A influência do capital financeiro nos rumos dos países, por Cláudio Lembo

Enviado por Assis Ribeiro

Do Terra Magazine

Estranho acontecimento

Cláudio Lembo

Não é novidade para ninguém. O centro nevrálgico da política não se encontra nos partidos. Muito menos nos palácios governamentais. Sequer nos parlamentos.
 
Onde se apresenta o epicentro da política?
 
Claro, longe do cidadão comum. Do qualquer um. Fica, muitas vezes, distante dos estados nacionais. Lá, onde se encontram os bunkers do capital.
 
As decisões, que afetam grandes parcelas da população, são tomadas nos gabinetes fechados dos executivos financeiros e dos órgãos supranacionais da economia.
 
Nada vale a vontade política dos governos locais face às resoluções dos bancos centrais e das bolsas de valores dos grandes centros financeiros.

 
As decisões são tomadas em segredo. E, em segredo, impostas por toda a parte.
 
As agências internacionais de notícias, como boas porta-vozes, se incubem de difundir as diretrizes e as imposições do capital financeiro internacional.
 
Foi assim desde o surgimento do capitalismo industrial. Ampliou-se a prática com o capitalismo financeiro. Este não tem face nítida, mas domina todos os espaços das economias de cada país.
 
O cidadão – que pensa ter cidadania – não passa de um servidor dos grandes interesses. Toma atitudes. Vota. Imagina ser livre, mas está obedecendo aos ditames dos operadores financeiros.
 
Estes sempre se mantiveram em aparente silêncio. Abstém-se de falar em público. Não possuem opinião a respeito de nada. Apenas pensam nos lucros de suas operações.
 
Esta é uma realidade presente por toda a parte e não ausente em um país dependente, como o Brasil. Jamais na nossa longa História política recolheu-se uma opinião nítida de um banqueiro.
 
Quando no exercício da profissão, a regra é a preservação de seus interesses perante a opinião pública e os governantes. E a melhor maneira de preservar interesses é o silêncio aparente.
 
Causa surpresa, portanto, no início da atual campanha política o posicionamento de uma instituição financeira em assuntos eleitorais. É inusitado.
 
Muitas poderão ser as causas deste procedimento jamais visto. A origem da instituição? Não tem raízes nacionais. Talvez seus executivos estejam acostumados com outras realidades.
 
É, no entanto, impressionante o que aconteceu. Um banco querer influir na vontade do eleitorado. Quem lida com a moeda deve ser cuidadoso em suas assertivas.
 
Conhecem-se os poderosos lobbies que atuam, em cuidadoso silêncio, junto às autoridades financeiras e o Congresso Nacional. Faz parte do processo decisório democrático.
 
Mas, instituição financeira – ou qualquer outro agente econômico – imiscuir-se explicitamente em político é novidade sem qualquer traço no passado.
 
Certamente, os executivos superiores da instituição – que falou fora de hora – deverão em breve estar no Brasil e, aqui, pedirão audiência às autoridades do Executivo.
 
Serão recebidos e proferirão as mais elevadas loas.
 
Assim, a nave vai. Como mostrou Federico Fellini.
Redação

6 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    1. Concordo plenamente colega,

      Concordo plenamente colega, ao ver a reporcagem na tv esconderam esse importante detalhe de quem não repassou a verba, misturaram tudo, como sempre fazem quando tem um bico tucano no meio.

  1. Para entender ,basta ler(há

    Para entender ,basta ler(há exceções…). 

    A edição de hoje do Globo,é um exemplo da  tática bélica ,conhecida como ” martelo  e bigorna”,aplicada a “guerra” desencadeada pelos meios  já  há mais de dois anos pela sucessão.

    Um exemplo  do  jornalismo destrtutivo.De tal ordem, que  lembra  a versão midiática  dos  carros, homens, crianças bombas. Os Marinho ,assistiriam de longe ,na segurança dos seus 29 Bilhões de dólares,o que for que viesse acontecer  de  catastrófico aqui dentro.  Eles  e aqueles   que cultivaram nos paraísos fiscais o jardim imperecível

    de suas  fortunas. Portanto,até no  árido e hostil   deserto de Gobbi,jamais  sentirão diferença de  um grau

    do conforto e  segurança,  que seja, secularmente ,  habituados que estão.

     

  2. o lembo coloca bem a questão

    o lembo coloca bem a questão – mas na europa esse mercado financeiro já tomou o poder faz tempo sem nenhuma contrapartida, pois na espanha, por exemplo,os índices de desemprego continuam estratosféricos, ao contrário do brasil, que mantém o pleno emprego.

    mas o que acho pior é essa maculante associação entre os bancos e  a mídia e a tudo que seja conservador no páís.

    o jn da globo é patrocinado por um grande banco – já o era antes.

    o que você acha que a globo vai falar sobre isso?

  3. A influência é mais profunda

    A influência é mais profunda ainda que o texto declara.

