassif. Você vai ver que politização. Kkkkkkkkkkkk
    Sem comentários mais, parece uma crônica do apocalipse.

  41. Nassif conclui com a grande

    Nassif conclui com a grande possibilidade remanescente para as esquerdas: a soliriedade e a democracir. São eles os pilares para a reconstrução do projeto moderno. Evidentemente que a própria noção de solidariedade aponta para uma nova dimensão de democracia (democracia tridimensional). Sem isso, restará o elitismo democrático que, no mais das vezes, quando se torna inconveniente, patrocina até mesmo o golpes, nas suas diferentes formas. 

  42. Nassif conclui com a grande

    Nassif conclui com a grande possibilidade remanescente para as esquerdas: a soliriedade e a democracir. São eles os pilares para a reconstrução do projeto moderno. Evidentemente que a própria noção de solidariedade aponta para uma nova dimensão de democracia (democracia tridimensional). Sem isso, restará o elitismo democrático que, no mais das vezes, quando se torna inconveniente, patrocina até mesmo o golpes, nas suas diferentes formas. 

  43. Preocupa-me  o interesse

    Preocupa-me  o interesse insistente da PGR de fazer caixa através da Lava Jato,impondo uma comissão de 20% sobre o que for recuperado e multas inerentes.  Autonomia financeira com que propósito? Isso  tem sido  objeto de embate entre a PGR e o STF.Um conflito inédito entre  poderes. “Succes fee”, é o  pivô que pode provocar ricochete em quem está atirando.

  44. A Dilma nao negocia.

    A Dilma nao negocia. Fato.

    Mas e os meros mortais que se opoe ao golpe? Vao aceitar o Temer abrir as olipiadas ou vao parar o Rio?

  45. tem jogo ainda…

    pois o golpe é sempre o último erro de um político

    e o que pode surgir de novidade? nada, responde o velho

    como nada, velho?

    nada porque o que surgiu até agora foi apenas um bebê monstro, com cabeça de juiz

    mas velho, se tem cabeça de juiz o estrago será geral!?

    que nada! não demora estrá no colo do Temer. E em lá estando, quem se livra por não dever nada?

    1. pode vir de onde menos se espera…

      porque cabeça de juiz não é de abandonar uma partida com um dos jogadores dando um mole desse,

      cometendo seu último erro

      não vai querer envergonhar a classe nem a Globo

  46. A Classe Média Tradicional diante do Golpe de Estado.

    Lendo o Xadrez atual e a inserção na discussão da classe média tradicional, tentei visualizar um pouco o silêncio dela pós-Golpe de Estado. Saiu este texto. 

    A Classe Média Tradicional diante do Golpe de Estado.

    Enquanto não pesar por completo no bolso a classe média tradicional vai se manter parada. E, talvez, fique assim por alguns anos.

    Pensei que era possível uma mudança de comportamento, com a situação econômica ferrando a classe média tradicional, mas parece que não se terá este resultado.

    Precisamos estudar o processo de lavagem cerebral + o encurtamento da visão de mundo da classe média tradicional, totalmente vinculados à narrativa midiática. Hoje se tem o olhar ligado ao “bolivarianismo” = ao “pior com o PT”, essas coisas.

    O mundo da classe média tradicional, penso eu, se estreitou, ele é fechado e o agente externo a ele se chama mídia.

    Apesar de autonomia em ocasiões como o de vestir preto combinado via zap e redes sociais, o discurso produzido pela mídia está enraizado na classe média tradicional, e é um discurso que lhes faz bem ouvir, porque fala dela para ela mesma e de meritocracia. Mistura-se ai a porção educacional da Escola (particular) e seu ensino voltado para o sucesso profissional individual e financeiro como sinônimo de felicidade. Quando o PT se mostra como um modelo de sociedade coletivo, para todos e inclusivo, se rompe com a ideia de meritocracia, porque se dá o peixe, sem ser esta a ideia que se aprendeu na Escola (particular), que diz só o Trabalho engrandece o Homem; sem esforço, dedicação, entrega e sem vestir a camisa da empresa não dá… E, literalmente vestiram a camisa da CBF.

    A ausência de uma construção coletiva de conhecimento na classe média tradicional, a ausência de solidariedade, muitas vezes um fechamento total das relações sociais com os próprios vizinhos e pessoas do trabalho são praxes.

    Dois exemplos: se falta açúcar para o café no domingão um pobre vai ao vizinho e pede um pouco, a classe média tradicional ou fica sem tomar café ou vai comprar o açúcar, mesmo que precise ir de carro até uma padaria e pagar o dobro do preço no quilo de açúcar ou, ainda, a marca dos vizinhos que vivem 40, 50 anos no mesmo quarteirão e no mesmo lado da calçada e nunca deram um bom-dia sequer. Eu me relaciono com quem é mais importante no estrato social, eu respeito mais o rico porque ele chegou lá. Eu tenho mais orgulho do filho Médico do que do filho Professor… Eu quero que meu filho seja Doutor… Eu caso para me mostrar, para fazer da festa e da Igreja enfeitada o meu cartão de visitas, a Fé eu, geralmente, não tenho.

    Então, mesmo sendo prejudicado por Temer, ele me é uma referência dos modelos de comportamento que busco, daquele homem na estica, de barba feita e que fala em dinheiro e não em programas sociais. Minhas referências são o Dólar e não o Bolsa Família, analogia para entender a classe média tradicional. Miami e não Caracas. Nova Iorque e não Pequim. Paris e não Havana. Porto de Galinhas e não Lençóis Maranhenses. Riviera de São Lourenço e não Santos. Óscar e não Palma de Ouro. Etc. Fica difícil discutir ALCA X BRICS. A mentalidade americanizada não deixa escolha. O Rambo ou o filme do Van Damme que têm sempre o russo como o homem mau e de alguma máfia que quer destruir o mundo e dominá-lo e o herói indestrutível americano nos salvará não deixa escolha. É identitário.

    Quando o Nassif diz que jovens são formados no exterior, precisamos dizer que foram lá porque o Governo do PT propiciou esta oportunidade, antes, poucos tinham grana para se sustentar fora do País e nem havia Ciência Sem Fronteiras, ENEM em Portugal, etc. Porém, mesmo sendo o Governo petista, não se concebe no seio da classe média tradicional a noção de quem lhes proporciona isto, só de quem não mais lhe proporciona. É como se disséssemos que eu consegui por mérito meu e o PT, Lula e Dilma me tiraram. E, esta realidade invertida não me parece ser provável de ser revertida, infelizmente.

    A classe média tradicional está a cada dia menos sendo uma força de arregimentação do novo; ela está se repetindo no sentido de buscar fora de nossas fronteiras a solução para o que ela ajudou a construir com seu voto no Legislativo. O fenômeno dos anos 80 dos Mineiros, em especial, e de outros brasileiros de irem à direção dos Estados Unidos e da Europa sonhando com uma Vida melhor, querendo fugir deste “caos” está voltando. É a fuga da realidade, mas esta fuga não vem alicerçada nos fatos reais da Europa e dos Estados Unidos e suas crises econômicas, também. A Globalização e o neoliberalismo radicais nem passam pelas cabeças dessa gente toda. São capazes de querer ir morar na Espanha, na Itália pensando que podem ter um oásis as suas frentes.

    Pensar o Brasil de hoje, colocando a classe média tradicional no epicentro da discussão é entendê-la como uma força fechada em seu mundinho particular. É o casa, trabalho, baladinha com amigos, compromissos dominicais com a família e não muito mais que isto. Se o discurso do Governante não implicar em dizer temas caros à esquerda já está valendo. Não se consegue tocar na ferida do egoísmo, das desigualdades sociais, da inclusão social, etc. porque impede a distinção dentro desse grupo social. O olhar é para os de cima. É para chegar ao topo da pirâmide social. A Vida se movimenta na ilusão do topo.

    E, tem o traiçoeiro detalhe da identidade, talvez, um olhar para o mundo com olhos burgueses, porque se quer chegar lá, porque se sente a classe média tradicional mais próxima da Elite do que do Povo, um erro matemático se pensarmos no lado financeiro, mas, de comportamento, não, porque se esmeram em reproduzir o universo burguês em seu dia a dia.

    Enfim, o discurso Governo Temer e mídia aliada é identitário à classe média tradicional. Parte significativa do seu silêncio não é por vergonha, e, sim! Identificação com o discurso do Governo interino, que abraça a iniciativa privada e a meritocracia. Sai de cena a preocupação coletiva e social e entra o esforço individual = mérito. 

  47. Em resumo: estamos a mercê de

    Em resumo: estamos a mercê de um bando de idiotas descerebrados que não tem a menor noção do que fazem. Esse país nasceu pra ser colônia, a esta realidade se apegou e não tem quem consiga mudar isso.

  48. O que está acontecendo é
    O que está acontecendo é positivo.

    Se a história do Brasil, com seus golpes, seus padrões escondidos de injustiça social, segregação disfarçada ao ponto de reconhecido personagem gravar em publicação que no Brasil não há racismo, não foram devidamente postos a limpo, agora com a ampliação da informação pela era da internet chegou a hora de nossas precariedades na justiça, na política e no social virem à tona.

    Chegamos ao abismo, exatamente como chama atenção a conclusão do texto de Nassif – “o velho morreu e o novo ainda não se fez.”.

    É o Buraco Negro sideral, onde todos os detritos são sugados para um mesmo limbo, e no empuxo não sobra nem o que de bom foi feito.

    Isto se chama o período de depuração, que é o interregno compreendido entre o que “morreu e o novo que ainda não se fez”, a lacuna de tempo necessária para que brotem as mudanças.

    Para que o novo surja em forma de mudanças é imprescindível que tudo de ruim seja posto às claras. E isto é algo muito dolorido para todos.

    É necessária a depuração e total atenção, pois os detentores do Status Quo são especialistas em repaginar o velho, fazendo crer que é o novo. São dominadores dos sofismas e dos eufemismos que fazem a nossa classe média defensora de injustiças que trazem insegurança para ela própria e concebida para resguardar os direitos de privilégios da classe alta.

    Nenhuma das propostas para se sair do abismo se configura em apresentar o novo, tais propostas apenas visam, desculpem a crueza da afirmação, evitar o Buraco Negro. Acredito que já estejamos nele, então devemos nos precaver do que virá da explosão, criando fatos novos e não a repaginação que sempre nos foi dada.

    Absolutamente virá o novo, em espaço de tempo mais curto, aproveitando a atual crise, se o sentido do golpe não ficar definitivamente claro para o conjunto da sociedade.

    A divisão entre os que definem o impeachment atual como golpe e os que acreditam tratar-se de um instrumento de retirada do mandato mesmo que por orientação política. Se confundiu, propositadamente o “voto de confiança” do parlamentarismo e de alguns países presidencialista, mas que não é amparado pela Constituição brasileira.

    O jeitinho brasileiro, prefiro chamá-lo de o joguinho do faz-de-conta, sempre utilizado para esconder as mazelas apontadas no início do texto, não será mais suficiente para o fazer crer que o novo fluirá.

    Não se há como parar o processo de depuração. O castelo cai carta por carta, ou como Nassif prefere no seus brilhantes comentários com base no jogo de xadrez- as peças caindo ou saindo do tabuleiro, uma a uma. De empresários à políticos de todos os naipes, cavalos, torres e bispos, todos caem. Delegados, Procuradores e juízes de altos tribunais sendo rigorosamente questionados pelos seus métodos antidemocráticos, ainda que com resultados práticos efetivos, práticas catastróficas em democracias. A mídia de A à Z questionada em sua formatação.

    Os que querem efetivamente o novo, e não a repaginação, devem se deslocar de toda a concepção mainstream, das correntes convencionais que apontam soluções de problemas já experimentados e que foram inócuos, como parlamentarismo, renúncia com plebiscito, convocação de novas eleições, tudo o que possa dar um ar de exclusão da noção de golpe.

    Apontar de forma clara o golpe, nos seus sentidos de quebra da legalidade Constitucional e da normalidade jurídica, fui equilíbrio institucional, e tudo em nome da insatisfação de um grupo que não aceita os resultados das urnas, e muito menos as práticas de transformação da sociedade nas políticas que prentendem quebrar o padrão retrógrado da “casa grande e senzala”que.

    Esse padrão é o verdadeiro motivo do nosso atraso em todas as esferas:

    econômica, no modelo de produção voltada para a exportação de commodities;

    social, trazendo, e fazendo perdurar, todas as injustiças da Casa Grande contra a Senzala para as cidades;

    política, fazendo com que nossos poderes, – judicial, executivo e legislativo, se tornem cartoriais;

    padrão que também torna as nossas Policias como forças de guerra que vê a população como sua inimiga;

    e até mesmo envenenando o Ministério Público, concebido pela Constituição de 1998 como órgão de defesa da sociedade e zeladora dos direitos das minorias, que passa a ser uma instituição temida pela população e não como parceira, orientadora e formuladora de avanços sócio-democráticos;

    formatação que leva a mídia convencional a ser defensora de interesses privados e não mais uma matriz informadora, formadora de conhecimento, e fonte auxiliar de transformações da sociedade.

    Depuração maior na há, e não é mais possível conter o movimento. Melhor que assim seja, para que os rebentos não nasçam defeituosos.

  49. Idealistas contra meritocráticos – o novo xadrez

    Neste xadrez o Nassif soltou um monte de situações e tentou coloca-las dentro de algum contexto que pareça lógico, mas não conseguiu muito bem, a meu ver, e devo discordar com vários dos seus argumentos.

    Dilma

    Nassif erra duplamente na sua avaliação. Dilma não possui perfil de quem tenta salvar biografia, mas sim age como pessoa honesta e injustiçada. Dilma sempre reconhece ser “filha” do Lula e o seu legado para o futuro ficou na sua tortura, anos atrás. Não é de Dilma a proposta de plebiscito, mas sim do Requião e de alguns senadores que conseguiram fazer disso uma pauta, aceita com ressalvas pela Dilma, desde que aconteça primeiro a reversão do golpe.

    Golpe

    O golpe só seria irreversível se a gente deixa de lutar, mesmo com Dilma impichada. O povo é inocente disso tudo e atua com a inocência de quem se sabe inocente. Sobe a este palco tranquilamente a Dilma e muitos representantes da esquerda, sem nenhum constrangimento, mas, há outros que se omitem ou andam de cabeça baixa, justamente por conta da sua eventual participação neste esquema de fundos de campanha com caixa 2. O PT está um pouco freado por causa de alguns que temem as investigações.

    Transição?

    Não há transição alguma, mas apenas a morte de uma classe política que se perpetua desde 1986, e que acabou vitimando a constituição e os sonhos de democracia. O PMDB teve total maioria no congresso em 1986 (ambas as casas) e todos os governadores de estado, com exceção de Pernambuco, e nada fez. Os tucanos receberam de mão beijada o governo, depois de a mídia jogar Collor fora e, junto com medidas pertinentes à sua particular visão do país (uma planilha de dados que devia seguir normas fiscais), dilapidou o patrimônio público com base na privatização de empresas estratégicas. O povo não perdoa e não volta a eleger – pelo voto – este tipo de proposta. Lula e o PT mudaram radicalmente o país, para bem, mas, são condenados hoje pelo que não fizeram ou deixaram de fazer: mudar as práticas políticas.

    Todos os grupos citados: Temer, Lula, tucanos do Sul (PSDB), tucanos do nordeste (PSB)  e outros (PP, PTB, etc.), serão extintos e novas correntes irão surgir, depois da lava-jato completa (incluindo a delação do Cunha, que sepultará centenas de congressistas)

    O retorno para as verdadeiras correntes que se digladiam no Brasil: a) Desenvolvimentismo nacional com viés social; ou b) entrada total ao mundo global e neoliberal demorarão ainda em voltar a ser protagonistas. Viveremos um tempo de meia tigela, com política tupiniquim com base em bancadas evangélicas ou outras mais específicas ainda.

    Lava Jato

    Concluirá o seu papel, depois que Cunha abra o bico. Acredito que até membros de tribunais superiores de justiça poderão cair numa delação completa. O estrondo será bem maior que aquele que hoje sentimos. A tentativa política de acabar com Lula talvez seja bem sucedida, mas não sem antes acabar com todos os políticos tradicionais, incluindo tucanos. Será o fim do xadrez, com uma vitória política “à Pirro”, derrubando o nosso Rei Lula, mas morrendo todas as peças do outro lado.

    A saída

    De todo este caos surge Dilma como figura confiável e honesta. A volta da democracia deve ser feita com a sua volta ao poder e, aí sim, deve ser chamado o povo para a discussão, com novos movimentos e tendências, rompendo a agenda de políticos tradicionais, grande parte deles envolvidos na lava-jato. A juventude precisa de alguém que consiga subir ao palco e poder dizer “sou honesta” sem ruborizar. Hoje são poucos os que conseguem fazer isso e, embora inocente no plano pessoal, o Lula sente que houve erros políticos sob o seu comando e companheiros envolvidos, de modo que não fica muito à vontade naquele palco hipotético.

    Idealistas vs Meritocráticos – O novo xadrez

    A nova política será feita com jovens e minorias, numa luta entre idealistas e meritocráticos. Essa será o novo xadrez

    Os idealistas surgirão dos movimentos de esquerda, apontando para o país nação, desenvolvimentista e com viés social. Dilma poderá ser sim uma líder, pois sairá forte da lava-jato, mesmo impichada. Devemos urgentemente ganhar as ruas e trazer o sonho de volta.

    Os meritocráticos são exatamente com Nassif define, ou seja: O mérito é considerado como algo pessoal, assim como o seu particular sonho de futuro, que passa pela ascensão social, metas de consumo e aposentadoria integral em Miami. O Brasil não é do meritocrático, mas apenas constitui o campo onde ele consegue sobressair e logo fugir. Brasil – e a responsabilidade de administrar – é dos outros, que aqui ficam, vivem e morrem.

    Na década de 70 eram os “Chicago boys” que traziam a novidade neoliberal. Foram adotados pelos tucanos, não sem antes receber o Green Card de aprovação dos EUA. Hoje são os meritocráticos tupiniquins, aqueles poucos que saem do Brejo da Cruz e outros já nascidos em berço de ouro, que com base no seu mérito pessoal adquirem o direito de materializar apenas o seu próprio sonho, e não o sonho coletivo da nação.

    Apenas os idealistas fazem a sua luta no campo das ideias e da política. Os meritocráticos não precisam disso e, pelo contrário, desaprovam este caminho. O povo, depois de tomar o licor do Lula, não quer nunca mais, pelo voto, aprovar uma agenda tucana para o Brasil. Tentarão então evitar a politização na cultura, na educação (nos colégios e escolas) e em qualquer campo onde o seu próprio egoísmo pudesse ficar exposto. Onde não há discussão política é que surge o coxinha e o meritocrático; e destes, o neoliberalismo gratuito, sem balas e sem voto, tudo direitinho para o mundo global.

