Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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As eleições e a estratégia Lula ou Lula, por Aldo Fornazieri

As eleições e a estratégia Lula ou Lula

por Aldo Fornazieri

Setores do PT têm proposto a palavra de ordem “Lula ou nada”, como eixo articular da estratégia para enfrentar as eleições de 2018. Não se sabe bem o que esta ideia significa, mas, de per si, é um equívoco. Numa interpretação estrita da ideia ela só seria pertinente se significasse que, se Lula for impedido de concorrer, o PT boicotaria as eleições. Mas, aparentemente, o próprio PT sabe que um boicote às eleições seria um desastre para o partido e para a própria sociedade, pois as forças conservadoras poderiam ocupar um espaço nos governos e nas Casas Legislativas maior do que aquele ocuparão sem um boicote. Ademais, o boicote às eleições implicaria estar preparado para uma guerra continuada com o próximo governo, na suposição de que seria ilegítimo. Mas, até agora, o PT tem mostrado escassa força mobilizadora.

Mas se a palavra de ordem “Lula ou nada” não expressa uma estratégia de boicote às eleições, mesmo assim ela é equivocada. Trata-se de uma palavra de ordem negativa e, portanto, despotencializadora e despolitizadora. Se a ideia é caminhar com Lula até o fim, o que implica concorrer às eleições mesmo sub judice a melhor palavra de ordem para expressar essa estratégia é “Lula ou Lula”. Isto é: concorrer com Lula sem os impedimentos legais ou concorrer com Lula mesmo sub judice, o que implicaria numa decisão judicial após o resultado das eleições caso Lula fosse eleito. Esta palavra de ordem é positiva e consistiria numa afirmação positiva de uma estratégia, conferindo-lhe potência e atratividade. Até porque concorrer com Lula sub judice o PT não ficaria com nada: poderia imprimir potência e positividade às candidaturas parlamentares, senatoriais e aos governos dos Estados. “Lula ou Lula” é a afirmação do próprio Lula, expurgando a noção de que a negatividade “nada” possa ser alternativa ao “Lula”.

Qual o mérito da estratégia “Lula ou Lula”, isto é, concorrer com Lula legalmente aceito pela Justiça ou com Lula com a candidatura sub judice? A estratégia é factível, ao menos, por quatro argumentos de razoabilidade. O primeiro argumento é o do risco. De acordo com dados veiculados pela imprensa, em 2016, cerca de 145 prefeitos se elegeram sem o registro das candidaturas deferido pela Justiça Eleitoral. Desses, 70% conseguiram reverter a situação e assumiram os seus cargos depois de eleitos. Então, quanto ao risco, há um enorme precedente jurídico no sentido de que candidatos sem o registro deferido podem participar das eleições com seus nomes constando nas urnas. Não seria razoável que o nome de Lula não constasse. Ademais, o alto percentual de reversão do não deferimento – 70% – mostra que o risco compensa.

O segundo argumento é o da recompensa. Todas as pesquisas indicam que a possibilidade de Lula vencer no primeiro ou no segundo turno é grande. Numa eleição que vem se caracterizando pelo descrédito, pela apatia e pela desesperança, Lula é o único líder capaz de conferir-lhe crédito, estímulo, significado e esperança. Todos os senões e restrições que possam existir em relação a Lula já estão precificados nas atuais intenções de voto. Desta forma, os riscos de perdas eleitorais são pequenos e as possibilidades de ampliação das intenções de voto no ex-presidente são grandes. Lula é o único candidato que pode alterar de forma positiva e de forma significativa o ânimo dos eleitores.

O terceiro argumento é o da responsabilidade. As forças democráticas e progressistas têm a obrigação de lutar para derrotar as forças conservadoras comprometidas com programas anti-sociais, anti-nacionais, anti-populares e anti-civilizacionais. Como sempre se enfatizou, o ideal seria a formação de uma frente democrática e progressista para derrotar eleitoralmente o conservadorismo. Mas, em sendo não viável neste momento a formação dessa frente, a candidatura Lula é o meio mais factível para derrotar as forças de direita e restaurar um processo de resgate democrático do país. Com isto não se quer negar a legitimidade das candidaturas de Boulos, Manuela e Ciro, pois, certamente, esses candidatos e os partidos que os apóiam têm entendimentos diversos acerca das prioridades estratégicas na presente conjuntura. Tendo em vista que não há o monopólio da verdade, é preciso que todas as forças democráticas, progressistas e de esquerda desenvolvam diálogos produtivos e construtivos entre si.

O quarto argumento é o da coragem e o do confronto. O Judiciário golpista, arbitrário, persecutório, parcial, serviçal das elites e punitivo dos pobres precisa ser confrontado. Um judiciário que rasgou a Constituição, que espezinhou as leis, que viola a hierarquia, que degrada a jurisprudência, que blinda e protege os políticos do PSDB e que é corrupto e eivado de privilégios, precisa ser desmascarado, denunciado e combatido. Levar a candidatura Lula até as últimas consequências é um ato de coragem e de enfrentamento de um Judiciário que está a serviço de uma elite predadora.

Caberá a esse Judiciário a responsabilidade histórica de permitir ou impedir que Lula, um dos maiores líderes políticos de todos os tempos, seja ou não legalmente candidato. Estará em jogo não só a biografia dos ministros das Cortes superiores, mas o destino da atual crise e o destino do futuro do Brasil. Caberá a eles decidir se a crise se agravará ou se se permite que se abram as portas para buscar saídas a um pais que tem um povo martirizado por todos os tipos de misérias e carecimentos. A coragem dos democratas e progressistas precisa confrontar o arbítrio de um Judiciário corrompido e degradado. Esse Judiciário precisa ser confrontado nos tribunais e nas ruas, com a exigência da liberdade de Lula e de sua candidatura.

Mas cabe perguntar: os juízes das Cortes superiores se importam ainda com suas biografias? Se tiverem um mínimo de dignidade, sim. Se tiverem um mínimo de responsabilidade para com o Brasil, sim. Mas é altamente duvidoso que vários deles cultivem esses sentimentos. Se não os cultivam, as biografias não importam para eles porque as suas almas já se danaram pela indignidade, pela corrupção e pela maldade.

Há que se admitir, por fim, a possibilidade de o Judiciário impedir que Lula concorra até mesmo sub judice, inviabilizando a presença do seu nome na urna. Neste caso, dois argumentos deveriam nortear a estratégia do PT: o argumento da redução de danos e o argumento da responsabilidade. Ambos apontam para a substituição de Lula  por um outro candidato do partido. Sem um candidato presidencial, 1) as candidaturas para os outros cargos também se fragilizariam e, 2) é responsabilidade de todos os partidos progressistas, inclusive do PT, buscar eleger o maior número possível de candidatos para barrar a direita e lutar pelos  interesses dos mais pobres e do Brasil.

O PT está atrasado na escolha de um candidato a vice para que ele possa ser a voz de Lula e, ao mesmo tempo, fortalecer-se e afirmar-se enquanto liderança. O argumento de que este vice enfraqueceria Lula e seria visto como um plano B não procede. É o argumento que expressa a falta de convicções, de direção e de comando. Um partido que tem capacidade de direção e sabe o que quer e tem convicção de sua estratégia não pode temer este tipo de situação.

Por fim, falta ainda transformar o grito pela liberdade de Lula e pela sua candidatura em voz das ruas. As manifestações que ocorreram no final de semana nos mercados públicos de Belo Horizonte e de Curitiba mostram que isto é possível. Existe um ambiente público favorável para que se crie nas ruas e nas aglomerações públicas uma corrente de vozes que clamem pela liberdade e pela candidatura de Lula. O que falta é liderança para que essas vozes se façam ouvir e para que essas mobilizações se transformem numa poderosa força de pressão sobre um sistema arbitrário e corrompido.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política (FESPSP).

 

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

14 Comentários

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  1. Lula não se tornou inelegível

    Lula estaria inelegível se, entre outras coisas, não estivesse no pleno gozo dos seus direitos políticos, o que por sua vez pressuporia, entre outras coisas, a existência de condenação criminal transitada em julgado. A inexistência de condenação criminal transitada em julgado é, portanto, uma condição indireta de elegibilidade, não podendo tal condição de elegibilidade vir a se tornar um caso de inelegibilidade por lei infra-constitucional, nem sequer pela própria constituição, sob pena de contradizer-se a si mesma. A lei da ficha limpa é inconstitucional.

    Lula livre, bando de burras togadas!

    1. A melhor síntese sobre esse assunto

      Caro Rui Ribeiro,

      Não sei se tens formação jurídica (eu não tenho, mas leio os textos legais e normativos com atenção), mas esse teu comentário é o mais correto e sensato que li sobre esa tal “lei da ficha limpa” e sua discutível [in]constitucionalidade. Os mais de 140 casos, questionando a constitucionalidade dessa lei e os mais de 70% de sucesso entre os candidatos que se elegeram, mesmo estando impugnada a candidatura (segundo interpretação dessa lei infra-constitucional contraditória ao expresso na CF/1988), são uma evidência de que o PT deve levar em frente a candidatura do Ex-Presidente Lula.

    2. Se o alistamento eleitoral é 1 das condições de elegibilidade…

      Se o alistamento eleitoral é uma das condições de elegibilidade, a alistabilidade de quem satisfaz todas as condições de elegibilidade previstas na constituição poderia se tornar causa de inelegibilidade?

      Ao converter a condição indireta de elegibilidade consistente na ausência de condenação criminal transitada em julgado em causa de inelegibilidade, como fez a lei da ficha limpa, é como se a ordem jurídica, que condiciona a elegibilidade, entre outras coisas, ao alistamento eleitoral, estabelecesse a alistabilidade, em vez da inalistabilidade, como causa de inelegibilidade.

  2. Viva a Demo-Cracia

    Nassif: se a liberdade e candidatura do SapoBarbudo (versão caserna) depender das ruas ele tá no bico do corvo. Getúlio e Jânio dançaram nessa que esperar a “multidão”.

    A rua tá vendida. Vi dizer que aquele ex prefeito que se fantasiava de gari até comprou uma, pra impedir que pobre circulasse em torno de sua herdade.

    O MelianteOperário (vesão Judiciário-FIESP) se ficar o bicho pega, se (con)correr o bicho come…

    Sem esquecer que o PJ (Partido do Judiciário) vai lançar candidato próprio. Com apoio dos Gogoboys.

  3. Me permito uma pergunta
    Como o PT só conseguiu ter um único candidato? Qual o problema em outro nome? Não implantará as propostas do partido? Se for eleição a partir de nomes, prá que a filiação partidária?

  4. Volto ao tema

    Como um partido só pode ter um nome para a presidência? Será que desde 80 Lula é o único, se me permitem a brincadeira, o ungido? Votaria em outro tranquilamente ( e olha que há nomes), afinal as propostas são partidárias ou do Lula?

  5. Lula não seria um vice decorativo

    Pessoalmente, dentre as quatro candidaturas do campo da esquerda democrática lançadas (cinco se incluída a candidatura de João Vicente Goulart pelo PPL), as de Manoela d’Ávila (PCdoB), Boulos (PSOL) e Ciro Gomes (PDT), todas essas me inspiram mais confiança e tenho maior identificação com cada uma delas do que com a candidatura de Lula (PT). Acredito que Lula fez (e muito bem) o que tinha que fazer; ele já tem seu lugar na história. No entanto, dito isso, o problema é que todos esses nomes que evoquei como alternativas a Lula dentro do campo popular e/ou nacionalista, todos, são ruins de voto. O PSOL é mais limpinho, o PCdoB mais coerente, o PDT mais pragmático, Ciro o mais preparado,etc., mas são todos ruins de voto. Por isso que acredito igualmente que uma frente de esquerda sem o protagonismo de Lula e do PT pode partir de bons princípios, etc., mas está fadada a congelar a esquerda na oposição. Parece-me que Lula continua um ótimo estrategista, e sua estratégia é clara. A única observação que eu faria é de saber potencializar e otimizar o poder de comunicação que Lula tem para aquele que será seu/sua “ungido (a)”. Li em alguns lugares que ele poderia aproveitar seu depoimento para Sua Magestade (sic), D. Serjio (sic) I, e fazer propaganda de seu candidato. Seria muito bom se o fizesse. De toda maneira, minha observação que quer ser um conselho seria a de Lula se candidatar como vice-presidente. O candidato poderia ser qualquer nome do PT (é preciso ser do PT, pela simples razão de que o número 13 rende voto e está associado a Lula) e Lula como vice. Na impossibilidade de Lula poder continuar como candidato a vice-presidente da República, estaria aberta a vaga de vice para se negociar com outro candidato com projeto parecido (qualquer um dos outros quatro nome que evoquei acima) ou algum nome novo que apareça até lá.