    GOVERNO HOLANDÊS LIBERTA CAPO DO NARCOTRÁFICO

    O general Hugo Carvajal “el Pollo”, mega narcotraficante do governo chavista, agora leve, livre e solto por decisão do governo holandês. A foto é do jornal El Nuevo Herald onde há reportagem sobre a inusitada libertação que envolveu até Valdmir Putin. O general venezuelano Hugo Carvajal, “el Pollo”, o frango) acusado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, de ser o operador do cartel de drogas em conluio com as FARC e que havia sido preso na última quarta-feira em Aruba, já está solto. O governo Holandês, determinou a soltura sem maiores explicações, a não ser o fato de que Carvajal detinha a condição de diplomata. Nicolás Maduro havia designado El Pollo, como cônsul em Aruba, território vinculado ao Reino da Holanda.Todavia, o Reino holandês e os Estados Unidos têm um acordo bilateral no que se relaciona à segurança e o combate ao tráfico de drogas. Inclusive os Estados Unidos possuem em Aruba funcionários da DEA, órgão do governo americano destinado ao combate ao tráfico de drogas. Sobre as costas de Carvajal, há uma série de processos instaurados pela Justiça americana, que o acusa de ser o “capo” do tráfico de drogas, o homem que coordena o envio da “mercadoria” para os Estados Unidos, além disso, está sintonizado com as FARC, o grupo comuno-terrorista colombiano.O episódio põe a nu uma realidade cruel. A civilização ocidental está sendo corroída sob todas as formas, mormente nos planos moral e ético. Os cartéis das drogas demonstram reunir poderes jamais imaginados. Vou tentar resumir o que de fato está acontecendo e é escamoteado pela maioria da grande mídia a partir desse inusitado caso. Sobretudo o que se relaciona ao nível político e ideológico.O general Carvajal, que já se encontra na reserva, era confidente de Hugo Chávez, homem de confiança total e dirigiu por longos anos o setor de inteligência militar a mando de Chávez.PODER SEM LIMITE
    Como a América Latina se transformou numa plataforma gigante de exportação da droga para os Estados Unidos e Europa, quem opera o esquema são as ditaduras ditas bolivarianas, sob a orientação direta de Cuba. Por serem governos ditatoriais com zero de transparência como todas as ditaduras, os bolivarianos montaram um sistema de poder do qual já fazem parte altas autoridades e empresários de diversos países como Estados Unidos e Holanda, por exemplo, e, particularmente, dirigentes de grandes empresas multinacionais.Ao libertar o “Frango” de estimação de Nicolás Maduro, o governo holandês o expulsou avisando que se voltar será preso. E aí vem a indagação: e por que foi solto?A libertação desse mega-narcotraficante venezuelano faz emergir como funciona o sistema de poder que corrói as democracias ocidentais. A poderosa construtora de navios holandesa, Damen Shipyards Group,tem contratos de construção de embarcações com Cuba e diversos países vinculados ao Foro de São Paulo, a organização comunista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990. Projetos de navios Damen, estão em construção em estaleiros no México, Cuba, Venezuela, Equador, Brasil e Argentina. Entretanto, com a Venezuela, esse grupo holandês tem um contrato bilionário. Construirá 12 navios-patrulha para a Marinha da Venezuela.Além disso outra empresa que opera negócios petroliferos na Venezuela é a Shell, poderoso grupo anglo-holandês que também possui altos negócios com a Rússia.O ex-embaixador venezuelano antes as Nações Unidas, Diego Arria,afirmou que a súbita decisão holandesa de libertar o general do narcotráfico poderia ser uma nova manifestação de como os intereses econômicos preponderam sobre os princípios da Justiça. Lembra Arria, que milhões de holandeses possuem seus fundos de pensão com investimentos diretos nas ações da Shell, fato que faz dessa gigante do petróleo ser intocável. Qualquer ameaça à sua performance torna-se um drama para os velhinhos holandeses que dependem de seus fundos de pensão. Em outras palavras, isto representa não só uma couraça de segurança à Shell, mas por outro lado beneficia ditaduras assassinas na América Latina, como da Venezuela chavista. E pouco importa para os mega acionistas da Shell e seus diretores que a América Latina seja transformada nesse lixão marcado pela violência escandalosa que deriva totalmente da maldição do narcotráfico sob a proteção estatal.Além disso, o governo da Venezuela também pediu a ajuda da Rússia para conseguir a  libertação de “El Pollo”, solicitando os préstimos do “companheiro” Vladimir Putin. Lembrem-se que a Shell também possui negócios de vulto na Rússia.FINANCIANDO O TERROR
    O episódio dessa prisão e soltura do general narcotraficante, como afirmei no início deste texto, demonstra de forma clara e objetiva que quem segura a vagabundagem bolivariana no poder na Venezuela, Brasil, Equador, Bolívia, Argentina e Uruguay, não são os bolsas-famílias, a horda que vive de uma forma ou de outra à expensas da caridade estatal. São empresas gigantes como a Shell e a Damen holandesas, ou ainda a empreiteira brasileira Odebrecht que construiu o porto de Mariel em Cuba com o financiamento do BNDES e cujo montante dos recursos é desconhecido, já que o governo do PT carimbou a operação como “sigilosa”! Estes são os financiadores desses regimes espúrios liderados pelos barões do narcotráfico, o que não deixa de ser uma coisa vergonhosa e lastimável. Já se chegou a uma situação em que as fronteiras do que é público e o que é privado não existem mais. E quando essa separação deixa de existir morrem a democracia e a liberdade; morre a civilização ocidental!Lamentavelmente, é na América Latina que emergiu essa experiência sinistra do dito “socialismo do século XXI”, porquanto os países que adotam esse regime preconizado pelo Foro de São Paulo se transformaram no locus por excelência para a operação de todos os tipos de fraudes e falcatruas.Ainda que tudo isso seja muito triste e lamentável, é a verdade dos fatos. E como a grande mídia nacional e internacional já faz parte desse contubérnio escandaloso, dificilmente o que acabei de narrar aqui e agora será objeto de reportagens nos grandes jornais e televisões. Aqui no Brasil, por exemplo, estão mais preocupados com um aeródromo no interior de Minas Gerais. Mas isto, como podem notar, faz sentido. Trata-se de manter intocável o esquema do Foro de São Paulo e os favores que concede aos seus amigos.Que o digam “El Pollo” e seus sequazes.http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2014/07/governo-holandes-liberta-capo-do.html

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador