Os Simpsons e o despotismo ~nada~ esclarecido de Curitiba
Por Romulus
(i) Lisa Simpson esteve de novo no Brasil – ou quase
Há um episodio de “Os Simpsons” em que, dentro do roteiro sempre caótico e imprevisível por que a série se caracteriza, Lisa ascende ao poder na cidade como parte de um “conselho de notáveis”, composto apenas pelos maiores cérebros de Springfield.
No início uma maravilha! Tudo mais eficiente e racionalizado…
E no entanto…
Bem, e no entanto depois tudo dá errado.
A pobre Lisa, mesmo superdotada, não consegue compreender como aquele “sonho tão belo” pode desandar.
E aí, no final, chega o físico Stephen Hawking para socorrê-la e explicar o (não tão) óbvio:
– Às vezes os mais inteligentes podem ser os mais ingênuos.
E onde é que a ingenuidade pegara os gênios de Springfield?
– Não previram que cada um tinha a sua visão de mundo ideal. O seu “sonho tão belo”.
Idiossincrasias semearam divisões até mesmo dentro do conselho de notáveis.
Ora, como não?
Em regra, maior a inteligência maior o ego e a arrogância, não é mesmo?
Isso quando o conflito não se deu entre o conselho e o público maior, de “não notáveis”. Aqueles cujas escolhas lhes foram cassadas “para o seu próprio bem” por aqueles que “sabiam o que era o melhor”.
Ou seja:
– Não previram o quanto a arrogância e a condescendência natural de quem é “mais inteligente” e/ou “mais sabido” vicia as suas projeções quanto ao potencial de extrapolação para o ~mundo real~ do ~ideal~ que os anima dentro de suas cabeça.
(A lot is) lost in translation. (Há muita) perda na tradução, certo?
Se é assim com as línguas, imagine-se do pensamento para a realidade.
Como se vê em Springfield, o “despotismo esclarecido” acabou por mostrar-se terrível! Ainda mais disfuncional que a realidade anterior, sob o corrupto prefeito Quimby.
Despotismo esclarecido…
Será que teria como piorar?
Mas é logico que teria!
E o Brasil, pioneiro, oferece a resposta ao mundo (junto com a jabuticaba):
*
(ii) Despotismo tecnocrático
O despotismo ~nada~ esclarecido de Curitiba, em particular, como corolário da desfuncionalidade, em geral, do despotismo das autoridades ~não eleitas~, o despotismo tecnocrático.
Despotismo de que autoridades não eleitas?
Ora, Judiciário, MP, Policias, Agências reguladoras, autarquias, etc.
Deu errado em Springfield – com os gênios! – e está sendo pior ainda com os parvos e simplórios, bacharéis de província, no Brasil. E ficará cada vez pior à medida em que conseguirem cassar cada vez mais do poder ~político~ a sua prerrogativa de deliberação quanto aos destinos da ~polis~. Traindo a própria demofobia, sonham com uma democracia de faz de conta, com cartas marcadas, onde há partidos, nomes e programas de governo “certos” e “errados”.
Bem… “errados” se ainda os houver. Desconfio que no “sonho tão belo” de Curtitiba sequer existam mais.
Como disse recentemente, a eleição de presidente no Brasil caminha para se tornar tão relevante quanto um concurso de Miss.
Mas, como apontara dias antes, não é apenas a eleição presidencial que se visa a esvaziar, mas sim toda a forma de ingerência do poder político – eleito – sobre as decisões de Estado, seja do Executivo ou do Legislativo. Mira-se numa ~tecnocracia~ com zero accountability (expressão mal traduzida como “prestação de contas”) dos tecnocratas para com o poder político e, indiretamente, para com a massa de eleitores.
Assim como a princípio acreditou Lisa Simpson, querem cassar as escolhas dessa massa de eleitores “para o seu próprio bem”.
Contudo, de boas intenções o inferno está cheio, não é mesmo?
Para além de Curitiba, há diversas outras manifestações dessa tendência ao despotismo tecnocrático no Brasil atual.
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Por um lado, temos a PEC 241, alcunhada de PEC “da desigualdade”, “do fim do mundo”, “da morte”… mas que bem poderia ser chamada de “PEC babá” por seus defensores ou PEC “tirânica”, “usurpadora” ou “demofóbica” por seus opositores. Impõe-se desde já – em plena “pausa democrática”, Ministro Ayres Britto! – o programa de governo dos próximos 20 anos.
Eleições para quê?
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Mas também é uma manifestação da tendência a esse despotismo tecnocrático a cassação da presunção de inocência pelo STF – órgão não eleito! – consubstanciada no seu entendimento – espontâneo ou coagido? – de que penas já devem ser cumpridas a partir do julgamento em segunda instância.
Aliás, a propósito de decisões judiciais, o falecido Ministro da Suprema Corte americana Scalia disse certa vez, em palestra no Brasil, que a sua construção equivale à travessia de ida e volta de um rio. Na ida, o que levaria à outra margem seria a resposta ~intuitiva~ do juiz aos fatos apresentados. Com ela, chegar-se-ia à decisão sobre “o que é certo”, “justo”, “equitativo”. O ~direito~ seria, apenas, o caminho de volta à margem de partida para explicar por que “aquilo é o certo”.