  6. Muito bem, Aldo!!

    Nem sempre gosto de seus textos – alguns são ambíguos,e em entrevistas já vi você baixar o pau no PT( herança do que vi voce no movimento estudantil no balcão do Diretório Central da UFRGS afirmando que não queria,de jeito nenhum,entrar pro PT – morei longo tempo em Porto Alegre,você era raivoso).Mas neste seu texto gostei(alguns senões são secundários e creio que é pra não desagradar de todo a quase unanimidade cristalizada deste blog,os mesmos “antigos” com as mesmas visões fechadas, jamais param pra questioamentos de si mesmos,e vêm as mesmices). Há uma estatística de que é recorde o número de deputados e senadores que vão concorrer à releição. Esquedas deveriam compor uma ampla frente democrática, isso, sim (parte de teu texto é o que André Singer pensa há muito tempo em sua crítica ao Lulismo e ao PT)

  7. Pois pois!

    “Lula ou nada” é a estratégia do PT para “Lula ou Lula”. A tendência é ir se movimentando conforme as peças no tabuleiro forem se movendo. Essa é visão que tenho desss slogan. 

    O problema de se formar uma Frente Ampla é que se tentou isso tempos atras e todos queriam ser a cabeça de chapa nesta eleição… Então… então ficamos com Lula ou nada 🙂 

    Mas ainda estamos em julho e a candidatura oficial de Lula vai ser lançada em agosto. Daqui até la alguma coisa pode acontece e de la para adiante, ai, sim, veremos como ficara a candidatura de Lula; se teremos Lula ou apenas uma chapa petista… Ou o PT de vice com Ciro? Ciro que ainda não anunciou o seu vice e delegou ao partido… 

     

  8. Estratégia não se revela

    Nestes tempos de judicialização e da política e politização dos operadores do sistema judiciário é compreensível que o PT não abra o jogo ou sequer dê pistas seguras de qual estratégia está maquinando. Quem tem pressa em saber se Lula será mantido como candidato, até o fim, mesmo que sub judice, é a direita golpista e o PIG/PPV.

    Tivesse revelado a estratégia ou ao menos dado pista segura ou factível do que está sendo engendrado, o PT e Lula estariam inviabilizados, não haveria esse impasse institucional e tanto o partido como o EX-Presidente Operário, há mais de três meses preso político numa solitária curitibana, onde é mantido cincomunicável, estariam no ostracismo. Ou seja: nem Lula nem o PT ocupariam o centro do noticiário político.

    Notem os leitores que nem mesmo o anúncio da aliança da ala fisiológica, oportunista (quase sempre corrupta) da direita, que não se assume como tal, escondendo-se sob o rótulo de “centrão”, apoiando o insosso candidato tucano, Geraldo Alckmin, dando a este “picolé-de-chuchu” quase metade do tempo no horário eleitoral e arruinando as pretensões sonhático-presidenciais de Ciro Gomes, foi capaz de se sustentar nas manchetes midiáticas por dois dias que fosse.

    Quanto ao aspecto lingüístico, mas principalemnte semiótico, de se usar a máxima positivo-otimista “Lula ou Lula” em lugar da positivo-negativa “Lula ou nada” Aldo Fornazieri faz uma análise correta, própria de um cientista social e político, que atua como professor nessas áreas. Aldo também acerta quando observa que a resonsabiidade e ônus histórico de impeddir que o maior líder político do Brasile dispute a elição presidencial são TODOS do judiciário. 

    Cabe observar que os dois últimos parágrafos estão em oposição à linha argumentativa desenvolvida entre o 3º e 7º parágrafos, pois se considerarmos razoável e factível o exposto nesse trecho, não podemos inferir a conclusão expressa no penúltimo parágrafo, que começa assim “O PT está atrasado na escolha de um candidato a vice para que ele possa ser a voz de Lula e, ao mesmo tempo, fortalecer-se e afirmar-se enquanto liderança. ”

    Por fim devemos lembrar – sem fazer qualquer concessão a liderança omissas ou pelegas – que mobilizar as massas, em levante popular, sobretudo em num cenário de desemprego e com revogação de direitos, com oparato repressor do Estado ‘mascando os freios’ e ‘babando’, em busca de falso motivos para cancelar as eleições e fechar o regime, é uma cartada tão ou mais arriscada do que defender, até o fim, a candidatura do Ex-Presidente Lula. Uma vez convocado, esse levante deve se efetivar na prática e não admite recuo; a causa maior desse levante é o direito dos brasileiros votarem no candidato de sua preferência, para dirigir o País nos próximos 4 anos.