    O risco para o futuro

    Que a política seja criminalizada com a lava-jato, e não apenas os corruptos. Que a política seja mal vista pela juventude. Que a meritocracia converta o Brasil num campo de concorrência em que apenas os com mais recursos e apoio possam surgir e, mais adiante, migrar para o exterior, sugando o que conseguiram tirar daqui. O risco é de abdicar da política como luta de ideias e entrar apenas no plano pessoal e egoísta do mérito. Nesse caos, haverá espaço para bancadas específicas, que desviará a política para jogo de bancadas parlamentares e muito longe de propostas para o Brasil como nação, no executivo.

  50. De traídora à traída.
    Sempre

    De traídora à traída.

    Sempre sustentada pelas bases progressistas – enfrentada, vencida ou superada as dificuldades (das eleições às crises) – Dilma afastava-se dos seus… 

    De dupla personalidade política, nunca me iludi pessoalmente com ela. 

    Se a defendi arduamente – enfrentando familiares, amigos e conhecidos – sempre o fiz pela defesa de um ideal de maior justiça social, liberdade, igualdade, bem-estar e desenvolvimento social. Hoje o faço, ainda, também pela defesa do Estado de Direito, da legalidade e da CF.   

    Infelizmente, é ela a grande responsável pelo retocesso de um sonho (de um Brasil melhor e mais justo) que passo à passo vinha sendo firmando. É lamentável…

    Que ela não alimente e aumente (egoísticamente) sua responsabilidade pelo retrocesso, para tentar sustentar sua bibliografia…

  51. Globo, promotora da inflação.

    Globo, promotora da inflação. A cada dia a globo promove, desavergonhadamente, a corrida inflacionaria, Hoje o cardápio inflacionário é a pizza.

  52.  
    Até parece o xadrez do fato

     

    Até parece o xadrez do fato consumado. Como está mostrado, o afastamento de Dilma não tem saída. A opção Temer é a melhor para a maioria dos políticos, não importando o que venha à frente? Não haverá reações, e se houver serão todas rechaçadas e vencidas, sufocadas? Os políticos que ficarem na oposição tudo aceitarão e encaminharão, e base de sustentação hoje ligada ao golpe, continuará junta e coesa diante de novas eleições e após? A economia se estabilizará sem problemas, os que forem prejudicados com o golpe, principalmente no povão, aceitarão tudo que vier, sem tugir nem mugir? Há quem pense, que pode não ser bem assim. Caso não ocorra nada que não está à vista, que possa beneficiar a economia, as medidas que agora estão sendo tomadas, ocorra ou não o impedimento da Presidente, repercutirão fortemente para aumentar os problemas, já que o fosso fiscal está sendo aumentado, e exigirá soluções muito mais severas para reajuste, para seu equilíbrio. No governo do traíra, não serão os ricos que serão chamados a pagar a conta, já que são os que na realidade se beneficiam do golpe e usam o Temer e seu grupo para o consumar. Esse o problema dessa gente. Os movimentos econômicos que estão produzindo já não deram certo no passado, com a economia internacional num patamar bem mais favorável. Fernando Henrique Cardoso e o seu PSDB e aliados, hoje dando respaldo político ao golpe, não conseguiram acabar sua obra. Queda de produção, desemprego, inflação e entrega do de patrimônio público e de controle das empresas ainda nacionais, agora do que ainda resta, já mostraram que não levam exatamente à estabilização da economia, mas ao sofrimento dos que vivem da oferta de sua mão de obra, os trabalhadores, os pobres, mas a conflitos e ao desarranjo social. Talvez faltem ainda mais lugares seguros para viver e se deslocar, como já vem acontecendo. Servir tão somente ao capital internacional, o mercado, que não se envolvem fisicamente com os problemas que criam para se remunerar nos locais que exploram talvez seja temerário para todos. 

  53. Discordo desta análise
    “Por

    Discordo desta análise

    “Por outro lado, há um Brasil submerso explodindo em energia. A renovação das universidades tem promovido um arejamento de ideias, há uma sede nacional de diagnósticos sobre o novo país.”.

    Nas universidades nos centros de pesquisas  no Brasil a agenda tem sido definida para solucionar problemas de interesse das coorporações e dos paises ricos. Demandas essas que estão definidas nas demandas das revistas ciêntificas que levam o pesquisador a atingir a reputação acadêmica e obter projetos de pesquisa. 

    Nossos pesquisadores (novos ou não) ou até mesmo os profissionais de governos citados que desenvolveram seus estudos de pós no exterior foram adestrados para seguir a agenda lá de fora, muitas vezes com o objetivo de  receber apoio financeiro ou mesmo deixar o pais para viver lá fora (ai concordo com viver em Miami).

    Na famosa lei de inovação  os pontos mais importantes eram facilitar a importação de equipamentos e  o uso dos laboratorios por empresas . Como não temos industria nacional e a nossa ciência é gerênciada por pesquisadores (formados ou com agenda ditada no exterior) considero que a perspectiva futura é acentuar a agenda externa.

    Os novos gestores e as perpectivas de cortes no financiamento no sistema de PID federal nos próximos anos deverá manter os recursos para essa casta externa e impedir o ingresso no sistema dos citados renovadores (embora muitos tenham sido produtos da casta). Voltaremos a viver um período em que os editais de PID federal serão definidos para atender sempre os mesmos da casta e preferencialmente sem atender a necessidade de realizar a solução de problemas nacionais.

     

    1. A Universidade está podre.

      Concordo e digo mais: a coisa é ainda pior, as Universidades hoje são um dos ambientes mais reacionários do Brasil. No ano passado durante a greve dos professores, proliferam grupos abertamente de direita massacrando os sindicatos, com apoio tácito ou explicito dos apoiadores do falecido governo do PT. E agroa, como se não bastesse as manifestações explicitas de extrema direita na UNB – que so vieram a tona por causa do golpe, pois grupos de extrema direita organizados impunimente e sem reação a altura da esquerda na UNB exitem ha muito tempo – há um assassinato de um militante negro e gay dentro do Campus da UFRJ, uma das maiores universidades públicas do Brasil.Conheço a Universidade a 30 anos e nunca vi isso acontecer. A Universidade está tão ou mais podre que o resto da sociedade brasileria, com a exceção de pouquissimas pessoas que a essa altura estão lutando para se manterem empregadas e vivas.

  54. golpeados

    o velho agoniza, mas se recusa a morrer. em seu abraço de morte tenta nos arrastar a todos. por toda parte há criaturas monstruosas, fenômenos bizarros e sintomas mórbidos.

    qual ambiente de negócios é possível garantir num país à beira de uma guerra civil e onde o próprio governo não respeita as leis? (link) qual estabilidade social será alcançada pela aplicação relâmpago de um austericídio que tornará tímida e moderada a privataria tucana? qual pacto político se erguerá de uma infinidade de grampos e das delações premiadas produzindo provas em demasia contra tudo e contra todos?

    após a conciliação permanente do lulismo, entramos nos tempos da crise sustentada. depois de sua promíscua conciliação de classes, o lulismo traz como legado uma incontornável luta de classes.

    o que era para ter sido uma cuidadosa reengenharia de um novo pacto político, ao longo de 13 anos de lulismo, se converteu agora numa desastrosa implosão. em meio aos destroços e das nuvens de poeira, um caleidoscópio de multifacetadas forças políticas lutam entre si para conquistar uma nova hegemonia.

    mas esta disputa já não ocorre dentro do marco legal anterior. nas ruínas do arcabouço institucional são autênticas máfias disputando a herança do golpeachment.

    a face medonha da plutocracia brasileira está exposta. uma elite doente, patologicamente incapaz de construir uma nação. com seu inglês disléxico e seu marca passo no coração, FHC é o príncipe de um Brasil que inutilmente aspira a deixar de ser mulato: coração e mente fora de lugar. um Brasil sedento de ser convidado para a mesa de jogo dos grandes lobos globais, mas resignado ao seu desprezível lugar como hiena periférica.

    com o golpe se concretizando, todos sentem-se golpeados. uma brutal queda no deserto do real. a saída, onde está a saída? não há saídas. o novo nascerá dos escombros do velho, ou não… é o desafio que cabe aos golpeados.

    se tenho esperança? não, não tenho! mas não é a esperança que me move. o que me move é que só tenho esta vida para viver.

    .

  55. E o pior ainda está por vir.

    E o pior ainda está por vir. Assim que se concretizar o golpe, o que é quase certo, o proximo ministro do STF será o alexandre de moraes, da tropa de choque do alkimin, com a aposentadoria do paladino da moral seletiva, celso de melo. Aí o pt vai aprender com quantos ovos se faz um omelete. Esse vai o gilmar de escanteio. É parcialidade e politica na veia.

    O PT vai aprender como se nomeia um ministro para o stf. Lá voce tem que ter ALIADOS e não juristas ou intelectuais, com vem fazenedo toscamenteo o PT.

  56. Tem que haver sacrifícios!

    Tem que haver sacrifícios!

    Neste pais tão acostumado a falsidade dos políticos, É PRECISO que alguém se sacrifique e DIGA NÃO A ESSA POLITICA VELHA E SUJA!

    Perder a presidência significa que ganharemos UM SÍMBOLO!

    Alguém que NÃO TRAIU SEU POVO!

    Que cada vez que olhou nos olhos das pessoas DISSE A VERDADE!

    Que Dilma perca a presidência, mas que não perca sua dignidade QUE SERÁ FUNDAMENTAL PARA O BRASIL!

    O interino não irá longe, se aplicar o que a elite quer contra o povo, o povo irá contra ele –  o exército NÃO MATARÁ SEU POVO  para preservar um traíra da pátria e corrupto, e se não fizer o que a elite quer, ela o retirará!

    Somos um país  CARENTE DE SÍMBOLOS, DE GRANDEZA MORAL!

    Sem conchavos – DILMA!

    Que a perca a presidência, mas nos deixe UM SÍMBOLO DE PODER ACREDITAR QUE ESSE PAIS AINDA TERÁ JEITO, TEM PESSOAS EM QUE PODEREMOS CONFIAR!

    1. Perfeito, Marcos Antonio!

      Se Dilma sair, será porque é honesta e não entrou no jogo sujo desses corruptos, decadentes e golpistas. Ela não se permitiu ser chantageada!  Estamos nas trevas, ladrões estão apagando as luzes que iluminavam nosso país! VIVA DILMA!!! 

    2. “o exército NÃO MATARÁ SEU

      “o exército NÃO MATARÁ SEU POVO  para preservar um traíra da pátria e corrupto, e se não fizer o que a elite quer, ela o retirará!”

      “o exército NÃO MATARÁ SEU POVO  para preservar um traíra da pátria e corrupto, e se não fizer o que a elite quer, ela o retirará!”

      CLARO QUE O FARÁ !!!! Nenhum lugar do Brasil tem mais Traidores da pátria que as Forças Armadas !!! Levaram o pré-sal nas nossas barbas e as Forças Armadas apoiaram essa corja !!! Na verdade, as nossoas forças armadas são uma polícia dos Estados Unidos que defendem os interesses americanos no Brasil.

      Nossas forças armadas são patriotas !!! Amam a grande pátria do Norte !!! Cagam para soberania e armamentos melhores !!! Defendem o interesse americano mesmo que isso implique na principal arma das Nossas Forças Armadas serem estilingues !!

       

      1. Penso o mesmo das nossas

        Penso o mesmo das nossas forças armadas. Querem continuar com as aposentadorias vitalicias para filhas e outras benesses. Seu silencio nesses dias é ensurdecedor! Vendidos aos EUA. Alias…o almirante do submarino esta preso debaixo das nossas barbas. Aonde chegamos, nao?

  57. Resumo da ópera

    Se eu tivesse que resumir em poucas palavras esse estado de coisas, eu diria: falta visão.

    Por parte de políticos que se locupletam com projetos, com líderes retrógrados de partidos que perderam o sentido de existir (se é que algum dia tiveram), de yuppies colonizados, que se acham europeus/americanos, mas não passam de latino-americanos pseudo-refinados, consumistas e com cultura duvidosa. Incluo também juízes que chegaram ao topo da carreira, mas em vez de contribuírem para corrigir desvios graves do Judiciário, se calam numa cumplicidade incompreensível.

    Esses atores estão levando vantagens momentâneas, e não percebem que estão deixando como herança um país destruído, injusto, decadente. Seus filhos herdarão suas fortunas pessoais, mas num país extremamente injusto e violento.

    1. Falta visão?

      Ué???!!! É exatamente essa a visão de mundo desses caras!

      A esparrela moralista iluminista dessa crítica boba (“falta visão”) já não cola mais.

  58. Um pequeno comentario

    Acho esse xadrex bem complicado Nassif. Ate’ por que, essa juventude que foi estudar no exterior (e alguns que ainda estao por la’) querem voltar ao Brasil e trabalhar em universidades publicas e outras instituicoes de pesquisa. E isso entra em conflito direto com a privatizacao desenfreada que o Temer esta’ pra colocar dentro em breve. Essa rapaziada do Ciencia sem Fronteiras, por exemplo, ja’ sentiu o baque

  59. Temer é a grande personagem do Sistema jurídico

    Temer é a grande personagem do Sistema político-jurídico brasieliro e também é a cara da classe jurídica

    Rico, casado com uma mulher muito mais jovem, bacharéu em direito e procurador aposentado Temer deveria ser o suprasumo do político brasileiro advindo da área jurídica

    Todos os tribunais e mInistérios públicos já o convidaram para fazer a abertura de congressos, seminários, simpósios e posses, ele era a segurança jurídica que Dilma achava que tinha, a “figura” do Governo Federal com trâmite livre entre a justiça brasileira, assim como José Alencar tinha trânsito entre os empresários

    Nunca havia sido usado, quando os petistas começaram a ser presos a torto e à direita Temer não moveu uma palha sequer para salvá-los, o problema começou quando as principais figuras do PMDB começaram a sofrer ameaças de algemas 

    Habituado a agir na surdina pra aprovação de emendas de seu interesse e de seu partido, Temer se viu obrigado a  sair das sombras para evitar que seu Partido fosse pro buraco ou pra cadeia como o PT foi, agiu de todas as maneiras, junto com a sua gangue para evitar ou retardar investigaçoes, prisões e indiciamentos de membros do PMDB junto ao Congresso, a PGR e ao PSTFDB (desculpem o trocadilho, mas é inevitável), por isso alguns políticos do PT foram denunciados e presos mais rápido e por motivos dos mais exdrúxulos possíveis enquanto pessoas como Jucá,  Cunha e demais ainda tiveram tempo de esconder o dinheiro roubado

    O caso Cunha é emblemático: com diversas denúncias ainda foi sequer cassado e teve de renunciar à presidência da Cãmara por “pressão” do governo amigo, isso tudo só foi possível graças ao Temer

    O PMDB é a desgraça do país, mil vezes melhor seria um governo do PSDB, porque esses pelo menos têm ideologia, uma ideologia podre mas a possuem, O PMDB nem isso tem, trata-se de um partido cheio de fulanos da mais alta estirpe corrupta da história do Brasil, o número de meliantes do partido envolvidos em esquemas corruptos desde as administrações municipais até a federal é assombroso e isso tudo no velho esquema toma lá da cá, nenhum brasileiro ganha com o PMDB no poder, somente o partido

    A nossa Justiça se não avançar sobre esses corruptos, se não prender imediatamente Jucá, Cunha e todos os denunciados do PMDB e do PP (que são o outro braço do PMDB) nos esquemas da lava-jato vai se somar a hipocrisia já reinante na mídia, e aí não vai adiantar dizer que é influência dos EUA  sobre a mente dos procuradores e juízes para cassar a esquerda brasileira, a coisa será bem mais simples, será mau caratismo puro, daqueles bem à brasileira…

     

    http://amp-ap.jusbrasil.com.br/noticias/2725663/michel-temer-participa-do-xix-congresso-nacional-do-mp

    http://noticias.uol.com.br/politica/listas/cupula-do-pmdb-e-investigada-em-processos-de-corrupcao.htm

    http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2016/05/gravacoes-indicam-acao-de-politicos-para-prejudicar-lava-jato.html

    http://www.cartacapital.com.br/blogs/parlatorio/lava-jato-os-politicos-investigados-1275.html

    http://www.viomundo.com.br/galeria-dos-hipocritas/3-wladimir-costa-deputado-que-chamou-gleisi-hoffmann-de-vaca-e-reu-por-contratar-laranjas-para-embolsar-salarios-e-investigado-por-promover-curso-fantasma.html

    http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL144462-5601,00-BALANCO+MOSTRA+CASSACOES+DE+MANDATOS+DE+EM+DIANTE+POR+CORRUPCAO.html

     

  60. Essa história do Rodrigo Mais é estranhíssima
    A fonte é da Folha, enfim… É o Brasil, vida que segue.

    A possibilidade de Lula recompor a oposição a partir do Nordeste é a notícia que importa. Significa pelo menos 4 coisas:

    1. Que o projeto de Marinhos e Frias, Aécio, Serra e FHC de separar o Brasil em Nordeste e Sudeste finalmente deu certo.

    2. O Golpe é sudestino, especificamente, Paulista.

    3. O Sudeste, especificamente, São Paulo, terra onde nasci e vivo, é uma bosta. É a roda presa do país. Se separado, isso aqui daria, quando muito, uma Grécia piorada.

    4. As esquerdas sudestinas são uma imensa Erundina. Quase octogenária, cheia de idealismos, mas inconsequente e voluntariosa como um adolescente de 12 anos. Não tem como dar certo.

    1. É isso aí , meu

      É isso aí , meu considerado.Mas na dúvida entre o sudestino, o nordestino e o meu destino, separa o casal que o casamento   com o Brasil acabou. Nós paulistas ficamos com a parte velha, que breve morrerá.Mas só de marra vamos deserdar a parte nova e doar toda a riqueza para o capital internacional.Os comissários paulistas do grande capital vão lucrar com a comissão de venda do país e o resto do povo vai se…&*#@.Quanto à parte ainda “jovem”,  na separação talvez ainda reste esperança de tentar reorganizar o que sobrar.

      Brazil, banana`s republic. E a principal plantation está em SP.

  61. Agosto e o novo que vira

    “Quando o velho mundo morre e que o novo mundo tarda a aparecer, eis que sobrevem um momento de claro-obscuro no qual emergem os monstros.” Antonio Gramsci.

    A mim esta claro que é exatamente isto que estamos vivendo. Um momento de claro-obscuro, onde os “monstros” que estavam camuflados sairam para à luz, ainda que tentando ocultar seus reais interesses.

    Tenho pouca esperança na volta de Dilma Rousseff. Mas acho que para salvar qualquer bioagrafia, deve-se primeiro salvar seu presente de forma digna e com força.

    Lembro que em 1936, na França, o Front Populaire ganha as eleições e finalmente a esquerda vai fazer a grande transformação trabalhista e cultural do século XX, a qual tera consequências no Brasil, através do governo Vargas e de seu ministro do trabalho, João Goulart.

