Começa mal o segundo mandato, por Aldo Fornazieri

Nas últimas semanas de 2014 parecia que Dilma tinha mudado. Essa impressão vinha sendo saudada por vários analistas, inclusive da esquerda petista. Dois indícios apontavam para a mudança de postura da presidente: aparentemente havia se convencido de que não basta fazer o discurso do desenvolvimento, mas que é preciso também fazer uma gestão macroeconômica eficaz, principalmente da inflação e da situação fiscal; e sinalizava que daria mais autonomia para seus futuros ministros estabelecendo uma nova relação com o ministério, com mais descentralização e agilidade. Tanto o discurso de posse quanto as atitudes da presidente nos primeiros dias do segundo mandato jogaram um balde de água fria na crença de que a Dilma do segundo mandato seria diferente da Dilma do primeiro mandato.

Comece-se pelas atitudes. O primeiro ato significativo do novo mandato, em termos de medidas concretas, foi anunciado pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. O ministro anunciou que o governo enviaria ao Congresso um novo modelo de reajuste do salário mínimo que passaria valer a partir de 2016, garantindo a continuidade de ganhos reais. Contrariada, Dilma impôs ao ministro recém empossado um desmentido através de uma nota pública. Ou seja, Dilma decidiu desmoralizar publicamente seu ministro no segundo dia de seu mandato.

Mesmo admitindo-se que Nelson Barbosa possa ter errado ao adiantar o debate sobre o salário mínimo, não é através da humilhação pública do subalterno que se conserta seu erro. A sensatez, o bom senso e o equilíbrio, algumas das qualidades que um governante prudente deve ter, recomendariam que ele fosse admoestado em reunião interna e que se buscasse uma tática para fazer com que o tema saísse de pauta naturalmente. O que se tem agora é um fato negativo, potencializado pela exigência de Dilma, e um ministro enfraquecido e inseguro em face à humilhação que lhe foi imposta. Em suma: o ministério do primeiro mandato foi medíocre e alguns ministros chegaram a ser quase clandestinos, dado o seu sumiço no noticiário. Ao que tudo indica, Dilma quer que o ministério do segundo mandato continue sendo o ministério do “amém”. A equação é certa: ministério fraco, governo fraco.

Por outro lado, Dilma tomou posse e foi descansar na Bahia. Nenhuma medida concreta, de impacto, foi anunciada. Compare-se sua atitude com a do governador Geraldo Alckmin (e de outros governadores) – possível candidato do PSDB à presidência em 2018. No dia 2, Alckmin reuniu o secretariado, anunciou uma medida de contingenciamento de gastos na ordem de R$ 6 bilhões e chamou a atenção sobre o ano difícil na economia que será o de 2015. Alckmin obteve uma vitória esmagadora no primeiro turno, mesmo com a crise da água. O PT sempre avaliou mal a figura política de Alckmin, embarcando na onda de que se trata de um “picolé de chuchu”. Mas uma das qualidades que o governador tem aos olhos da população é a de que se trata de um político trabalhador, pouco dado às querelas demagógicas, tão comuns a muitos políticos brasileiros.

A atitude de Dilma passa a seguinte falsa imagem à sociedade: está tudo normal, a economia vai bem, está tudo funcionando, está tudo bem. Esta imagem contrasta com a percepção que a sociedade tem do atual momento: a economia está estagnada; a criação de emprego vem se reduzindo de forma acelerada; a inflação está alta, principalmente para os setores de baixa renda; o déficit fiscal de 2014 foi o maior da história; vários setores da economia estão parados; a violência e tráfico de drogas estão descontrolados; a corrupção é generalizada e os serviços públicos são de má qualidade.

O primeiro ensaio que Dilma fez do segundo mandato é a repetição do primeiro. Isto é: a capitulação à normalidade. A história política é cheia de exemplos e os melhores filósofos políticos escreveram textos fortes mostrando que a acomodação à normalidade dos acontecimentos do mundo (o curso do mundo) conduz à mediocridade. No mundo, nada é estável e nenhuma conquista é perpétua. As mais grandiosas obras e as mais gloriosas conquistas se corrompem e declinam. Por isso, os governantes, além de serem prudentes e virtuosos, precisam ser ativos. A corrupção é a doença que degrada os corpos políticos, conduz à mediocridade das situações e estes dois males somados impedem o aparecimento de líderes virtuosos.

