Os bilhões que separam neoliberais de heterodoxos, por J. Carlos de Assis

Aliança pelo Brasil

Os bilhões que separam neoliberais de heterodoxos

por J. Carlos de Assis

Há uma ignorância generalizada, inclusive na chamada elite culta, sobre o que é neoliberalismo, no Brasil e no mundo. A ignorância se amplia, inclusive nas esquerdas, quando se tenta estabelecer um confronto ideológico entre ortodoxia econômica e heterodoxia. A questão é colocada como numa partida de futebol onde os times são identificados pelos nomes, e nunca pelos jogadores. Na opinião pública em sentido amplo, não se trata de falta de nomes, mas de fetiches que funcionam como instrumentos de manipulação pela mídia.

Se você acha que isso é irrelevante devo lembrar que a candidata Marina Silva, assim como de Eduardo Campos e de Aécio, estabeleciam como pilar da sua proposta econômica presidencial o chamado tripé do câmbio (livre), juros (elevado) e superávit primário (alto). Para quem não sabe, esse tripé está encravado no coração do neoliberalismo e da ortodoxia econômica, que são mais ou menos a mesma coisa. Aposto que milhões de pessoas votaram no tripé. Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem. Milhões voltarão a fazê-lo caso não sejamos competentes para desmascarar essa empulhação.

O que é um ortodoxo, ou neoliberal? É o sujeito que acha que o mercado resolve tudo. Já o Governo, este é apenas um entrave. Os juros estão elevados? A oferta de dinheiro aumenta e os juros caem espontaneamente. O câmbio está supervalorizado? As exportações aumentam e promovem a desvalorização do câmbio. O desemprego aumentou? A oferta de trabalho se expande, pressiona os salários para baixo e isso estimula os empresários a gerarem mais empregos. A palavra mágica para tudo isso é uma só: equilíbrio de mercado.

Isso também se aplica aos preços de bens e serviços em geral. Inflação? Ora, não se afobe. O Banco Central, independente do Governo e atento ao mercado, cuidará de aumentar os juros e a demanda cairá promovendo o equilíbrio dos preços. Em suma:  tudo se resolve pelo mercado. Ao Governo cabe apenas promover o equilíbrio fiscal. O mercado não é apenas um agente eficiente mas extremamente elegante. Não polui a economia com intervenções do Governo. E realiza o desenvolvimento econômico saudável!

O que é um heterodoxo, ou desenvolvimentista? É o sujeito que, tanto do ponto de vista teórico quanto prático, sabe que as teorias de equilíbrio espontâneo dos mercados são uma farsa. Em síntese, ele advoga câmbio administrado, juros controlados num nível baixo, política fiscal anticíclica (déficit na recessão e superávit no boom), e, regra suprema, uma certa administração dos preços para dar conta de inflação de custos provocada por política monopolistas e oligopolistas das empresas privadas, ou escassez de produtos agrícolas.

Você poderá achar que se trata de diferenças  simples. Grande engano. As diferenças são medidas em bilhões. Por trás dos ortodoxos neoliberais está um exército de serviçais de financistas que ganham bilhões de reais diariamente com a política que defendem,  quando não são eles próprios os financistas ganhadores. Muitos, como Lara Resende, Pérsio Arida, Gustavo Franco, Edmar Bacha, escondem na falsa condição de acadêmicos sua posição real de aves de rapina da economia real, dentro da casamata neoliberal do Instituto Millenium.

Também em termos de rigor teórico o neoliberalismo ortodoxo é um embuste. Sou economista político, não sou matemático. Mas escrevi junto com um dos maiores matemáticos do Brasil, Francisco Antônio Doria, o livro “O universo neoliberal em desencanto”. Na sua parte, Doria desenvolve um conjunto de teoremas que provam matematicamente que mercados não entram em equilíbrio espontaneamente, embora possam fazê-lo por acaso. Como consequência, a doutrina do livre mercado não pode ter caráter normativo – razão pela qual o movimento Aliança pelo Brasil rejeita vigorosamente o neoliberalismo.

J. Carlos de Assis – Economista, doutor pela Coppe/UFRJ, autor de “Sete mandamentos do jornalismo investigativo”, Ed. Textonovo, SP, 2015.