    Na França surgem dois grandes nomes nesse periodo. O primeiro ministro (presidente do conselho geral) Léon Blum. Judeu (enfrentou resistências por sua origem), homem de esquerda, culto, muito inteligente, progressista, que leva para integrar seu ministérios grandes nomes de sua época, um deles sendo o jovem Jean Zay, que com 31 anos sera o ministro da Educação e Cultura que revolucionara a França. Jean Zay, num breve resumo, abrira a educação para todos, garantido através da obrigatoriedade escolar até os 14 anos, aumentara a rede de bolsas de estudos (ele mesmo tendo sido bolsista, estudante precoce, formou-se em Direito) ampliara todo o universo educacional, dando liberdade de iniciativa para professores trabalharem a interdisciplinaridade nas salas de aula. Com Zay, enquanto Ministro da Educação, ele testara varias pedagogias diferentes, criando assim novos programas educacionais, que serão bastante discutidas em  seu jornal “Educação do protelariado”. A democratização escolar na França, muitas vezes, atribuida a Jules Ferry, foi na verdade uma luta e imposição do jovem Jean Zay, que foi também o criador da Escola Nacional de Administração (l’ENA), hoje a mais elitista da França, de onde saem os burocratas de Estado, como François Hollande. Jean Zay criara também bibliotecas, museus, teatros, cinemas, tudo pensado para que enfim o proletario pudesse frequentar esses espaços, pois pela primeira vez surgiam as férias remuneradas para o trabalhador.

    Sob o comando no ministério da educação por Jean Zay, de 1936 à 1939, são criadas o Palais de la découverte, museu de Arte moderna, museu do Homem, museu de Artes e tradições populares, Cinémathèque Française e o Festival de Cannes, que deveria ter sua primeira edição em 39, mas a guerra impedira. Jean Zay sera assassinado em 44 pela milicia de Vichy.

    Faço essa retrospectiva para que a lembrança desses grandes homens nos traga a esperança que apos esse momento de obscuridade, enfim o novo surja e com ele venha um mundo novo.

  62. “Alckmin está a caminho do

    “Alckmin está a caminho do PSB.,….Que cigarro eles andam fumando?”

    Não sei a marca do fumo  mas foi o único lampejo de lucidez que tenho visto na política desde muito tempo.

    Trazem um governador do centro econômico do país, que saiu ileso (até agora) de todas as denúncias de irregularidades administrativas, e qque conseguiu (ou teve uma baita sorte) de colher dividendos políticos na severa seca que assolou SP.

    E dão uma maquiada ao perfil de Alckimin com propostas da (pseudo) esquerda dp psb.

    Esta ai um candidato favoritíssimo em 2018….Isso se Temer não tiver mais sorte ainda e sobreviver com uma pouco provável recuperação das commodities no curto prazo.

    1. Blindagem

      Respeito o seu comentário, mas acho, que Alckmin foi muito blindado pela mídia nos episódios da seca, da ocupação de escolas, da merenda, da violência policial nos movimentos de 2013 e nos últimos anos. Falta-lhe também carisma, que não se compra na mídia.

       

       

       

  63. Procurei resumir

    Não existe povo, a realidade é a casa grande.

    A VI frota do tio sam não precisa invadir o Brasil nem com um barquinho de alumínio de quatro metros, não encontrará resistência. A casa grande já tem estoque de bandeirinha stars and stripes para concursados.

    O Brasil desistiu?

  64. Há tempos não lia tantas
    Há tempos não lia tantas precipitações e leviandades.

    O desfecho com a declaração da “morte do velho” é tragicômico.

    Tem especial talento para textos desprovidos de consistência lógica, teórica ou argumentativa que assim mesmo impactam.

    Se um muito curioso se interessar pela ponderação das muitas apostas feitas com o realizado se surpreenderá com as bolas fora da meta.

    É porque a sentença declaratória tem o especial atributo do pioneirismo.

    O jogador craque de bola é raríssimo, mas a sede de declarar um deste nível para auferir o lucro do pioneirismo faz aparecer vários todos os anos.

    O velho está morto…E pululam na cena política latifundiários, pastores evangélicos, coronéis midiaticos, jornalistas da bala.

    O velho está morto…E os juízes aumentam seus já excessivos rendimentos, o magistério corre atrás, os deputados, as cortes de contas.

    O velho está morto… E são 60 mil assassinados, 60 mil acidentados, milhares sequelados, cortados, decepados, lumbrigados, imbecilizados, brutalizados.

    Mas enfim, saudemos o novo… Muitos acreditam no fenómeno da proliferação de craques.

  65. Peça 1 – a concretização do

    Peça 1 – a concretização do golpe

    Afim de que não sejam alimentadas esperanças vãs, há quase consenso de que o golpe se tornou irreversível. O desafio consiste em reverter os votos de seis senadores. Para tanto, Dilma Rousseff teria que se empenhar pessoalmente em algo que abomina: a negociação de favores. E ela não parece disposta a tal.

    Os sinais de desistência são nítidos:

    1.     A cada dia que passa mais claro fica que a grande meta de Dilma é salvar sua biografia. Fora do poder, as possibilidades são melhores.

    4.     O próprio Lula já jogou a toalha. Mantém a resistência apenas para consumo externo.

    Convenhamos, sabendo dos projetos dos golpistas para a classe trabalhadora e a entrega de nosas riquezas, Dilma pode salbar a biografia fora do poder, mas perde meu respeito e consolida-se como TRAIDORA da Pátria, como alguém que poderia evitar um grande mal e não o fez por mesquinhez. Dilma pensa muito em si mesma e Necas no país !!! Lula está indo pelo mesmo caminho.

    Por isso não tenho me afastado da política e dos protestos. Para mim é um erro eu me preocupar e gastar tempo da minha vida me preocupando com o mandato dela que ela mesmo e Lula não se preocupam.

    Tenho que me adaptar aos tempos da meritotcracia e luta selvagem, e lutar sozinho por mim, por que a esquerda me abandonou preocupada com suas biografias !!! Gastar mais tempo pensando em mim e menos no coletivo, pq a esquerda largou o povo Brasileiro a própria sorte, na mão desses ladrões !!!

     

  66. O xadrez do pós-impeachment é prisional, Nassif?
    Nassif, pelo andar da carruagem, o xadrez do pós-impeachment deverá ser o da Papuda, do Centro de Detenção Provisória de Pinheiros e demais penitenciárias existentes nas cercanias dos envolvidos. Ou seja, o “não vai sobrar pedra sobre pedra” da Dilma ainda está em andamento e a queda dela, seguida ou antecedida pela prisão do Lula, é que vai precipitar a implosão da pedreira política brasileira. Ou seja, para recuperar um mínimo de credibilidade perante a opinião pública nacional e internacional, não restará ao Judiciário senão dar prosseguimento à prisão dos nomes mais arrolados na Lava Jato ou nos escândalos que esta trouxe à baila. Como o intento de dividir a partilha dos despojos da corrupção com os criminosos premiados – e instalar-se em definitivo a blindagem da casta dos capa e toga pretas como novos donos dessas capitanias hereditárias em que vivemos – é intolerável ou impraticável, não resta ao STF outra alternativa que não seja a de se livrar da pecha de golpista partidário dos ladrões do patrimônio público, uma vez que não poderá contar com a ajuda de um Executivo respeitável ou de um Legislativo idem ou ibidem. Pois o Executivo estará tentando aviar a receita de Henrique Meireles de cortar gastos e vender o que resta ser vendido na bacia das almas e o Legislativo, no meio de tudo, a barganhar seu quinhão nessa privataria e a exigir o fim da Lava Jato assim que Dilma cair e Lula ficar inviabilizado para 2018. O destino deste, entretanto, não está atrelado ao de Aécio e demais aves bicudas, por uma simples questão: Lula não roubou nada, tampouco seu filho ou esposa. Nossos ministros supremos terão de aplicar ao Olimpo tucano a mesma sentença aplicada ao Zé Dirceu, sob pena de serem obrigados a ser vizinhos de Joaquim Barbosa nos EUA, já que não dá para prenderem você e demais blogueiros e internautas da webb mundial, assim como impedir as vaias e insultos por onde andarem. Motivo: o aviamento da receita, ou a “hegemonia do mercado na política econômica”, não vai agradar muito ao paciente pagador de impostos. O remédio é muito amargo, Nassif, e uma onda de exasperação popular surgirá em represália ao fim da CLT, jornada de 16 horas diária, terceirizações, fim do SUS e cortes nos salários, aposentadorias e demais programas sociais em andamento – tudo ao som dos martelos dos leiloeiros do que resta ser vendido, tendo a privatização da Vale como parâmetro ou modelo, a preço simbólico. Como evitar que esse panorama chegue ao conhecimento dos grotões, se estamos à véspera de uma eleição de prefeitos e vereadores em todos esses grotões? Como recompor as frotas de ônibus que serão queimadas em todas periferias como forma de protesto, como ocultar o derramamento de sangue nos confrontos dos manifestantes contrários à receita neoliberal com uma PM cada vez mais violenta, selvagem e convicta de sua impunidade, no papel repressor que as Forças Armadas tiveram durante a ditadura? Gostaria muito que estivesses certo e que esse Brasil explodindo em energia tomasse as rédeas, evitando todo esse quadro de guerra civil acima delineado, mas a proximidade dos 70 anos não me torna tão otimista como você, talvez devido ao fato de não enxergar essas universidades repletas de jovens arejados e dotados de valores tão nobres como os que declinas. Não é o que os professores congregados pela ANDES relatam, sobre estarem às voltas com o espólio do desmantelamento da educação feito por FHC e mantido por Lula e Dilma. Não é o que presencio nos campus, na SBPC e nas instituições que garantiram a volta das Diretas e aquela suposta redemocratização. Em síntese, o velho não morreu, apenas implantou marca-passo mas continua atento e com o apoio do PIG para evitar o surgimento do novo, da classe média deixando o armário repleto de panelas amassadas e da juventude politizada a protagonizar esse processo de recomposição política, alinhados em torno de valores e sem dar a mínima para a hierarquia política prevalecente. Pelo contrário, enxergo muita desesperança no fato de estarmos prestes a sofrer mudanças que não foram debatidas com quem votou em 2013 e é obrigado agora a suportar a adoção dessas novidades por parte de um Temer que antes de Dilma sair tinha 98% de rejeição do eleitorado e apenas 2% de simpatizantes – como a expressão dele naquela foto, agachado no carro entre os guardas-costas e a temer as vaias de seus próprios vizinhos de Pinheiros, bem o comprova. Michel sabe que é agora ou nunca. Ou leiloa, vende e implementa o receituário capaz de brecar por mais uma geração o surgimento do novo ou estará condenado a portar tornozeleira eletrônica pelo resto de seus dias, pois quem sobreviverá à delação premiada de um Cunha detentor da memória de todos furtos e achaques da história recente do país? Quem sobreviverá a uma simples comparação entre provimentos recebidos e patrimônio amealhado? Conta com o apoio de corruptos e corruptores, a começar do enxadrista-mór que já trouxe para cá um embaixador treinado nas guerras internas do Afeganistão, prevendo o que ocorrerá quando o gigante adormecido acordar sem berço esplêndido algum e sem a perspectiva de políticas redutoras de desigualdades continuarem a manter a miséria afastada? Quem sobreviverá ao abraço de afogado de Aécio ao redor de Serra e FHC? Nesse tabuleiro, Dilma e Lula respondem pelo imponderável: os 60 milhões de brasileiros promovidos a cidadãos aceitarão resignados regressar à sarjeta da exclusão social? Os produtores rurais encabeçados por Kátia Abreu aceitarão ver seus recursos drenados à guiza de subsídios para industriais rentistas que nada produzem e só se locupletam com o esforço alheio? Por derradeiro, como o mercado mundial contempla o desmantelamento de seus negócios no Brasil a mando dos EUA? Aceitará o golpe ou se aliará aos que teimam em desmascarar o judicialismo político-partidário que ameaça nos subjugar, obrigando a suprema casta de capa e togas negras a rever tanta farsa, sob pena de ser condenada a ser vaiada e apedrejada em todos os quadrantes, sob o peso de tornozeleiras e outras marcas infames reservadas aos inimigos dos direitos humanos?

  67. A nova esquerda
    Falta à

    A nova esquerda

    Falta à esquerda   O desenvolvimentismo, que deveria ser a bandeira das esquerdas, esgarçou-se sob o peso da globalização e de quase três décadas de financeirização da economia brasileira.

    Na indústria, escasseiam novas lideranças. As últimas grandes lideranças estão desaparecendo sem deixar sucessores. Instituições como o IEDI (Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial) perderam dimensão.

    Por outro lado, há um Brasil submerso explodindo em energia. A renovação das universidades tem promovido um arejamento de ideias, há uma sede nacional de diagnósticos sobre o novo país. E uma nova geração jovem entrando de cabeça na política em torno de valores e sem obedecer à hierarquia dos velhos partidos.

    Os temas morais – da tolerância, contra o preconceito, a favor da solidariedade, da democracia – são preponderantes neste momento. E a campanha contra o golpe certamente marcará as próximas gerações. Com o tempo, ganharão musculatura até desaguarem em novos partidos.

    Por enquanto vive-se esse terremoto, no qual o velho morreu e o novo ainda não se fez.

     

    O Desafio para essa esquerda será recuperar o pré-sal das mãos estrangeiras,o que ela não fará !!! se A maconha e o casamento gay forem liberados, ela se desmobiliza imediatamente. A falta de consenso mínimo sobre temas econômicos como o texto falou, foi a causa da grande derrota das esquerdas no Brasil, uma derrota da qual nunca mais o Brasil terá condições de se recuperar !!!

    Daqui há 100 anos, a esquerda administrará terra arrasada e o pós-neoliberalismo, num país sem recursos. O Pré-Sal terá destino semelhante ao Ouro das minas gerais, gasto parte em ostentação em Lisboa, parte na inglaterra, financiando a revolução industrial. Seremos o mesmo país de hj, s[ó que sem as riquezas que temos para dizer que somos o país do futuro. Seremos o país da terra arrasada e das oportunidades desperdiçadas. A esquerda se contenta com maconha e casamnto gay, as pautas de gente que s´olha para o próprio umbigo. 

    Esse país como nação está morto !!! A esperança desse país ser um bom lugar para nossos filhos e netos viverem está morta !!! O Brasil parece uma cidade conquistada, e os conquistadores se dedicarão as próximas décadas a pilharem e roubarem toda nossa esperança de futuro.

    Essa maldita juventude vendeu nosso futuro por 20 centavos. Tomara que eu morra atropelado em um ano ou dois e deixe para eles o amargor de um país perdido. O Único erro que cometi foi ter tido uma filha que já nasceu com o futuro vendido por 20 centavos.

  68. Qualquer texto de um

    Qualquer texto de um blogueiro não vale nada sem os comentários dos leitores, concordemos ou não com eles. Exceto os de “trolles” ou de midiotas facilmente identificáveis, todas as opiniões nos ajudam a entender um pouco mais do conjunto. Um determinado comentário pode nos fazer mudar de idéia, ou, ao contrário, reforçar a que temos. Mas há de se ter cuidado no julgamento. Analisando o hoje das Universidades podemos ainda nos defrontar com alunos alienados pois as mudanças não são ágeis, mesmo assim há bons resultados evidentes, justificando o “Brasil submerso em energia e o arejamento de idéias” do texto. Como exemplo a UFABC e a UNILA. Na minha opinião, que pode perfeitamente se questionada, não se justifica os kkkkkkkk explícidos ou ocultos sobre esse assunto.

  69. “Grupo Lula.
    Lula tenta se

    “Grupo Lula.

    Lula tenta se colocar como protagonista, investindo sobre deputados descontentes com Temer, como Rodrigo Maia. Baixada a temperatura, tentará se colocar como porta-voz de um grupo eclético, que inclui os partidos da esquerda, os descontentes com Temer e os movimentos sociais. Será peça chave para Temer aspirar a um mínimo de interlocução com a oposição que lhe garanta a governabilidade pelos próximos dois anos. O grande desafio de Lula será garantir as eleições de 2018. Continuará sendo o grande líder popular, mas com atuação restrita no Congresso.”

    Não quero ter que Temer tenha interlocuação nenhuma com a oposição. Dar interlocução a ele é legitimá-lo. Uma oposição de verdade e que mereça meu voto num futuro deve ser implacável com Temer. Não deve deixá-lo governar e tentar tirá-lo do poder a todo custo e combater o projeto de nação neoliberal. 

    Menos que isso é inaceitável !!!! É traição pua e simples !!!

  70. Ao final de 2010 o Sr. Lula
    Ao final de 2010 o Sr. Lula viajava pelo Brasil nos píncaros de um processo aparentemente irreversível de deslumbramento.

    Este cruel fenómeno, sabe-se desde muito tempo, recebe o nome de “mosca azul”. Ninguém escapa.

    Naquela época foi chamado AQUI de, entre outros, estadista, enxadrista genial, líder da humanidade.

    Nesta mesma época ainda participava ativamente do espaço. Muitos me achavam um troll.

    Por quê? Simplesmente porque não via NENHUMA substancial alteração das peças do engenho, da engrenagem, da dinâmica de funcionamento.

    E ainda falei, lembro como se fosse hoje: deixem a poeira baixar e vocês vão ver no curto prazo que os feitos não são espetaculares como pensam.

    Naquele mesmo ano houve textos e textos glorificando o momento do país e a grandeza do homem.

    .

    Existem padrões, modos de se reproduzir os fatos cotidianos aqui, na China e em qualquer outro lugar desse mundo.

    Quando se lê um romance escrito por Lima Barreto sobre a midia nos primórdios do século passado você diz: isso é hoje.

    O que mais explica essa recorrência de fenómenos é a cultura política de um povo com seu conjunto de crenças, princípios, valores.

    É algo de raríssima dificuldade quando o caso é de sua reparação, desvio, mudança, reforma, criação, extinção de certos atos e atividades.

    Quando você diz o velho está morto é este monstro cabuloso que desafia. Evidentemente, não sabe o que diz.

    Todas – ou praticamente todas – as instituições que engessam e comprimem as possibilidades de avanço e progresso e desenvolvimento humano e social no país continuam de pé.

    A esquerda não precisa ter unidade, pois bastaria ter olhos. Em qualquer lugar que fixe a vista verá uma desgraça diferente, fruto do tal processo ultra concentrador de privilégios.

    .

    Te pergunto: o velho está morto ou é cachaça que vocês estão bebendo demais?

    1. Sabe Chico Pedro,eu tô

      Sabe Chico Pedro,eu tô entendendo vc,eu achava Lula um semi-deus,o homem que quebrou várias barreiras

      aqui no Brasil,depois com o tempo AMADURECÍ,e ví que ele sempre fez jogo duplo,mas entendo que teve seus

      motivos para o fazê-lo,TODOS NÓS ESTAMOS AMADURECENDO,SEJA INSTITUIÇÕES,DIREITA OU ESQUERDA!!

      1. Um jogo duplo, temerário (sem
        Um jogo duplo, temerário (sem trocadilho) e mantenedor e/ou recrudescedor de privilégios para quem já os detinha à farta enquanto distribuiu quinhão minúsculo para o trabalhador, o pobre, o miserável.

        Fala-se muito sobre as melhorias nas condições aqui e ali com a parte centesimal do orçamento e omite-se, criminosamente, as colossais transferências mediante juros.