Um Discurso Sem Potência

Tanto a história quanto os bons filósofos mostraram também que quando não há líderes virtuosos e fortes no comando do Estado, a luta política recrudesce. O líder fraco não tem capacidade e legitimidade para manter a coesão de suas próprias forças e de impor limites às forças adversárias. Os líderes secundários das forças internas acirram a luta entre si em face do vazio de poder proporcionado pelo governante fraco e as forças adversárias buscam avançar sobre um governo que tende a desorganizar-se cada vez mais. Se Dilma não mudar de atitude, será este cenário que se verá construindo até 2018: uma fragmentação crescente das forças governistas e um avanço cada vez mais organizado e agressivo da oposição.

Faltou ao discurso de posse de Dilma um aceno para uma nova perspectiva de poder. Perspectiva que deveria ser construída e conduzida pelo governo, tendo em vista que, do ponto de vista pessoal, Dilma não poderá mais liderá-la a partir de 2018. O discurso de posse foi mais sobre o passado do que sobre o futuro. E quando falou sobre o futuro, o que se evidenciou foram fórmulas que chegaram ao seu limite.

Faltou ao discurso de Dilma aquilo que os especialistas chamam de “jeremiada” ou que Gramsci chamou de “fantasia concreta”. Isto é: faltaram aqueles ingredientes clássicos dos bons discursos que têm a potência mobilizadora das vontades. O discurso de posse foi mais uma espécie de relatório gerencial burocrático. A técnica da “jeremiada” articula sempre a ambivalência entre advertência e promessa. A advertência estabelece os desafios, as dificuldades e o padrão moral da conduta social exigido. A promessa é a potência da mobilização das vontades e depende do eficaz enfrentamento dos desafios, das dificuldades e da boa conduta moral. Dilma reconheceu apenas que é preciso “corrigir distorções”. Isto é pouco para um país que necessita de uma nova perspectiva histórica. Ademais, o seu discurso cometeu o grave erro de ser dirigido apenas para parte da sociedade e não para todo o povo brasileiro, algo que um chefe de Estado sempre precisa fazer.

Aldo Fornazieri – Cientista Político e Professor da Escola de Sociologia e Política

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

View Comments

  • Pensaram que o governo iria se agachar?

    A política do salário mínimo é exigência de grande parte da sociedade e do programa de governo do PT.

    Portanto, senhor Aldo, quem começou errado foram analistas que acreditaram que governo iria se agachar às pressões da mídia.

    O que é "autonomia" dos ministros sr. Aldo?

    Fazerem o que quer o mercado e contra as propostas de campanha e programáticas do partido vencedor das eleições?

    Como diz Fernando Brito: "Uma espécie de “terceirização” do voto: o povo “contrata” o Presidente mas quem “faz o serviço” é o Ministro da Fazenda."

    O senhor Aldo foi quem capitulou ao que quer os seus patrões.

      • Ele me parece desaprumado, mas tende para a esquerda

         


        Everaldo Fernandez (segunda-feira, 05/01/2015 às 14:40),


        Há que se ver os dois posts anteriores de Aldo Fornazieri. Na semana passada saiu publicado aqui no blog de Luis Nassif o post “Um Ministério ao centro e um período de conflitos, por Aldo Fornazieri” de segunda-feira, 29/12/2014 às 07:56 e que pode ser visto no seguinte endereço:


        https://jornalggn.com.br/noticia/um-ministerio-ao-centro-e-um-periodo-de-conflitos-por-aldo-fornazieri


        Em um texto sóbrio Aldo Fornazieri faz uma avaliação favorável à presidenta Dilma Rousseff pela escolha da nova equipe ministerial. Disse sóbrio porque não era um texto que criasse polêmicas ou que buscasse a palmas fáceis. E como demonstração da sobriedade do post "Um Ministério ao centro e um período de conlfitos, por Aldo Fornazieri", vale ser reproduzida aqui a análise sempre ponderada e concisa de Altamiro Souzai. Disse ele lá no comentário enviado segunda-feira, 29/12/2014 às 10:41:


        “é a governabilidade. é isso.


        desta vez o professor foi mais justo”.