Sabendo-se que as leis são sujeitas a diversas interpretações, não deixa de ser memorável que um dos Ministros mais conservadores da história da Suprema Corte americana reconhecesse – em público! – o grau de arbitrariedade a que a sociedade se submete ao confiar a solução de seus conflitos a juízes – autoridades não eleitas e com grau baixíssimo de accountability.
No Brasil então, em que as punições do CNJ são motivo de piada, a accountability é zero:
*
Bem, seguindo o roteiro de Scalia, a intuição leva a uma margem e o direito traz de volta à margem de partida.
Encaixemos então um exemplo real a esse roteiro:
– a extinção pelo STF da presunção de inocência com a prisão a partir do julgamento em segunda instância.
Pergunto:
Foi mesmo a “intuição sobre o que é justo” o que levou o STF a essa outra margem?
E pior: qual foi “o direito” que serviu de balsa para voltar à margem original, atropelando cláusula pétrea da Constituição?
*
(iii) Os limites da razão e o modernismo extemporâneo no Brasil
A pós-modernidade caracteriza-se pela constatação – e aceitação! – dos limites da racionalidade humana. Não por outra razão a literatura econômica superou – forçada que foi – o conceito do homus economicus, o indivíduo que tomava decisões (apenas) com base na razão, pilar da escola neoclássica.
Por ser apenas uma ficção, trazia limitações intrínsecas aos modelos econômicos que o tomam por base na fase de abstração. A tentativa de se extrapolar as conclusões desses modelos para o mundo real logicamente foi frustrada, com direito até a demonstração empírica em escala global a partir de 2007/2008, com o neoliberalismo colocado em xeque.
Ora, se a racionalidade humana é colocada à prova – e muitas vezes derrotada! – nas decisões mais comezinhas da vida econômica dos indivíduos, que dizer das decisões em que indivíduos “preclaros” – seja em Curitiba, seja no STF, seja no Parlamento – passam por cima das garantias individuais e coletivas constantes do próprio contrato social (!) de 1988?
Menos, Srs. “preclaros”, menos…
Podem impressionar incautos que deem valor a capas pretas, títulos, falar “bonito” e canudos, dado o fetiche ibérico por tais coisas que herdamos – junto com a sífilis, observaria Chico Buarque. Menos efeito têm sobre pessoas esclarecidas cujo pensamento passou além das obras da modernidade – a era de glória da razão – e que aceitaram o caos da pós-modernidade e os limites que esse impõe a abstrações racionalistas. Ou ao menos à sua extrapolação para o mundo real.
No Economia, em lugar do homus economicus racional, ficamos com outro, sujeito à chamada “racionalidade limitada” (bounded rationality) (a) pelas informações disponíveis, (b) pelos déficits cognitivos e (c) pelo tempo disponível para a tomada de decisão. Sabe-se agora que escolhem o que satisfaz – oh, subjetividade! – em vez do que é ótimo. Esse último, o ótimo, podia ser lindamente aferido, com precisão “científica”, por equações complexas.
Que fazer agora?
Ora, o primeiro passo é ter…
– … humildade intelectual!
E desconfiar sempre de “verdades absolutas”…
E isso só na Economia?
Nada disso! Da mesma forma, trabalhos mais recentes no campo do direito* (do direito!) demonstram ~empiricamente~ – isso mesmo: com testes randomizados duplo-cego e com base amostral suficiente para extrapolação estatística! – como ~juízes~ estão sujeitos:
(a) a decidir com base em processos mentais simplificadores – heurística – usando atalhos mentais (“pré” “conceitos”), aproximações, intuições, e
(b) a cair vítima, em seus juízos, de vieses cognitivos (cognitive bisaes – expressão que já vi traduzida também como “defeitos cognitivos”).
[*trabalho realizado por pesquisadores de ponta americanos, Guthrie e Rachlinski, com quem, inclusive, tive a honra de trabalhar. Pena que Moro e Dallagnol não fizeram essa cadeira em Harvard, não é mesmo?]
Notem bem: Isso tudo apenas isolando as cabecinhas “preclaras” dos juízes, num “ambiente de laboratório”. In vitro, digamos assim…
E in vivo?
Que dizer da vida real, em que há pressões do entorno?
E pior: que dizer da vida real brasileira, em que o mercado de opinião sofre da doença – ao menos econômica – da oligopolização?
Bem sabemos que nossos barões midiáticos não são neutros e, ao contrário, fazem uso (nada sutil) do poder de mercado que detêm. Tanto no meio quanto na mensagem. Logo, mantendo a linguagem científica, são também uma variável no experimento. Variável essa impossível de isolar no caso brasileiro.
*
(iv) Modernismo extemporâneo nos leva para antes do Iluminismo
Mas e daí?
Qual a relevância disso?
Não ficamos melhor sob o despotismo desses “doutores”, “preclaros”, que tanto estudaram – mesmo que com essa tal de “racionalidade limitada”, que sob o despotismo de um indivíduo “medíocre” (Presidente) ou de um colegiado de centenas de “medíocres” (Parlamento), eleito por outros “medíocres”, esses contados às centenas de milhões, muitos sem sequer educação formal (o povo brasileiro)?
Pois pergunte isso à Lisa Simpson! Ela teve uma demonstração empírica do que é menos ruim.
Aliás, o caos da pós-modernidade e a aceitação dos limites da razão impõem exatamente isso: escolhe-se sempre o menos ruim. Não o melhor. “O melhor” só existe dentro da nossa cabeça. E pior: varia de uma cabeça para a outra!
Deve-se acrescentar, ademais, que quando se tem a supremacia de uma (a) Constituição nem haveria que se falar mais em despotismo, do Presidente ou do Parlamento, pois ela seria o limite máximo aos poderes dos candidatos a déspota. Para além dos freios de uma Constituição, o liberalismo político possui garantias adicionais contra excessos individuais – de candidatos a déspota ou não: (b) a separação dos Poderes, (c) o debate público e (d) o regime democrático.
Ah, sim?
Pois se prepare para ficar arrepiado:
– Todos esses limites ao despotismo estão colocados em xeque no Brasil hoje!
(a) Constituição?
– STF e Moro reescrevem as garantias individuais quando lhes dá na telha. O Art. 5o virou uma declaração de boas intenções.
– O Parlamento está prestes a jogar no lixo a barganha expressa no contrato social de 1988. E o faz ilegitimamente, por não ter poder para tanto e por ter sido provocado por um governo usurpador, ilegal e, também ele, ilegítimo.
(b) Separação de Poderes?
– Como falar dela quando o Legislativo cassou, inconstitucionalmente, a Presidente eleita, com o silêncio obsequioso do STF?
– Ou pior: quando o próprio STF, como salientei acima, altera – ilegitima e ilegalmente – as garantias individuais do nosso contrato social, que está acima dos 3 Poderes? Bem, ao menos costumava estar…
Aliás, se o próprio STF atropela a Constituição… a quem resta recorrer agora?
Ao Papa Francisco?
*
– E ainda na questão da separação dos Poderes, não esqueçamos do “quarto poder”, nada separado:
*
– E do “quinto poder”:
*
(c) Debate público?
– Como falar dele quando uma personalidade é condenada a indenizar um Ministro do STF com base em uma estapafúrdia alegação de abuso no direito de expressão?
*
– Ou quando Moro resolve dizer à Folha de São Paulo – à Folha!! – o que é ou não adequado publicar, prescrevendo o tipo de publicação que “deveria ser evitada”? (!!)
*
– Ou quando procuradores pedem R$ 600 mil de indenização à mesma Folha – à Folha!! (2) – por terem sido justamente chamados de “três patetas” na ocasião em que, entre outras pérolas, confundiram Engels com Hegel? (rs)
*
(d) Democracia?
– Na dimensão de governo da maioria dessa expressão – posto que “democracia” não se resume a apenas isso – como falar nela quando o voto majoritário para Presidente foi cassado para, em seu lugar, impor o programa de governo que acabara de ser derrotado – pela quarta vez seguida! – nas urnas?
– Ou quando temos eleições locais com um cerco midiático-judicial garroteando uma das forças políticas? Inclusive com a prisão de dois (!) ex-Ministros da fazenda a dias da votação?
*
(v) Os inimigos da ordem democrática
Só mesmo pessoa de tão baixa estatura moral quanto FHC, sabedor de para onde nos encaminhamos – pois burro ele não é! – para não só não se opor ao movimento mas ainda o incentivar. Animam-no apenas ganhos pessoais – e dos mais mesquinhos!
*
Como observei tempos atrás, a maior ameaça à democracia brasileira não eram as conspirações nada sofisticadas de políticos sem voto do PSDB e do PMDB ameaçados com o cárcere. O maior risco eram e continuam sendo os candidatos a déspota alçados ao posto de autoridade ~não eleita~!
*
Foi a isso que o Presidente Lula se referiu quando, em discurso no dia seguinte ao vexame da denúncia em Curitiba (“não temos provas mas temos convicção”), anotou, com suas próprias palavras, a falta de accountability das autoridades não eleitas e a sua distância para com o reles mortal.
Traduzi a ideia daquela fala como:
O fosso entre, do alto, ‘o’ “doutor concursado”, agente do Estado, distante de ‘um’ “seu zé da esquina”, precedido por um artigo indefinido e grafado em letras minúsculas mesmo.
“seu zé”? Sim, aquele senhor encolhido, sem rosto discernível, ali embaixo…
Há, é certo, um fosso que separa a ambos. Mas a distância não exime “seu zé” de estar à mercê do “doutor”. E de seus canudos!
Pelo contrário: numa retroalimentação perversa, a distância aumenta a sujeição, abrindo portas, apenas para o “doutor”, para a aquisição de mais títulos e canudos (bacharel, mestre, PhD, procurador, juiz, Ministro)…
No verso da moeda, a sujeição, o título e os canudos aumentam justamente…
– … aquela distância!
Eita! Onde terá isso fim?
*
(vi) Conclusão
No final a conclusão a que chegamos não é nada nova:
– A democracia é a pior forma de governo – à exceção de todas as outras, como disse Churchill.
