Escândalo de Milei é “o maior roubo de criptomoedas de todos os tempos”, diz Forbes

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

Para a Forbes, o presidente argentino “está em maus lençóis” diante do “fiasco das criptomoedas”, conhecido como Criptogate

A norte-americana Forbes manchetou Milei como protagonista do “maior roubo de criptomoedas de todos os tempos”

Milei está na mira do “maior roubo de criptomoedas de todos os tempos”, manchetou a revista norte-americana Forbes. “Escândalo de Criptomoedas de US$ 4,6 Bilhões na Argentina; Maior Roubo de Criptomoedas de Todos os Tempos”, trouxe o reconhecido periódico de economia mundial.

“O presidente argentino Javier Milei enfrenta uma investigação de fraude após promover uma criptomoeda que entrou em colapso em poucas horas, evaporando bilhões em valor”, ditou a publicação.

Segundo a Forbes, o presidente argentino “está em maus lençóis” diante do “fiasco das criptomoedas”, que ficou conhecido como Criptogate, o episódio no qual o líder do país impulsionou um dos maiores rombos de investimentos do mercado com a criptomoeda $LIBRA.

No dia 14 de fevereiro, a criptomoeda foi promovida por Milei em uma mensagem no X (antigo Twitter), que foi posteriormente excluída. O valor da moeda subiu rapidamente, mas logo despencou, deixando milhares de investidores no prejuízo, com perdas estimadas em quase US$ 90 milhões [entenda o episódio aqui].

A Forbes trouxe os cálculos dos prejuízos segundo a empresa de análise de criptomoeda Nansen: “86% dos traders que compraram $LIBRA perderam dinheiro, com perdas totais chegando a US$ 251 milhões”, enquanto que “alguns sortudos embolsaram US$ 180 milhões”.

“Os números pintam um quadro brutal”, martelou o jornal.

Apesar de publicamente lavar as mãos, nos dias seguintes ao escândalo, as relações de Javier Milei com os representantes da criptomoeda, como o jovem empresário Hayden Mark Davis, CEO da Kelsier Ventures, vieram à tona, engolindo, definitivamente, as chances do líder argentino de se dissociar do caso, conforme o GGN mostrou aqui.

Não só fundador da criptomoeda, Davis chegou a admitir que contralava cerca de US$ 100 milhões da $LIBRA e detalhou, em uma entrevista tornada pública após o escândalo, que existe uma estratégia chamada de “sniping”, de uso de bots para comprar rapidamente tokens recém-lançados a preços ultrabaixos antes do público em geral, para obter uma ampla diferença da moeda e vendê-la com um lucro enorme.

Depois, publicamente, ele afirmou que o escândalo foi somente “um experimento que aconteceu de dar muito errado”.

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