        Há outros escritos do professor Aldo Fornazieri a que Altamiro Souza se referia, mas o da semana anterior que resultou no post “Lênin e a rota de fuga de petistas, por Aldo Fornazieri” de segunda-feira, 22/12/2014 às 16:29, muito bem ilustra a que Altamiro Souza se referia quando avaliou que o professor Aldo Fornazieri fora mais justo. O endereço do post “Lênin e a rota de fuga de petistas, por Aldo Fornazieri” é:


        https://jornalggn.com.br/noticia/lenin-e-a-rota-de-fuga-de-petistas-por-aldo-fornazieri


        A crítica contundente ao PT e aos petistas, mas ambos apresentados de modo genérico e caricato, deu ao texto de Aldo Fornazieri um contorno um tanto fora de prumo, mas expressava a manifestação de alguém que precisasse ser conhecido e quisesse ser discutido e que assim radicalizava na sua postura crítica ao PT e aos petistas. O resultado deve ter sido alcançado, pois o post teve 59 comentários. Se se o Aldo Fornazieri se agarrar no ditado “Falem mal, mas falem de mim”, ele deve ter -se dado por satisfeito, mesmo que entre as críticas tenha havido a bem desmoralizante que Diogo Costa fez em comentário enviado segunda-feira, 22/12/2014 às 17:45. Aliás deve ter havido algum problema no horário porque me pareceu impossível que em apenas 1 hora e 15 minutos Diogo Costa tenha dado conta de construir uma refutação assim tão consistente como a que ele enviou.


        Pois bem, aos 59 comentários presentes no post “Lênin e a rota de fuga de petistas, por Aldo Fornazieri” , que uma avaliação generosa o classificaria como claudicante, contrapõem-se apenas 8 comentários junto ao post “Um Ministério ao centro e um período de conflitos, por Aldo Fornazieri”. A receita então é clara e ele tenta exercitá-la aqui neste post “Começa mal o segundo mandato, por Aldo Fornazieri” de segunda-feira, 05/01/2015 às 07:12, aqui no blog de Luis Nassif. Agora, por volta das 19 horas já são 46 comentários que se dispuseram a analisar as palavras de um doutor em Sociologia com tese sobre Maquiavel. E é de observar que o tema deste post ainda sofreu atenção de dois outros posts que tiveram grande audiência: O post “Sobre as contraindicações do piti” de segunda-feira, 05/01/2015 às 12:13, que já está com  63 comentários, e que pode ser visto no seguinte endereço:


        https://jornalggn.com.br/noticia/sobre-as-contraindicacoes-do-piti


        O post é um diálogo de Luis Nassif com um “atilado jornalista brasiliense”, segundo palavras do próprio Luis Nassif, mostrando a personalidade da presidenta Dilma Rousseff, acrescido do perfil que Motta Araujo traça de um estadista. Poderia ter deixado como endereço do post “Sobre as contraindicações do piti” a segunda página onde há um comentário meu enviado segunda-feira, 05/01/2015 às 13:41, para junto do comentário de Athos, enviado segunda-feira, 05/01/2015 às 12:55. Em meu comentário eu solicitava que as mentes brilhantes de Luis Nassif e Motta Araujo dessem um exemplo de um piti da presidenta Dilma Rousseff que tenha tido o efeito no terceiro trimestre de 2013 de reverter o relançamento da economia brasileira e fizesse despencar o PIB.


        Não há, entretanto, necessidade de se chamar tanto atenção ao meu comentário ainda mais aqui neste comentário tão extenso. Talvez eu mais bem proceda se transcrever meu comentário ao Athos junto ao terceiro post da séria tratando do mesmo tema. É o que se pode ver junto ao post “A praga da República do Piti” de segunda-feira, 05/01/2015 às 06:49, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele em que ele gasta umas duas laudas mostrando como a presidenta Dilma Rousseff é só piti. O endereço do post “A praga da República do Piti” é:


        https://jornalggn.com.br/noticia/a-praga-da-republica-do-piti


        Como Aldo Fornazieri aqui no post “Começa mal o segundo mandato, por Aldo Fornazieri”, Luis Nassif lá no post “A praga da República do Piti” deblatera contra a mediocridade. Acreditam que o Brasil precisa de estadistas como os que noutras plagas e antigamente foram produzidos e que conduziram aquelas nações que por causas dos Estadistas se tornaram grandes.


