Mais de 58 mil crianças podem morrer de fome na Somália

Do Sul 21

Sem ajuda, mais de 58 mil crianças podem morrer de fome na Somália

Mais de 58 mil crianças podem morrer de fome na Somália se não receberem ajuda de emergência devido à enorme seca no país associada às consequências da guerra civil, alertou hoje (8) a Organização das Nações Unidas (ONU).

“O nível de desnutrição, principalmente das crianças, é muito preocupante, aproximadamente 350 mil menores de cinco anos sofrem de desnutrição aguda”, declarou o coordenador da ajuda humanitária da ONU na Somália, Peter de Clercq, em nota.

A situação faz lembrar que há quatro anos, quando a combinação de uma seca de grande amplitude com a guerra civil provocou a morte devido à fome de mais de 250 mil pessoas.

Atualmente, cerca de 950 mil pessoas “lutam diariamente para se alimentarem” e 4,7 milhões de somalis, perto de 40% da população, necessitam de ajuda humanitária, segundo os dados recolhidos pela Unidade de Análise da Segurança Alimentar e da Nutrição da ONU e a Rede de Alerta Precoce da Fome.

O fenômeno meteorológico El Niño é este ano mais intenso, tendo provocado no Chifre da África inundações desastrosas para a agricultura no sul da Somália e uma enorme seca no norte.

A ONU pediu um financiamento de US$ 885 milhões para enfrentar a crise que pode piorar nas regiões da Puntlândia e da Somalilândia.

A situação humanitária na vizinha Etiópia também é preocupante, segundo a ONU. Pelo menos 10,2 milhões de habitantes precisam de ajuda alimentar, número que poderá duplicar nos próximos meses se não forem tomadas medidas adequadas.

 

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Triste. Mas nesse mundo de

    Triste. Mas nesse mundo de barbárie quem se importa com a morte por fome de crianças africanas?

    Cerca de dez mil  crianças e adolescentes refugiados desapareceram em solo europeu (v. Link). A maioria, provavelmente, órfãos de guerras. Que fim levaram? Existem diversas hipóteses,  todas absurdas (rede de pedofilia? tráfico de órgãos?).  

     

    http://www.theguardian.com/world/2016/jan/30/fears-for-missing-child-refugees

     

  2. Como pode a fome ainda hoje?

    58 mil crianças! E quando chegam em embarcações caindo aos pedaços na costa européia, ninguém os quer. Dizem os europeus que é preciso reenvia-los. Para viver qual situação? Quando a Africa era o continente das pedras preciosas e minérios, os europeus foram para la explorar tudo o que podiam. E muitas dessas crianças ja perderam na competição da vida.

  3. O que FALTA aos que MORREM está ACUMULADO com os que MATAM.

    Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem; ( Salmos 24,1)

    “… Na terra de Jesus, o sistema tanto político como religioso impedia o povo de observar a lei de Deus que dizia: “entre vocês não haja pobres!” (Dt 15,4) A religião, do jeito que era organizada e praticada, tornou-se motivo de exclusão de um número cada vez maior de pessoas. Este era o escândalo! “Por vossa causa o Nome de Deus está sendo blasfemado” (Rm 2, 24). O clã deixou de funcionar como força integradora, protetora e acolhedora das pessoas e das famílias.

    3. A reconstrução da comunidade iniciada por Jesus

    A nova experiência de Deus como Pai marcou a vida de Jesus e deu a ele olhos novos para perceber, avaliar e enfrentar a realidade social do seu tempo. No Antigo Testamento Deus é chamado Pai 15 vezes. No Novo Testamento, 245 vezes! Na sua ação evangelizadora Jesus vai revelar a vontade do Pai. “O Pai não quer que um destes pequeninos se perca” (Mt 18,14).