        O Lula, num misto de crueldade com boçalidade afirma RINDO que os ricos nunca lucraram tanto. Quando fala assim, RINDO, penso realmente que nunca soube o que pensa nem tampouco o que e como fazer.

        O que assumiu em 2002 foi um grupelho de bairristas com algumas boas intenções mas principalmente arrivistas ineptos.

        Afinal, tudo se resumiu ao horizonte de dois em dois anos, uma eleição após a outra, e distribuir migalhas embaladas com a ilusão da “sensibilidade”, “governabilidade”, “conselhao”, “seminários” e outros semelhantes blablablas.

        Arruinaram a esquerda e agora, se por acaso algo extraordinário não acontecer, levará alguns bons anos até nova consistência.

        Ps: no auge do ufanismo messiânico já se sabia sobre o agora tão surpreendente super ciclo das commodities.

        Sobre este sensacional período de bonança.

        De modo amiúde intrigante, pessoas “esclarecidas” e “cultas” e “experimentadas” se jogaram na ilusão messiânica.

        Militantes petistas e muitos outros de esquerda e INCLUSIVE blogueiros “sujos” venderam esse cenário paradisíaco do imenso sucesso obtido.

        Agora, nenhuma vírgula a respeito.

        Calam-se, vergonhasamente.

        E apontam o dedo para, unicamente, os golpistas…

        Triste demais o país com massa crítica tão pobre, covarde e deselegante.

        1. Certo Chico Pedro,resumindo

          Certo Chico Pedro,resumindo em minhas palavras,faltou a Lula a iniciativa de REFORMAS EFETIVAS em

          nosso País e aí é que entrou sua falha ,devido sua cultura e pensamento corporativista político mas

          reconheça que NINGUÉM FEZ MAIS QUE ELE,AOS POBRES(mesmo q migalhas) e na área da

          educação duvido QUEM FEZ MAIS QUE LULA! Sejamos críticos mas justos !!

          1. Marcelo,
            O Lula não
            Marcelo,

            O Lula não revolucionou a educação. Os salários dos professores é baixissimo, a carreira não tem prestígio, as escolas a estrutura.

            Estados e municípios são quebrados e só a União pode conduzir o processo.

            Logo, sua premissa merece reparos.

            Agora, o ponto trágico: mesmo sendo muito crítico ao Lula reconheço que fez mais que os outros.

            Quer saber um motivo? olhe para Collor, Sarney e FHC.

            O que você vê?

            Eu vejo lixos. Vejo caras ordinários ou simplesmente asquerosos.

            Essa a tragédia… Nossos líderes são ridículos e estão muito aquém dos problemas.

          2. “Ninguém fez mais do que Lula”????

            Enquanto a política continuar sendo vista pelos olhos da “dádiva” jamais se sairá da lógica do patronato, jamais deixaremos de ser vira-latas, jamais se entenderá que cidadania não é esmola.

    2. golpeados (2)

      nunca poupei em críticas ao lulismo. neste Blog do Nassif, minha participação remonta a 2006. e também sempre apresentei alternativas concretas e viáveis, tanto para a economia quanto para uma outra política. em relação ao PT, minha queda no deserto do real se deu definitivamente no 2º turno das eleições de 1989, quando Lula entregou uma eleição que de fato vencera.

      agora, a arrogância, a hipocrisia e o deslumbramento lulista viraram depressão e desespero. os críticos tinham razão.

      mas a verdade é que eu adoraria ter estado errado, porque de nada adianta a profecia ter se concretizado. estamos todos ferrados na Balsa da Medusa.

      para aqueles que desde um passado tão distante souberam antecipar com clareza a catástrofe anunciada do futuro, uma urgente questão se coloca:

      – qual o futuro agora vislumbrado? quais os rumos que de fato viabilizam algum futuro?  o que fazer? entregar-se conformadamente à derrota? afundar no pântano do niilismo?

      abraços

      p.s.: em tempo, não bebo.

      “A clarividência é uma virtude que se adquire pela intuição, mas sobretudo pelo estudo. Tentar ver a partir do presente o que se projeta no futuro.”

      Milton Santos, em “O mundo global visto do lado de cá”, 00:01:30, de Sílvio Tendler

      1. Gostei das perguntas, tenho
        Gostei das perguntas, tenho algumas respostas.

        Mais do que te-las, entretanto, é uma atmosfera onde se permita discutir.

        Antes do debate deve existir o meio e o clima. Não há.

        1. Erística

          Este é o ponto, o debate continua interditado.

          Ponto para a banca e sua mídia, que inviabilizam a busca de novos caminhos.

      2. Perguntas do Arkx – já inumeras vêzes respondidas por mim

        Mas vamos lá:

        “- qual o futuro agora vislumbrado? quais os rumos que de fato viabilizam algum futuro?  o que fazer? entregar-se conformadamente à derrota? afundar no pântano do niilismo?”

        Qual o futuro? do jeito que está, sem mudar nada, trágedia nacional de proporções homéricas.

        Quais os  rumos que viabilizam um futuro melhor (leve correção na pergunta, se não concordar arkx retruque)? Os rumos são sempre oito, assim fora da percepção normal do ser humano, que controla até seis direções ao mesmo tempo, logo existem no mínimo duas que voce está sub-analisando. Não que eu queira dizer que alguma direção é boa para o futuro do Brasil, mas com certeza umas são melhores do que as outras e a estratégia vencedora é a que minimiza danos e prejuízos nas nefastas e potencializa ganhos e vantagens nas benéficas. De toda forma, é preciso um governo que enxergue com clareza as oito sendas possíveis e tenha capacidade de manobrar o povo e a nação em benefício deles.

        O que fazer? Colocar no governo alguém que entenda de governo, Lula/Dilma/Temer já demonstraram a exaustão a inaptitude para a tarefa, persistir com eles não é só temerário e improdutivo é colocar o Brasil sob o risco do Caos e da tragédia.

        Desistir, para um otimista incorrigivel como eu, NÃO EXISTE. Assim, resta continuar tentando colocar um pouco de bom senso e coragem nos que nos governam e mostrar que não é impossível, sabendo como fazer, vencer este círculo vicioso destruidor em que o povo e a Nação se encontram atualmente.

        Nilismo não é solução satisfatória nem hoje, nem nunca, assim só sobra a luta, que se for, na minha humilde opinião, desenvolvida usando-se as mesmas armas e ferramentas que os que nos exploram usam, nomeadamente a Astrologia, a Geometria e o Tarot pode levar a melhores condições de negociação que abririam novos patamares para o Brasil e a população que aqui habita.

        Vivemos em tempos interessantes.

    3. Só você, Chico?

      Muita gente vem dizendo coisas análogas há muito tempo!

      Até comparando a Bolívia com o Brasil, eu mesmo, já em 2008, publicava no Le Monde Diplomatique:

      “Apesar de um irremediavelmente árduo (senão até mesmo escasso) sucesso no quesito ‘eficiência’ (econômica, financeira e administrativa), a aposta de um governo como o de Evo Morales é outra: é a do difícil trabalho político de construção de novos mecanismos institucionais de regulação social, através dos quais os próprios critérios de ‘eficiência’ se deslocam para outros marcos que não os de uma certa (ou, antes, duvidosa) ‘estabilidade’, que mantém intacta uma estrutura de reprodução da exclusão. Nesse sentido, a aposta do governo Morales é, em essência, o avesso daquela dos governos Lula.”

      O problema é que a obtusidade fanatizada da PeTelhagem queria mais era se embriagar  com a sua própria miopia.

      E agora ainda querem posar de vítimas! Ora, tenham a santa paciência!…

      1. Ricardo, boa noite.
        Longe de
        Ricardo, boa noite.

        Longe de achar que fui o único. MUITO longe.

        Embora tenha formação superior e considerável instrução, sou na verdade apenas um diletante da arte política, de governos e Estado.

        Boa parte do que sei aprendi aqui mesmo.

        Lembro de alguns comentaristas do próprio blog alertarem (pouquíssimos, verdade seja dita).

        Também me lembro de alguns acadêmicos.

        Entretanto, a onda ufanista sempre foi muitas vezes maior a ponto de sufocar facilmente.

        Ou, então, mediante ridicularizaçao, humilhação e por aí vai.

        Não nego que cansei de ser bastante hostil e mal educado, também.

        Ps: de fato, formou-se uma espécie de casamata da militância aqui e em vários outros espaços.

        Não há ainda explicaçoes razoáveis para a surpreendente ausência de senso crítico naquele momento.

        Pessoas ou grupos de esquerda até então lúcidos embarcaram na onda sofregamente.

        Sem dúvida um dos motivos é o efeito manada.

    4. Ô Chico

      Sempre li os seus comentários e confesso que gostei de alguns. Porém quando vc fala deste modo do Lula, eu imagino que você e outros se esquecem o papel do PMDB em tudo isto. O Lula só conseguiu fazer o que ele permitiu (PMDB), bancado que sempre foi por quem nunca aceitou reformas nenhuma. O Temer tem cara de burro e eu acho tb q é mesmo, porém o seu currículo é invejável, quase um 2º Sarney, sabe maquinar como poucos e não tem nenhum escrúpulo.

      Talvez o Lula tenha se empolgado um pouco sim, ele é humano, e recebeu quantos prêmios e honrarias de tantas universidades,mundo afora.

      Mas as vezes penso que vocês se esquecem que somos (ou éramos ) um país democrata e por consequência com 3 poderes. Não temos um rei na condução do país, mas um governo que veio do chão de fábrica e foi espezinhado desde sua 1ª candidatura , pelo preconceito de classes.

      Abração

       

      1. Lênita, boa noite.
        É muito
        Lênita, boa noite.

        É muito justo o que diz.

        Precisaria realmente de MUITO preparo para girar a roda numa direção oposta àquela dos infinitos ratos e vermes por aí.

        Entretanto, como o assunto quase sempre chega neste, digo o seguinte:

        Não esperava uma revolução. Um país sendo revirado de cabeça pra baixo.

        Mas ao menos em relação à midia.

        Se fosse difícil demais, o início de uma reforma do sistema político.

        Muito difícil ainda? Então pagassem menos juros.

        Ainda não? Então pelo menos que não entregassem a Petrobras.

        Minha REVOLTA é por causa disso: a pessoa que ocupa esta função é poderosíssima.

        Tem dezenas de milhões de votos, popularidade, recursos…

        E faz o quê para reduzir a influência das forças reacionárias?

        Lênita, com todo respeito, essa omissão do Lula e do PT pode ter custado um valor inestimável.

        Nós caminhamos um passo pra frente e agora voltámos cinco pra trás.

        Não gosto de drama nem de alarmismos.

        Mas realmente acho que as futuras gerações de brasileiros corre riscos de sérias deterioraçoes das condições de vida.

      2. golpeados (3)

        sobre o grupo Lula:

        após sua “condução coercitiva” pela Lava Jato, em 04/03/2016, Lula afirmou: “A partir da semana que vem, quem quiser um discursinho do Lula, é só acertar a passagem de avião – não de ônibus, porque demora muito. Estou disposto a andar por este país.”

        a partir de então, quantas viagens Lula fez pelo país? de fato Lula e o PT, e mesmo a Frente Brasil Popular, se empenharam em mobilizar a população contra o golpe? onde está o “exército do Stédile”? cadê a jararaca?

        já não dá prá esconder e negar que o lulismo nunca quis a resistência popular ao golpe, repetindo Goulart em 1964. o que o lulismo sempre quis, e continua querendo, é o “acordo”!

        o irreversibilidade do golpe vem a ser nada mais do que a irreversível negativa de Dilma em fazer o acordo de Lula e Cunha!

        com o golpeachment, o rosto medonha da plutocracia brasileira está exposta junto com sua outra face: uma Esquerda arrivista, pelega, autoritária e deslumbrada com os gabinetes e as adulações.

        é cosa nostra! são famiglias disputando o espólio da Democracia brasileira. porém, 2018 ainda é um ano longe demais…

        .

      3. Lula

        Otimo Lenita! Já não aguento ver tanto negativismo neste blog e tanta infantilidade do lado dos jovens que acham que berrando “Fora Temer” vão tirá-lo do poder,

  71. Só uma ressalva.
    A internacionalização dos manés só se sobrepôs a nova classe média, porque essa se mostrou ignorante, preconceituosa e elitista. Acharam que eram ricos! Não esquecendo aí o regionalismo. O nordeste que tanto cresceu nesse período não parece ter abraçado da mesma forma o araquiri do Sudeste por exemplo.

  72. Será um holocausto!

    Se for assim, não nos resta nenhuma esperança! O Brasil se tornará o maior exportador de bananas do mundo e o povo será escravizado, definitivamente e sem subterfúgios, para sustentar esta casta elitizada e entreguista que tomou conta do país. Serão duzentos milhões de pessoas, mantidas na miséria, para dar uma vida de marajá aos quatro ou cinco milhões restante.

     

  73. Muito boa análise

    Nassif essa sua análise é genial, e aqui vão algumas considerações:

    cena 1: Se Dilma pensa em livrar sua alma de tanta injustiça sem se der conta de todos que ‘brigaram’ a favor dela, simplismente ela tbm não vai para a história, apenas vai poder andar com sua neta em paz;

    cena 2: A trupe da Lava Jato deixou um rombo maior que o golpe com certeza, pois a confiança empresarial nacional e internacional pelo Brasil morreu e consequentemente mais milhões de empregos tbm. Eu ja disse em seu blog o motivo….esses imaturos funcionários públicos sofrem de sindrome da universidade frívola pública em que a vaidade pré-yanquee e a falta de sensibilidade moral e social vão contribuir muito para o degredo do povo brasileiro.( concurso para cargo alto público tem que ter idade mínima de 30 anos). Quanto a escória política daqui 10 anos metade vão para vala.

    cena 3:  A repercussão só saberemos entre uma ou duas décadas, mas não vejo crescimento político satizfatório, pois os interesses materiais ainda valem mais.

  74. Teoria das probabilidades

     Alguns comentaristas aqui dizem, eu te disse que o Lula estava deslumbrado e que uma hora a crise ia aparecer, mas a economia e a teoria das probabilidades confirmam esta afirmação e não precisa ser clarividente, é como se uma dado é jogado e disser que uma hora vai sair o tres, o PT governou durante 13 anos , visando em primeiro lugar o mais pobres e governou com louvor até ganhar  a ultima eleção, a partir daí , as forças que ficaram fora do poder se juntaram para dar fim ao governo petista, porque viram que atraves de uma eleição não alcançariam, e a economia ruiu, o desemprego que era de 4,5% passou a 9% em pouco tempo,agora, passado o golpe já se ouvem noticias positivas na economia, como na industria, PIB, inflação tudo isso faz parte do golpe que a meu ver esta consolidado, a Dilma nunca irá pedir a eleição antecipada,por sua idoneidade, a não ser pela uniao de diversas forças(Senado, M.Socias), agora é torcer pelos enganados batedores de panela rever suas decisoes.

  75. Ficou faltando comentar que

    Ficou faltando comentar que alguém pode esbarrar na mesa e derrubar algumas peças do xadrez, inclusive o rei.

  76. Sinceramente, o futuro repete

    Sinceramente, o futuro repete o passado.

     

    Não vejo nada de novo nas classes A e B se acorarem no neoliberalismo globalista internacional.  Sempre foi assim.

    Quem governa o mundo são as gigantes multinacionais, amparadas pelo poder militar dos EUA, e que financiam esses movimentos desestabilizadores.

    PGR, MPF, PF, Força Tarefa tudo isso desaparecerá assim que o sistema quiser.  Eles não tem nenhum poder sobre o Brasil, tanto é que sempre fecharão os olhos para os grandes problemas nacionais.

    Temer só governará com a força, pois foi a partir dela que ele cegou lá.  A força do Judiciário, e do exercito que ele está mobilizando.

    Com Hillary Clinton a situação do Brasil piora.

    Dias negros virão, mas vai ter troco.

  77. Só o que importa agora são as medalhas

    Muito escrito para pouca teoria.

    Ninguém sabe, e nem consegue prever, no que vai dar. Basta que 1 senador, só 1, descontente com o insucesso de suas negociações fisiológicas atrapalhe o quorum mínimo e voilá. A megera volta e todo mundo vai ficar com cara de tacho. Não é provável, mas também não é impossivel. Nesta desorganizada e caótica terra de índios, juristas, filósofos e corruptos nada mais me espanta.

    Note-se a dificuldade para escolher um novo presidente para a câmara federal. Arrisco dizer que não acontecerá antes de agosto. Experientes ‘obstaculistas’ já se encarregaram disso. O atual presidente é um bosta. Como o Cunha renunciou meio que ‘de surpresa’ ainda não houve tempo suficiente para que ‘negociassem’ a vaga. Vai ser um fiasco político essa eleição, ou… colocam qualquer pateta agora para discutir a legalidade depois.

    Este país perdeu completamente o senso de nação democrática. Somos mercadoria negociada na feira livre dos interesses partidários. Compra-se qualquer um e vende-se de tudo. E ainda dizem que estão defendendo a democracia.

    Mercado? Nem falemos de mercado, até porque falar de mercado é falar de bancos e de mais algumas poucas instituições. Mas o mercado sentou em cima da selic, colocou a almofada dos juros e está sossegadamente chupando sorvete, às custas dos empréstimos feitos e previstos.

    A sociedade civil está cética sobre tudo e sobre todos.

    Os empresários, depois da ridícula reunião com Meireles em Brasília, perdeu de vez as esperanças. Quem assistiu e sabe interpretar expressões faciais entende o que digo.

    Mas enfim, que venham as Olimpíadas. Pão embolorado e circo.

    Às vezes me pergunto: seremos nós medalha de ouro em burrice e estupidez?

  78. Até que enfim o Nassif

    Até que enfim o Nassif declarou o que com certeza já sabia: houve um golpe no Brasil, IRREVERSÌVEL, nos próximos talvez 20 ou 30 anos. Esse golpe nem estava previsto. Mas foram tantas as condições de possibilidade disponíveis, que simplesmente aconteceu.É muito feio ficar incentivando meia dúzia de gatos pingados sinceros e bem intensionados com “o povo unido jamais será vencido” porque assim se infantiliza tanto a população quanto “os não críticos”, os “da direita”. O povo nunca protagonizou coisa nenhuma no Brasil, os mais espertinhos sabem bem.

    Dilma, quem eu sempre chamei “a última guerrilheira com pudor” se deu conta da besteira que cometeu, primeiro aceitando presidir o Brasil, segundo, já na presidência, acreditando que ia limpar o Brasil de corrupção, esquecendo que são os maiores corruptos os que fariam a tal limpeza. Acabou vítima.

    Lula tentou ser Getúlio, conseguiu com muita sorte por um tempo, mas está morto sem se suicidar, suas estratégias se perderam no vento, e não mais as sustentará.O PT, e somente o PT será sepultado pelas delações premiadas e encarceramentos seletivos, o resto é figuração.