        Eu torço para que eles não tenham razões e que nós os medíocres sejamos capazes de também forjar aqui na América do Sul uma grande nação.


        Não foi para falar o que falei acima que eu escolhi o seu comentário. O que me chamou atenção no seu comentário foi esse seu questionamento fazendo referência ao ex-PRC e atribuindo a Aldo Fornazieri a filiação a aquela corrente partidária o que teria feito de Aldo Fornazieri, um filiado ao PT. Interessei-me por três motivos. Um porque ainda vejo informação nos textos de Aldo Fornazieri e sempre considerei necessário mais bem conhecer a ideologia de quem escreve determinado texto para mais bem compreender aquele texto. Dois porque me pareceu útil saber um pouco sobre a história do PT, que conheço apenas de modo geral de acompanhamento nos jornais nos últimos 35 anos. E três apenas para confirmar avaliação recente que eu fiz sobre Aldo Fornazieri em comentário que enviei sexta-feira, 02/01/2015 às 01:57, para Flávio de Castro no post “Para entender a diferença entre Dilma e Pimentel, por Flávio de Castro” de quarta-feira, 31/12/2014 às 14:59, aqui no blog de Luis Nassif. O endereço do post “Para entender a diferença entre Dilma e Pimentel, por Flávio de Castro” é:


        https://jornalggn.com.br/noticia/para-entender-a-diferenca-entre-dilma-e-pimentel-por-flavio-de-castro


        Em meu comentário eu discorria sobre as críticas que três personalidades de destaque, Aldo Fornazieri, Zander Navarro e Marcos Augusto Gonçalves, faziam ao PT. Fazia referência aos três porque me parecera que se tratava de crítica de esquerda e de uma esquerda marxista embora em relação a Aldo Fornazieri eu não tivesse tanta certeza de que ele fosse marxista. Transcrevo aqui a um parágrafo do meu comentário lá no post “Para entender a diferença entre Dilma e Pimentel, por Flávio de Castro” em que eu me manifestava sobre a minha percepção da ideologia de Aldo Fornazieri. Disse eu lá


        - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -


        “Bem, os três autores são na minha perspectiva pessoas de esquerda. O Zander Navarro é, salvo negativa expressa, um marxista. Há muito de marxismo em Marcos Augusto Gonçalves e sem saber até que ponto Aldo Fornazieri, um admirador de Maquiavel, com tese de doutorado sobre o filósofo político italiano, seja marxista, ele se diz um eleitor da presidenta Dilma Rousseff como afirmara logo após o segundo turno das eleições no post “Dilma e o PT terão que mudar, por Aldo Fornazieri” de segunda-feira, 27/10/2014 às 10:57, aqui no blog de Luis Nassif e que pode ser visto no seguinte endereço:


        https://jornalggn.com.br/noticia/dilma-e-o-pt-terao-que-mudar-por-aldo-fornazieri



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        E sua referência levou-me a pesquisar na internet sobre o PRC. A primeira busca que eu fiz na internet levou-me ao artigo “A esquerda marxista e o PT (II) - A Nova Esquerda (NE) e o Movimento por uma Tendência Marxista do PT (MTM-PT)” de autoria de Antonio Ozaí da Silva, e artigo que pode ser visto no seguinte endereço:


        http://www.espacoacademico.com.br/089/89ozai.htm


        Transcrevo o primeiro parágrafo do artigo. Diz lá Antonio Ozai da Silva:


        “Das correntes vinculadas ao marxismo-leninismo, o caso mais singular foi o giro efetivado pelo Partido Revolucionário Comunista (PRC) que, em 1989, decidiu se dissolver enquanto partido e adotar o caráter de tendência interna do Partido dos Trabalhadores.[1] Não se tratava de simples adaptação à resolução sobre as Tendências adotada pelo 5º EN. A mudança no caráter organizativo expressa questionamentos internos sobre a estratégia e tática socialistas, o leninismo e o marxismo”.