O que é novo – no mundo, ouso dizer! – é a substituição gradual de uma democracia constitucional – falha, todos sabemos – por uma tirania difusa, com tantos déspotas quantas são as autoridades não eleitas no Brasil. E, na primeira fila, as do Judiciário, com os 15 mil candidatos a Luís XIV – “l’État c’est moi” (“o Estado sou eu” ) – da Justiça Federal.
Em Springfield, com um conselho ~de gênios~, deu errado.
Não tem como dar certo no Brasil com gente tão sem noção que acha que tem a cabeça de ~Camões~ quando tem, na verdade, cabeça de…
– … ~camarões~!
*
Obrigado, Lisa Simpson, pela lição. Veja se pode interceder junto ao Stephen Hawking para que ele nos ajude a pensar numa saída… estamos carecidos!
Aliás, o meu jeito de escrever “caótico”, ligando “lés” com “crés” (antes) improváveis – aqui, p.e., Lisa Simpsons, Economia, pós-modernidade, STF e Curitiba – é como o roteiro de um episódio de “Os Simpsons”: uma narrativa sim linear, mas não reta! Não se tem ideia a partir dos primeiros 5 minutos onde se chegará nos 5 minutos finais, nem das paradas que se fará ao longo do caminho.
– E eu adoro não saber… em ambos os casos!
Para fechar, uma observação: “Simpsons” definitivamente não é feito para “o Homer Simpson”, porque ao menos algumas das suas camadas lhe escapam. No que se difere, por exemplo, do Jornal Nacional do William Bonner, posto que o próprio assim definiu o seu público-alvo em frase célebre: “o Homer Simpson”.
Frase célebre e infame.
Penso ser seguro afirmar que, de posse do controle remoto, o pessoal de Curitiba, nossos déspotas ~nada~ esclarecidos, sintoniza no Jornal Nacional e não…
– … nos “Simpsons”!
Ora, duvida??
Peregrinos puritanos partindo no Mayflower para colonizar os EUA.
Será por isso que lá não tem corrupção (sic), Dallagnol?
Com certeza na doutrinação não te contaram dos “Robber Barons” nem de Tammany Hall, p.e., né?
De fato um pouco diferente da versão Disney / Catequese missionária…
Ai, esse nosso despotismo ~nada~ esclarecido…
*
A caça às bruxas nos julgamentos de Salem:
*
E nossos déspotas ~nada~ esclarecidos tampouco sintonizam no South Park!
História dos EUA novamente diferente daquela em que Dallagnol foi doutrinado. Longe da historiografia clássica e daquilo que os franceses chamam de “o ~romance~ nacional”.
[video:https://www.youtube.com/watch?v=q3pVeWHQl6s&feature=youtu.be
*
P.S.: Estava procurando fotos para a minha colagem do início e me deparei com essa aí embaixo… e não pude me conter:
– É sério que ele usa sobretudo? No Brasil??
*
Resumo do episódio de “Os Simpsons” a que me refiro em inglês (cortesia da Wikipedia):
They Saved Lisa’s Brain” is the twenty-second episode of The Simpsons’ tenth season. It first aired on the Fox network in the United States on May 9, 1999. In the episode, after writing a thoughtful letter to the Springfield Shopper, Lisa is invited to join the Springfield chapter of Mensa. When Mayor Quimby later flees Springfield, the group takes control of the town, hoping to improve the lives of Springfieldians through the rule of the smartest.
(…)
Once in control, however, the group allows power to go to their heads. At first they efficiently implement their ideas for Springfield, which include banning green traffic lights and playing only classical music at the dog races, which elevates Springfield past East St. Louis on the list of America’s 300 Most Livable Cities. However, they begin to internally fight over other ideas such as having theaters for shadow puppets and a broccoli juice program, and their wildly unpopular plans at a public meeting (including the banning of all contact sports and Comic Book Guy’s plan to limit breeding to every 7 years) further expose the rifts inside the group.
The Springfield townspeople, angered by the new laws, surround the intellectuals in an angry mob and bring an end to Mensa’s rule. Stephen Hawking has shown up to see what the Mensa group is up to and makes it clear he is unimpressed; however, he saves Lisa from being seriously injured by the angry townspeople.
*
E provando que a estupidez abunda:
Although Hawking has stated that he enjoyed guest-starring on The Simpsons, he has also mentioned that his cameos have made many people mistake him for a fictional character.
* * *
Achou meu estilo “esquisito”? “Caótico”?
– Pois você não está só! Clique na imagem e chore suas mágoas:
*
(i) Acompanhe-me no Facebook:
*
(ii) No Twitter:
*
(iii) E, claro, no meu blog aqui no GGN:
*
Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Nossos conterrâneos da
Nossos conterrâneos da capital paranaense (e seus colegas lotados em BSB) começaram a ter um choque de realidade.
Atualmente a continuidade da operação lava-jato é o principal entrave para 1) estabilidade política 2) recuperação econômica. Boa parte da grande mídia já percebeu isso.
https://osdivergentes.com.br/helena-chagas/o-choque-dos-intocaveis-imprensa-x-forca-tarefa/
Como dizia o representante principal do quarto poder no terceiro, um certo ministro do STF, “os cemitérios estão cheios desses heróis”.
