Como se preparar para a economia de guerra, por Othon Luiz Pinheiro da Silva

Como só o governo tem capacidade de produzir dinheiro esta ajuda terá que ser majoritariamente governamental . O retorno para a “economia normal" terá que ser muito bem planejado, o mais rápido, e baseado em números reais que só serão reais se for muito ampliado o numero de testes para COVID-19 .

É evidente que não podemos “parar a economia” e sim transformar a economia normal de “tempos de paz” em uma “economia de guerra” o mais rápido possível.

A “Economia de Guerra” engloba um grande numero de atividades econômicas vitais como: produção, transporte distribuição e comercialização de alimentos que engloba as atividades industriais e manufatureiras em pequena escala de preparação dos alimentos como açougues , padarias etc- atividades de produção, transmissão , distribuição de energia elétrica incluindo as necessárias manutenções – atividades de produção de combustíveis ( diesel, gasolina, álcool e gás) transporte distribuição e comercialização – atividades de tratamento e fornecimento de agua e redes de esgoto- coleta e deposição de lixo – aumentar substancialmente os serviços de saude tanto os hospitalares como os ambilatoriais – produzir e distribuir material e equipamentos de segurança e proteção individual prioritariamente para os que trabalham em serviços de saude mas também para todos os serviços vitais – serviços de comunicação – priorizar a produção nacional de testes para COVID-19 , respiradores, oxigênio e materiais hospitalares necessários – manter meios de transporte para quem trabalha em atividades vitais .

Para quem não for diretamente envolvido em atividades vitais da economia é importante o isolamento social para diminuir a velocidade de propagação da COVID-19 visando não ultrapassar a capacidade de atendimento do sistema de saúde e minimizar o numero de mortes precoces causadas pela COVID-19-

Para quem for dotado de um mínimo de inteligência fica evidente que o esforço para manter as atividades vitais da economia de guerra significa manter grande parte da economia funcionando e com eficiência.

Para os que não trabalham em atividades vitais da economia de guerra é necessário que haja um auxilio financeiro temporário que os permita sobreviver enquanto houver necessidade de manutenção da “ Economia de Guerra” .

Como só o governo tem capacidade de produzir dinheiro esta ajuda terá que ser majoritariamente governamental . O retorno para a “ economia normal terá que ser muito bem planejado , o mais rápido, e baseado em números reais que só serão reais se for muito ampliado o numero de testes para COVID-19 . A discussão de parar ou não parar a economia baseada em conceitos clássicos de economia em tempos de paz é falta de competência, falta de inteligência ou má fé.

Luis Nassif

7 Comentários

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  1. Essa prisão foi muito estranha, para mim é mais uma prova que a função precípua da Lava Jato foi destruir as cadeias produtivas mais eficientes do país, nesse caso foi matar o projeto nuclear antes de se conseguir escala industrial.

  2. Acho que uma das explicações para essa historia de “gripezinha” de bolsonaro é que ele foi contaminado e não teve sintomas, por isso acha que o Covid não é tão perigoso quanto o mundo todo diz. Esperar da parte dele que haja um reorganização do sistema politico, econômico e social para enfrentrar a calamidade que vem pela frente é tempo perdido. Como acho que Braga Neto e a junta é muito parecida com o bolsonarismo, nove foras a falta de noção notoria e publica do Bozo, eles farão mais ou menos alguns ajustes, mas sem grande responsabilidade social.

  3. Consequências nefastas do Bolsonarismo

    O Bolsonarismo consagrou nas redes sociais, onde se criou, vive e se alimenta, desde o início da pandemia no Brasil, graças ao megafone da Presidência, o conceito de que os homens de bem querem trabalhar, quem quer ficar em casa é petralha, vagabundo e comunista, que só pensa em mamar nas tetas do Estado.

    A amiga publica nas redes que procurou o dono do imóvel onde mora para renegociar o valor do aluguel. Veja que ela não propôs uma moratória, mas tão somente renegociar o valor registrado em contrato.
    Segundo ela, nem conseguiu terminar de dizer, foi rechaçada liminarmente. Conheço a menina, mora na quebrada, estudamos na FESPSP em 2013/2014, nunca teve carteira assinada, de modo que a quarentena a atingiu em cheio, vive de frilas.

    Pediu ajuda para advogados, choveram ofertas. Vai demandar. O caso dela não é pontual, é sistêmico. E o dono do imóvel, que imagino modesto assim como o aluguel, ainda não entendeu o que aconteceu, e como certamente é bolsonarista, entende que a inquilina quer “folgar nas suas costas, se valer da situação”.

    Mal imagina o infeliz que se ele perder a inquilina, vai ficar com o imóvel fechado por 2/3 anos, ou alugar pela metade do valor atual. Não imagina o tamanho da crise. Segundo a Mônica de Bolle, o desemprego nos EUA, que antes da crise estava ao redor de 3/4%, deve fechar este ano em torno de 24%.

    Se o problema não é episódico, pontual, mas sistêmico, é onde entra o Estado regulamentando, normatizando uma situação excepcional. É isso ou o caos.

    Só tem um problema aí: NÃO há governo no Brasil. Esse tipo de problema nem passa pela cabeça do Paulo Guedes ou Sérgio Moro. Paulo Guedes não sabe que existe o Brasil Profundo. O mais profundo que ele conhece é o calçadão do Leblon, onde costuma caminhar, sem camisa, em manhãs de sol radiante para manter o bronze em dia.

  4. Quando o Brasil irá declarar independência de sua elite dirigente (militar, empresarial, midiática e financeira, agrária e intelectual) associada aos interesses do império?

    O Brasil declarou independência de Portugal para ficar dependente da Inglaterra. Depois da segunda Guerra, em 64, deu um golpe de Estado para ficar dependente da nova potencial imperial, os EUA.

    Quando o Brasil irá declarar sua verdadeira independência?

    Até quando os brasileiros aguentarão uma elite de vira-latas, lambe botas de impérios?

    Um desabafo, depois de ler mais uma proposta de lucidez diante de tanta insensatez que nos rodeia.

  5. Há algum tempo as Forças Armadas brasileira perderam o SENTIMENTO DE PATRIOTISMO, o sentido de nacionalismo, de soberania e de defesa do país.

    Basta repassar a história recente, assistiram indiferentes ao desmonte do Estado brasileiro, ao desmonte de sua indústrias e empresas de base estruturais e estratégicas como a Petrobras, a Eletrobras, o Programa Nuclear, a indústria naval, as empreiteiras e outra tantas…

    Sucumbiram ao modismo do “morismo e lavajatismo”, engendrado alhures, inconsequente que se instaurou no Brasil

    O Vice Almirante OTHON PINHEIRO foi uma das vítimas dessa indiferença.

    OTHON ,“um homem absolutamente brilhante, um patriota comprometido com a ciência brasileira”. “Ele desenvolveu a tecnologia de centrífugas que o Brasil tem hoje, reconhecida como a melhor tecnologia do mundo, dentro desse setor de domínio do ciclo de urânio”, afirmou o ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral (PSB) em etrevista ao jornal Brasil de Fato.

  6. Comandante Otho. Lúcido, propositivo, brilhante. Não deve ser o unico nas forças armadas. Como chegamos à este pesadelo? Como sair dele?

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