        As informações obtidas até aqui eram-me suficientes, mas eu me lembrei de um bom post com texto de Antonio Ozai da Silva que me interessou em recuperar. Trata-se do post “Ética na Política? Da ingenuidade dos céticos ao realismo maquiavélico” e saiu aqui no blog de Luis Nassif sexta-feira, 04/03/2011 às 00:59, podendo ser visto no seguinte endereço:


        http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/etica-na-politica-da-ingenuidade-dos-ceticos-ao-realismo-maquiavelico


        No post “Ética na Política? Da ingenuidade dos céticos ao realismo maquiavélico” o texto de Antonio Ozai da Silva não está completo, mas ele pode ser visto na íntegra no seguinte endereço:


        http://www.espacoacademico.com.br/015/15pol.htm


        Não há muita razão de eu me referir aqui neste contexto ao post “Ética na Política? Da ingenuidade dos céticos ao realismo maquiavélico”, mas é um bom post e eu creio que eu deixei lá em vários comentários links para posts que ajudam na compreensão da política e da ideologia das pessoas e assim mais bem se entenda os escritos dos nossos melhores acadêmicos e a quem eles servem.


        No caso do Aldo Fornazieri, salvo essa necessidade de criar polêmica e afirmações sem muitas consistências e apoiando em filósofos ou políticos importantes mas longe do contexto atual brasileiro (Maquiavel, Lenin, etc) e às vezes em idealistas como Max Weber, ele me parece que pretende servir à esquerda.


        Clever Mendes de Oliveira


        BH, 05/12/2014

  • Fernando Brito:

    Claro que o Ministro da fazenda é peça importantíssima na definição  da política econômica.

    Mas não quem toma as decisões cruciais, como o próprio Lula demonstrou quando, na crise de 2008, Meirelles fazia jogo duro em baixar os juros e o presidente foi à TV espinafrar o tal de “spread” bancário e estimular os brasileiros a gastar no final de ano, lembram-se?

    A função essencial de um Ministro da Fazenda é, sempre, arrecadar mais e gastar menos.

    Cabe ao Presidente dizer-lhe “nem tanto ao mar, nem tanto à terra”.

    E deixar que tire de onde sobra e ponha aonde falta e é necessário, sempre no limite do possível e na direção do desejado.

    Por isso, no presidencialismo, um é votado, o outro é nomeado.

    • Também concordo com vc

      Também concordo com vc Assis.

      Qualquer coisa que Dilma faça de bom a mídia e a oposição que é unida pela mídia vão criticar.

      Alckmin não é um estadista, nunca foi nem será!

      Foi mediocre em deixar a crise hidrica chegar onde chegou!

      Ganhou no 1º turno por que a mídia o blindou e perseguiu o PT...

      Lula errou em apostar tudo em Padilha...

      O que Alckmin fez de relevante para a história de SP? Pelo que sei nada!

      E até hoje não foi macho para declarar que SP vai parar por causa da água e não tem solução a curto prazo!

      Ao contrário, Dilma trabalha 24 horas por dia, 360 dias por ano!

      Os 5 dias de férias torna ela ineficiente? Como diz o bom baiano: Me faça uma garapa!

      Não concordo co o texto, muito superficial.

       

       

  • concordo com Fernando Brito,

    concordo com Fernando Brito,  e  depois o amigo esquece que a  presidente disse  nem  que  a  VACA TUSSA  VAMOS  MEXER  EM  DIREITOS  DOS  TRABALHADORES,  e   aumentos  reais  é um direito dos  trabalhadores,  O  Tal do ministro mal  empossou ja  foi logo dizendo que iria  mudar  as  regras  do  aumento do salario  minimo.  Porque  logo  o salario minimo, porque ele  nao   saiu  dizendo que  iria  taxar  as   riquezas?  ora  é  evidente que ele   jogou  a  ratoeira  para  a Presidente cair  nela  e  ela  caiu  mostrando  a ele que  quem comanda  a politica  econiomica dol governo é  ela  o  ministro  é apenas  um  representante  da  presixdente,  Como fica  impossivel para um  presidente   comandar toda a naçao  ele tem  os   ministros,  deputados  senadores,  governadores  mais quem  deve  mandar  e  desmandar é o presidente, Se ela  tivesse  aceito  o jogo  do  Barbosa  ai  sim ela  estaria  se desmentindo. NAO  ESQUEÇA  DE UMAS COISA. PAÍSES  DOMINADOS  PELOS  EUA   O PRESIDENTE  TEM QUE  SER  UM  POUCO DITADOR, ELE TEM QUE  COMANDAR para que  o barco  chegue  ao final do porto  senao   cai   no mesmo caminho de   Fernando henrique  que  entregou o país  a  deriva.

