
Ao menos quatro policiais foram sequestrados no Equador, após o presidente Daniel Noboa decretar estado de exceção para todo o país, nesta segunda-feira (8), incluindo o sistema penitenciário, em meio a fuga de um chefe de facção criminosa.
Três agentes foram sequestrados enquanto trabalhavam na unidade de polícia Wilson Franco, na cidade de Machala, no sudoeste do Equador. Outro policial foi levado por criminosos na capital Quito.
A polícia afirmou, por meio de comunicado publicado nas redes sociais, que “nenhum destes acontecimentos ficará impune”.
Os sequestros são uma resposta ao estado de exceção decretado pelo governo do país, após a fuga de José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito, líder da gangue Los Choneros, uma das maiores facções do Equador.
A fuga
No domingo (7) à noite, o Ministério Público do Equador anunciou que o criminoso de 44 anos, considerado um dos mais perigosos do país, não foi encontrado na prisão da cidade de Guayaquil, onde ele deveria estar cumprindo pena.
A polícia e o exército, então, mobilizaram mais de 3.000 homens para encontrar Fito, mas, até agora, o criminoso segue foragido.
Estado de exceção
O decreto de estado de exceção, que tem vigência de 60 dias, autoriza que as Forças Armadas possam ir às ruas apoiar o trabalho da polícia.
A medida impõe à população toque de recolher entre 23h e 5h. Além disso, implica no direito a privacidade de domicílio e de correspondência. Na prática, as autoridades não precisam de uma ordem judicial para entrar nas casas das pessoas.
A medida foi justificada pela “grave comoção interna no país”.
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