                 

Redação

17 Comentários

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  1. Há um sério problema

    Há um sério problema adicional que não foi tratado pelo artigo. Há duas espécies de liberal (o termo “neo”liberal já perdeu o sentido), os tradicionais e os rentistas. Externamente, eles advogam as mesmas teorias, mas internamente possuem princípios diametralmente opostos e que se refletem nas suas estratégias de vida e, portanto, na forma como desejam balizar a economia

    Basicamente, para não alongar o tema, tem-se que os liberais tradicionais buscam construir um legado e que, portanto, valorizam o trabalho, cuja virtude maior está no “self made man” sempre presente nas empresas familiares ou de garagem. Já os rentistas buscam construir uma conta bancária grande o suficiente para não precisarem mais trabalhar, coisa que menosprezam, e sua virtude maior está exatamente na capacidade de manipulação econômica e política. Enquanto os primeiros enxergam as relações sociais e econômicas de forma mais realista, os segundos enxergam números e ganhos. Para os rentistas, a economia definitivamente não é uma ciência social e o legado pessoal restringe-se à conta bancária, razão porque menosprezam a política e efetivamente odeiam o estado – os tradicionais, por sua vez, entendem que há papeis básicos para o Estado.

  2. O presidente Hoover tambem acreditava
    O presidente Hoover dos USA também acreditava que a crise seria resolvida pela mercado.
    A prosperidade está a porta, dizia ele.
    Quem gosta de historia sabe o que foram os ano 20 e 30 do seculo XX.

  3. Até quando os países

    Até quando os países continuarão de joelhos frente ao rentismo radical? Estamos assistindo milhares de cabeças sendo cortadas em praça pública pelo “livre mercado”. 

  4. quem é enganado pelo papo

    quem é enganado pelo papo furado do neoliberallsimo é o cara individualista e egoísta.

    é engambelado pela convesa fiada de que o estado é ineficente, eficiente é ele, que está no mercado.

    papo tucano de sempre para tudo privatizar…

    papo falacioso, senão criminoso – vide a tal “privataria tucana”….

    observe a crise exconomica europeia, cuja financeirização

    leva ao poder os donos da banca.

    e cria desemprego em massa…

    rtc, etc

     

  5. Belíssimo artigo.

    Como já disse- Economistas são ideólogos contaminados pela matemática.  Quando estas figuras aparecem mostrando seus modelos matemáticos é com a retórica que tentam provar que a realidade se adequa aos seus modelos. Cientificamente deveria ser o contrário.  Mesmo depois das crises sequenciais e profundas que este modelo causou ao mundo,  continuam retoricamente querendo adequar o mundo ao seu modelo. (Popper refutaria isto como ciência e chamaria isto de pura ideologia). A ideologia mascara a realidade . Num modelo sempre temos pressupostos  e o problema não é ter pressupostos  o problema é querer fingir que eles não existem . E não defende-los de forma clara , é querer mascarar a realidade. Mas achei mais interessante ainda é que mesmo assumindo os pressupostos do modelo ele parece  não se sustentar sequer matematicamente.  Quando não se apresenta os pressupostos e não se sustenta matematicamente se torna pura retórica.

  6. O LIBERALISMO MEIA BOCA!

    O LIBERALISMO SAUDÁVEL!

    Os ideais liberais ajudaram a criar formidáveis nações. Entretanto, não podemos confundir as coisas, o liberalismo não tem como ser aplicado pela metade. Vejam seus princípios, especialmente o da igualdade de direitos entre os cidadãos:

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo

    O que pode ser sintetizado nesse estudo de Marta Nunes da Costa da Universidade do Minho, Instituto de Letras e Ciências Humanas, Centro de Estudos Humanísticos, 4710-057 Braga, Portugal:

    “a recuperação dos ideais democráticos em geral – quer na sua vertente mais procedimentalista, quer na sua vertente mais substantiva – só foi possível a partir de finais do século XVIII, com a experiência do liberalismo.”

    “o liberalismo consiste na defesa teórica e nas instituições jurídicas de protecção dos direitos naturais do homem – na linguagem jusnaturalista – e dos direitos fundamentais do cidadão, a começar pelos civis e políticos, mas podendo alargar-se aos direitos sociais. Para o liberalismo, o poder legítimo assenta no contrato e na utilidade social. “

    “à medida que os direitos políticos foram progressivamente projetados como fundamentais, a experiência democrática alterou-se, abrindo campo para novos modelos políticos que passariam a articular a dimensão representativa com as dimensões participativa e deliberativa.”

    “ o liberalismo esteve até ao século XIX associado à esquerda.”

    “É verdade que pensar hoje na democracia implica, quase de forma automatizada, pensar no fundo liberal da sociedade que se quer e diz democrática. Porém, como mencionei acima, a reflexão sobre a relação entre democracia e liberalismo assenta num modelo democrático específico – e dominante – que é o modelo representativo. As tendências de democratização da sociedade, sobretudo pela expansão de mecanismos participativos e deliberativos – como por exemplo a iniciativa popular, orçamento participativo, referendo, entre outros – pode parecer anti-liberal na sua natureza, se adoptarmos a visão mais simplista de liberalismo enquanto defesa de direitos individuais específicos constitucionalmente determinados. Mas poderíamos olhar para a questão de outro ângulo, e dizer que esses mecanismos não só visam o aprofundamento das democracias contemporâneas, como o próprio desenvolvimento e atualização dos direitos individuais, na medida em que os indivíduos, enquanto agentes morais e políticos autónomos, passariam a controlar de forma mais direta (e participativa) o seu destino pessoal assim como o destino da sua comunidade. Assim, o que parece inicialmente como anti-liberal torna-se um fenómeno de redefinição do paradigma democrático, numa era em que as crises do sistema representativo são incontornáveis e exigem respostas institucionais, substantivas e de políticas públicas.”

    Fonte: http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?pid=S0807-89672013000200022&script=sci_arttext

    A assertiva da autora é tamanha, que vemos cristalizados seus ensinamentos nesse PLEBISCITO suíço, um dos povos mais liberais do planeta, que recusou a criação de uma empresa estatal para cuidar do seu sistema de saúde:

    http://spotniks.com/em-referendo-suicos-recusam-implementacao-de-sistema-de-saude-publica/

    Ou seja, o liberalismo é dinâmico, evoluiu, e criou as mais notáveis democracias do mundo. Vejam:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/503107126491621/?type=3&theater

    Portanto, não existe liberalismo pela metade. Se vocês ouvirem alguém dizer que é liberal, mas perceber que se restringe apenas ao liberalismo econômico, desprezando o liberalismo político; tenham certeza de que não se trata de um verdadeiro LIBERAL! Pessoas assim normalmente defendem sistemas colonialistas, sejam mal intencionados ou não, e merecem outro título, que veremos a seguir.

    O LIBERALISMO “MEIA BOCA”!

    Entregar as principais decisões do país ao poder econômico, significa nossa própria colonização; pois quem tem mais poder para se impor é o capital imperialista estrangeiro. A partir do momento em que permitimos que nossos poderes sejam por ele corrompidos, sem que tenhamos o direito de debater e anular suas decisões, além de remover seus ocupantes de seus cargos, estaremos colocando o país a serviço de seus interesses.

    E o que eles querem é exatamente o ARROCHO SALARIAL a qualquer custo, para que nosso povo não tenha o direito de consumir nem o que ele mesmo produz. Pois os grandes grupos econômicos imperialistas dominam mercados no exterior, e não precisam vender seus produtos por aqui. Com o arrocho salarial, enquanto nosso povo sofre, e nossas empresas quebram por não ter a quem vender seus produtos; os exportadores, grande parte estrangeiros, aumentam seus lucros; já que, pra eles, salários locais não significam consumo, mas apenas custos.

    Obviamente que essa não é uma unanimidade. Tem muita empresa estrangeira que prefere explorar um mercado normal, sem esse tipo de distorção. Aliás multinacionais são benéficas ao país, e devem ser estimuladas, desde que não firam nossa soberania. Tanto que têm um trânsito até maior nos próprios países desenvolvidos. O que demonstra que a parte mais ativa nesses trambiques está por trás dos próprios políticos brasileiros, que vivem a extorqui-las.

    A doce receita do “liberalismo meia boca”, colonialismo, ou neoliberalismo (para alguns) é roubar à vontade. O que deve ser garantido com gordas propinas pagas ao judiciário, que são depositadas limpinhas nos paraísos fiscais, para que seus agentes permaneçam intocáveis no país. Pois, roubando tanto, não sobra dinheiro para se elevar os salários públicos, aposentadorias, e salário mínimo; o que reduz o consumo, e permite que nossas riquezas sejam desviadas ilicitamente para o exterior.