E somente lembrando: “Um grande pacto de salvação nacional”, aí a gente vê uma notícia no estadão de hoje:
https://t.co/heioG9Rp3K
Renan calheiros, deve-se lembrar, foi ministro da justiça de FHC.
Gosto, cada vez mais, do
Gosto, cada vez mais, do estilo Rommulus de escrever. Uma narrativa, como ele mesmo diz, linear embora não reta.
Quanto ao tema do post, lembro que um ministro do STF, se não me engano Lewandowski, disse premonitoriamente (ou apenas constatando a realidade) que o Século XXI seria o século do Judiciário. É a burocracia estatal, não eleita, tomando as rédeas do país, a seu modo e jeito.
O povo, ah, o povo é apenas um detalhe (contribuição da Zelia Cardoso de Melo).
outros mundos são possíveis
Romulus,
-> (ii) Despotismo tecnocrático O despotismo ~nada~ esclarecido de Curitiba, em particular, como corolário da desfuncionalidade, em geral, do despotismo das autoridades ~não eleitas~, o despotismo tecnocrático.
esse pessoal tem ódio à Democracia. não suportam a noção de que todos são iguais perante a lei. não admitem que o seu voto valha tanto quanto ao de um ferrado qualquer. a Democracia deles é a de um Estado a serviço do patrimônio privado e garantido pelo Direito privado.
há uma clara tendência fascista. essa coisa de se achar “superior”, “melhor”, “mais”.
isto não vai ter volta. nem no mundo e muito menos no Brasil. agora escancarou. não há mais o menor pudor, o menor escrúpulo.
querem implantar um sistema de castas.
e adicione-se ao caráter tecnocrático os componentes teocráticos.
são mundos se chocando: uma nova conquista, as novas invasões bárbaras, a recolonização global sob a égide da Tirania Financeira.
vai acabar muito mal.
o próximo marco são as eleições nos EUA. veja-se o ponto a que chegamos na citação abaixo de um artigo do Pepe Escobar:
“O que nos leva o cenário perfeitamente surrealista, no qual Donald Trump é O Último Homem que se ergue entre a sanidade e a 3ª Guerra Mundial.”
grande abraço
ps:
pode até não acreditar, mas nunca vi sequer um único episódio do Simpsons. esclareço, nada contra.
mas pelo que li, a questão lá do conselho de notáveis de Springfield é o que se considera como “inteligência”. é um conceito muito mais complexo do que supõe o Racionalismo. lembro-me agora de trechos a respeito num livro do século passado: “O Despertar dos Mágicos”: existem “gênios” capazes de compor sinfonias estupendas, enquanto são completos “ idiotas” para realizarem as mais banais tarefas cotidianas.
-> o conceito dohomus economicus, o indivíduo que tomava decisões (apenas) com base na razão, pilar da escola neoclássica.
não somente a crença (pois a própria “ciência” é uma questão de fé) numa única Natureza, como a suposição que o Mercado seria “natural”.
tá tudo errado. e não se sustenta mais. ou haverá um mínimo de ação conjunta internacional, ou vai explodir tudo. leve-se aí em consideração o imenso “fator inercial” da contaminação do meio ambiente. mesmo se parasse imediatamente, o que já foi ainda vai causar muito dano futuro.
grande abraço, de novo
.
Sobre tecnocracia e teocracia
e adicione-se ao caráter tecnocrático os componentes teocráticos.
Desculpe, não se separa tecnocracia e teocracia. A tecnocracia é uma espécie de teocracia cuja religião é a “meritocracia”. Do resto é tudo igual. Os “iluminados” e “escolhidos” que devem liderar a plebe ignara rumo à salvação (delas mesmas?).
Verdade!
Verdade!
Marcelo e os “30”.
Meu filho, quando sair a completa delação de Marcelo e seus 30 “colaboradores”, não só a “oficial”, mas principalmente o que das mais de 1.000 paginas cair na midia selecionadamente, claro que de acordo com o que a publicação desejar, tem como meta, vender a seu publico, este País irá ferver, os “PUROS” salvadores da Republica de Curitiba e seu Ayattolah* dirigente, serão elevados a entidades, poderão inviabilizar qualquer partido, até mesmo ferir gravemente o “governo” Temer.
Desisti de classificar a “Republica de Curitiba” como parte do direito ocidental comum, fui me socorrer na lei islamica (sharia) e como ela conduz seus processos, sempre com base religiosa e condenado ou absolvendo por “convicções”, independente de provas, e como na concepção ocidental o termo xiita ganhou contexto de radicalismo, utilizo os termos deles: para o juiz – Ayattolah e para os procuradores, na falta de um melhor, os “Puros”.
Nova jogada – STJ
Pois veja vc ai em cima, junior.
Ja tendo assegurado prisao apos a 2a instancia, tiram a faca do pescoço do STF e passam para a “3a instancia”. Preparando o terreno para a prisao perpetua de Lula.
Tudo tao transparente… tao sem verniz.
Nao deixa de ser melancolico que o “grande” Brasil pudesse ser derrubado por gente tao pouco sofisticada ou sutil.
Noções elementares de plural
Agradeço ao Blog pelas lições gramaticais de plural. Não havia observado os erros do texto em análise. A educação fundamental deixa mesmo muito a desejar no Brasil. Creio que com a PEC 241 irá piorar ainda mais.
