Hy-Brazil: quem dará o golpe dentro do golpe?, por Arkx

Pela continuada chantagem garantida pela abundância de cadáveres sobrando no armário e por muito pouco tapete em cima do excesso de sujeira, a falência institucional se tornou completa.

Hy-Brazil: quem dará o golpe dentro do golpe?, por Arkx

há alguma inteligência estratégica coordenando a #VazaJato?

parece haver. a notar o alvo tático preferencial escolhido: Dallagnol. o elo mais fraco da Lava Jato & Associados, contrapondo-o ao que deveria ser o ponto mais alto e mais forte na defesa institucional da Democracia: o STF.

terá êxito?

depende da compreensão do que seja tal “êxito”…

desde a espionagem da NSA revelada por Snowden em Junho de 2013, sabemos estarem que tudo e todos no sistema de poder brasileiro são mantidos como reféns.

pela continuada chantagem garantida pela abundância de cadáveres sobrando no armário e por muito pouco tapete em cima do excesso de sujeira, a falência institucional se tornou completa.

ninguém larga o rabo de ninguém, porque todos tem um rabo imenso e o rabo de cada qual está amarradinho no rabo dos demais.

provavelmente de modo ainda mais contundente como antes flagrado nas gravações de Sérgio Machado, na #VazaJato está detalhado não apenas o mapa do Golpeachment e da fraude das Eleições de 2018, como uma completa cartografia da lumpenburguesia brasileira e de seus serviçais, em especial um Judiciário classista, seletivo, corporativo, partidarizado, venal e fora da lei.

o que pretende a inteligência estratégica coordenando a #VazaJato?

como saberemos…

mas em seu rumo os marcos no caminho parecem óbvios:

– afastamento de Dallagnol;

– exoneração de Moro;

– interdição de Bolsonaro.

e daí?

– assume Mourão, para levar a cabo o Pacto de Moncloa brasileiro?

como nos ensinou a História, o Pacto de Moncloa não foi apenas um fracasso na perspectiva da maioria da população espanhola, como sua reedição no Brasil atual exigiria confrontar os interesses geopolíticos do Imperium.

por outro lado, se o STF “entrou em campo” não o fez espontaneamente, e muito menos por súbita recuperação de seu papel como guardião da Constituição. assim o fez porque recebeu “ordens” para fazê-lo.

sob estrita tutela militar desde a prisão de Lula, não é difícil concluir para quem o STF bate continência… os togados de fato estão vestindo fardas.

mas como explicar este aparente paradoxo? afinal, os Generais estão ou não no Governo Bolsonaro?

em 04/10/2018, aqui postamos:

– Bolsonaro é despreparado demais, inflexível demais e com acesso demais ao poder militar. seu governo trará mais imprevisibilidade do que as agências de risco julgam ser razoável. se vencer, será descartado oportunamente pela classe dominante assim como foi Collor, em prol de um sucessor mais adequado, como foi FHC – ou de um sucessor “puro-sangue”;

por mais que se imaginem no topo da cadeia de comando, os Generais tem toda uma hierarquia acima deles, culminando com o Capital Transnacional Financeirizado, não sem antes passar pela lumpen-burguesia brasileira.

também os Generais batem continência… os fardados de fato nada mais vestem, pois o Imperium se constitui como impessoal e não representativo.

não há mais nenhum soberano sentado no mais alto trono do sistema de poder. ninguém mais controla uma máquina constituída de fluxos fractais de auto-processamento. sem qualquer botão de reset, o shut down do sistema será a barbárie definitiva daquilo que insistimos em denominar como civilização.

se com Bolsonaro os Porões da Ditadura Civil-Militar agora ocupam o Palácio do Planalto, até que ponto tamanha exposição é conveniente para a estabilidade do sistema de poder no Brasil?

afinal, aclimatados a operar nas trevas, como podem os operadores dos Porões se adaptarem ao primeiro plano da gerência da crise do Capitalismo no Brasil?

impiedosas ironias da História: se jamais foram trazidos à luz do dia, agora os Porões, eles mesmos, se colocaram em plena evidência.

ainda mais:

– os Porões jamais assimilaram a derrota sofrida com a exoneração do Ministro do Exército Sylvio Frota pelo Ditador Gal. Ernesto Geisel, em 1977. desde então permaneceram como células dormentes, em latência até recuperar suas prerrogativas perdidas. como reagirão ao serem novamente descartados?

em sua guerra suja contra a abertura lenta, gradual e segura, o monstro criado por Golbery executou diversos atentados a bomba, alguns deles frustrados como o caso do Riocentro e a explosão de todo o quarteirão do prédio do JB (Jornal do Brasil).

se há consenso quanto a pauta econômica ultra-liberal, a grande questão momentânea é: Bolsonaro ou não Bolsonaro.

