Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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O pacto do funcionalismo na República de 46, por André Araujo

Por André Araujo

O Estado Novo criou um grande departamento do pessoal do governo federal, era o DASP -Departamento Administrativo do Serviço Público, que classificou e enquadrou todo o funcionalismo federal em letas de A a O, de acordo com níveis de função e salário.

O Estado Novo legou à Republica de 1946 um “Pacto” informal que era aceito por todos. Se você quisesse ter uma vida relativamente tranquila e previsível, era melhor fazer um concurso para funcionário público. Só era possível entrar no serviço público por concurso e você teria salários razoáveis e aposentadoria garantida, mas nunca acima do padrão que a economia particular pagava. Se quisesse trabalhar mais e ganhar mais, deveria procurar emprego na Standard Oil, na Goodyear, na Rhodia, na Pirelli, lá não havia garantia de emprego, mas se ganhava bem mais do que como funcionário público.

Já os Estados federados pagavam bem menos que a União e as Prefeituras menos ainda. Mas muita gente preferia essa vida mais tranquila ganhando menos e sem risco de desemprego.

No Governo FHC e após o Plano Real esse Pacto foi revogado. Por causa da estabilidade monetaria os funcionarios publicos passaram a ganhar muito mais, antes os salarios eram corroidos pela inflação e o reajuste era só uma vez por ano, na iniciativa privada era duas ou quatro vezes por ano.

Sem a inflação o funcionario publico em pouco tempo passou os empregados das empresas privadas e passou a ganhar mais não só em numeros relativos mas tambem em numeros absolutos.

Hoje, a elite do funcionalismo são milhares. Só na USP há 1.880 salários acima do teto, ganham muito mais que na iniciativa privada. Na USP, salários de 80 mil por mês não são incomuns. Poucos empresários mesmo médios tiram isso da firma.

No Judiciario antes da Constituição de 1988, a folha vinha do Estado, o Poder Judiciario não tinha autonomia para criar

penduricalhos e com isso aumentar os salarios sem dar o nome de salario, hoje são mestres nesses truques, em muitos Estados (para não dizer quase todos) salarios disfarçados de 100 mil reais para desembargadores não são raros.

Antes da Nova Republica de 88 desembargadores ganhavam pouco e tinham vida modesta, um compadre meu era presidente de tribunal e a esposa andava de onibus coletivo, tinham vida digna mas modesta, hoje são nababos mesmo em Estados pobres, os niveis são espetaculares e caminham junto na aposentadoria dourada.

Agora chegou um momento de inflação, com a arrecadação dos Estados despencando, não se toca nos supersalarios e se corta nos hospitais. Alguma hora haverá a consciencia dessa aberração e algum ajuste será feito, é questão de tempo.

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

42 Comentários

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  1. Que essses senhores tem que

    Que essses senhores tem que ter um salario digno e condizente é fato, mas as invencionices que fazem para aumentar os salarios e muitas vezes ganharem poupudos retroativos tem que ser urgentemente revistos, até por que está atrapalhando a propria folha do restante do funcionalismo de varios orgaos.

  2. Humm!

    Admiro muito as diversas contribuições do André Araújo ao Blog, mas neste caso, gostaria de solicitar que fossem melhor esclarecidos dois pontos do post, sem entrar no mérito da idéia central do artigo – alta remuneração do servidor em relação à iniciativa privada.

    O primeiro, quanto ao senso comum existente entre os servidores públicos federais de que o governo FHC foi de achatamento salarial dos servidores públicos (se não me engano, 8 anos sem aumento).

    O segundo, sobre porque dar como exemplo da remuneração dos servidores públicos os salários de alguns servidores da USP e de desmbargadores, que decidem sobre o próprio salário.

    1. Eu NUNCA DISSE , em momento

      Eu NUNCA DISSE , em momento algum, que os supersalarios são generalizados. Disse que são ALGUNS de uma elite por ganharem muito mais do que se justifica TIRAM RECURSOS que poderiam ser melhor distribuidos com todos os servidores.

      Está claro?

    2. Meu caro eu estou aqui

      Meu caro eu estou aqui chamando a atenção para supersalarios, não estou negando achatamento de servidores em geral, reconheço que importantes categorias como professores, médicos, atendentes de hospital, fiscais sanitarios, pesquisadores,

      museologos, bibliotecarios, tiveram SALARIOS ACHATADOS, porisso mesmo é aberrante a existencia de “”castas”” ganhando muito mais que o máximo constitucional através de “penduricalhos”, este é o tema, não são os salarios em geral.