    A mocidade universitária politizada…gente por favor! O povo do Lula foi para a universidade para arranjar emprego melhorzinho, consumir melhorzinho, mas a universidade não ficou melhorzinha. Ao contrário, só escolariza, não educa.A educação verdadeira do povo se faz pela mídia, faz mais de 50 anos, e pela experiência da miséria que ensina duas coisas fundamentais: farinha pouca, meu pirão primeiro e quem pode manda, e quem tem juízo obedece.

    A “intelectualidade Brasileira e suas esquerdas”… aaaaaaaahhhh, sim. Convivi 30 anos nesse meio, e podem crer: desse mato não sai coelho. O povo gosta muito do nosso título de doutor para fingir para os incautos que sabe o que nunca soube, e arrotar um besteirol que envergonha quem sente essa coisa chamada constrangimento.

    O futuro? Concentração de renda e poder ainda maiores, miséria retornando a mil, perda do que havia de soberania, privatização de tudo, precariedade, arrocho e vassalagem para com os EUA. Provavelmente sem eleições diretas para presidência da República, esse novo Porto Rico do Brazil.

    Derrotista…eu?! Como eu gostaria de usar uma viseira dia e noite!

  79. Triste a história de Dilma Rousseff ser escrita pelos vencedores

     

    Luis Nassif,

    Este post “Xadrez do pós-impeachment e da morte do velho” de domingo, 10/07/2016 às 17:48, vale porque está assentado em bases mais factíveis. O cerne dele é o reconhecimento que o impeachment é irreversível. Merece aplauso pelo reconhecimento ainda assim, entendo que essa percepção de sua parte, que convive junto aos políticos da nossa República, é um tanto tardia.

    Aliás você chegou a ter essa percepção bem cedo ao dizer logo após a aprovação no Senado que a presidenta Dilma Rousseff só contava com 22 votos no Senado. Eu não sabia da situação no Senado Federal que eu imaginava ser mais favorável a esquerda uma vez que dois terços do Senado Federal fora eleito na eleição de 2010, quando a situação econômica era mais favorável à esquerda.

    Sem conviver com os políticos, eu tive certeza da irreversibilidade do impeachment ao perceber o ar de triunfo de Michel Temer. Como eu venho dizendo há mais tempo e disse domingo de madrugada em comentário que enviei domingo, 10/07/2016 às 02:25, para Ivan de Union junto ao comentário dele de sábado, 09/07/2016 às 16:34, lá no post “Temer pede para empresários contratarem brasileiros formados no exterior” de sábado, 09/07/2016 às 11:29, Michel Temer não teria adotado comportamento tão desprezível se houvesse o risco de ele ser derrotado. O endereço do post “Temer pede para empresários contratarem brasileiros formados no exterior” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/temer-pede-para-empresarios-contratarem-brasileiros-formados-no-exterior

    E no parágrafo em que eu faço referência à baixeza do golpe desferido por Michel Temer e que serve como um atestado da certeza de que o impeachment é irreversível, eu disse o seguinte:

    “Ainda assim, é preciso entender a capacidade de o político domar situações que pareciam fora de controle. A maneira como Michel Temer assumiu o poder por mais vil que tenha sido a conduta dele é demonstração de uma capacidade ímpar. Aliás, é tão grande a vileza que reside nela o reconhecimento de que o impeachment é irreversível. Michel Temer não praticaria ato tão reprovável se não tivesse a garantia de que sairia vitorioso. E ter tornado o impeachment irreversível também é demonstração [de] uma competência extremada.”

    E aproveito para fazer duas referências ao post “Temer pede para empresários contratarem brasileiros formados no exterior”. A primeira diz respeito ao post “Sobre a falsa modificação da lei do trabalho na França, por Rogério Maestri” de domingo, 10/07/2016 às 16:00, aqui no seu blog e originário do excelente comentário de Rdmaestri enviado sábado, 09/07/2016 às 21:40, lá para o post “Temer pede para empresários contratarem brasileiros formados no exterior”. E nada mais justo que ter dado este destaque ao comentário de Rdmaestri.

    Agora, sem demérito ao comentário de Rdmaestri, no mesmo post há um comentário de GalileoGalilei enviado sábado, 09/07/2016 às 16:59, que não só deveria ser transformado em post como deveria receber destaque de primeira página por uns três dias. O comentário de GalileoGalilei é antológico e fez-me lembrar o jornalzinho semanal de I F Stone que eu tinha como uma referência do que se desejava para o futuro dos blogs da internet. GalileoGalilei faz um trabalho jornalístico investigativo sobre uma foto. Com a ajuda do texto dele pode-se dizer que a foto diz mais do que mil palavras.

    Bem, voltando a este seu post “Xadrez do pós-impeachment e da morte do velho em que você parece assentar-se em bases mais sólidas, eu não o isentaria de falhas. Assim, ao se entrar em detalhes vão ser observadas análises que mais parecem disparates ou no mínimo truísmos desnecessários.

    No título há o lugar comum da morte do velho. Também ao final há um texto que serve para qualquer época. Transcrevo o terceiro parágrafo do item “A nova Esquerda”, embora retiro à referência à renovação das universidades primeiro porque não é algo importante e segundo porque assim se evita uma polêmica uma vez houve mais recentemente um aumento bem expressivos de alunos em curso superior. Diz você:

    “Por outro lado, há um Brasil submerso explodindo em energia. . . . , há uma sede nacional de diagnósticos sobre o novo país. E uma nova geração jovem entrando de cabeça na política em torno de valores e sem obedecer à hierarquia dos velhos partidos”

    Em qualquer época e em qualquer país democrático há a ilusão de que a política possa ser feita sem os partidos. Em uma democracia representativa não é possível o seu exercício sem os partidos políticos. O partido é necessário para dar mais força a defesa de interesses de grupos bem minoritários. A democracia representativa deve ser considerada como superior à democracia direta exatamente porque na democracia representativa, exercida profissionalmente e não de forma pontual, é possível mediante o fisiologismo atender os interesses dos grupos minoritários impedindo a ditadura da maioria que ocorre na democracia direta. Esta defesa só se consubstancia se o interesse conseguir ser representado por um partido político.

    E também considero que uma maior aproximação do texto deste post à realidade política atual não o isenta de falhas profundas que você cometeu ao longo dessa série de posts com o título de “Xadrez do Golpe”.

    Não vi, em nenhum texto seu uma referência explícita de você à natureza paulista do golpe. Se São Paulo tivesse separado do Brasil há 50, 100 anos atrás, certamente não teria havido o golpe do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. O golpe precisou do poder econômico das elites paulistas para se concretizar. E é bom que se lembre que se São Paulo tivesse separado do Brasil há tanto tempo nem mesmo a figura da reeleição teria sido aprovada. Foi a pressão do poder financeiro e econômico paulista que permitiu a aprovação da emenda da reeleição.

    Também não vi nas suas argumentações sob o enfoque do “Xadrez do Golpe” nenhuma referência ao fato de que o golpe só existiu porque a presidenta Dilma Rousseff é de esquerda. Se ela fosse de direita o golpe não teria ocorrido. Essa distinção entre esquerda e direita existe, você sabe que existe, mas não gosta de dar destaque a ela. Você prefere uma posição mais empresarial de quem quer chegar a todos os grupos para ter mais retorno comercial. Não vejo no mundo capitalista uma alternativa a essa visão empresarial. A minha crença na possibilidade de um milhão de I F Stone na internet cada vez se esvai na medida que vejo que a tendência será um isolamento maior de cada site individual. A solução é o coletivo, mas é de se ver se o coletivo pode-se manter sem ter um comportamento empresarial.

    E agora, neste post “Xadrez do pós-impeachment e da morte do velho”, não há referência aos erros da presidenta Dilma Rousseff. Parece que você adotou a tática de não chutar cachorro morto. Erros que às vezes você os concentrava na política, mas que nunca deixou de os apontar sob o aspecto econômico.

    Em relação ao enfoque político, o seu melhor momento foi talvez no post “Hangout do dia seguinte” publicado domingo, 7/04/2016 às 23:52. Ali ao que me parece no intervalo de 4 minutos até 4 minutos e 30 segundos, você fala da dificuldade de Mercadante trabalhar com o baixo clero e de certo modo o critica por não aceitar o fisiologismo. Só que você toma uma posição dúbia que eu venho apontando desde o post “FHC combate o fisiologismo que praticou” de quarta-feira, 16/11/2011 às 09:59, em que você comenta crítica de FHC ao fisiologismo. Provavelmente há posts seus ainda mais antigos em que há este posicionamento que eu considero dúbio.

    Em “Hangout do dia seguinte” você diz que Mercadante evita o contato com esse baixo clero, mas ao mesmo tempo você desqualifica muito o baixo clero. Você inicia o post “FHC combate o fisiologismo que praticou” afirmando que o “fisiologismo é uma praga do modelo político brasileiro” e termina dizendo que ele é necessário à governabilidade. Ora, se o fisiologismo é necessário à governabilidade isso significa que você não considera o fisiologismo como um ato criminoso, um ato ilícito, pois seria um absurdo a governabilidade exigir ilicitude. Ora se é um ato lícito porque o acusar de praga?

    Então na verdade o que está falho no seu argumento é considerar o fisiologismo como uma praga do modelo político brasileiro. O fisiologismo não é praga e não é exclusividade brasileira. O fisiologismo é prática inerente ao processo da democracia representativa. Sem o fisiologismo a democracia representativa não funciona democraticamente. Pode até funcionar, mas de modo autoritário, ou seja, de modo não democrático.

    Há dois posts recentes aqui no seu blog que remetem a discussão sobre o fisiologismo. Um é o post “A política não é para candidatos a santo, por Válber Almeida” de sexta-feira, 01/07/2016 às 09:41, e que foi originado de comentário de Válber Almeida junto ao post “Requião diz que Dilma vacila: “É plebiscito ou a vaca vai pro brejo””. E o outro é o post “Fragmentação do sistema político incentiva a fisiologia, diz Dilma ao DCM” de terça-feira, 05/07/2016 às 08:26, consistindo de entrevista da presidenta Dilma Rousseff concedida ao Diário do Centro do Mundo e disponibilizada em três vídeos.

    Deixo a seguir os links para esses posts com discussões sobre o fisiologismo. O post “Fragmentação do sistema político incentiva a fisiologia, diz Dilma ao DCM” pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/fragmentacao-do-sistema-politico-incentiva-a-fisiologia-diz-dilma-ao-dcm

    O post “A política não é para candidatos a santo, por Válber Almeida” pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-politica-nao-e-para-candidatos-a-santo-por-valber-almeida

    O endereço do post “FHC combate o fisiologismo que praticou” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-politica-nao-e-para-candidatos-a-santo-por-valber-almeida

    E o post “Hangout do dia seguinte” pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/hangout-do-dia-seguinte

    Mais uma vez vale lembrar que o post “Hangout do dia seguinte” consiste de quase vinte minutos de fala ininterrupta sua, disponibilizada logo após a aprovação do impeachment na Câmara dos Deputados. Um grande momento seu, mas que eu vejo também carregando essas falhas no entendimento da realidade política brasileira, em especial a mania de criticar a presidenta Dilma Rousseff em não ser fisiológica e ao mesmo tempo criticar o fisiologismo. É preciso por o entendimento sobre o fisiologismo de outro modo: ou a presidenta Dilma Rousseff era correta em não aceitar o fisiologismo, algo com o qual eu não concordo, ou o fisiologismo é algo necessário e inerente ao sistema democrático representativo profissional em que as decisões ocorrem, não pontualmente, mas na forma de um processo.

    A sua fala sobre o fisiologismo e Mercadante naquele espaço de tempo mais ou menos entre os 4 minutos e os 4 minutos e meio foi percebida pelo comentarista Ivan Pedro da mesma forma que eu havia percebido. Em comentário enviado segunda-feira, 18/04/2016 às 12:34, depois de elogiar a excelência de sua análise ele faz já de início a seguinte observação:

    “Tens razão, Dilma não gosta da pequena política, algo comum em todo o mundo, mesmo o civilizado; no nosso país, nada civilizado, como foi provado nas arengas dos votantes, há que se ocupar do baixo clero, para que ele permaneça satisfeito e baixo, porque civilizado nunca foi e nunca será.”

    Não concordo com o tom um tanto crítico do comentário dele relativamente à presidenta Dilma Rousseff. Eu concordo com a crítica que ele faz a ela no parágrafo que transcrevi acima, mas assim como você atribui a isso a queda da presidenta Dilma Rousseff, o Ivan Pedro também vai nessa mesma direção. Só que esse é um problema que acompanha a presidenta Dilma Rousseff desde 2011 e mesmo com esse inconveniente até as manifestações de junho de 2013, a popularidade dela era elevada.

    Aqui eu lembro das duas condições que eu considerei como necessárias ainda que não suficientes para ter ocorrido o impeachment. Se São Paulo não pertencesse ao Brasil, não teria havido o impeachment. E se a presidenta Dilma Rousseff fosse de direita também não teria ocorrido o impeachment. Ora, crer ou não crer no fisiologismo por parte da presidenta Dilma Rousseff não alteraria a sorte dela. A falha no entendimento do fisiologismo por parte da presidenta Dilma Rousseff é um equívoco da ideologia dela, mas não constitui elemento provocador ou sequer necessário para o desfecho do impeachment.

    E a terceira condição ou melhor o terceiro requisito que eu apontei como necessário para ocorrer o impeachment consiste da crise econômica. Bem, aqui deveria ter um estudo mais detalhado sobre tudo o que ocorreu no primeiro e no início do segundo governo dela. O que se vê, entretanto, é a crítica ligeira, é o lugar comum, é a análise da política econômica pelos resultados sem considerar até que ponto os resultados foram efetivamente decorrentes da política econômica.

    Lembro aqui o post “O Xadrez dos fantasmas de Temer e as eleições indiretas” de terça-feira, 28/06/82016 às 07:26 dessa série de sua autoria sobre o “Xadrez do Golpe”. No item “Definição 2 – a estratégia econômica” você censura a política econômica do primeiro e do governo da presidenta Dilma Rousseff. É uma crítica ligeira, mas tão disseminada em outros textos seus que de certo modo autorizou que surgissem comentários como o de Ricardo Cavalcanti-Schiel, enviado sábado, 25/06/2016 às 22:01, em que ele inicia assim:

    “E pensar que tudo isso foi produzido pela mais elementar torpeza e pela mais bestial imbecilidade de uma presidente infinitamente obtusa e politicamente inepta, sem que ninguém fosse capaz de poder-lhe os passos do seu desvario…!!!”

    E o pior que o comentário com um conteúdo como o que se vê no parágrafo transcrito acima foi selecionado para ter o destaque da primeira página. Não diria que o comentário de Ricardo Cavalcanti-Schiel é um comentário emotivo que peca pela falta de racionalidade porque é mais do que certo que as críticas dele são um copiar colar sem muita preocupação com a realidade.

    Só que se você tivesse feito uma análise menos perfunctória da política econômica tanto do primeiro como do início do segundo governo da presidenta Dilma Rousseff, comentários como o de Ricardo Cavalcanti-Schiel seriam rapidamente vistos como lixo descartável. Comentários assim teriam a mesma dimensão do comportamento de Michel Temer com a diferença que o comportamento de Michel Temer produz consequências.

    O endereço do post “O Xadrez dos fantasmas de Temer e as eleições indiretas” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-xadrez-dos-fantasmas-de-temer-e-as-eleicoes-indiretas

    Então considero que a sua crítica frequente à política econômica a presidenta Dilma Rousseff, mas que desta vez não ocorreu, mas que provavelmente já está bem introjetada no blog, tem sido bem superficial, pecando principalmente pela omissão e dando ensejo a mais comentários ainda menos qualificáveis.

    Resumidamente a crítica que faço a sua análise econômica é não considerar a estabilidade da inflação no primeiro governo sem que se tenha utilizado de taxas altas de juros, não ter compreendido o caráter competitivo das políticas de desoneração fiscal na esfera do comércio exterior, onerando o importador do setor de serviços e desonerado o exportador do setor industrial, o caráter também competitivo na esfera do comércio exterior da política de redução do preço da energia elétrica, possibilitando a redução de custos e o caráter de política de segurança alimentar nas medidas de contenção do preço da gasolina, uma vez que o aumento do preço da gasolina tem reflexo no aproveitamento das melhores terras para a produção de álcool.

    E há ainda o total esquecimento do que ocorreu no terceiro trimestre de 2013 que ceifou uma incipiente retomada dos investimentos e uma incipiente retomada do crescimento. Muito provavelmente foi a inflexão dos investimentos que caíram de forma assustadora no terceiro trimestre de 2013 que levou ao fracasso da política econômica do primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff e esse fracasso obrigou a presidenta Dilma Rousseff a aplicar uma política de austeridade no segundo governo para enfrentar de um lado a esperada desvalorização do real e do outro a situação deficitária das contas correntes.

    Qual a origem da inflexão é a grande incógnita a demandar uma explicação. Dizer como você diz lá no post “O Xadrez dos fantasmas de Temer e as eleições indiretas” que “[a]o longo de 2013 e 2014 Dilma perdeu o foco da política econômica e deu início à sequência de isenções fiscais, arrebentando com as contas públicas” e acrescentar: “[n]o final de 2014 havia um grande passivo das chamadas “pedaladas”” é o que eu chamo de análise superficial que de certo modo apenas engrossa o discurso contra a suposta incompetência da presidenta Dilma Rousseff e dos auxiliares dela.

    Recentemente junto ao post “Fadiga na resistência ao golpe: galinha decapitada corre mas cai morta, por Romulus” de quarta-feira, 29/06/2016 às 11:05, eu recebi uma crítica bem fundamentada para o comentário que eu enviara quarta-feira, 29/06/2016 às 21:35, para Marly junto a comentário dela enviado quarta-feira, 29/06/2016 às 15:56. A crítica que eu considero bem fundamentada está em comentário de João Mezzomo enviado quinta-feira, 30/06/2016 às 10:52.

    Reconheço que há certo cabotinismo em alegar que a crítica de João Mezzomo junto ao meu comentário está bem fundamentada porque ele traz argumentos que são muito semelhantes aos que eu venho alegando nos últimos cinco anos se considerarmos o governo de Dilma Rousseff ou bem mais anos se considerarmos por exemplo a defesa que eu faço há mais de 30 anos do aumento da carga tributária.

    A bem da verdade a primeira frase dele no que diz respeito à política econômica da presidenta Dilma Rousseff é contrária ao que eu digo. Reproduzo o início do parágrafo do comentário dele que diz respeito à política econômica. Diz João Mezzomo:

    “No estrito campo econômico, ela errou quando desonerou amplos setores e baixou a taxa Selic.”

    Eu devo responder a João Mezzomo se tiver tempo lá no comentário dele, mas trouxe a referência dele por dois motivos. Um dos motivos é ele apresentar uma opinião bem contrária a sua, uma vez que você é sempre benevolente com políticas de desoneração fiscal e uma vez você insiste em combater o aumento do juros em todos os momentos que os aumentos foram postos em prática pelo Banco Central.