    • Sensatez passou longe

      "Como fica  impossivel para um  presidente   comandar toda a naçao  ele tem  os   ministros,  deputados  senadores,  governadores  mais quem  deve  mandar  e  desmandar é o presidente"

      Puxa, eu pensei até em deixar passar esse comentário, mas, pensando bem, é melhor colocar aqui alguns poréns nestas suas palavras.

      A primeira coisa, é a divisão dos poderes, o presidente pode até "ter" ministros mas, definitivamente, não tem deputados nem senadores, que não recebem ordens da presidente, mas compartilham o poder (já que representam a pluralidade do povo, muito mais do que a própria presidente). Quanto aos governadores, eles são responsáveis cada um por uma unidade da federação, não são mensageiros ou gerentes a mando da presidente. Cada um desses tem suas próprias responsabilidades e não devem obedecer a nenhum presidente. Negociar e fazer política sim, o tempo todo.

      Outra coisa, presidente não manda e desmanda. Existe um conjunto de leis que devem ser respeitados até pelo presidente. A CF a maior delas, mas não a única. É papel do presidente seguir incondicionalmente a lei e não mandar e desmandar. A era das monarquias absolutistas acabou há muito tempo e entendo que não há espaço para voltas.

      Se esse é a sua visão do papel de um presidente é uma pena, mas tenho certeza que não entendia assim na época dos "mandos e desmandos" do FHC.

    • edson tadeu, concordo com

      edson tadeu, concordo com vc!

      A direita deve odiar essa DETERMINAÇÃO do PT.

      Não contavam com isso!

      Dilma tem que ter braço forte e determinada.

      Não tem essa de ministro falar o que quer....

      Dilma dá o recado curto e grosso!

  • dou a minha opiniao nesse

    dou a minha opiniao nesse  artigo mais nao  o passo a  frente   é tendencioso,malicioso  e  joga  a opiniao publica  contra a  Presidente. 

  • acho que a modelagem

    acho que a modelagem midiática está sendo confundinda com discussão política.

    muito barulho...

  • Lembrando Milton Santos (2)

    "Nesta fase de globalização, onde as coisas mais importantes são precedidas por um discurso ideológico, as ideias são apresentadas de forma confusa. Fica difícil criticá-las. (...) Uma das razões de hoje existir a tendência ao pensamento único, está dentro da própria instituição de ensino (...). A regra vigente é a regra do resultado. Não existe ética nesse contexto. O sistema universitário, no qual deveria prevalecer a diversidade de ideias, tem sido vítima da doença da globalização, isto é, a tendência a um pensamento único. E a universidade não tem defesa completa contra essa doença."

    • Nas Universidades, inclusive,

      Nas Universidades, inclusive, uma das provas de capacidade está na quantidade de papers publicados.  Quanto à relevância e conteúdo, quem está preocupado??!!  Desde que os 10 papers, com mais do mesmo, sejam publicados e entrem na estatística, atestando o quanto aquele mestrando/mestre, doutorando/doutor é bom, estamos muito bem de pesquisadores...   É a produção aparente e não a produção substantiva, modificadora, inovadora realmente.  E assim vamos!

  • Lembrando Milton Santos (1)
    "Não há produção excessiva de informação, mas de ruído. Existem os fatos. As notícias são interpretação deles. Como as agências de notícias pertencem às grandes empresas, os acontecimentos são analisados de acordo com interesses pré-determinados. Muitos (...) que escrevem em jornais, por exemplo, publicam diariamente o desejo de empresas das quais são consultores. As notícias são publicadas como expressão da realidade e o discurso acaba se tornando hegemônico." 