      Quanto a USP e UNICAMP  não são “alguns servidores” ganhando mais que o teto, na UNICAMP

      cerca de 1.840, a USP é bem maior portanto creio que passa disso. As duas universidades estão “quebradas”, o total do repasse do Estado, que é um percentual do ICMS vai para a folha e ainda falta, a folha é mais de 100% do orçamento.

      Portanto a questão dos salarios é critica.

      Há um outro problema sério, o numero de “”funcionarios administrativos”” não docentes, iso é não professores, em relação ao numero de alunos é absurdamente alto, fiz um artigo aqui comparando com Harvard, na USP tem 7 vezes mais funcionarios por aluno do que em Harvard, vou ver se acho o artigo e olha que tem muitos terceirizados que não entram na conta.

  3. Acho que a questão é

    Acho que a questão é relevante, mas também penso que é problemático tratar “funcionário público” como uma categoria homogênea. O que percebo é a existência de alguns setores que gozam de grande prestígio e autonomia, como o Legislativo, Judiciário, alguns Ministérios e Autarquias, em contraposição a uma massa de “desprestigiados”, de categorias com menor expressão e com salários modestos. Além disso, grandes contigentes de servidores se encontram no magistério e nas polícias, recebendo salários indignos das funções sociais que cumprem.

  4. Caça aos marajás 2?

    A ESMAGADORA MAIORIA dos funcionários públicos dos executivos municpais, estaduais e federal ganham muito pouco e, pior, os que entram hoje não tem mais o benefício da aposentadoria plena, única vantagem que tinham em relação à iniciativa privada.

    O movimento que fez a revolução de trinta pretende modernizar e tornar mais eficiente o Estado brasileiro – e fez isto, em grande medida. Uma das iniciativas desta mocernização foi o estagelecimento de concurso público para ocupar os cargos, antes preenchidos por indicação política, através da famigerada prática do compadrio e do apadrinhamento, tão entranhada na cultura brasileira e tão magistralmente descrita por Machado de Assis.

    Quanto à questão da estabilidade, é conseqüência do exercíco apartidário das funções públicas: com a estabilidade, o funcionário ficaria garantido contra as arbitrariedades da autoridade de plantão.

    O discurso contido  no texto acima – e não é a primeira vez que o autor usa este tipo de discurso – serve apenas para rebaixar mais ainda os salários dos que “carregam o piano” no serviço público, e que são os funcionários das a´reas da saúde, do ensino e da segurança pública.

    A intenção é ressuscitar a mnalfadada “Caça aos Marajás, ancorada em um moralismo hipócrita?

  5. Um desserviço

    Vivemos o ápice de uma crise política cuja matriz geradora é a corrupção generalizada, envolvendo agentes públicos e privados.

    Quem estão no centro desse furacão?

    Funcionários públicos “manga lisa” (sem cargos) e agentes privados sem nenhuma expressão?

    É evidente que não.

    Estão envolvidos os poderosos agentes estatais manconumados com os privados, numa roubalheira infernal.

    E o senhor Araújo vem com esse artigo bater na tecla de sempre, como se a totalidade do funcionalismo público fossem privilegiados e nababos, como disse ele.

    Não se equcionou nem 1% da roublheira institucionalizada no país, e o senhor quer tomar a parte pelo todo.

    Oras, oras isso é falta do que fazer.

    Vá escrever poesia, que talvez dê mais certo.

    Artigo infeliz.

    1. http://www.dm.com.br/opiniao/

      http://www.dm.com.br/opiniao/2015/06/superior-tribunal-de-justica-um-oasis-de-mordomias.html

      Voce ahca normal CONTACHEQUES de 600 mil ou um milhão para Ministros do STJ? È tudo legal, legalissimo.

      São sempre “”atrasados”” ferias e licenças “”retroativas””, beneficios, auxilios, adicionais, tudo dentro da lei. Quem

      fa a lei? Eles mesmos. Quem paga ? O Tesouro Nacional eu, você, nos todos.

      E não tem nada a ver com o setor privado, é tudo  “interna corporis”.

  6. salario de professor

    Salario de professor publico de nivel médio e fundamental (servidores públicos) não entram na conta desse senhor. Salário de marajá é conta ínfima no orçamento total.