    É de se observar que essa opinião contrária ajuda a mostrar que há algo de errado na crítica à política econômica da presidenta Dilma Rousseff quando há duas críticas que repousam em fundamentos antagônicos. Você é contra porque ela não reduziu os juros e o João Mezzomo é contra porque ela reduziu os juros.

    E o segundo motivo reside no fato de que a crítica de João Mezzomo à redução dos juros passa batido em aspectos importantes da economia brasileira no período que recomendavam a redução do juro, sendo uma já bastante falada e que é a necessidade de desvalorização do real e outra que tem sido esquecida e omitida e que é a necessidade de evitar o estouro da bolha imobiliária.

    Embora eu tenha uma opinião mais próxima a de João Mezzomo tendo sempre sido contrário as desonerações fiscais e tendo sempre defendido a posição do Banco Central relativamente ao aumento de juros eu avaliei como correta tanto a desoneração como a redução dos juros. É preciso ver as circunstâncias para tomar a decisão em uma ou outra direção, isto é, na direção do aumento ou da redução da taxa de juro.

    Uma das razões para a minha defesa da redução dos juros além dos efeitos que esta redução teria no câmbio seria permitir via inflação mais alta uma espécie de barreira a um crescimento no endividamento do setor privado (E também do setor público, embora em relação ao setor público eu concorde com João Mezzomo de que dívida não se paga, mas rola). E na medida que se reduz o crescimento da dívida do setor privado, o governo pode ter mais facilidade para enfrentar bolhas que surgem no mercado. E havia uma bolha no mercado imobiliário que o governo da presidenta Dilma Rousseff soube cuidadosamente desinflar.

    Sair do patamar de inflação de 4,5% e ir para o patamar de 6% foi um dos grandes feitos econômicos da presidenta Dilma Rousseff. Países pobres como o Brasil e com dimensões continentais como o Brasil e convivendo com uma disparidade de renda tão expressiva como a nossa precisa de índices maiores de inflação.

    O ideal seria algo em torno de 10%, mas que é um índice muito alto para um governante suportar politicamente. Trabalhar na faixa de 6% e com variações ínfimas ao longo do ano foi um feito tremendo que não recebeu a devida acolhida, sendo ao contrário e até por isso mesmo criticada. Do ponto de vista político a opção de permitir uma inflação mais alta é uma temeridade, mas sob o aspecto econômico e dentro da realidade brasileira foi uma escolha correta.

    E mais, atualmente, depois de tudo serenado ninguém fala do problema da bolha no setor imobiliário. Assim, a forma como o governo conduziu as políticas públicas para evitar uma explosão da bolha não recebe nenhuma referência e nenhum elogio. Isso eu vou abordar se tiver tempo no comentário que pretendo enviar para João Mezzomo lá no post “Fadiga na resistência ao golpe: galinha decapitada corre mas cai morta, por Romulus”. E lá como aqui eu vou rechear de links de alguns posts em que esse assunto foi de certo modo abordado.

    Assim para fazer esse recheio, eu primeiro indico o post “A recessão e a bolha imobiliária, por Luiz Alberto Vieira” de sexta-feira, 07/08/2015 às 07:18, que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-recessao-e-a-bolha-imobiliaria-por-luiz-alberto-vieira

    Este post “A recessão e a bolha imobiliária, por Luiz Alberto Vieira” é de quase um ano atrás, mas eu não cheguei a o ler na época em que foi publicado. O primeiro parágrafo do post já diz tudo que eu pretendia dizer. Transcrevo o primeiro parágrafo a seguir:

    “O Brasil teve entre 2007 e 2013 uma enorme bolha imobiliária. Neste período, os preços dos imóveis novos na cidade de São Paulo aumentaram incríveis 171,9%[1]. Para termos uma ideia do descolamento da realidade desses preços, no mesmo período a inflação acumulada foi de 45,9% e o PIB nominal cresceu 103,1%”.

    Foi sorte ter encontrando este post sem que nele houvesse comentário meu quando estava à procura de algum comentário que eu fizera abordando a questão da bolha imobiliária. Não me lembro quando o encontrei pela primeira vez, mas mais recentemente voltei a o mencionar em comentário que enviei para você terça-feira, 03/05/2016 às 21:08, junto ao post “Pequenos sinais positivos no horizonte e o fator Meirelles” de terça-feira, 03/05/2016 às 05:10, aqui no seu blog e de sua autoria e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/comment/915954

    O meu comentário junto ao post “Pequenos sinais positivos no horizonte e o fator Meirelles” vale também pela transcrição de um quadro com dados do PIB trimestral e da Formação Bruta de Capital Fixo no período do início de 2012 até o fim de 2013, que permitem visualizar que alguma coisa aconteceu com a economia brasileira no terceiro trimestre de 2013 que acabou com uma recuperação que em meu entendimento fora minunciosamente planejada. Faço a transcrição do mesmo quadro a seguir:

    – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    “QUADRO PARA SER ESCLARECIDO (Dados obtidos no Boletim do IBGE sobre o PIB trimestral utilizando a informação na última vez que ela aparece no Boletim. Para o FBCF a defasagem é de quatro trimestres e para o PIB a defasagem é de 5 trimestres)

    Trimestre   1º Trim   2º Trim   3º Trim   4º Trim   1º Trim   2º Trim   3º Trim   4º Trim

    Ano              2012       2012       2012        2012        2013      2013       2013        2013

    Taxa FBCF  – 2,2       – 1,5       – 1,4          1,8           3,9         3,4        – 1,7        – 2,1

    Anualizada  – 8,5       – 5,8       – 5,4          7,3         16,4        14,3       – 6,6        – 8,1

    Taxa PIB        0,1          0,1          0,6           0,9          0,4         2,1        – 0,5           0,1

    Anualizada     0,4         0,4          2,4          3,6            1,6          8,7       – 1,9           0,4”

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    Um segundo post bem específico sobre o assunto é “A crise no mercado imobiliário, por André Araújo” de terça-feira, 21/04/2015 às 09:34, aqui no seu blog e de autoria de Andre Motta Araújo e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-crise-no-mercado-imobiliario-por-andre-araujo

    Junto ao post “A crise no mercado imobiliário, por André Araújo” eu enviei terça-feira, 21/04/2015 às 19:23, um comentário para Andre Motta Araujo, em que faço referência a uma matéria no jornal Estado de Minas que menciona trabalho realizado pelo Banco Central a respeito da bolha imobiliária. A reportagem do Estado de Minas intitulada “Banco Central nega qualquer sinal de bolha imobiliária no Brasil” e trazendo como subtítulo “Estudo mostra que, mesmo se preço dos imóveis caísse 33% após a Copa, bancos não enfrentariam onda de quebradeira” pode ser encontrada no site do Estado de Minas no seguinte endereço:

    http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/03/21/internas_economia,510286/banco-central-nega-qualquer-sinal-de-bolha-imobiliaria-no-brasil.shtml

    Em meu comentário eu transcrevo o seguinte parágrafo da reportagem do Estado de Minas:

    “O diretor recordou que os preços já desaceleraram nos últimos meses, conforme mostra o Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais (IVG-R), um indicador preparado pelo próprio BC. Os imóveis crescem hoje em ritmo pelo menos duas vezes menor que o verificado no auge do movimento de valorização imobiliária, em 2009. Em agosto daquele ano, as residências no país valorizaram, em média, 1,93%. Já em agosto do ano passado, o último dado disponível, essa alta havia sido de 0,74%. “Mesmo que houvesse uma hecatombe nos preços, nossas instituições bancárias teriam capacidade para absorver isso”, garantiu Meirelles”.

    E por fim, embora poderia ser muito mais exaustivo, faço menção ao post “O executivo do Bradesco e o elogio ao Banco Central” de domingo, 08/04/2012 às 12:31, aqui no seu blog e trazendo notícia pinçada do Estadão e intitulada “IPCA de março indica que Tombini é um iluminado” por Roberto São Paulo-SP 2016 e, portanto, há mais de 4 anos, e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-executivo-do-bradesco-e-o-elogio-ao-banco-central?page=2

    É claro que o post “O executivo do Bradesco e o elogio ao Banco Central” em si vale a leitura e é pertinente a este meu comentário, mas eu chamei atenção para ele em razão de um comentário meu que enviei segunda-feira, 09/04/2012 às 00:23, para Andre Motta Araujo, e no qual eu faço referência à bolha imobiliária transcrevendo comentário que eu enviara para Fuhgeddaboudit™ abordando esse assunto. Fuhgeddaboudit™ foi um comentarista sui generis que parece que lhe conhecia e que parece que teve sequelas de um acidente, mas que tinha profundos conhecimento de cálculo atuarial e que ficava a todo momento referindo a bolha imobiliária.

    O meu comentário para Fuhgeddaboudit™ e do qual eu transcrevi o trecho final no meu comentário para Andre Motta Araujo fora enviado quarta-feira, 04/04/2012 às 13:19, para junto do comentário de Fuhgeddaboudit™, enviado quarta-feira, 04/04/2012 às 10:14, junto ao post “Inflação em SP tem menor alta desde 2006” de quarta-feira, 04/04/2012 às 10:00, aqui no seu blog, transcrevendo a noticia da Agência Estado de autoria de Denise Abarca com o título “Inflação em SP fecha 1º trimestre com menor alta em seis anos” e o subtítulo “No período, o destaque de baixa é o grupo Alimentação, com deflação acumulada em 0,02%”. O endereço do post “Inflação em SP tem menor alta desde 2006” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/inflacao-em-sp-tem-menor-alta-desde-2006

    E o trecho que eu transcrevi do meu comentário para Fuhgeddaboudit™, no comentário que eu enviei para Andre Motta Araujo é o seguinte:

    “Nesse sentido de evitar a bolha imobiliária o governo de Dilma Rousseff agiu com mão firme e na exata medida. Aliás, o índice de inflação ter roçado no limite superior da meta, mesmo que tenha sido com a ajuda do IBGE, foi uma dos maiores perfeccionismo  ocorridos no mundo em 2011. Perfeccionismo tal que bem que merecia que Luis Nassif penitenciasse pelo post “Os erros no monitoramento da economia” de sexta-feira, 16/12/2011 às 07:00, e que consistiu na Coluna Econômica dele daquele dia, 16/11/2011, e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://advivo.com.br/blog/luisnassif/os-erros-no-monitoramento-da-economia

    Então, no meu juízo não há razão para esquentar a cabeça com alta que realmente ocorreu nos preços dos imóveis. Mesmos os efeitos dessa alta nos índices de preços já começam a se retraírem.”

    E vale observar que no meu comentário para Fuhgeddaboudit™ eu deixo o link para um post específico sobre a bolha imobiliária e que é o post “A discussão sobre a bolha imobiliária no Brasil” de domingo, 25/03/2012 às 09:36, aqui no seu blog e oriundo de comentário de Eduardo Dias Alvarenga. O endereço do post “A discussão sobre a bolha imobiliária no Brasil” é:

    http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-discussao-sobre-a-bolha-imobiliaria-no-brasil

    Então para evitar a bolha imobiliária e também para consegui uma desvalorização maior e necessária do real, a presidenta Dilma Rousseff precisou reduzir o juro. Assim em meu entendimento João Mezzomo está equivocado em afirmar que a presidenta Dilma Rousseff errou em abaixar o juro. E tendo em vista a natural valorização do dólar com o fim do QE que de fato aconteceu e com a posterior elevação de juros pelo Banco Central americano que só aconteceu uma vez desde então e em dezembro de 2015, e com os sinais de recuperação da economia que podem ser vistos no quadro que eu transcrevi acima, o Banco Central estava certo em voltar a subir com a taxa de juro.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 11/07/2016

    1. Correção no segundo parágrafo: “após aprovação na Câmara”

       

      Luis Nassif,

      Corrijo a referência que eu fiz à data da sua percepção de que a presidenta Dilma Rousseff não tinha o apoio de 1/3 dos votos no Senado para impedir o impeachment. Essa informação sobre a falta de apoio no Senado Federal fora colocada em post aqui no seu blog logo após a votação do impeachment na Câmara dos Deputados. Então você mostrou que percebera que a presidenta Dilma Rousseff tinha o apoio apenas de 22 membros do Senado Federal, logo após à aprovação do impeachment na Câmara dos Deputados e não logo após a aprovação no Senado como eu disse no início do segundo parágrafo do meu comentário anterior.

      E nunca é demais repetir:

      O golpe é da elite paulista e um pouco como teoria conspiratória diria que é uma vingança contra o golpe de 30 que depois virou revolução e é uma vingança contra a frustação da insurreição de 32. E lembraria que se São Paulo tivesse separado do Brasil não haveria o golpe. E para a esquerda que não gosta do PT e não é de São Paulo diria que talvez resta o consolo que com São Paulo separado do Brasil o PT não existiria no Brasil.

      E o golpe é da direita. E lembraria que se a presidenta Dilma Rousseff fosse da direita não haveria golpe.

      E o golpe é decorrente dos resultados da política econômica. Se os resultados da política econômica tivessem sido favoráveis, não teria havido o golpe.

      E como vivemos em época de truísmos tautológicos eu repito aqui o que eu leio com frequência neste blog e em outros blogs também: a presidenta Dilma Rousseff cometeu erros. É só isso que eu repito e repito com a consciência tranquila de quem fala um truísmo tautológico, pois afinal ela é humana. E “errare humanum est”.

      E como a presidenta Dilma Rousseff não tem culpa de São Paulo não ter se separado do Brasil, nem pode ser responsabilizada pelo fato de a direita no Brasil ser representada muito além da sua real dimensão, eu imagino que para ela poder ser responsabilizada pelo impeachment é preciso que seja dela a culpa pelos resultados econômicos. Sendo assim, eu pediria que alguém apontasse para os erros dela (ou do PT ou de Lula) que produziram os péssimos resultados da política econômica.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 12/07/2016

    2. Mais uma correção, agora de link do post “FHC combate . . .”

       

      Luis Nassif,

      Hoje, segunda-feira, 18/07/2016, ao preparar um comentário para você junto ao seu post “Xadrez dos novos tempos, da democracia em risco” de segunda-feira, 18/07/2016 às 11:52, eu precisei copiar um trecho do meu comentário acima enviado quarta-feira, 13/07/2016 às 00:50. Na releitura do comentário para copiar o mencionado trecho eu percebi que eu me equivoquei ao deixar o link para o post “FHC combate o fisiologismo que praticou” de quarta-feira, 16/11/2011 às 09:59, em que você comenta crítica de FHC ao fisiologismo.

      Por engano eu repeti o endereço do post “A política não é para candidatos a santo, por Válber Almeida” de sexta-feira, 01/07/2016 às 09:41, e que foi originado de comentário de Válber Almeida junto ao post “Requião diz que Dilma vacila: “É plebiscito ou a vaca vai pro brejo””. O post “A política não é para candidatos a santo, por Válber Almeida” é muito bom, mas nada que justificasse ter duplicado o endereço e assim retirado o endereço do post “FHC combate o fisiologismo que praticou” que pode ser visto no endereço a seguir:

      https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/fhc-combate-o-fisiologismo-que-praticou

      E o post “Xadrez dos novos tempos, da democracia em risco” pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-pos-impeachment-e-da-morte-do-velho

      Tenho ainda um pouco mais o que dizer, em especial sobre aspectos econômicos tanto do primeiro como do segundo governo da presidenta Dilma Rousseff, mas provavelmente devo falar sobre a questão econômica como leigo que sou apenas em posts mais específicos e se possível virei aqui para deixar o link. Aqui vou aproveitar este comentário apenas para a correção do endereço do post “FHC combate o fisiologismo que praticou” para o qual eu escrevi muitos comentários tentando repassar uma ideia um pouco diferente da que a maioria tem sobre o fisiologismo.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 18/07/2016

      1. Corrijo agora o link do post “Xadrez dos novos tempos, . . .”

         

        Luis Nassif,

        O que não me tem faltado são erros no que escrevo para eu ter que fazer correções. Desta vez a correção é no link que eu deixei para o post “Xadrez dos novos tempos, da democracia em risco” de segunda-feira, 18/07/2016 às 11:52, e de sua autoria e que pode ser visto no seguinte endereço:

        https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-dos-novos-tempos-da-democracia-em-risco

        No meu comentário acima enviado terça-feira, 19/07/2016 às 00:13, eu deixei como endereço o endereço deste post “Xadrez do pós-impeachment e da morte do velho”.

        E a necessidade da correção não é só pelo interesse em ter o link correto do post “Xadrez dos novos tempos, da democracia em risco” que apesar de não ser tão bom como este “Xadrez do pós-impeachment e da morte do velho” vale a leitura, pois é de qualidade e de certo modo deve até ser entendido como uma continuidade à morte do velho de que trata este post e além disso lá há bons comentários em especial o comentário de Wong, enviado terça-feira, 19/072016 às 02:30, e que dele mesmo só tinha o título, por sinal bem apropriado: “Sugestões para a “Carta ao Brasileiros” da Dilma …”, e que traz a indicação do artigo “A abdicação da esquerda” de Dani Rodrik. Wong não só fez a indicação como transcreveu o artigo que fora publicado no Valor Econômico de segunda-feira, 18/07/2016 e pode ser visto no site do jornal Valor Econômico no seguinte endereço:

        http://www.valor.com.br/opiniao/4637295/abdicacao-da-esquerda

        Ou então, o mesmo artigo “A abdicação da esquerda” pode ser visto sem restrições no seguinte endereço:

        http://www.josenildomelo.com.br/news/a-abdicacao-da-esquerda-dani-rodrik/

        O segundo link serve como um acesso para os que não tem acesso completo aos textos do jornal Valor Econômico. Há também um comentário meu enviado terça-feira, 19/07/2016 às 14:21, para junto do comentário de Wong enviado terça-feira, 19/07/2016 às 02:30, em que eu faço elogio ao artigo, mas também faço minhas críticas. As minhas críticas apresentam o inconveniente de serem críticas a um economista feitas por leigo em economia, mas elas visam mais mostrar a dificuldade de leitura da realidade de um país feita por um estrangeiro.

        Clever Mendes de Oliveira

        BH, 20/07/2016

  80. Sobre Corporações

    Corremos o risco de entrar na ditadura da meritocracia, onde as autoridades não eleitas pelo povo e altamente suscetíveis à influência da mídia acabam ditando os rumos do país.

    A ditadura da meritocracia, onde todo poder emana do concurso e pelo concurso será exercido, significa a cooptação dos altos escalões da administração pública pela ideologia e valores da elite.

    A cooptação se dá tanto do ponto de vista ideológico, com a emergência de uma casta de altos funcionários públicos com formação ideológica ditada pela elite e geralmente realizada fora do país, quanto do ponto de vista político, com a sedução dos concursados pelos afagos e destaques pessoais da mídia.

    Após todo o teatro do impeachment, os donos do poder perceberam que já não precisam apoiar uma ditadura explícita, como em 1964, ou mesmo um projeto político excludente, como o do PSDB, para ganhar e manter o poder.

    Basta cooptar o poder não eleito, principalmente o Judiciário e os órgãos de controle, que no atual estágio da democracia brasileira não respondem a ninguém a não ser a si mesmos.