  • A ação da Presidenta foi correta

    Talvez a Presidenta possa ter errado se não deixou claro para Barbosa quem realmente manda. 

    Agora, a direita sabe qual a função de Levy e Barbosa. 

    O QUE fazer sai da boca da Dilma. 

    COMO fazer é problema dos ministros. 

    O PIG e baba-ovos dos yangues que chorem!

    Ele avançou no "O QUE FAZER". 

    Prefiro achar que esses tropeços fazem parte dos prefácios do novo governo. 

    Mas é bom a Presidenta ficar de olho: 1 Cardozo já é muito. Mais um no planejamento é fria!!!

     

     

  • A Dilma está certíssima

     

    Ministro administra, quem governa é presidente

    5 de janeiro de 2015 | 06:05 Autor: Fernando Britohttp://tijolaco.com.br/blog/?p=24117

    O Estadão inaugura a linha que ficará evidente ao longo dos primeiros meses do ano: as “divergências” da Presidenta Dilma Rousseff com a equipe econômica que ela própria escolheu.

    Foi o caso das declarações do Ministro do Planejamento, Nélson Barbosa, de que haveriam novas regras para o reajuste do salário-mínimo.

    Haverá, mesmo.

    Porque a lei de reajuste do mínimo determina, no seu art. 4°,  que “até 31 de dezembro de 2015, o Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a política de valorização do salário mínimo para o período compreendido entre 2016 e 2019″.

    Muito provavelmente, Barbosa disse mais ou menos isso.

    Mas se disse – e eu não li isso em suas declarações e nem ele diz isso na entrevista dada à Globo – que as regras a serem enviadas preveriam reajustes menores, caiu no “canto da mídia”, que é como a raposa que elogia o canto do pássaro para que ele se empolgue e deixe cair o queijo que tem no bico.

    Se Dilma achou “inoportuna” a declaração, mesmo vaga, sobre “novas regras”, tem toda a razão.

    Barbosa deixou aberto o campo da especulação sobre corte nos reajustes, que é tudo o que a mídia quer.

    E isso não é retórica, pois está fazendo um ano que O Globo defendeu, em editorial, que era preciso conter a elevação do mínimo.

    Não há a menor dúvida que fazem tudo para que ele e também Joaquim Levy se comportem como “xerifes”, governando de fato a política econômica do país, dançando conforme a música que sai das TVs e dos jornais.

    Isso é uma evidente usurpação, pois num regime presidencialista quem define políticas é quem foi eleito para isso: o presidente ou presidenta da República.

    Barbosa e Levy são homens públicos experientes, mas não custa lembrar que não existe “bate-papo informal” possível com o nível de intriga que impera hoje nas relações entre a imprensa e o Governo Federal. Esqueçam de falar “em tese”, porque não há espaço para isso.

    Na função que ocupam, ninguém espera que sejam “bonzinhos” e “generosos”.

    São, afinal, tesoureiros. E tesoureiro “mão-aberta” é a ruína da companhia.

    Seu papel, neste momento e sempre, é mesmo o de conter e cortar gastos.

    Mas não o de definir políticas salariais que dependem da Presidenta e, aliás, nem só dela, pois foram definidas com os representantes dos trabalhadores.

    Mesmo achando que se amplificou um comentário genérico sobre isso, foi bom que tivesse ocorrido logo.

    É uma demarcação de poderes que, ainda que evidente, não custa repetir.

    Ministro administra, quem governa é quem foi eleito para iss

     

    São, afinal, tesoureiros. E tesoureiro “mão-aberta” é a ruína da companhia.

    Seu papel, neste momento e sempre, é mesmo o de conter e cortar gastos.

    Mas não o de definir políticas salariais que dependem da Presidenta e, aliás, nem só dela, pois foram definidas com os representantes dos trabalhadores.

    Mesmo achando que se amplificou um comentário genérico sobre isso, foi bom que tivesse ocorrido logo.

    É uma demarcação de poderes que, ainda que evidente, não custa repetir.

    Ministro administra, quem governa é quem foi eleito para isso.

     

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Denúncias de alienação descredibilizam acusações de violência contra menores e podem expor a criança aos…

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