Atenção! Novo golpe da Lava a Jato: STJ! (“3a” instancia!)
*
Já sabia que era jogada da Lava a Jato e escrevi o alerta acima mesmo antes de receber estes dois testemunhos, de pessoas fidedignas, da retidão do ex-Ministro.
Tudo tão transparente…
Tão antecipado…
E eles vão levando!
É uma prévia dos ” 30 “
Carissimo vegano *
Até ser formalizada a copiosa delação dos “30” da Odebrecht, podemos esperar que vazamentos seletivos irão ocorrer, tratam-se de meros antipastos, como este do STJ e o referente ao Kid Morangueira ( Moreira Franco – ” O Felpudo” ), e como qualquer restaurante francês, aguardemos,pois os “pratos principais” tb. serão oferecidos em pequenas porções, de acordo com o apetite do Ayattolah Moro, e dos possiveis interesses que o conduzem, com certeza os da midia terão grande influência neste serviço “gourmendise”.
* Em São Paulo, restaurantes veganos, suportaveis para carnivoros como eu , só os indianos, como o Massala e o Gopala Hari, ou se o vegan suportar, o Tandoor tem opções para todos os “credos”.
Comida indiana? Indigestao de Temer em Goa
Sim, fim de semana pede restaurante indiano aqui tb.
Durante a semana , para almoçar ou jantar sem demora, o buffet dessa cadeia suíça é bom. E vc pode conferir na sua proxima visita a Londres tb:
https://www.tibits.ch/en/restaurants.html
Mas por falar em comida indiana, Temer esta tendo uma indigestao la em Goa, né??
[video:https://www.youtube.com/watch?v=norwpOEUEXE&feature=youtu.be%5D
*
Com a China a gente já sabe qual a receptividade também:
Atenção: “Temer na China…” não é (apenas) meme!, por Romulus
ROMULUS
SAB, 03/09/2016 – 16:16
ATUALIZADO EM 06/09/2016 – 10:08
Atenção: “Temer na China…” não é (apenas) um meme! Já riu? Agora senta e lê porque a coisa é seria… “climão” define!
Por Romulus
Convivo com diplomatas, negociadores de governos, funcionários de Organizações Internacionais e acadêmicos internacionais do direito, da economia e da ciência política, com enfoque nas relações internacionais, comércio e investimento entre os países.
Conheço alguns funcionários da diplomacia chinesa e pessoas proeminentes na academia de lá. Sei BEEEM a opinião que têm sobre o golpe no Brasil.
Para quem entende as sutilezas que os chineses usam para mandar recados, essa foto não é apenas hilária, meme…
É (também) SERÍSSIMA!!
>> Precisa avisar ao Temer? Ou a cara do Serra nas fotos já demonstra que o recado foi captado?
Alias, o Pres. da China hoje é Xi: da ala tradicional do PC, mais integrista. Ele é, inclusive, muito nacionalista e usa a xenofobia e o “inimigo externo” (e interno – minoria muçulmana) com muita eficácia como fatores de coesão interna (sempre necessários por lá).
Está muito seguro no poder: à guisa de “combate à corrupção”, eliminou TODOS os potenciais rivais da sua geração.
– Onde foi que ouvi coisa parecida, hein??
Isso inclui o popularíssimo Bo Xilai e esposa – eliminados da vida publica em julgamentos televisionados e midiatizados. Minha fonte me diz que ele foi condenado por um “pedalinho”. Ou seria um sitiozinho reformado? Já não me lembro…
Isso quando o padrão chinês de corrupção é chanceler/ex-governador receber USD 20mi em conta offshore, vice receber 10mi in cash dentro do palácio, ou ex-governador / candidato a Presidente ter fundo com centenas de milhões de dólares em… hmmm… suponhamos… Liechtenstein? Suíça é muito clichê…
Nossa! Como a corrupção é terrível lá na China!
Bo era muito bem visto tanto pelo establishment econômico (bom governador de província) como pelos pobres, que ele ajudou com programas.
Me lembra alguém esse perfil…
Mas diferentemente de outra pessoa parecida, Bo e esposa são (eram?) príncipes do PC, filhos de companheiros de armas de Mao. E tinham MUITAS lealdades no exercito. Por isso que a prisão dele foi uma operação praticamente clandestina.
Algo como o que fizeram com Gorbachev na tentativa de golpe nos estertores da URSS. Ou, para ficar em algo mais próximo, algo como uma “condução coercitiva” surpresa, pegando um avião e sumindo com ele.
Tinham que cortar a cabeça e isola-la antes que seus amigos soubessem.
Uma coisa devo reconhecer: dizem que produto chinês é falsificação grosseira. Mas, nesse caso, quem é o imitador de quem?
Mas de volta ao Presidente Xi…
Nacionalismo e preocupação geopolítica exacerbada combinam com sorrir para Temer? Fonte (apenas?) da embaixada americana?
Certamente não se falou nada de relevante neste encontro. A não ser depois que Temer e Serra saíam da sala de reunião:
“Fala rápido que o espião saiu pra escrever um poeminha… o outro foi beber 2 bolsas de sangue!”