    O judiciário e órgãos de controle constituem a nova nobreza do Brasil, pois decidem sua própria remuneração e não estão submetidos a nenhum controle ou responsabilização externa por seus atos.

    Por se tratar na maior parte de ególatras, os dirigentes dessas instituições são altamente suscetíveis às manipulações da mídia e, portanto, facilmente influenciáveis do ponto de vista político.

    Corremos o risco de entrar em um longo período de ditadura das corporações sobre os eleitos, o que na prática servirá para consolidar a plutocracria disfarçada de meritocracia em nosso País.

    Sobre os perigos políticos da meritocracia, vale relembrar que tal termo foi cunhado de modo irônico em 1958, por Michael Young, em uma ficção na qual ele retrata o mundo em 2034, no qual o poder é exercido pelos escolhidos com base em testes e habilidades intelectuais.

    O livro de Young se chama “The Rise of Meritocracy” e, apesar do tom satírico utilizado pelo autor, o termo meritocracia acabou se tornando um poderoso instrumento de dominação ideológica por parte das elites nas últimas décadas.

    Os perigos da meritocracia têm sido objeto de análises mais recente, como o livro de Chirs Hayes – Twilight of the Elites: America After Meritocracy – que aponta o aumento da desigualdade e a subversão da democracia nos EUA.

    Voltando ao Brasil, a combinação de plutocracia da mídia com a egolatria dos concursados produziu uma nova classe dominante no Brasil, ao qual tanto a esquerda (Dilma e PT) quanto o fisiologismo de sempre (Temer e PMDB) estão tendo que se submeter. No que dará isso não é possível saber, daí que o Nassif está corretíssimo em dizer que o velho sistema morreu (PT vs PSDB com o centrão esperando o resultado), mas o novo ainda não nasceu.

  81. artigo Nassif de 11/7

    Como sempre, Nassif é arguto, traz observações inteligentes sobre a (triste) realidade política e institucional do Brasil. É sintomático, porém, que o povão e a sociedade civil organizada estejam ausentes de sua análise.

    Nassif também entregou os pontos, no sentido em que não acredita mais na reversão do impeachment, numa saída minimamente progressista. E para tal, embora não o explicite, a muito insuficiente resistência popular ao impeachment deve ser o fato em que ele se baseia para render-se à realidade algo trágica, mas também com novos elementos, deste Brasil pós Dilma. Deste Brasil onde o únicosustentáculo não atacável por denúncias é o império do “mercado financeiro” e de seu fiel escudeiro Meirelles, o banqueiro norte-americano por 30 anos no Banco de Boston.

    A crise das esquerdas, ou simplesmente do campo popular da política e da sociedade brasileira, como bem aponta Tarso Genro, é profunda. E as responsabilidades de Lula, Dilma e das correntes majoritárias do PT nesta crise, muito fortes. Mas não estão sozinhos nisto, evidentetemente.

    Saudações

     

  82. golpeados (3)

    sobre o grupo Lula:

    após sua “condução coercitiva” pela Lava Jato, em 04/03/2016, Lula afirmou: “A partir da semana que vem, quem quiser um discursinho do Lula, é só acertar a passagem de avião – não de ônibus, porque demora muito. Estou disposto a andar por este país.”

    a partir de então, quantas viagens Lula fez pelo país? de fato Lula e o PT, e mesmo a Frente Brasil Popular, se empenharam em mobilizar a população contra o golpe? onde está o “exército do Stédile”? cadê a jararaca?

    já não dá prá esconder e negar que o lulismo nunca quis a resistência popular ao golpe, repetindo Goulart em 1964. o que o lulismo sempre quis, e continua querendo, é o “acordo”!

    a irreversibilidade do golpe vem a ser nada mais do que a irreversível negativa de Dilma em fazer o acordo de Lula e Cunha!

    com o golpeachment, o rosto medonho da plutocracia brasileira está exposto junto com sua outra face: uma Esquerda arrivista, pelega, autoritária e deslumbrada com os gabinetes e as adulações.

    é cosa nostra! são famiglias disputando o espólio da Democracia brasileira. porém, 2018 ainda é um ano longe demais…

    p.s.: a primeira batalha contra o golpe já está ganha. tornou-se hegemônica a narrativa do impeachment ser um golpe. um golpe da plutocracia contra os pobres.

    .

    1. Lula

      Mas que mau gosto este comentário e esta fotografia.O ex -presidente como Lula que aprendeu a fazer acordos na fábrica onde trabalhava e entendeu que sem acordo nada se modifica ou ganha. E foi com acordos que governou o Brasil por 8 anos melhorando a vida dos pobres, dando-lhe acesso a comida, moradia, médicos, abriu estradas, houve a abertuta do Brasil para o mundo através do Mercosul e dos Brics.Na fotografia parece que ele só olha para seu umbigo, pois eu acho que ele foi a pessoa que mais olhou para povo brasileiro. Se ele quer acordo, eu também quero o que não quero é entregar este país aos abutres que querem devorá-lo. 

        1. Nada serve analisar um argumento que perde na aritmética

           

          Arkx (terça-feira, 12/07/2016 às 16:59),

          Considero desnecessário preocupar-se em responder argumentos que pecam por não apresentar uma base lógica. O descaso que eu tenho por argumentos dessa espécie só deixa de ocorrer quando conheço quem o emitiu, mas nesse caso o descaso se transforma em frustação. O problema do seu argumento contra os acordos com aqueles que você considera abutres é que o seu argumento não apresenta nenhum rigor aritmético. Basta somar e dividir para saber qual a razão de se fazer acordos com aqueles que você considera os abutres.

          Veja que a esquerda não tem o apoio de um terço da Câmara e isso era sabido desde a eleição de Eduardo Cunha para presidente da Câmara quando ele ganhou com a maioria dos votos no primeiro turno e o candidato da oposição teve 100 votos. E agora, na análise do impeachment se verificou que a esquerda não tem o apoio de um terço do Senado Federal.

          Com um mínimo conhecimento de aritmética qualquer um vai explicar que para a esquerda conseguir aprovar projetos em que seja exigido apenas a maioria não qualificada, a esquerda, supondo que ela tenha não menos de um terço como acontece no Brasil, mas exatamente 1/3, vai precisar de complementar a equação: 1/3+x=50%+1, ou seja, 1/3y+x = 0,5y+1, sendo y o tal de representantes na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal.

          Bem, em qualquer lugar do mundo que você conheça e que você saiba que a esquerda conta com menos de 1/3, eu o desafio a apontar um exemplo de quem está do outro lado, isto é, um exemplo de quem está do lado da direita e que você não o considere como abutre.

          Ampliei para o mundo todo o leque de opções para você escolher alguém do outro lado que você não considera um abutre, não restringindo a opção ao Brasil. É claro que foi só uma forma de mostrar o quanto fora da realidade é o seu argumento. Mas o repto continua, apenas para que o seu exemplo possa ser compreendido por todo mundo, restrinjo o seu leque de opção ao Congresso brasileiro. Que você aponte nos dois terços restantes tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal, alguém dentre eles que não seja considerado por você um abutre.

          Insisti para que a avaliação de abutre fosse feita por você, porque eu não considero um representante como um abutre. Eles são ou próximos da minha ideologia ou são contrários à minha ideologia, mas são representantes. Esta é a regra do jogo democrático em qualquer lugar do mundo.

          Eu gostaria que a esquerda fosse maioria, mas ela não é. É preciso saber como enfrentar essa realidade que não ocorre só no Brasil. No mundo todo há uma tendência de a esquerda encontrar-se em minoria na representação política. Simplesmente recusar o acordo é mais próprio do omisso ou de quem não sabe aritmética. Como você não é omisso e sabe contar, eu recomendaria mais atenção e cuidado antes de apresentar os seus argumentos.

          E lembro ainda que o fato de a direita ser mais bem representada do que a esquerda em uma democracia capitalista é algo mais ou menos esperado uma vez que há mais condições para os poderosos se elegerem e os poderosos são normalmente de direita. No Brasil e em países com uma distribuição de renda tão ruim como a nossa, a tendência de a direita ficar super-representada é ainda maior. E os estudos vêm mostrando que em época de crise econômica, a direita cresce ainda mais.

          Se você pretende transformar esta realidade em que a esquerda é minoria, você tem antes que a compreender. E argumentos bem fundamentados ainda que possam estar errados são os primeiros indícios de que há um processo de compreensão. E é evidente que a compreensão não existe se o argumento não passa pelo crivo elementar da aritmética.

          Clever Mendes de Oliveira

          BH, 12/07/2016

          1. uma questão de lógica

            ->“por não apresentar uma base lógica.”

            Clever,

            não é de agora que nossas divergências residem em lógicas diferentes quanto à atuação política.

            você reduz a política à atuação parlamentar. porém a Democracia representativa não é o caminho para as transformações sociais. ao contrário, ela é uma imensa pedra no caminho.

            é através da Democracia participativa e da Democracia direta que as mudanças se viabilizam. isto não implica em simplesmente negar o parlamento, mas não tomá-lo nem como única via e nem mesmo priorizá-lo.

            não é por outro motivo que o PT nasce em 1980 a partir desta concepção. o primeiro partido brasileiro surgido dos movimentos sociais, eminentemente não parlamentar, fortemente apoiado nas bases e com sólida democracia interna.

            em algumas vezes anteriores já debatemos sobre a questão, nas quais citei inclusive documentos oficiais do PT. por exemplo: em 29/07/2015, em 30/07/205, em 07/06/2016.

            são bases lógicas diferentes que levam a opções políticas diferentes. não são com argumentos que uma prevalece sobre a outra. é preciso passar pelo crivo da prática. e a prática provou que reduzir a política apenas a  via parlamentar foi um gravíssimo erro, tanto que chegamos a maior das crises brasileiras e ao impasse do golpeachment.

            abraços

            .

          2. O problema do seu modelo é a inexistência dele

             

            Arkx (quarta-feira, 13/07/2016 às 16:51),

            Não divergimos muito, mas divergimos. Divergimos por exemplo na preferência por um tipo de democracia. Eu sempre considerei a democracia representativa superior à democracia direta. A democracia representativa é um processo. A democracia direta é pontual. Sendo pontual, ela não possibilita a conversa, a discussão, o debate, o toma-lá-dá-cá, o é-dando-que-se-recebe, o acordo, o conchavo, a barganha, etc., ou seja, não possibilita que o ser humano exercite aquilo que ele tem de superior em relação aos animais e que é essa capacidade de articular as palavras em prol de uma ideia.

            Ainda assim você prefere a democracia direta que é uma forma de ditadura da maioria e uma ditadura sem debate, sem discussão, etc. Na Grécia antiga o que imperava era a democracia direta. Era uma democracia direta tosca porque a participação de muitos grupos. Os idiotas, por exemplo, não tinham direito a voto.

            Eu considero um atraso a democracia direta e apenas admitia que ela fosse utilizada na eleição dos chefes do executivo porque nela há uma valorização muito grande do princípio da igualdade.

            Agora ao criticar o PT por não ter seguido a sua cartilha que em minha visão representa uma volta a Grécia Antiga, você deveria ser mais explícito na sua postura mais favorável a democracia direta e menos favorável à democracia representativa que segundo você é uma imensa pedra no caminho para as transformações sociais. Nos seus comentários você critica o PT por fazer acordos com os abutres. Eu imaginei que os abutres eram só os que você mencionava. Agora vejo que são todos abutres. Nisso também divergimos. Considero que os outros que não representam o que eu considero meus interesses representam outros interesses. É a disputa política que deve indicar qual interesse deve prevalecer ou como os interesses devem se compor.

            Então ao fazer um posicionamento mais explícito você torna sua linha de argumentação mais clara e transparente. O contrário ocorre quando o que você defende é pouco detalhado podendo até adquirir outro sentido. Você não é contra o acordo com os abutres. Você é contra o acordo. Lembre-se sempre que na democracia direta não se chega a um acordo. Não há discussão nem há debate. Na democracia direta chega-se a imposição de uma vontade majoritária.

            E ao explicitar o posicionamento fica mais fácil visualizar como é o modelo que você propõe. Você critica o PT pelo fato de o partido não atender realmente ao seu desiderato preferindo ao contrário optar pela democracia representativa. O seu modelo é o da democracia direta que irá então realizar as grandes transformações sociais. O repto que eu faço a você é uma tarefa que vai permitir esclarecer muitas dúvidas. Que tal você nos mostrar um exemplo onde o seu modelo esteja sendo executado. A menos que o modelo só está na sua cabeça e você desejaria que o PT ensaiasse o seu modelo no Brasil usando o povo como cobaia.

            Clever Mendes de Oliveira

            BH, 13/07/2016

          3. Comentário para correção e para acréscimo

             

            Arkx (quarta-feira, 13/07/2016 às 16:51),

            Em meu segundo comentário para você eu deixei apenas uma situação em que eu me manifesto favoravelmente à democracia direta e que consiste na eleição para chefe de executivo. Evidentemente eu tenho mais pontos para defender à democracia direta. Como os dois parágrafos em que eu expus a minha crítica a democracia direta e a situação em que eu defendo a democracia saíram incompletos e com erros eu aproveito o momento não só para corrigir como para fazer acréscimos que eu julgar necessários. Transcrevo os dois parágrafos a seguir já com os acréscimos e com os acertos:

            – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

            “Ainda assim você prefere a democracia direta que é uma forma de ditadura da maioria e uma ditadura sem debate, sem discussão, etc. Na Grécia antiga o que imperava era a democracia direta. Era uma democracia direta tosca porque a participação de muitos grupos [era restringida ou impedida]. Os idiotas, por exemplo, não tinham direito a voto.

            Eu considero um atraso a democracia direta e apenas admitia que ela fosse utilizada na eleição dos chefes do executivo porque nela há uma valorização muito grande do princípio da igualdade”. [Observe, entretanto, que eu sou contra a eleição em dois turnos porque essa é uma forma de expulsar arena diretiva os grupos minoritários. Os grupos minoritários são poderão alcançar o poder mediante acordos, barganhas, etc. E sou contra também a reeleição para chefe de executivos porque isso significa um fortalecimento muito grande do poder do chefe de executivo e um enfraquecimento do poder do parlamento].

            – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

            Bem, há ainda uma qualidade da democracia direta que eu também não canso de louvar. A democracia direta é manifestação de democracia. As eleições tanto para o chefe de executivo como para os representantes no parlamento constituem expressão da democracia direta e mostram que a democracia está viva no país. Tem o inconveniente de ser pontual, mas têm a grande qualidade que eu já apontei de significar a igualdade absoluta entre os eleitores. Não importa quanto inteligente, culto ou rico você seja, seu voto vale o mesmo tanto de alguém menos capaz intelectualmente, ignorante e pobre.

            Eu também defendo a democracia participativa que você colocou junto com a democracia direta para se contrapor a democracia representativa. Defendo-a exatamente pelo fato de que a democracia participativa é demonstração de que a democracia representativa está viva e em movimento. Agora, o que é preciso salientar é que se a democracia participativa tem como superioridade em relação à democracia direta o fato de a democracia participativa poder quase funcionar em um contínuo, ela tem como inconveniente não conseguir ser global como é a democracia direta. Não é possível toda a sociedade ter uma participação contínua de democracia. A democracia participativa consegue apenas aglomerar pequenos grupos.

            Excetuando o fato de a democracia representativa ser mais favorável aos grupos que já detêm bastante poder, ela alcança todos e tem um funcionamento contínuo que permite o debate, a discussão e os acordos e barganhas. A superioridade dela sobre a democracia direta é tão flagrante que não há exemplo no mundo onde a democracia direta seja adotada, independentemente do tamanho da população ou da área de um país dois empecilhos para a viabilidade prática ou funcional da democracia direta.

            O mais incrível de tudo é que a crítica que você faz ao PT e que é uma crítica com base na lógica de quem defende a democracia direta é toda a crítica que a esquerda consegue fazer ao PT. Enfim, trata-se de uma crítica idílica que não se sustenta na realidade. A crítica realmente válida é a crítica da direita, mas essa é uma crítica cujo fundamento é não combater a desigualdade.

            Não se pode esquecer, ou talvez esconder seja o termo mais adequado, que a direita também conta com os grupos que não acreditam na democracia representativa. Tal postura, entretanto, não chega a dividir a direita ou que, dividida, a enfraqueça, pois não só a direita é quase sempre maioria, como ela só se manifesta de modo estúpido quando verifica que mesmo que aliada com direita democrática não tem quórum para se prevalecer e então procura o apoio do exército. Nos dias atuais a solução militar é tão inviável quanto a sua da democracia direta e participativa.

            Clever Mendes de Oliveira

            BH, 14/07/2016

          4. uma questão de lógica (2)

            Clever,

            ->” Ainda assim você prefere a democracia direta que é uma forma de ditadura da maioria e uma ditadura sem debate, sem discussão, etc. Na Grécia antiga o que imperava era a democracia direta.”

            mais Democracia! e não apenas Democracia representativa! ir além do parlamento. a Grécia da Antiguidade obviamente não era uma Democracia, até mesmo porque estavam excluídos as mulheres e obviamente os escravos.

            desde a Antiguidade, passando pela fundação dos EUA, até chegar a hoje, a “Democracia reduzida” sempre foi um meio de impedir que a maioria da população se organize para impor seus interesses à plutocracia.

            mais Democracia: não apenas representação parlamentar, também Democracia direta e participativa.

            ->” Ainda assim você prefere a democracia direta que é uma forma de ditadura da maioria e uma ditadura sem debate, sem discussão, etc.”

            atualmente com a web as condições estão dadas para uma autêntica Democracia direta. e com muita discussão e debate. online e hiper conectado. vejamos o exemplo concreto do pré-sal. cabe apenas a um parlamento viciado e vendido decidir sobre um recurso estratégico nacional deste porte? claro que não!

            ->”Eles são ou próximos da minha ideologia ou são contrários à minha ideologia, mas são representantes. Esta é a regra do jogo democrático em qualquer lugar do mundo.”

            mas a maior parte da Câmara não foi votada por ninguém! representam apenas os seus financiadores de campanha e ganharam seu mandato pelo mecanismo do quociente partidário. por isto Eduardo Cunha conseguiu formar uma bancada própria. apenas 36 deputados foram eleitos com o próprio voto. e 273, dos 513, estão citados em ocorrências na Justiça ou em Tribunais de Contas. este modelo de representação política faliu.

            ->”Você não é contra o acordo com os abutres. Você é contra o acordo.”

            não sou contra acordos políticos. ao contrário, considero-os inevitáveis. sou contra acordos não transparentes e que se coloquem acima de princípios. mais uma vez um caso concreto: não existe acordo com Eduardo Cunha. não existe acordo com este governo golpista.

            ->” Você critica o PT pelo fato de o partido não atender realmente ao seu desiderato preferindo ao contrário optar pela democracia representativa.”

            o problema do PT foi se afastar de seus próprios fundamentos, dos seus princípios de fundação, de sua raiz. ao optar exclusivamente pela via parlamentar o PT entrou no rumo que o conduziu a situação atual.