sintomaticamente a mesma questão colocada após as Eleições de 2014: Dilma ou não Dilma?

como Dilma não se mostrou submissa o suficiente para implementar as contra-reformas e privatizações na velocidade, abrangência e profundidade exigidas pelo setor dominante, o impasse se resolveu com o impeachment.

mesmo assim, até o final de 2015 Dilma contou com o apoio de importantes segmentos, entre eles os banqueiros.

os Porões conseguirão se enraizar no Palácio do Planalto ou mais uma vez serão defenestrados?

ou seja: quem dará o golpe dentro do golpe?

esta é a veloz conjuntura da luta de classes no Brasil, no âmbito de uma crise estrutural do Capitalismo globalizado.

frações e segmentos da classe dominante disputam cada um por si, e todos contra nosotros, a hegemonia na construção de um novo sistema de poder.

muito embora seja a cara lavada do bárbaro projeto ultra-liberal do setor dominante, este tem preferência por um gestor mais “civilizado”  do que o clã Bolsonaro.

mas ainda é viável o ressurgimento de alguma Direita “civilizada” no Brasil?

há barbárie maior do que um setor dominante nascido e formado por escravagistas, grileiros, genocidas, estupradores da população e do meio-ambiente?

há extremismo mais grave do que o próprio Capitalismo, desde a acumulação primitiva sinônimo de todo tipo de barbáries?

o setor dominante rachado, as FFAA divididas, uma oposição inapetente para se opor, a estagnação econômica se prolongando, a população abatida pelo desalento, o caos social se agravando, o apartheid se aprofundando, a desintegração em marcha.

é possível superar tal situação sem uma ruptura com a ruptura deflagrada pelo impeachment e operacionalizada pela Lava Jato?

certamente não!

pois, dito de outro modo: um golpe só pode ser revertido por um contra-golpe. uma contra-revolução só pode ser derrotada por uma revolução.

se na estratégia da #VazaJato há de fato inteligência política, não lhe bastaria a interdição de Bolsonaro e uma curatela do sistema de poder.

com seu método de  divulgação a conta gotas, a #VazaJato reproduz a Lava Jato que assim determinou o andamento do processo político desde as vésperas das Eleições de 2014, com a prisão dos executivos das empreiteiras.

cumprida sua função prioritária desejada, tanto a Lava Jato quanto mesmo Bolsonaro estão em vias de serem descartados pelo setor dominante.

qual a função desejada pelo setor dominante para a #VazaJato? após o que não será também descartada?

quem está dando o golpe dentro do golpe?

.

parece haver. a notar o alvo tático preferencial escolhido: Dallagnol. o elo mais fraco da Lava Jato & Associados, contrapondo-o ao que deveria ser o ponto mais alto e mais forte na defesa institucional da Democracia: o STF.

terá êxito?

depende da compreensão do que seja tal “êxito”…

desde a espionagem da NSA revelada por Snowden em Junho de 2013, sabemos estarem que tudo e todos no sistema de poder brasileiro são mantidos como reféns.

pela continuada chantagem garantida pela abundância de cadáveres sobrando no armário e por muito pouco tapete em cima do excesso de sujeira, a falência institucional se tornou completa.

ninguém larga o rabo de ninguém, porque todos tem um rabo imenso e o rabo de cada qual está amarradinho no rabo dos demais.

provavelmente de modo ainda mais contundente como antes flagrado nas gravações de Sérgio Machado, na #VazaJato está detalhado não apenas o mapa do Golpeachment e da fraude das Eleições de 2018, como uma completa cartografia da lumpenburguesia brasileira e de seus serviçais, em especial um Judiciário classista, seletivo, corporativo, partidarizado, venal e fora da lei.

o que pretende a inteligência estratégica coordenando a #VazaJato?

como saberemos…

mas em seu rumo os marcos no caminho parecem óbvios:

– afastamento de Dallagnol;

– exoneração de Moro;

– interdição de Bolsonaro.

e daí?

– assume Mourão, para levar a cabo o Pacto de Moncloa brasileiro?

como nos ensinou a História, o Pacto de Moncloa não foi apenas um fracasso na perspectiva da maioria da população espanhola, como sua reedição no Brasil atual exigiria confrontar os interesses geopolíticos do Imperium.

por outro lado, se o STF “entrou em campo” não o fez espontaneamente, e muito menos por súbita recuperação de seu papel como guardião da Constituição. assim o fez porque recebeu “ordens” para fazê-lo.

sob estrita tutela militar desde a prisão de Lula, não é difícil concluir para quem o STF bate continência… os togados de fato estão vestindo fardas.

mas como explicar este aparente paradoxo? afinal, os Generais estão ou não no Governo Bolsonaro?