  9. Exatamente

    Excelente post

    O ” Lula ou nada ” é uma infantilidade irresponsável, de pessoas sem noção. Primeiro porque o ” nada ” significa 20 anos de governos de extrema direita. Segundo porque a ” luta da esquerda ” ficará só na imaginação, o que ocorre de fato não é uma luta, mas sim um massacre de corte de direitos, de milhões de empregos, e de empresas nacionais.

    E terceiro porque se não deixaram Lula nem sequer ser ministro, imagina que vão deixa-lo ser presidente. Votar em outro candidato não significa legitimar o golpe, pois este não precisa ser legitimado, num golpe o golpe se impõe sem legitimação, pela força bruta do sistema. E azar de quem não dança conforme a música, pois a música não para, ou seja, votar no candidato mais próximo do que Lula defendia, que pra  mim é Ciro. 

  10. A gente fica vendo as ações

    A gente fica vendo as ações do PT de longe e se perguntando o que essa gente espera para conceber uma ideia crível, viável, sobre como proceder nessas eleições, dando logo o primeiro passo, esclarecendo aos fiéis eleitores do partido o que não foi resolvido até agora.

    Quando vejo a História do Brasil e a união, conveniente, entre Juscelino, Jango e Lacerda, em política nada é impossível. Se as forças conservadoras atingem um nível desesperador, até um cínico como Lacerda abriria mão de sua vaidade. 

    Com o Centrão apoiando Alkmin faz-se mais que urgente a união dos partidos de esquerda, na medida em que possam ter mais espaço nas telvisões e rádios, e cravem, de uma vez por todas, a derrota dos conservadores.Precisa a esquerda ser autora nessas eleições do apagamento das luzes do esquema de direita e de extrema direita. Já brilharam demais, e chegou a hora de ir pro conserto, como um aparelho eletrônico roto, sem serventia.

    Tudo está muito bem explicado no texto de aldo Fornazieri. Eu também sinto uma indigência horrível do Judiciário. Veja agora as pressões feitas contra Toffolli por ele estar na linha pra substituit Carmem Lúcia. Ninguém ousa dar pitaco se em questão estiver um tucano, como Aécio, sujo com pau de galinheiro, porém, livre como os pombos do mundo inteiro. Mas, é mais fácil vermos manifestações daquele grupo de gente de garra e de fé, como o MST, ou MTST. Parte deles já saiu de Caruaru para Recife, com agenda pra chegar no Sudeste em poucos dias. Já nos deram o presente grande, pra desgosto de Moro e seus aseclas, com a filmagem, impecável, do tripec de pobre. 

    Será que a esquerda, em geral, tem medo de associar a esse povo? 

    Enfim, de tudo, uma pedida boa seria Lula ganhar, ficar sub-júdice sua aprovação nas urnas, entregando o destino do Brasil ao STF, enquanto o Vice – quem será? -, com todo seu poder, assume a faixa presidncial. 

    Eu penso muito em um vice na qualidade de Boulos, sendo de outro partido, e de Jaques Wagner, sendo do PT. Acho que o baiano terá mais capacidade de levar suas palavras ao povão de todo o Brasil. Hadad é um ótimo quadro, mas ainda prefiro J.W. Gleisi não deve, porque é gaúcha, e, como tal, pode espantar os que vivem aqui no NE, muito acostumados a sofrer discriminação de parte dos gaúchos.

    O tempo urge!

  11. Lula ou parlamentarismo

    Lula ou parlamentarismo petista 

     

    Essa deveria ser a estratégia. Se Lula tiver a candidatura impugnada, vota-se no PT para Câmara e Senado. Aliás, mesmo com Lula, se não votarem no PR para o Congresso, ele provavelmente sofrerá impeachment.

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