    O termo “LIBERALISMO MEIA BOCA” é mais do que apropriado, e poderíamos ter pego até mais pesado. Essa doutrina é defendida por gente muito bajulada no exterior, que cria esse tipo de receita sob aplausos, para enfiar goela abaixo no mundo subdesenvolvido. Tudo ao custo de muita propaganda e manipulações no mundo acadêmico, como em Harvard. Para eles, talvez fosse melhor denominado “LIBERALISMO MALICIOSO”. Entretanto, para a imensa multidão de pessoas desinformadas, e “Maria vai com as outras”, que defendem o “meio liberalismo” cegamente nesse país, ele é mais que adequado. Nossos patéticos liberais pela metade não conseguem perceber duas coisas básicas, que:

    1) Os países considerados liberais são extremamente nacionalistas, a ponto dos Estados Unidos cancelarem uma licitação para produção de fibra óptica, para favorecer empresas americanas em detrimento das japonesas; o governo sul coreano não permitir que a Ford comprasse a falida Ásia Motors, para que a mesma fosse vendida à coreana Hyunday; o governo da Itália fizesse de tudo para que sua quebrada empresa de telefonia não fosse vendida a estrangeiros, ou que pelo menos ficasse com a União Europeia, etc. Pois as empresas nacionais precisam ser protegidas, por pagarem melhores salários e gerarem tecnologia em suas matrizes.

    2) As aberrações de nossos liberais pela metade defendem apenas o liberalismo econômico, que favorece aos grandes grupos estrangeiros; e jamais mencionam ou defendem o LIBERALISMO POLÍTICO existente no mundo desenvolvido, onde o povo atua como mediador dessas relações, tendo poder para convocar, através de seus ABAIXO ASSINADOS:

    a) PLEBISCITOS: Para votar leis propostas pelo povo, as quais são usadas, em sua maioria, para fechar brechas deixadas à corrupção.

    b) REFERENDOS: Para votar derrubadas de leis indesejadas, comos as patrocinadas pelos corruptos a fim de promover o arrocho salarial, a exemplo da lei da terceirização do trabalho.

    c) RECALLS: Para votar sobre a cassação de políticos, juízes, promotores, e delegados.

    Vejam o sistema político dos países desenvolvidos, utilizado desde o século 13, quando grande parte nem sabia ler, que as aberrações de meio liberais brasileiros ignora, e não defende:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/658099054325760/?type=3&theater

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/502648843204116/?type=3&theater

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/713767368758928/?type=3&theater
     

    1. Prezada democracia direta

      Prezada democracia direta,

      O liberalismo capitalista é coisa recente e não é a causa da existência dos grandes países. Surgiu com a ascensão da burguesia, coisa do século XIX. Antes de seu surgimento, já havia inúmeros grandes países. Além disto, sob socialismo/comunismo, grandes países se formaram, e, nem por isto, se deixa de criticar o socialismo/comunismo como entrave para a emergência de grandes nações.

      Outra questão é para que servem sistemas econômicos. Servem para promover desigualdades, com poucos muito ricos e muitos muito pobres? Se for, e parece ser isto que o capitalismo promove, o capitalismo se opõe à democracia: segundo levantamento recente, 1% da população mundial detém mais riqueza do que os 99% restantes, coisa do full liberalismo que você recomenda (não esquecer da dialética, ou de que virtus in medium est). Afinal, a maior parte da economia mundial ainda está sob regime capitalista. Nos EUA, por exemplo, o campeão do liberalismo capitalista e que o aplica radicalmente, há mais de 50 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza; a expectativa de vida, a mortalidade infantil e o analfabetismo são piores do que os correspondentes cubanos (Cuba, um país pobre, sob bloqueio cruel por mais de 50 anos e comunista) etc.

      O liberalismo econômico radical, promotor de desigualdade econômica, não pode ser tomado como promotor de direitos democráticos, portanto, não é boa coisa.

      Abraço.

  7. O neoliberalismo

    O neoliberalismo é fenômeno dos anos 80, pertencente à Inglaterra de Thatcher e aos EUA de Reagan, e atualmente o termo já se encontra em desuso, sendo repetido apenas na América Latina, onde o neliberalismo nunca existiu, mas tornou-se sinônimo de tudo o que há de ruim no mundo. Basicamente, chama-se aqui de neoliberalismo qualquer medida de austeridade indispensável para o equilíbrio das contas públicas.