em 04/10/2018, aqui postamos:

– Bolsonaro é despreparado demais, inflexível demais e com acesso demais ao poder militar. seu governo trará mais imprevisibilidade do que as agências de risco julgam ser razoável. se vencer, será descartado oportunamente pela classe dominante assim como foi Collor, em prol de um sucessor mais adequado, como foi FHC – ou de um sucessor “puro-sangue”;

por mais que se imaginem no topo da cadeia de comando, os Generais tem toda uma hierarquia acima deles, culminando com o Capital Transnacional Financeirizado, não sem antes passar pela lumpen-burguesia brasileira.

também os Generais batem continência… os fardados de fato nada mais vestem, pois o Imperium se constitui como impessoal e não representativo.

não há mais nenhum soberano sentado no mais alto trono do sistema de poder. ninguém mais controla uma máquina constituída de fluxos fractais de auto-processamento. sem qualquer botão de reset, o shut down do sistema será a barbárie definitiva daquilo que insistimos em denominar como civilização.

se com Bolsonaro os Porões da Ditadura Civil-Militar agora ocupam o Palácio do Planalto, até que ponto tamanha exposição é conveniente para a estabilidade do sistema de poder no Brasil?

afinal, aclimatados a operar nas trevas, como podem os operadores dos Porões se adaptarem ao primeiro plano da gerência da crise do Capitalismo no Brasil?

impiedosas ironias da História: se jamais foram trazidos à luz do dia, agora os Porões, eles mesmos, se colocaram em plena evidência.

ainda mais:

– os Porões jamais assimilaram a derrota sofrida com a exoneração do Ministro do Exército Sylvio Frota pelo Ditador Gal. Ernesto Geisel, em 1977. desde então permaneceram como células dormentes, em latência até recuperar suas prerrogativas perdidas. como reagirão ao serem novamente descartados?

em sua guerra suja contra a abertura lenta, gradual e segura, o monstro criado por Golbery executou diversos atentados a bomba, alguns deles frustrados como o caso do Riocentro e a explosão de todo o quarteirão do prédio do JB (Jornal do Brasil).

se há consenso quanto a pauta econômica ultra-liberal, a grande questão momentânea é: Bolsonaro ou não Bolsonaro.

sintomaticamente a mesma questão colocada após as Eleições de 2014: Dilma ou não Dilma?

como Dilma não se mostrou submissa o suficiente para implementar as contra-reformas e privatizações na velocidade, abrangência e profundidade exigidas pelo setor dominante, o impasse se resolveu com o impeachment.

mesmo assim, até o final de 2015 Dilma contou com o apoio de importantes segmentos, entre eles os banqueiros.

os Porões conseguirão se enraizar no Palácio do Planalto ou mais uma vez serão defenestrados?

ou seja: quem dará o golpe dentro do golpe?

esta é a veloz conjuntura da luta de classes no Brasil, no âmbito de uma crise estrutural do Capitalismo globalizado.

frações e segmentos da classe dominante disputam cada um por si, e todos contra nosotros, a hegemonia na construção de um novo sistema de poder.

muito embora seja a cara lavada do bárbaro projeto ultra-liberal do setor dominante, este tem preferência por um gestor mais “civilizado”  do que o clã Bolsonaro.

mas ainda é viável o ressurgimento de alguma Direita “civilizada” no Brasil?

há barbárie maior do que um setor dominante nascido e formado por escravagistas, grileiros, genocidas, estupradores da população e do meio-ambiente?

há extremismo mais grave do que o próprio Capitalismo, desde a acumulação primitiva sinônimo de todo tipo de barbáries?

o setor dominante rachado, as FFAA divididas, uma oposição inapetente para se opor, a estagnação econômica se prolongando, a população abatida pelo desalento, o caos social se agravando, o apartheid se aprofundando, a desintegração em marcha.

é possível superar tal situação sem uma ruptura com a ruptura deflagrada pelo impeachment e operacionalizada pela Lava Jato?

certamente não!

pois, dito de outro modo: um golpe só pode ser revertido por um contra-golpe. uma contra-revolução só pode ser derrotada por uma revolução.

se na estratégia da #VazaJato há de fato inteligência política, não lhe bastaria a interdição de Bolsonaro e uma curatela do sistema de poder.

com seu método de  divulgação a conta gotas, a #VazaJato reproduz a Lava Jato que assim determinou o andamento do processo político desde as vésperas das Eleições de 2014, com a prisão dos executivos das empreiteiras.

cumprida sua função prioritária desejada, tanto a Lava Jato quanto mesmo Bolsonaro estão em vias de serem descartados pelo setor dominante.

qual a função desejada pelo setor dominante para a #VazaJato? após o que não será também descartada?

quem está dando o golpe dentro do golpe?

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Redação

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