            ->” A menos que o modelo só está na sua cabeça e você desejaria que o PT ensaiasse o seu modelo no Brasil usando o povo como cobaia.”

            os governos do PT na prefeitura de Porto Alegre foram apoiados no orçamento participativo, com grande êxito. em várias Prefeituras do PT foram adotadas diversas formas de participação popular. na Bolívia, a força de Evo Morales vem da Democracia participativa. o EZLN, os Zapatistas no México, são um vigoroso exemplo de Democracia direta e participativa. além do fantástico exemplo da Islândia, que através da participação popular conseguiu ergue-se da bancarrota de 2008. na cidade de Marinaleda, na Espanha. há exemplos por toda parte. são sempre os movimentos sociais a ponta de lança das transformações sociais e não os representantes parlamentares.

            abraços

            .

          5. Defendo o que precisa melhorar e você o que não existe

             

            Arkx (quinta-feira, 14/07/2016 às 19:00),

            Nesse ritmo iríamos até o século XXII, cada um repetindo o mesmo argumento. Resumindo o que eu defendo diria que a minha causa é a melhoria ininterrupta da democracia representativa pela redução da desigualdade, pois quanto maior a desigualdade mais disfuncional é a representação com as classes mais poderosos sendo super-representadas. Nesse ponto a democracia direta é superior à democracia representativa porque a democracia direta não depende da melhor distribuição de renda para funcionar bem.

            E mesmo sabendo do caráter repetitivo dessa discussão, vou transcrever três trechos de seu comentário para enfatizar as nossas discordâncias.

            Após transcrever um argumento meu, você, para mostrar oposição, diz:

            “mais Democracia! e não apenas Democracia representativa! ir além do parlamento”.

            No contexto do meu comentário eu também disse isso. Em vários trechos do meu comentário eu faço elogios à democracia direta. O que eu enfatizo como discordância com você é a minha percepção de a democracia representativa constituir-se em algo superior à democracia direta.

            Se eu menciono as eleições em si como um fato da democracia direta significa que eu vejo como expressão da democracia a existência da democracia direta. É preciso apenas que as pessoas compreendam as limitações da democracia direta. A democracia direta não é funcional e se fosse, supondo que se tratasse de um número muito pequeno de habitantes dedicados à prática da democracia direta, ela seria pontual não tendo como possuir o caráter de continuidade que permite as trocas, os favores, os conchavos e as barganhas e se constitui em um instrumento de proteção dos grupos minoritários. Para não ser pontual as pessoas tinham que abandonar a sua vida privada para se dedicar à atividade política, o que é algo impossível.

            Logo depois de se referir à democracia direta da Grécia antiga como uma democracia limitada, pois não havia a participação das mulheres e dos escravos, esquecendo de mencionar os idiotas a que eu referi em meu comentário anterior, e que na Grécia antiga, era termo usado depreciativamente para se referir a quem se exilasse da vida pública, você diz:

            ““Democracia reduzida” sempre foi um meio de impedir que a maioria da população se organize para impor seus interesses à plutocracia”.

            Você não deixa claro se por “Democracia reduzida” você se refere à democracia direta quando há restrições à participação de todos, ou se a democracia representativa pelo fato de o número de representantes ser bem menor do que o da população que os representantes representam. Se você usa a expressão “Democracia reduzida” para referir-se à democracia direta não é uma alegação muito válida. Praticamente hoje no mundo ocidental quando ela é usada em eleições não há restrições na democracia direta.

            E se você usa a expressão “Democracia reduzida” para se referir ao número pequeno de representantes na democracia representativa relativamente ao total da população você tem razão no nome escolhido. Agora a democracia representativa é reduzida porque essa é a única forma de ela ser funcional. A democracia representativa é reduzida para ser funcional e não para constituir em “um meio de impedir que a maioria da população se organize”. a maioria da população não se organiza por outras razões.

            E diante da minha acusação de que a democracia direta não proporciona o debate você retruca dizendo:

            “atualmente com a web as condições estão dadas para uma autêntica Democracia direta. e com muita discussão e debate. online e hiper conectado”.

            Está cada vez mais evidente e tem sido bem difundido a percepção de que existe um encantamento desmedido com a internet. Não é um encantamento só desmedido, ele é mesmo infantil. Escolha qualquer blog que você conheça e faça um levantamento das pessoas que frequentam o blog e você vai verificar que são sempre os mesmos. Independentemente da qualidade do blog, em cada blog são sempre os mesmos que aparecem para discutir determinado assunto. É uma ilusão a hiper conexão. E há muito tempo que se sabe disso.

            Quanto a questão de fazer ou não acordos e fazê-los ou não de modo transparente não pensamos muito diferente, ainda assim eu considero que não se deve ser muito assertivo em política. Faço isso e não faço aquilo não é um bom princípio para se conduzir na política que requer quase sempre muita flexibilidade.

            A sua resposta à minha frase em que eu disse que você critica o PT pelo fato de o partido não atender ao seu desiderato é uma confirmação da minha frase. Você preferia o PT da época da fundação que tinha muita resistência à democracia representativa. O PT para mim mudou para melhor. Para você o partido mudou para pior. Evidentemente nisso divergimos.

            Agora os exemplos que você dá de democracia direta como modelo sendo adotado no mundo depõe contra os seus argumentos. Marinadela é uma cidade com menos de 3 mil habitantes. A Islândia é um país de democracia representativa e não de democracia direta. Recentemente quando da elaboração da nova Constituição à população foi dada condições de participar da elaboração da mesma. Agora deve-se levar em conta que se trata de um país com pouco mais de 300 mil habitantes, correspondendo à população de Vitória da Conquista na Bahia com uma renda per capita provavelmente dez vezes maior e provavelmente muito mais bem dividida e lá apenas a nova Constituição contou com a aprovação popular, mas foi elaborada por um grupo pequeno.

            O EZLN, os Zapatistas no México, é um grupo insular que acaba sendo forte apenas naquilo que conseguiram alcançar em relação à representação parlamentar, ou seja é mais via a democracia representativa que o Chiapas mostra a sua força. Agora mais de vinte anos após a revolta e você vai verificar que os indicadores de saúde, educação e moradia não apresentaram melhoria significativa.

            A força de Evo Morales vem se reduzindo na Bolívia, mas para seu gáudio, eu concedo que esse enfraquecimento não é em decorrência da democracia participativa.

            E o orçamento participativo uma conquista do PT de Porto Alegre e que foi bem desenvolvido aqui em Belo Horizonte tem também suas limitações. É parte ínfima do orçamento público municipal a parte sujeita ao orçamento participativo. E em Porto Alegre, o PT vem sofrendo derrotas tremendas.

            Clever Mendes de Oliveira

            BH, 14/07/2016

          6. uma questão de lógica (3)

            Clever,

            o que temos nesta troca de comentários é um divergência sobre foco e propósito. foco sobre o que está em questão. e qual o propósito de estar em questão. então, não se trata de lógica pura e simplesmente, mas de lógica política. assim como não se trata de opções pessoais, e sim de opções políticas.

            esclarecendo:

            1. o foco é a questão Democrática. por quê? porque a Democracia tal qual se concretiza em nossa sociedade é uma “democracia reduzida”, tanto sob o aspecto da participação quanto dos direitos;

            2. quanto ao “por quê?”, a lógica política é compreender a “democracia reduzida” como um instrumento de dominação, efetivada principalmente através da redução da Democracia apenas ao seu aspecto representativo parlamentar. cria-se uma ilusão, fazendo do voto o único canal de participação popular;

            3. o propósito é transformar a sociedade através da construção coletiva de “mais Democracia”, ampliando-a além de seu limite parlamentar, para incorporar cada vez maior participação, seja através de gestão coletiva e mesmo de plebiscitos;

            4. quanto ao “propósito”, a lógica política exige uma constante crítica dos processos, avaliando seu erros e acertos. pela superação dos erros e pela reprodução ampliada dos acertos, a construção coletiva de “mais Democracia” se desenvolve.

            observe que sempre são estes os parâmetros e referenciais que utilizo, seja em troca de mensagens contigo, com outros usuários do Blog do Nassif, como em qualquer texto escrito por mim, ou mesmo em minha atuação política no geral.

            abraços.

            .

          7. Sem bom diagnóstico corrigem-se acertos e não erros

             

            Arkx (sexta-feira, 15/07/2016 às 16:30),

            Bom você ter dado continuidade ao debate porque permitiu que se pudesse mais bem consolidar os nossos encontros e desencontros. Resumindo você apresenta em 1 e 2 o que poderia ser chamado de seu diagnóstico sobre a democracia posta em prática no mundo ocidental e em 3 e 4 o caminho para alterar o que há de ruim no que foi diagnosticado.

            E eu não tenho mais o que dizer. O que eu já disse e que pode ser sintetizado em relação ao seu diagnóstico é que o termo “democracia reduzida” está sendo mal empregado porque ele é um termo correto para caracterizar a democracia representativa, mas com o sentido elogioso. A democracia representativa sendo reduzida é funcional e tem como principal característica da sua funcionalidade a permanência do seu desenvolvimento de modo ininterrupto, em oposição à democracia direta que não é funcional e mesmo que fosse não funcionaria continuamente, pois é pontual.

            E não só há o mau emprego do termo “democracia reduzida”, como seu diagnóstico peca por considerar a “democracia reduzida”, entendida a “democracia reduzida” como a democracia tendo ênfase na democracia representativa, como instrumento de dominação.

            Não vejo sentido em tratar a democracia representativa como instrumento de dominação. O que é instrumento de dominação é o aparato estatal. Este sim deveria ser combatido se não fosse pelo fato de se observar que quanto mais forte é o aparato estatal, medido este aparato estatal pela carga tributária, mais bem distribuída é a renda da população. Ou seja, se queremos construir uma sociedade com a renda mais bem distribuída é preciso aumentar a carga tributária e é preciso utilizar esse aumento da carga para tentar mais bem distribuir a renda.

            Já o meu diagnóstico é que a democracia representativa não só por ser funcional como também pela profissionalização da atividade política adquirindo caráter de continuidade é superior a democracia direta. Então a democracia deve ter ênfase na democracia representativa e essa deve ser entendida como estando sempre em processo e por essa razão permite mediante composições a defesa dos interesses minoritários, algo mais difícil de ser conseguido em uma democracia direta onde a votação pontual majoritária impõe-se sem limitações.

            Agora tenho por mim que o próprio estágio em que encontra a sociedade ocidental, ainda com resquícios de barbárie (A invasão do Iraque um país fraco pelos Estados Unidos foi barbárie e George Walker Bush ter invadido o Iraque para ser reeleito foi o reconhecimento do estágio de barbárie da sociedade americana) traz como consequência uma grande limitação à democracia representativa. A democracia representativa supõe certa igualdade entre os representados, ou pelo menos cada grupo de iguais deveria ser representado na exata proporção da medida do seu número. Só que a sociedade é desigual e essa desigualdade favorece aos grupos mais poderosos economicamente.

            Há desigualdades que são inerentes ao ser humano. E essas desigualdades vão atingir sempre a representação. Creio que essas desigualdades podem ser pelo menos levemente mitigadas. Lembro que já indiquei um livro de um sociólogo francês publicado pela UFMG e que tem como uma das soluções para enfrentar as desigualdades o mecanismo do sorteio para a escolha de representantes.

            E há desigualdades que podem até ter originadas das diferenças naturais entre os seres humanos, mas que podem ser combatidas de modo mais incisivo. A distribuição de renda, ou a distribuição do poder econômico, é o que provoca toda a disfuncionalidade da democracia representativa. A grande tarefa de quem pretende aperfeiçoar a democracia ocidental em um sistema capitalista que de per si gera desigualdade é combater a desigualdade de renda e não a democracia representativa.

            A questão da repercussão da desigualdade do poder econômico na representação é tão importante que eu tenho repetido aqui que se fosse mais justa a distribuição espacial de renda no Brasil, ao contrário da realidade atual em que quase todo o poder econômico concentra-se em São Paulo, nós não teríamos o impeachment. Também não haveria o impeachment se o poder econômico no Brasil fosse socialmente mais bem dividido. A desigualdade econômica extremada que vigora no Brasil favorece a eleição de um Congresso majoritariamente de direita.

            Em relação ao cominho a ser percorrido talvez tenhamos um ponto em comum na medida que defendo a transformação da sociedade em direção a uma construção coletiva de mais democracia, avaliando os “erros e acertos, pela superação dos erros e pela reprodução ampliada dos acertos”. Democracia é sinônimo de igualdade e daí que eu insisto na necessidade de corrigir a má distribuição de renda no Brasil como um passo importante no aperfeiçoamento da democracia representativa.

            Apesar do ponto em comum, entretanto, não devemos estar trilhando o mesmo caminho. Eu considero insubstituível a democracia representativa e vejo a democracia direta e a democracia participativa como elementos com caráter apenas marginal na construção coletiva de mais democracia exatamente porque salvo nas eleições gerais, a democracia direta e a democracia participativa não podem ser gerais alcançando toda a sociedade e não podem funcionar como um processo de modo ininterrupto, mas apenas pontualmente ou setorialmente. O caráter pontual da democracia direta é expresso nas eleições ou plebiscitos ou referendos. E o caráter setorial é expresso no caso da democracia participativa que sempre se limita a um setor ou uma parte do orçamento ou dos interesses da sociedade. Daí porque mecanismos como o orçamento participativo que é importante só operam em relação a uma parcela ínfima do orçamento.

            Clever Mendes de Oliveira

            BH, 17/07/2016

  83. Raramente na história o velho

    Raramente na história o velho se despede sem  muito sofrimento e dor. Que não esqueçamos dos inúmeros mártires que tombaram na trilha da emancipação humana.

  84. Bom, se eu entendi direito, a

    Bom, se eu entendi direito, a Dilma não volta, o Temer não se sustenta, e o PSDB está ferrado. Quem é alternativa de governo, então? A Rede? A PGR?

    Tem um tal de “novo” nascendo, mas não são as mobilizações contra o impeachment, que são pífias. E o “velho” está morto, embora o latifúndio, a alta finança e a mídia plutocrata não pareçam de forma alguma ter deixado de existir, nem estar em algum tipo de crise terminal. Como pode o que está morto demonstrar tamanha vitalidade?

    Dizia o velho Marx:

    As revoluções burguesas como as do século XVIII precipitam-se rapidamente de sucesso em sucesso, um efeito dramático é suplantado pelo próximo, pessoas e coisas parecem refulgir como brilhantes, respira-se diariamente o êxtase; porém, elas têm vida curta, logo atingem o seu ponto alto e uma longa ressaca toma conta da sociedade antes que, novamente sóbria, aprenda a apropriar-se dos resultados do seu período impetuoso e combativo. Em contrapartida, as revoluções proletárias como as do século XIX encontram-se em constante autocrítica, interrompem continuamente a sua própria marcha, retornam ao que aparentemente conseguiram realizar para começar tudo de novo, zombam de modo cruel e minucioso de todas as meias medidas, das debilidades e dos aspectos deploráveis das suas primeiras tentativas, parecem jogar o seu adversário por terra somente para que ele sugue dela novas forças e se reerga diante delas em proporções ainda mais gigantescas, recuam repetidamente ante a enormidade ainda difusa dos seus próprios objetivos até que se produza a situação que inviabiliza qualquer retorno e em que as próprias condições gritam: Hic Rhodus, hic salta! E nós, como bons burgueses que somos, queremos a via fácil, o efeito dramático, respirar o êxtase diário, até o ponto de nos convencermos de que o êxtase revolucionário é uma reforma universitária aqui, um programa de habitação popular ali, e uma aliança com a China acolá. Ou, pior ainda, de que um suicídio, uma renúncia, e uma fuga ignominiosa ao primeiro tiro disparado pelo inimigo, são grandes vitórias da revolução… E nos espantamos do fato de que o povo turco derrotou nas ruas uma quartelada, enfrentando tanques com a força da pura convicção desarmada, enquanto nós fomos incapazes de derrotar um golpe desarmado. Pois não entedemos que a força do golpe brasileiro reside justamente em ter sido desarmado, enquanto a fraqueza do golpe turco residiu, fundamentalmente, nos seus tanques. (Ora, se era para derrotarmos o golpe da forma como os turcos derrotaram o golpe de lá, teríamos que ter abraçado o Palácio do Planalto no dia 11 de maio, e impedido pela força a saída da presidente. Mas quem propusesse tal coisa teria sido chamado de louco, e talvez fosse mesmo. O que nos coloca a questão: a tal desistência de que o texto fala pode ter sido muito anterior ao impeachment, e pode não ter sido a desistência de uma presidente e um ex-presidente, de um partido ou de uma coligação, mas a desistência generalizada das forças que se diziam defensoras da legalidade – inclusive da imprensa declaradamente anti-golpista. Ou isso, ou então o golpe era de fato inevitável, pois os defensores da legalidade teriam denunciado como loucura qualquer tentativa de… defender a legalidade.) E continuamos na nossa confusão a discutir absurdos como a proposta da derrubada do impeachment com a condição da renúncia de Dilma, para poder continuar a chamar derrota de vitória e vitória de derrota. Mas tal é a sina da pequena-burguesia: passar da euforia ao desespero, e do desespero à euforia, sem sequer entender por quê. Pois como não se coloca nunca um objetivo viável, tem necessariamente de confundir paliativos com revoluções, e derrotas táticas com o Apocalipse. O que nunca se coloca como possibilidade é refletir sobre os limites reais impostos pelas condições em que se dá a luta, bem como pelos objetivos a que nos propomos. A história do golpe de 2016 é de novo a história da derrota do “desenvolvimentismo” – a utopia segundo a qual o Brasil poderá se “desenvolver” nos mesmos termos em que Estados Unidos e Europa, bastando para isso isolar-se do mundo e autarquizar sua economia. São derrotas inevitáveis por que não há no Brasil nenhum segmento relevante do capital que tenha a mais remota intenção de seguir essa rota, e as classes populares não tem a menor condição de impor à burguesia uma proposta de prosperidade alternativa. Entender por que as ofensivas populares no Brasil tem sempre se desviado para esse caminho sem saída é fundamental para entendermos o nosso problema. Mas, ao contrário, nossa análise busca sempre preservar essa utopia. Não é que não é mais possível nos dias de hoje uma nação capitalista periférica, cuja estrutura econômica está profundamente penetrada pela internacionalização do capital, alçar-se à condição de potência do centro capitalista. É que faltou coragem, ou patriotismo, ou força de vontade, ou sabe-se lá que mais. Evidentemente, sem ir ao ponto central, sem entender que o capitalismo não nos reserva nada a não ser mais alienação e exploração, sem mudar o objetivo das classes populares, da impossibilidade da alternativa “sensata” do capitalismo nacional e democrático para a necessidade da alternativa “impossível” do socialismo – não a caricatura estalinista consistente em economias de mercado fechadas e ossificadas, mas o socialismo propriamente dito, como superação da economia de mercado e de escassez, não é possível evitar derrotas como as de 1964 e 2016, ou as próximas que vamos passar a construir, nos termos de um populismo estruturalmente destinado ao fracasso.

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