Pobre Temer…
Essa era a tentativa de mostrar legitimidade internacional?
Tag em inglês para ele então:
#EpicFail
*
Mas sozinho em Goa Temer não haverá de ter ficado!
Deve ter se encontrado com o último dos portugueses. Assim, teve a oportunidade de, na sua maneira pedante, encher frases de mesóclises e ênclises erradas – ofendendo a regra de colocação pronominal da norma culta, mas agradando gente pedante – que finge falsa erudição – como a Miriam Leitão na CBN.
Devem ter conversado bastante sobre Carlos Margno e os cavaleiros da távola redonda! (sic)
rsrs
BRICS: a indigestão de Temer na Índia
BRICS: a indigestão de Temer na Índia, por Romulus
ROMULUS
DOM, 16/10/2016 – 23:35
BRICS: a indigestão de Temer em Goa, na Índia
Por Romulus
Terá sido a comida indiana o problema?
Parece que não…
[video:https://www.youtube.com/watch?v=norwpOEUEXE&feature=youtu.be%5D
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Vídeos
Por que Putin se encontraria com o informante da Casa Branca? Já tem o “telefone vermelho” para falar com a chefia.
Experimente o @Voice
Dias atrás um amigo com o qual conversamos no zap zap num anti-grupo do qual faz parte apenas eu, ele e uma médica ou dentista, sabendo que tenho problema de visão e concentração, me sugeriu este dispositivo que permite ouvirmos o texto, inclusive textos em pdf…já o uso no celular, não sei se é compativel para pc…assim leio ao mesmo tempo em que ouço texto..as vezes apenas ouço…quando leio e ouço estou usando dois meios de aprendizagem…experimente
http://downloadapktopc.com/Download_Voice-Aloud-Reader-Read-Aloud_APK-to-PC.html
que dica legal!
Obrigado por
que dica legal!
Obrigado por compartilhar. Vou usar sim.
Ja gosto de ouvir podcasts enquanto estou fazendo outra coisa (arrumando a casa, etc.). Poder transformar textos em podcasts eh uma otima opçao.
Abs
Contéudo versus forma e a colônia brasileira
O recado foi dado né para ilustrar mais uma vez, o mergulho vicioso de certas engrenagens da sociedade brasileira nos abismos do autoritarismo como saída para aliviar as tensões sócio-econômicas do capitalismo periférico sado-masoquista brasileiro. Todavia esse texto dado a virtuísmos semiológicos na sua busca pelo Wally político impressiona. E usa partido do desenho animado, que apesar também da sua pretensa vanguarda sempre mexeu com tudo e com todos para deixar tudo no mesmo lugar. Nesse ponto até casa como metáfora para a situação brasileira, mas que atesta media colonial, atesta né Jedi!!!
Um ‘Simpson’ incomoda muita gente. Dois ‘Simpsons’…
“Um ‘Simpson’ incomoda muita gente. Dois ‘Simpsons’ incomodam muito mais…”, por Romulus
“Um ‘Simpson’ incomoda muita gente. Dois ‘Simpsons’ incomodam muito mais…”, por RomulusROMULUS
TER, 18/10/2016 – 00:56
“Um ‘Simpson’ incomoda muita gente. Dois ‘Simpsons’ incomodam muito mais…”
Por Romulus
O post “Os Simpsons e o despotismo “nada” esclarecido de Curitiba” recebeu um comentário ao qual resolvi responder aqui, num post separado.
Faço isso porque tenho, assim, a oportunidade de tratar de uma certa postura intelectual da qual discordo. Talvez nem seja a postura do comentarista ou o propósito do seu comentário.
No entanto, não deixarei a oportunidade passar, por ser algo recorrente. E isso vai muito além dos meus textos, como verão a seguir, com a ajuda do Gregório Duvivier, do Marcelo D2, do Luis Nassif e de Don Pepe Mujica.
O comentário:
*
Minha resposta:
>>Texto dado a virtuísmos semiológicos.
Não sei exatamente onde o comentarista viu virtuísmo num texto que fala expressamente:
Que fazer agora?
Ora, o primeiro passo é ter…
– … humildade intelectual!
E desconfiar sempre de “verdades absolutas”…
Se o comentarista enxerga “virtuísmo” na defesa de uma perspectiva crítica, da humildade intelectual e do ceticismo quanto a verdades absolutas, então sou culpado!
Mas dessa perspectiva, que crítica não é virtuísmo?
Essa do comentarista?
*
>> Usa partido do desenho animado, que apesar também da sua pretensa vanguarda sempre mexeu com tudo e com todos para deixar tudo no mesmo lugar.
Esse tipo de crítica é daquele do “enquanto não se resolve tudo então não adianta resolver nada”?
Do tipo “de que adianta mudar o avatar do facebook para as cores do arco-íris em defesa do casamento gay no Ocidente enquanto tem tantas crianças morrendo de fome na África”? (ver o Gregório abaixo)
Esse pensamento binarista, propondo falsos dilemas, é álibi esperto, embora um tanto batido, para a inação quanto a tudo, não?
Quanto a uma “pretensa vanguarda que mexe com tudo em com todos para deixar tudo no mesmo lugar ~também~ dos Simpsons”…
A culpa é dos Simpsons?
