Mídia Ninja, uma trajetória em meio ao furacão, por Caiubi Miranda

A jornalista Elizabeth Lorenzotti está lançando hoje seu e-book “Jornalismo Século XXI- O modelo #mídiaNINJA”. O relato da jornalista acompanha desde as transmissões das Jornadas de Junho de 2013, e durante 81 dias , a trajetória da Mídia Ninja, coletivo midialivrista que provocou polêmica no establishment da comunicação.

Uma polêmica que ainda não se aquietou e cujos contornos ainda não estão claros para a maioria dos profissionais de comunicação. O que não se questiona mais é que estamos em meio a uma transformação que muitos já anteviam na popularização da internet e que se equipara, em importância, às prensas de Gutemberg.

Segundo Luis Nassif, um dos precursores do jornalismo eletrônico, “a nova linguagem não deve ser vista como mera questão de acabamento, mas de uma mudança radical na estética, no discurso e no modo de fazer jornalismo. O que aconteceu até agora é ilustrativo dos fenômenos paralelos que ocorrem na mídia, à medida que uma nova tecnologia disruptiva – a internet – vai se consolidando. ”

O relato da jornalista Elizabeth Lorenzotti no e-book que está sendo lançado hoje talvez seja a primeira abordagem mais estruturada do fenômeno, fundamental para o entendimento e para delinear o futuro desse furacão.

De acordo com a Elizabeth Lorenzotti, “há um fenômeno de criatividade extraordinário, no qual mergulham novos desenvolvedores, novos modelos de reportagem escrita e televisiva, novas formas de expressão.”  E repete a avaliação feita pelo Nassif: “O novo já nasceu”.

Em nove capítulos, a jornalista discorre sobre as origens e o surgimento, as Jornadas de Junho, a participação no programa Roda Viva, em início de agosto, que provocou denúncias e debates em setores da área cultural e na mídia tradicional, com artigos pró e contra.

É jornalismo ou não é jornalismo? Reprodução de debates na rede a respeito de transmissões polêmicas, entrevistas com ninjas sobre o modelo, seus acertos e erros.

No capítulo “Quando o celular é uma arma”, aborda a pós-moderna forma de repressão policial, agora não mais quebrando máquinas fotográficas e gravadores, como antigamente, mas celulares. Em um vídeo da prisão de dois ninjas em junho de 2013, ouve-se nitidamente um policial dizer: “quem tiver celular vai ser preso”.

Para Elizabeth, na era da transição da Mídia de Massa para a Massa de Mídias, a Mídia Ninja foi a primeira com visibilidade a colocar seu novo modelo, que despertou interesse também nos mais importantes órgãos da mídia internacional, do The New York Times ao Guardian, Le Monde, El Pais, etc..

O livro traz ainda entrevistas e um apanhado dos debates, múltiplas opiniões e análises. editado pela e-galaxia, está à venda por R$ 7,90 nos sites das seguintes livrarias: Amazon (http://bit.ly/1oUCrBt), Apple (http://bit.ly/1v8IdoB), Google Play (http://bit.ly/VzNUz8),  Saraiva (http://bit.ly/1BxJUAn) e Livraria Cultura (http://bit.ly/1n271cv).

Redação

4 Comentários

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  1. A ler

    Vale a leitura, precisamos mesmo entender melhor toda essas novas midias “pos-moderna”. Atenção, à velha midia interessa que se desmoralize a Midia Ninja e tudo o que cerque, assim como chama os blogs que não compactuam com seu modo de atuar e a denunciam de sujos!

  2. Claro que a oposição

    Claro que a oposição constituída pela mídia corporativa, principalmente Globo/Folha/Veja etc, em muito contribuiu (e contribui) para a diuturna queimação do governo Dilma, mas este realmente também errou muito. E não levou avante ótimas políticas iniciadas no governo Lula, principalmente no que tange à cultura, à comunicação alternativa, à relação com os movimentos sociais e às políticas de juventude e de minorias. Caindo no velho erro da esquerda de considerar como secundárias essas questões, o governo Dilma se desgastou muito a partir das manifestações do ano passado, também devido a esse descuido. E é nesse vácuo que Marina entra.

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