    A própria constatação do autor do artigo de que ninguém sabe direito o que é o neoliberalismo, já é sinal suficiente de que se está falando de um rótulo vazio, que pode ser definido conforme a vontade do freguês. A tendência é que de agora para diante o termo neoliberalismo torne-se cada vez mais vago, até sair de moda também dessas bandas.

    1. Caro Pedro Mundim

      Caro Pedro Mundim,

      Você ainda está nesta de equilíbrio de contas públicas e austeridade? Isto sim, do ponto de vista teórico e empírico da ciência econômica, é coisa superada, jurássica, como diria Roberto Campos. Atualize-se.

      Abraço.

  8. Pro neoliberal se o banco

    Pro neoliberal se o banco expulsa o sujeito da casa , tiram-lhe seu emprego, e vai com a família para a rua sem amparo, ele diz para o sujeito: fique feliz que esse é o melhor dos mundos de acordo com o mercado, o mercado decidiu o melhor pra você

  9. ótimo post.
    pegou na

    ótimo post.

    pegou na veia.

    poucos ganham muito.

    muitos ganham pouco….

    e não  é  de hoje;

    é secular….

    senão milenar…

     

  10. neoliberalismo é ideologia.

    Enquanto o neoliberalismo é ideologia e crença ilimitada no deus mercado, o desenvolvimentismo busca bases cientificas para o controle da economia. A unica regra de ouro do neoliberalismo são as vantagens ilimitadas para os agentes financeiros. O desenvolvimentismo busca bases sólidas para a produção . Qualquer sistema natural usa a realimentação negativa para evitar uma oscilação descontrolada dos seus processos. Na economia seria o equivalente a retirar recursos na alta e injetar recursos na crise (politica anticiclica).É o desenvolvimentismo que contempla uma economia racional e natural.

  11. Lembranças

     devo lembrar que a candidata Marina Silva, assim como de Eduardo Campos e de Aécio, estabeleciam como pilar da sua proposta econômica presidencial o chamado tripé do câmbio (livre), juros (elevado) e superávit primário (alto). 

    E eu devo lembrar ao autor que esse também era o pilar da proposta econômica da Dilma, só que ela não contou nem prá ele e nem prá mais uns milhões de crédulos. Heheheha 

    No mais acreditar na piamente na liberdade do mercado ou acreditar piamente na intervenção dos governos, só separa os crentes em dois grupos distintos. 

    É como ficar discutindo se um fanático islâmico é mais ou menos burro que um fanático cristão.

    Nos dois há casos de sucesso como casos de fracasso quando se observa do ponto de vista de melhoria de condições de vida da população.

    A única coisa certa é o seguinte, no Brasil, qualquer um dos dois está fadado ao fracasso. 

  12. O PT perdeu para os rentistas…

    Em 2011 os juros selic estavam proximo de 8% aa e com viés de queda, aí o Meirelles criou o factóide de que ela estava impactando negativamente a poupança e o rendimento pré fixado e alavancado pela  marolinha do Lula começaram a “recuperar” a selic que hoje está em 15% aa.

    O Governo do PT sofreu o apagão econômico e perdeu o bonde da chuva de dólares que acometeu o país na crise de 2008 e deixou de turbinar as reservas em dólar e reduzir drasticamente a dívida pública.

    Todo economista mirim como eu sabe que tudo de sobe desce e que dólar não fica muito tempo desvalorizado.

    O BC causa prejuízo ao país, só gente burra mesmo para aceitar que o BC tem que ser independente.

    Tá aí a Independência  e Morte!!!

  13. Os liberais se proclamam

    Os liberais se proclamam racionais e acusam os desenvolvimentistas de serem emotivos, mas mantêm uma fé inabalável em uma mão invisível que controla e equilibra os mercados, que ultrapassa qualquer superstição medieval da época de Adam Smith.

     

    1. Acaso é superstição…

      Acaso é superstição que eu queira um paõzinho e prontamente o encontre na padaria, e que eu queira um quilo de alcatra e prontamente a encontre no açougue?

      Que superstição faz com que na Venezuela e em Cuba você só encontre filas e patreleiras vazias?

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