E ~também~ minha?
Se não logramos, os Simpson e eu, a reflexão que propomos em todos que assistem/lêem e/ou mudanças de comportamento a culpa é nossa?
Nossa e de outras “pretensas vanguardas”?
E mais: se não logramos nosso intento melhor que nem tentemos então?
Esse mexeu com tudo e com todos, muito mais do que “Os Simpsons” ou do que eu possa sequer sonhar escrevendo um post em um blog. Nem por isso conseguiu mudar o status quo tanto quanto gostaria. Obviamente esse autoproclamado “fracasso”, imposto pela sua humildade, é relativo. Só se afere como tal quando se contrastam seus inúmeros êxitos às suas enormes – e belíssimas – ambições.
A culpa é do Darcy ou do Brasil?
Melhor se nem tivesse tentado?
Não tenho muito apreço por essa linha de argumentação.
Nem tampouco do ceticismo pelo ceticismo.
Ou melhor: do ceticismo como álibi.
Ceticismo é marreta e cinzel para lapidar o mármore. Não é em si escultura. É ferramenta. Não fim.
Ou, ao menos, não deveria ser.
Penso que o Gregório Duvivier concorda comigo:
Oh, Deus! Citei colunista “pretensamente vanguardista” que mexe com tudo e com todos apenas para deixar tudo e todos no mesmo lugar!
Pior: um que se vendeu para o oligopólio midiático brasileiro!!
*
>> Nesse ponto até casa como metáfora para a situação brasileira, mas que atesta media colonial, atesta, né, Jedi!!
Não vejo “colonialismo” no uso de referência estrangeira per se. Ou até mesmo na sua influência no pensamento. Ainda mais no pensamento crítico!
Colonialismo está em assimilá-la acriticamente. Em nem mesmo digeri-la, na antropofagia proposta pelo Modernismo. Antropofagia essa refletida anos depois – com menção expressa! – nas guitarras elétricas do Tropicalismo. Mas também, por exemplo, no hip hop sambado do genial Marcelo D2.
[video:https://www.youtube.com/watch?v=oFyHTp3z2Rk%5D
“Resistência cultural, casa do cara…
E foi tomando conta de mim
É coisa fina
DJ com tamborim
(…)
Hip hop, Rio, um punhado de bamba
E sabe o que que é isso?
A maldição do samba
(…)
Globalizado ou não eu mantenho meus laços
Do hip hop ao samba é compasso por compasso
(…)
A benção, Velha Guarda
O samba de terreiro
A maldição te pega
No Rio de Janeiro”
*
Com direito a cameo luxuoso de Nelson Sargento – sempre do lado esquerdo da luta – no final!
E olha que nem conhecia essa música em particular antes de procurar uma do D2 para ilustrar este post…
*
Pior do que assimilar acriticamente é ir um passo além, como se faz em Curitiba, e partir da premissa – falsa e/ou alegada com falsidade – de que o que é de fora é, por definição, melhor do que o que é “nosso”. E, consequência lógica, defender o transplante cultural, redentor de todos os males autóctones.
No caso de Moro e dos seus “Curitiba boys”, na modalidade transplante jurídico (legal transplantation).
Faltaram, certamente, estudos em Direito Comparado a todos eles.
*
“Premissa de que o que é de fora é, por definição, melhor do que o que é ‘nosso'”…
Aliás, o que é “nosso”?
A cultura lusitana herdada?
O tupi-guarani?
O batuque de África?
A comida italiana das cantinas do Bixiga?
O sushi dos japoneses do bairro da Liberdade (SP)?
O quibe, hummus e o pão sírio do Luis Nassif?
O… dos…
… … …
Tudo isso junto e misturado?
*
Misturado na fusão sintética uniforme de um melting pot, como num fondue?
Ou numa salada, com sabores diferentes a cada garfada, preservados na mistura?
*
“Duvivier”…
“Nassif”…
“Maldonado” (D2)…
Sobrenomes não ameríndio-luso-afro-brasileiros, certo?
Como também não é o meu!
Mas todos brasileiríssimos graças a Deus.
E nenhum com pensamento colonizado!
*
Como disse certa vez aqui no blog, “isso [críticas e visões diferentes da minha] me força a retrabalhar as teses. Ou para reafirmá-las, com maior convicção, ou para refutá-las, ou para ficar no meio do caminho, numa síntese (os 3 já aconteceram!)”.
No caso presente sou obrigado a dizer – sem nenhum orgulho particular por isso – que a minha convicção saiu reafirmada.
Assim como o meu gosto pelos Simpsons, americanos sim e “vanguardistas”, nas aspas do comentarista.
Mas que isso não desestimule o comentarista a criticar novamente!
O exercício é sempre interessante.
E válido!
Tive aqui a oportunidade de registrar várias coisas, como a minha admiração pelo talento de Marcelo D2, a diferença entre tipos de mistura, melting pot ou salada, e a minha oposição ao ceticismo como álibi para a inação.
Obrigado!
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Influência estrangeira nada colonizadora:
(antes fosse! rs)
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– Pois você não está só! Clique na imagem e chore suas mágoas:
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Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.