    1. Os professores do ensino

      Os professores do ensino fundamental GANHAM POUQUISSIMO. A USP tem 10.21% da arrecadação do ICM e o orçamento da USP tem 105% (CENTO E CINCO POR CENTO)  do orçamento para a folha. Mais que o teto de 29.000 existem 2 mil e tantos, inclusive “”procuradores”” ganhando de 60 a 80 mil por mês, mesmo aposentados. QUBRARAM A USP, é fato publico, o ex-Reitor Jose Goldemberg deu entrevista há um mês na FOLHA estarrecido com o que fizeram com a USP.

      A AUTONOMIA VIROU SALARIOS e só isso, nada mais. Pararam pesquisas, Butantã, Museu do Ipiranga, tudo sucateado por falta de verbas, TODO O ORÇAMENTO VIROU SALARIOS E VANTAGENS, porque?  Porque há eleição para Reitor e ganha o candidato que promete mais salarios e vantagens. E os supersalarios não são só de professores, são DE FUNCIONARIOS ADMINISTRATIVOS.

      Na UNICAMP os supersalarios são 1.811, acima de 30 mil. Como então não faz diferença? Não tem dinheiro para mais nada.

      1. Não é verdade que a USP tenha

        Não é verdade que a USP tenha 10,21% da arrecadação do ICMS. Na realidade as 3 Universidades Paulistas (USP, UNESP e UNICAMP), recebem juntas 9,57% do ICMS. Quem disse, a esse senhor, que há eleicão pra reitor na USP? O reitor da USP é “ESCOLHIDO” pelo governador, geralmente tucano, em uma lista de nomes escolhida pelos membros do “Conselho Universitário” que é formado em sua grande maioria pro diretores de unidades. Para escrever algo de sério, seria bom um pouco de conhecimento sobre o assunto. Coisa feia!

          1. concordo com o senhor quanto

            concordo com o senhor quanto ao excesso da conta salário no orçamento das Universidades. Me fiz entender mal. Quis dizer que o total dos exceços salariais dos marajás do serviço público  é proporcionalmente muito pequeno em relação ao total do servidores  ( inclusos os professores mal pagos). Acho que não se trata apenas de combater os marajás, mas um plano geral de gestão pública.

             

            Uma observação: A gestão Goldembrerg na USP, no passado, ecada de 80, foi a que mais aumentou o número e salário dos servidores não docentes.

  7. problema do serviço público, é a administração!

    por mais que o corpo seja qualificado, os cargos de gerência são indicados, por políticos. então graças a essa capacidade dos políticos em gerar fezes, elas se acumulam. não é interesse do capital que o serviço público seja qualificado, fica mais fácil de contornar as dificuldades.

    1. No Poder Judiciario e no

      No Poder Judiciario e no Ministerio Publico os cargos superiores são providos INTERNAMENTE, é a corporação que escolhe seus chefes, o mundo politico não tem interferencia.

  8. tática de convencimento

    “um compadre meu era presidente de tribunal e a esposa andava de onibus coletivo, tinham vida digna mas modesta”

    Pega uma caso que com certeza é a exceção das exceções (será que o personagem realmente existiu ?) para comprovar o absurdo: que a corrupção aumenta à medida que o agente público é melhor remunerado.

    Naquela época (década de 50, 60), a corrupção no serviço público era MUITO MAIOR. Eu mesmo tive contato com pessoas que foram fiscais à época. Todos ficaram ricos, COMPRAVAM os cargos.

    Esse discurso tem um objetivo: enfraquecer o Estado enquanto agente defensor do interesse público, ao desestimular o servidor a procurar ser mais eficiente no sentido dessa atuação.

    Assim, um fiscal não pode ganhar porcentagem nas autuações, por exemplo, porque isso seria um desestímulo ao recebimento de propinas e, por outro lado, seria um problema para o político que quisesse blindar determinado empresário apaniguado, já que os fiscais cairiam em cima (afinal, teriam participação no dinheiro recuperado com a coibição da sonegação)

     

    1. Não era exceção, os juizes

      Não era exceção, os juizes mesmo de tribunais superiores tinham vida moderada e muito digna. O meu compadre era o Dr.João Guzzo Filho, que foi Presidente do Tribunal de Alçada Criminal. Era a regra dos juizes, os vencimentos eram modestos, não tinha espaço para nenhum luxo.

      1. ninharia

        “Presidente do Tribunal de Alçada Criminal”

        Está explicado. O grosso do potencial da corrupção nunca esteve nos Tribunais de Alçada Criminal.

        Juiz honesto, eles mandam para um lugar onde não possa causar “problemas” à nata criminosa, associada à corrupção estatal de alto coturno.

        Foi o que aconteceu com o Dr. Fausto. Colocaram o sujeito em Turma previdenciária…

      2. Permita a discordância

         

          André, infelizmente neste ponto tenho que discordar, até um tempo atrás juizes não pagavam imposto de renda, suas aposentadoria foram e é Integral, tem direito décimo terceiro e décimo quarto o recesso de Dezembro vai até Fevereiro, aposentadoria compulsória, quinquenio, licença não remunerada depois de 5 anos podendo ficar 2 anos fazendo outra coisa e depois retornar ao serviço, imagina se a moda pega no Setor privado.

          1. As regalias são até piores que os salários altos

             

             

                   Ele não tinha salario alto, porém tinha as regalis que infelizmente é maléfica para o Servidor Público isso trans mite para as futuras gerções, a certeza da estabilidade o não recolhimento Imposto pela receita Federal, até algumas décadas atrás juizers nao pagavam imposto de renda.

      3. segunda divisão

        Os membros dos Tribunais de Alçada eram tão cotados que nem faziam jus à denominação de “desembargadores”, exclusiva dos membros dos TJs…

        E o judiciário sempre foi corrupto, desde o Império até hoje (talvez, hoje, um pouco menos):

         

        “(…) Segundo consta, nem mesmo o mais alto tribunal do Império permaneceu isento de corrupção. Em declaração ao Visconde de Sinimbu, D. Pedro II desabafou:

        “A primeira necessidade da magistratura é a responsabilidade eficaz; e enquanto alguns magistrados não forem para a cadeia, como, por exemplo, certos prevaricadores muito conhecidos do Supremo Tribunal de Justiça, não se conseguirá esse fim”. [22]”

        E assim no STF da República, onde vários Ministros “dignos” lavaram o seu dinheiro depois de sair, vendendo pareceres.

        Perto do “por fora”, o salário pago não era nada, realmente…

        1. O ultimo Presidente do

          O ultimo Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo veio do Tribunal de Alçada Criminal, Dr.Jose Renato Nalini, esse mesmo Ttribunal que vc alega que não tinha nenhum prestigio e portanto os juizes nem desembargadores eram, como se o titulo fosse

          o importante e não a função e a pessoa do Juiz.

      4. O Dr. João Guzzo fez concurso para o cargo de juiz de direito?

        Como o Dr. Guzzo chegou ao Tribunal? Muito provavelmente não foi submetido a um concurso sério para o cargo de juiz.

        Entretanto, não há como sequer comentar o amontoado de palpites aqui jogados por André Araújo.

        Cargos superiores e chefes não existem no Poder Judiciário, nem no Ministério Público. Isso decorre do princípio constitucional da independência no exercício das respectivas funções. Não podendo existir hierarquia, não há chefes. Na área administrativa desses órgãos, sim, há poder hierárquico.

        Desisto, não vou perder tempo em distinguir a esfera administrativa do P.Judiciário e do M.Público, da área de suas competências e atribuições.

        Há participação do Poder Executivo na escolha de membros dos Tribunais, decorrência da interdependência dos Poderes. No Ministério Público Federal há escolha livre pelo Pres. da República, dentre seus membros, do Procurador-Geral. Mais o crivo do Senado. É só. Foi a estrutura imposta pelo Centrão, na Constituinte.

        Escrever o que quer que seja sobre os servidores públicos no Brasil, sem referir-se aos cargos em comissão – grandes fatores da  corrupção – é não saber o que escreve, é irresponsabilidade e falta de respeito com os que frequentam o Blog do Nassif.

        Será que a intenção do André está em depreciar o espaço do Nassif?

        Será?

        fabiano

        1. E eu que pensei ser de

          E eu que pensei ser de conhecimento geral que Juizes ingressam na carreira por concurso, exceto aqueles do quinto constitucional. O Dr.Guzzo foi Juiz de carreira, uma dos melhores que já passaram pela magistratura paulista.

          Quanto à hierarquia, existe em qualquer tribunal uma estrutura especifica, que comanda a máquina do Tribunal.

          Quem remove um Juiz de uma comarca para outra é o comando do Tribunal,  que está acima do juiz removido.

          O mesmo no Ministerio Publico, ou será que é o Procurador que escolhe onde deve trabalhar?

          Então, ao contrario do que diz o comentarista, há sim comando na Magistratura e no Ministerio Publico, como há em qualquer corporação do Estado. cada qual com seu tipo especifico de estrutura hierarquica.

          1. nível baixíssimo

            André Araújo, você arrasta mesmo para baixo o nível deste blog. Petulante, ignorante, não imagina com quem está discutindo, nem mesmo interpelado, busca conferir o senso do que vomita.

            Foi assim que você ensinou sobre o Ministério Público a quem exerceceu tais funções durante cerca de 23 anos, dos quais, uns 16 como Procurador da Rerpública. Submeti-me ao 13º concurso de acesso ao MPF, onde concorri com 60.000 canditatos. Fiquei entre os 60 aprovados. Fui aprovado em concurso para Juiz de Direito, função que exerci por alguns 7 meses, quando pedi exoneração.

            Oh tempora oh mora. Gente desinformada, arrogante, ignorante se afirma assim, com sofismas baratos, como acontece agora. Sim, néscio, o Procurador escolhe onde trabalhar, dentro de critérios de antiguidade e merecimento.

            Como enfiar numa cabeça obtusa a tal ponto, que o princípio da independência funcional afasta qualquer poder hierárquico, quando se cuida do Poder Judiciário ou do Ministério Público?

            Independência e comando são ‘mots qui hurlent de se trouver ensemble’.

             

             

          2. Pelo seu criterio assuntos da

            Pelo seu criterio assuntos da politica só podem ser comebtados por politicos pois eles é que sabem das coisas, temas da Justiça só por juizes, temas da Universidade só por academicos, temas do Ministerio Publico só por procuradores.

            O blog então seria uma noticiario de press releases de corporações já que ciadãos comuns nada sabem do que acontece nelas e só os pontos de vista internos desses grupos é que valem como verdade revelada.

            Pelo seu tom e arrozado os Procuradores uma vez concursados só prestam contas a Deus, ninguem os comanda, sendo então um caso unico no planeta em que uma corporação PAGA COM DINHEIRO PUBLICO não precisa prestar contas a ninguem, uma vez que são deuses escolhidos e que tem como chefe seu proprio ego.

            Se essa é a real situação estamos perdidos, tive dois queridos tios Procuradores, já falecidos, a percepção de que deles tive

            foi bem diferente desse olimpo onde ninguem manda, se assim é porque existe Procurador Geral da Republica, já que ele não manda em ninguem?

          3. ausência de critérios e de siso

            Contrapor um compadrio com certo presidente de tribunal, de passado por comprovar (há não muito tempo, concursos para juiz de direito em São Paulo eram suspeitos), a anos de exercicio de uma profissão jurídica, isso sim, é critério, seu critério.

            Vou ignorá-lo, como tenho feito, exceção desta vez, já que o título trapaceou, parecia sério.

            Não tem utilidade discutir com uma  pessoa descompromissada com informações e com o mínimo de lógica.

            O princípio da independência funcional de juízes e membros do MP está inscrito na Constituição vigente. essa garantia somente em néscios significaria uma horda de sábios ou do que quer que seja. Há controles da atuação do Ministério Público, não me refiro aos Conselhos disciplinares. Não estou falando de disciplina, mas das funções. Parece que o problema é de compreensão, pura e simplesmente. De capacidade de compreender.

            Cômodo esconder-se atrás do nome de jornalista conhecido, furtando-se a apresentar argumentos, fatos, experiênia pessoal, apenas divagações, enfim, mergulhar na mediocridade.

            Entretanto, a culpa é toda de Nassif, no seu caso particular, já que outras manifestações de pequenez mental abundam neste blog, por amor à pluralidade, parece.

            fabiano

  9. salários

    O Araújo tem razão a turma dos altos funcionários ganham acima do teto e isto não tornou o serviço público melhor, ao contrário, agora temos aqueles que fazem seus próprios salários e são sempre os defensores da moralidade, contudo não passam de corruptos ganhando tudo que a nação produz, dentre eles o Ministério Público e o Judiciário, além da turma da fazenda.

  10. André confunde “funcionário

    André confunde “funcionário público” com Juiz e Promotor/procurador…

    Esses últimos realmente recebem salários nababescos, por incluírem inúmeros “auxílios” (moradia, paletó, livro, escola etc…)

    Já os demais funcionários públicos não participam dessa farra não…

    Aliás, o funcionalismo sempre foi base do PT. Mas agora, nesse Neo-PT de Dilma e cia., funcionário público virou “classe média”, e portanto deve ser hostilizado, desprezado e achincalhado, como vemos diuturnamente a militância fazendo aqui no blog. 

    1. Todos os que recebm salarios

      Todos os que recebm salarios do Estado são funcionarios publicos, tanto faz serem juizes, medicos, militares ou diplomatas.

      A fonte dos recursos com que se pagam os salarios é exatamente a mesma,  impostos arrecadados de toda a sociedade.

  11. Quais as soluções?

    Os desembargadores e ministros que entendam administrativa e judicialmente que os “penduricalhos” citados (que são parte do salário disfarçado) não são partes do teto devem ser exonerados pelo Senado e Assembleias Legislativa?

    Os chefes do executivo teriam que escolher procuradores gerais que façam os MPs cumprir o teto?

    Há mais caminhos?

    1. devem ser processados sim

      “Os desembargadores e ministros que entendam administrativa e judicialmente que os “penduricalhos” citados (que são parte do salário disfarçado) não são partes do teto devem ser exonerados pelo Senado e Assembleias Legislativa?”

      Devem sim. Nem tanto pelo valor da remuneração em si, mas pelo fato de usarem de um expediente canalha para fugirem da taxação do IR e do teto constitucional, enquanto impõem esse mesmo teto e taxação ao resto do serviço público.

      Defendo que juízes, MP e procuradores ganhem muito bem, dentro de um certo limite do PIB, talvez sem imposição de limite no caso de verbas recuperadas e participação em recursos advindos da cobrança direta sobre os serviços prestados (part. específica e para o fundo geral na taxa judiciária no caso das ações julgadas pelos juízes, sucumbência específica e para o fundo geral no caso dos advogados públicos, participação nas multas fiscais específica e para o fundo geral para os auditores fiscais), sem limitação em teto, por se tratar de ganho em função de produtividade.

      Mas o que não se pode aceitar é essa hipocrisia, essa safadeza de MP e magistratura ganharem remuneração por meio de falsas verbas indenizatórias, para escaparem de um teto que, por ora, é imposto à grande maioria dos servidores.

  12. Pura retórica, sem dados e um show de argumentos falaciosos!

    Não sei com quais intenções o meu xará vive insistindo nos ‘marajás’ do serviço público. Esse post repete vários outros e estou até agora aguardando um  com dados e argumentação consistente. Quando se trata de quantidades é preciso dados e eu nunca vi – afora a enfadonha repetição dos supersalários na USP – André Araújo apresentar qualquer dado que mostre :

    1) O quanto no total da folha de pagamento do funcionalismo público representam os supersalários.

    2) que em qualquer carreira do serviço público se ganha mais do que no setor privado.

    Na ausencia de dados o texto é construido sobre uma série de argumentos falaciosos. De uma forma geral, ele se baseia na  falácia ad populum: a base do seus argumentos é algo que supostamente tem apelo emocional de caráter popular – já vimos isso com o Collor e sabemos as consequencias dessa falácia na vida prática. Além disso apresenta uma falácia de omissão – ou seja ausencia de informações que  confirmem ou dêem base as suas afirmações. O argumento principal do texto é baseado na falácia non sequitur – isso é a conclusão de que os funcionários públicos como um todo ganham mais do que o setor privado não se segue da existencia de supersalários no serviço público.

    Para chegar a essa conclusão falaciosa o autor comete duas outras falácias. Primeiro, do fato de que existem supersalários no setor público, conclui que os funcionários públicos recebem supersalários. Trata-se de uma generalização precipitada pois só são apresentados dois exemplos sem dados, os supersalários da USP e o judiciário. O autor não demonstra a relevancia da amostra.

    Ademais a tese principal do texto se baseia na falácia da falsa analogia, isto é, comparar ‘alhos com bugalhos’. Quando se fala de supersalários no serviço público a comparação não é com o setor privado, mas com os salários do próprio setor público. Dai o autor faz algo que qualquer estudante de logica I não pode fazer: se existem supersalários no setor público então os funcionários públicos como um todo ganham mais que o setor privado!

    Além disso, a comparação do setor público com um todo com o setor privado é falaciosa, pois existem carreiras no serviço público que não tem equivalente no setor privado. É o caso da propria justiça citada no texto, não há atividade equivalente a ela no setor privado. Ao que eu saiba no Brasil a justiça ainda é pública, não?? A policia federal e os funcionários do BC estão entre as carreiras mais bem pagas do funcionalismo público do executivo federal (é só ir no site do planejamente e baixar a tabela de remuneração, algo a que o autor não se deu o trabalho de fazer). Mas essas não tem equivalentes no setor privado, a comparação é impossivel.

    O post deveria ser utilizados nas Universidades para se demonstrar como não se deve argumentar.

     

    1. O post foi um comentario a um

      O post foi um comentario a um outro artigo e NÃO é um RELATORIO DO IPEA com planilhas de dados comparativos.

      Uma cronica opinativa não é um DIAGNOSTICO cheio de tabelas e estatisticas. A percepção do fenomeno de distorções na forma de remuneração do funcionalismo, alguns ganhando pouquissimo e outros ganhando mega salarios é de conhecimento publico, não precisa de um trabalho profundo cheio de numeros..

      Duas universidades publicas publicas paulistas, USP e UNICAMP, estão quebradas, a folha de salarios  ULTRAPASSA o total do orçamento, não sobra nada para pesquisas essenciais , para manutenção de institutos como Butantã e museus, como Ipiranga. Um conhecido historiador que foi aposentado como procurador da USP leva para casa 60 mil Reais por mês.

      Muitos dos supersalarios da USP não é de professores, são funcionarios administrativos, não parece obvio que eles mesmos se atribuem os picos de salarios? isso tem logica e precisa de tabelas?

       

      1. falácia do espantalho.

        Você cometeu mais uma falácia, a do espantalho. Atacou a existencia de supersalários enquanto no meu comentário não contestei a existencia de supersalários, mas a conclusão retirada falaciosamente no post de que os salários dos funcionários públicos como um todo são maiores que os do setor privado. Ao que parece, realmente você não ter argumentos lógicos ou dados para validar sua conclusão.

  13. Comentário.

    Infelizmente, as mesmas pragas do “comentarismo” profissional tomam a forma da linguagem do dia a dia, com chutes, hipóteses sem dados que levem à sua formulação, historicismo enviesado.

    Por exemplo, sendo “informal”, o tal “pacto” passa por verdade sem necessidade de comprovação factual. E o pior de tudo, escora-se na manjadíssima ideia de que trabalho estável é na administração pública. Claro, não consultemos professores de escola pública.

    A foto do texto não condiz completamente com o tema proposto, pois se trata de uma foto da USP, onde o problema dos salários esconde mazelas muito piores, como, por exemplo, o fato de a gestão atual ser semelhante a anterior, com a única diferença de ter outro Reitor. É o incendiário fazendo de conta que não fez o incêndio e se propor a apagá-lo.

    A confusão que permeia o texto coloca membros do Judiciário e servidores públicos mais modestos na mesma linha.

    O que o autor não coloca – e deveria ficar um pouco mais nisso – é que a figura do “gestor público” tornou-se um tipo à parte do atividade pública que, escorando-se na perspectiva tecnicista e na análise de Estado como prestador de serviços, promove uma apropriação da coisa pública de forma sui generis. Os interesses privados não tem apenas origem em algo fora do Estado (empresas, Estados, banca internacional), mas no interior do Estado.

     

  14. Mudança Para o Bem Comum

    Parabéns pelo artigo, ele é um assunto pertinente na nossa atual conjuntura que o Pais atravessa e teremos que enfrentar este desafio com seriedade e serenidade, realmente o Serviço Público queiramos ou não, sofrerá mudanças. Primeiramente, precisamos nos perguntarmos;  que Serviço Público queremos ter e também o que é ser Funcionário Público  e Servidor Público nos dias de hoje a concepção do que é ser Funcionário e Servidor, mudaram muito. O que será que as Grandes Nações, que já estão mais avançados neste tema tem para nos mostrar e até mesmo ensinar. Não há dúvida que em 3 esferas os Servidores Públicos não podem serem tratados como despesas e sim com grandes investimentos, principalmente em duas ocasiões: Educação e Saúde e em terceiro mas não menos importante Segurança Pública, mas mesmo nestas 3 esferas, há um jogo de “toma lá da cá”, o governo não paga o dia 31 mas concede 4 abonadas, coloca um salário base baixíssimo e com várias gratificações, concede estabilidade, porém não paga o fundo de garantia por causa da legislação Estatutária ( Com Estabilidade eu não me importaria de não ter FGTS, pois com Disciplina nós mesmo podemos fazer nosso FGTS com rendimento maior do que o Estado Brasileiro paga), a cada 5 anos tem o chamado Quinquênio e também pode se afastar por 2 anos, a chamada licença sem remuneração e depois podendo voltar para suas atividades normalmente, no caso de Professores e Policiais, aposentadoria com 25 anos de trabalho. Nessas três Esferas as condições de trabalho em muitos casos são Desumanas , até mesmo na formação desses Profissionais. Agora vamos trabalhar um pouco com números, o salario do Professor e Policial do Estado  de São Paulo são respectivamente:

    20/04/2015 08p6 – Atualizado em 20/04/2015 08p6

    Polícia Militar de São Paulo abre concurso para 2 mil vagas

    Oportunidades são para soldado PM de 2ª classe.O salário é de R$ 2.901,03. Edital; http://www.vunesp.com.br

     

    Agora, iremos comparar com o concurso do INSS e ANP ( Agência Nacional de Gás e Petróleo) Exigem somente 2º Grau fonte:  http://www.cespe.unb.br/ e http://www.cesgranrio.org.br/ Salário Inicial Respectivamente: R$ 4.886,87 e para técnico Administrativo da ANP, repito somente 2º Grau R$ 6.334,52, poderemos ficar aqui citando, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios, Enfim todos estão acima da média do setor Privado. Comparando com uma vaga para Engenheiro, observa as qualificações exigidas e o salário;

    Coordenador de Controle de Qualidade

    R$ 5.100,00

    1 vaga:

     São José dos Campos – SP (1)

    Atuar em rotinas de laboratório, aplicação de boas práticas de laboratório, análises microbiológicas, físico químicas, sensoriais, acompanhamento do processo produtivo com análises da liberação ao longo das etapas de produção, gestão de materiais (recebimento, controle de liberação de produto e reclamação de consumidores), gestão de pessoas (interface com áreas de PCP, expedição e produção), ISO 17025, FSSC 22000, gerenciamento de pessoas, revisão do quadro atual do time e gestão de materiais. Ser organizado, ter prontidão e resposta, saber lidar com pessoas, comunicação, interface com produção e relacionamento interpessoal. Conhecimentos em ISO, padronização internacional de procedimentos PPT, Excel, Word (pacote Office), legenda 17025, sistema de gestão para laboratório FSSC 22000, sistema de gestão para segurança de alimentos 9001, sistema de gestão para qualidade 17005, organização de procedimentos e métodos de trabalho para laboratório. 

    Ensino Superior em Engenharia. 

    quarta, 11/11

    ·         enviar currículo

    7 dias grátis

    ·         SALÁRIO:R$ 5.100,00

    ·         BENEFÍCIOS:Assistência Médica / Medicina em grupo, Assistência Odontológica, Convênio com farmácia, Estacionamento, Participação nos lucros, Restaurante na empresa, Tíquete-alimentação, Transporte fornecido pela empresa

    ·         REGIME DE CONTRATAÇÃO:CLT (Efetivo)

    ·         HORÁRIO:Administrativo.

    Fonte: http://www.catho.com.br/vagas/?q=engenheiro+quimico&pais_id=31&estado_id%5B%5D=&regiao_id%5B%5D=&cidade_id%5B%5D=776&cidade=S%C3%A3o+Jos%C3%A9+dos+Campos+-+SP

     

    Você tem 18 Anos de Idade ou um Filho com 18 anos, o País instável, crescemos ouvindo e escutando dos nossos Pais que “bão é trabalhar pro Governo”, Fazer 5 anos  Integral e 6 anos Noturno com exceção do ITA que não existe curso noturno ; Poli, ITA, USP ( Outros Campus ), Unesp, Unicamp, tornar se Engenheiro, Farmacêutico, Bioquímico, Engenheiro de Processos, Geofísico  e o Mercado exigir todas essas qualificações para atuar como coordenador de controle de Qualidade com o salario de 5,100, enquanto no Setor Público já começa ganhando mais do que isso. A resposta que qualquer concurseiro nos dá é a seguinte :  “Está Desdenhando, Presta Concurso” Ele até sabe que este sistema é insustentável e para piorar o Setor Público nos trás algo pior do que os altos salários, ele cria nas gerações a Sensação de acomodação, não arriscam. Pensa num Aluno do ITA, USP, UNICAMP, prestando concurso para CEF que exige o 2º Grau e estão, é só você conversar com os Funcionários nestas Agências e verá alunos da USP, UNICAMP e Federais atuando, é uma massa significativa de Brasileiros                ( Talentos) QUE PODERIAM EMPREENDER, GERAR DIVISAS PARA O PAÍS, POSTOS DE TRABALHOS e estão lá, no aconchego do Estado. Este é um tema que há um leque para se debruçar ,compreender, dialogar, sugerir mudanças para as gerações futuras pensarem e agirem diferentes. Agirem para o Bem comum da Nação Brasileira.

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