    Para os tempos do Messias, “antes da vinda do grande Dia de Javé”, o povo esperava que o profeta Elias viesse “reconduzir o coração dos pais para os filhos e o coração dos filhos para os pais” e “restabelecer as tribos de Jacó” (Ml 3,24; Eclo 48,10). Esperavam que o clã fosse reconstruído e que o relacionamento entre as pessoas se tornasse, novamente, fraterno e não excludente. Pois, sem a reconstrução da casa, do clã, da comunidade, o povo estaria ameaçado de desintegração total (Ml 3,24).

    Com a pregação de João Batista esta esperança começou a realizar-se (Lc 1,17). Jesus reconhece que Elias veio na pessoa de João Batista. Mas João foi rejeitado. O sistema foi mais forte que o testemunho do profeta (Mc 9,11-13; Mt 17,10-13). Depois de João Batista, o próprio Jesus continua a missão messiânica de reconstrução do clã, da comunidade. Ele insiste no acolhimento a ser dado aos pequenos, aos excluídos e marginalizados. “Quem acolhe a um destes pequenos em meu nome é a mim que acolhe” (Mc 9,37). Quem dá um copo de água a um destes pequenos não perderá sua recompensa (Mt 10,42). Ele pede para não desprezar os pequenos (Mt 18,10). E no julgamento final os justos vão ser admitidos no Reino porque deram de comer a “um destes mais pequeninos” (Mt 25,40).

    Se Jesus insiste tanto no acolhimento a ser dado aos pequenos, é por que havia muita gente pequena sem acolhimento! Com efeito, mulheres e crianças não contavam (Mt 14,21; 15,38), eram desprezadas (Mt 18,10) e silenciadas (Mt 21,15-16). Até os apóstolos impediam que elas chegassem perto de Jesus (Mt 19,13; Mc 10,14). Em nome da lei de Deus, mal interpretada pelas autoridades religiosas, muita gente boa era excluída. Em vez de fortalecer o clã e de acolher os excluídos, a lei de Deus era usada para legitimar a exclusão e a divisão. Havia muitas divisões injustas, legitimadas pela religião oficial, que marginalizavam muita gente.

    Jesus, com palavras e gestos bem concretos, ignorou estas divisões e as denunciou com força: a divisão entre próximo e não-próximo (Lc 10,29-37); judeu e estrangeiro (Mt 15,21-28); santo e pecador (Lc 19,1-10; Mc 2,15-17); puro e impuro (Mt 23,23-24; Mc 7, 8-23; Mc 7,19); obras santas e profanas (Mt 6,1-18); tempo sagrado e profano (sábado) (Mc 2,27; Jo 7,23); lugar sagrado e profano (templo) (Jo 4,21-24; 2,19; Mc 13,2); rico e pobre (Lc 16,13; Lc 9,58). Denunciando estas divisões injustas, Jesus convida as pessoas a se definirem frente aos novos valores do amor e da justiça, e as convoca a refazer as relações da convivência comunitária.

    Jesus veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Ele anunciava o Reino para todos! Não excluía ninguém, mas o anunciava a partir dos excluídos. Jesus oferecia um lugar aos que não tinham lugar na convivência social. Acolhia os que não eram acolhidos. Recebia como irmão e irmã aos que a religião e o governo desprezavam e excluíam: os imorais: prostitutas e pecadores (Mt 21,31-32; Mc 2,15; Lc 7,37-50; Jo 8,2-11); os hereges: pagãos e samaritanos (Lc 7,2-10; 17,16; Mc 7,24-30; Jo 4,7-42); os impuros: leprosos e possessos (Mt 8,2-4; Lc 11,14-22; 17,12-14; Mc 1,25-26); os marginalizados: mulheres,crianças e doentes (Mc 1,32; Mt 8,17;19,13-15; Lc 8,2s); os colaboradores: publicanos e soldados (Lc 18,9-14;19,1-10); os pobres: o povo da terra e os pobres sem poder (Mt 5,3; Lc 6,20.24; Mt 11,25-26).

    http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=1087

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador