Por Osvaldo Ferreira
Porque eu espero que o Brasil jamais copie modelo algum mundo afora, ou de como nenhum país entre os graúdos ou grandes pode ser modelo para nós. E não venham falar de Chile, Colômbia ou México, sem paralelos com a dimensão ou importância econômica e política do Brasil.
O Brasil tem sido achincalhado, maltratado, menosprezado, vulgarizado, simplificado, desmemorializado e apequenado com intensa e inaudita persistência desde as tais “jornadas” de junho de 2013.
Este fenômeno intenso de disseminação de algo que não existia com tamanha proporção nesses trópicos, quero dizer, o baixo astral, o pessimismo e ouso dizer, a viralatice escancarada, antes intramuros, tem recebido a colaboração absolutamente inequívoca de algo que muito apropriadamente o ilustríssimo jornalista Luis Nassif denominou recentemente de midiatite.
Talvez jamais tenhamos passado por um movimento deste calibre em nossa história recente. Em junho de 2013 na sequência das depredações criminosas de símbolos do que temos de melhor (dentre eles edifícios públicos centenários e outros recentes, mas igualmente simbólicos, como o Itamaraty em Brasília, máquinas de serviços bancários automatizados – setor altamente modernizado e eficiente se comparado a qualquer outro país), até a FIFA, organização internacional manchada por escândalos, falcatruas e esquemas mafiosos passou a ser parâmetro para nossas escolas e hospitais!
A amnésia generalizada que tomou conta do país também esqueceu que hospitais públicos brasileiros são referências mundiais do que há de mais moderno em pesquisas na área de saúde e medicina, a ponto de São Paulo, o maior polo desses serviços públicos de altíssimo nível, ter intenso turismo de saúde, principalmente de cidadãos de nossos vizinhos de toda a América Latina. Sinceramente eu não desejo para o Brasil escola alguma padrão FIFA e muito menos hospitais padrão FIFA, onde a “bola” (o verdadeiro padrão FIFA), poderia resultar na escolha de quem deve viver ou morrer.
Nesta onda de pessimismo desencadeada de forma artificial (a mencionada midiatite), a despeito dos números muito positivos que encontrará qualquer análise sensata e científica da evolução do país em indicadores socioeconômicos de livre escolha do freguês dos últimos 10, 20 ou 30 anos, parece que estamos nos tornando cada vez mais céticos, amargurados e descrentes de nossas próprias forças e virtudes e cinzentos naquele sentido europeu da palavra e mais, sem que nenhuma catástrofe do porte de uma grande destruição humana e material, como uma guerra ou uma desintegração real da nossa percepção de civilização, de pertencimento a um lugar “abençoado por Deus” esteja realmente ocorrendo.
Sem dúvida este fenômeno que nos abate é incrivelmente interessante. O que não é nada interessante, do ponto de vista das suas repercussões no mundo real, quero dizer, da produção das coisas e das ideias, são as repercussões deste momento para o futuro, quais sejam, sobre as decisões de investimentos e consumo dos agentes produtivos (Estado, famílias e empresas) e sobre a produção do conhecimento em todas as áreas com repercussões para o futuro.
Este clima que espero seja passageiro e que ignora que criamos uma civilização inovadora, virtuosa, riquíssima em soluções para tudo, conflituosa porém democrática (após duas décadas de uma ditadura militar subserviente aos interesses internacionais, violentíssima e que ceifou novas ideias que poderiam dar sua contribuição para um projeto de nação e de poder mundial diferenciado e original já nos anos 60), violenta pelas desigualdades sociais conservadas por 500 anos e que começamos a desmontar há pouco tempo, tem feito muito mal ao Brasil nesta quadratura de crise global internacional em que deveríamos pensar em ser nós mesmos, em persistir em nossa criatividade e em nossa marca que tem sido a busca incessante de caminhos alternativos. Tanto é assim que novamente setores importantes do país voltam a flertar com o modelo golpeado de morte em 2008 e que levou à maior crise do sistema capitalista desde 1929.
Ora, é mais do que necessário livrarmo-nos desta urucubaca, deste manto cinza, deste inverno sem luz que setores absolutamente minoritários em nossa democracia querem nos impingir, como se nosso verão, outono, inverno e primavera fossem sem cores. Isso decididamente não é o Brasil. Como nosso mestre de reflexões Darcy Ribeiro trombeteou em seus anos finais entre nós, somos e devemos nos comportar como uma CIVILIZAÇÂO, uma criação absolutamente original e que por sua originalidade deve ser nosso orgulho e esta ideia nada tem a ver com qualquer nacionalismo barato nem com o patriotismo vulgar dos anos de chumbo exaltados à época pelos mesmos setores que hoje querem que sejamos alemães, estadunidenses, australianos ou ingleses, envergonhados de nosso legado multicultural.
Jamais o Brasil será uma Alemanha. O racionalismo alemão e o seu desejo de unificação diante de uma fragmentação feudal não fazem parte da nossa história. O desejo nacional alemão ainda hoje persistente de controlar povos e territórios além das suas fronteiras e levar a eles sua “ratio” não existe aqui. O Brasil é um continente que se basta. Não temos que provar a ninguém nossa eficiência e racionalidade para dominar quem quer que seja. Também jamais seremos os Estados Unidos com sua “aparente” eficiência acobertada por uma mídia sobretudo a serviço da guerra. O Rio de Janeiro não foi incendiado pelos portugueses como foi Washington pelos ingleses na guerra de 1812.Os portugueses adoravam este paraíso tropical.
Também jamais seremos os Estados Unidos já que adoramos abraços e visitas sem aviso. Eles não. Damos beijinhos e abraços virtuais ao final de emails e telefonemas eles não. Por mais que eu ache (e muitos estudiosos acham o mesmo) que o país americano mais parecido com o Brasil sejam os EUA, nós não precisamos abdicar da nossa formidável civilização para sermos iguais a este país. E isso não significa de forma alguma ser antiamericano. Um país marcado pelo racismo secular, como os EUA, de certa forma fez o mesmo que nós ao eleger um negro à presidência. Aqui levamos um nordestino migrante que fugiu da fome do nordeste e depois se tornou um operário ao maior posto da República. E isso deveria ser motivo de orgulho para todos os brasileiros, como deveria ser motivo de orgulho para todos os estadunidenses o fenômeno Obama.
Mas , mas óbvio que isso não acontecerá agora nos dois países.. apenas por enquanto. No futuro será motivo de orgulho nos dois países. Lá Obama e cá Lula. A despeito de muitos acharem que o Obama fez uma adesão total ao establishment, diferente do que Lula fez no Brasil, podemos explicar isso em parte às diferenças entre o sistema republicano dos EUA e do Brasil. Aqui presidentes podem mais, lá muito menos. Mas decididamente quem quer aeroportos brasileiros como shoppings, tal qual nos EUA, muito em breve os encontrará em toda a parte. No entanto, isso não modificará milimetricamente nossa cultura e nossa civilização. Nós macunaimicamente fagocitamos tudo o que vem do exterior.
Esta civilização meio anárquica, mística, religiosamente pilantra e escancaradamente evangélica sem a ética protestante de Max Weber, onde pastores e fundadores de capelinhas e seitas se enriquecem e em que padres, bispos e cardeais católicos querem ser todos franciscanos no ascetismo sem abrir mão do prazer, é absolutamente incrível em sua riqueza.
Não podemos querer ser alemães, nem estadunidenses, nem suecos em sua pretensão de ensinar ao mundo ser cordatos e com regras que façam o sistema funcionar como uma máquina e muito menos espanhóis, gregos ou portugueses em sua submissão absoluta ao mundo das finanças. Muito menos italianos que disfarçam seu terceiro-mundismo dentro da EU com comportamentos piores no trânsito do que em São Paulo e com esquemas mafiosos na política e nos meios de comunicação ainda mais nefastos do que o que temos no Brasil.
Não podemos esquecer que na Itália, Berlusconi seria como Roberto Marinho em vida reinando como presidente da República, mas com um harem prá prática de sexo que o velho apoiador da ditadura e criador da Globo em nosso país nunca ousaria ter. Somos mais católicos e moralistas que os italianos, kkkkkkk.
Ficaria muito infeliz se meu país resolvesse autorizar a construção de edifícios de 50/60 andares em suas praias mais lindas como vemos na Austrália em seu litoral como pretendem alguns em nossa bela e Santa Catarina. Isso jamais será sinônimo de progresso. Muito ao contrário.
Quero que o Brasil continue anárquico, meio desorganizado e nada opressivo como em suas cidades como as da China, de Singapura, do Japão ou da Coréia, todos países que produzem uma arquitetura urbana que esmaga a cidadania. Muito mais, espero que mantenhamos longe de nós o modelo de horários de trens em segundos para demonstrar falsamente uma eficiência germânica, desmontável com uma chuva intensa ou nevasca comum por lá . Que nunca se converta o Brasil numa Suíça que recebeu o ouro nazista da pilhagem alemã sobre fortunas e arcadas dentárias de milhões de judeus e ciganos calcinados nos fornos nazistas e que ainda recebe dinheiro sujo do narcotráfico internacional, da corrupção internacional e do terrorismo internacional e que posa de nação civilizada e “neutra” com vaquinhas em montanhas em cumes cobertos de neve. Isso não nos interessa como nação!
Quero que o Brasil continue com suas quintas-feiras, sextas-feiras e sábados fervilhantes de vida jovem em suas ruas por todas as partes e cidades e sem preocupações com o dia seguinte. Nós somos uma civilização única, nos trópicos e vencedora dos desígnios coloniais, orgulho dos nossos irmãos portugueses e africanos de língua portuguesa e dos nossos vizinhos na América do Sul de língua espanhola. Temos a agricultura mais produtiva do mundo, mais terras do que qualquer país do mundo para ampliá-la, mais água e infindáveis recursos energéticos que nos impossibilitam de ter apagões energéticos, como a mídiatite exacerbada quer que acreditemos. No Brasil jamais poderá faltar energia se houver gestão apenas razoável desses recursos. Apenas razoável!
Não podemos jamais como uma civilização, sim, somos uma civilização única no mundo, a civilização brasileira, nos abater ou deixarmo-nos levar por setores que desconhecem nossa história, que desconhecem ou não reconhecem a luta dos negros por sua liberdade, dos indígenas pela sua autonomia e terras, e do povo brasileiro em geral em querer sempre ser mais do que é rumo à felicidade. Nós brasileiros não seremos nada se abdicarmos de nossa característica essencial e unificadora nacional que é a nossa crença de que vivemos num país abençoado por Deus (não sou cristão, mas sei muito bem a força desta ideia), de que nada nos abalará e que temos um destino delicioso e brasileiro que nós construiremos, com praia, sol, futebol, cerveja, muito trabalho, mas muito espaço para sermos gentis, altruístas e abertos pro mundo, características muito nossas, motivo do nosso progresso e em falta em muitos países.
Não precisamos copiar modelo algum. Temos que nos descobrir e mesmo na nossa esculhambação que é o motor da nossa cultura muito nos fortalecemos como espaço de experimentações e de criatividade no rumo de uma civilização da qual devemos nos orgulhar e muito. Chega de ouvir que o Brasil não presta! Estamos fartos disso!
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Belas palavras Osvaldo, mas
Belas palavras Osvaldo, mas ainda cho que muitos entederao vc como aquele que gosta de colocar o oculos cor de rosa. Esse pessoal nao sabe lavar louca suja em casa. Uma lastima.
O texto tbm mostra que nos
O texto tbm mostra que nos adquirimos o pessimo habito de achar que para ser desenvolvido eh precio copiar ateh mesmo a cultura de diferentes paises. Se o Brasil eh unico, entao de fato ele deve tracar um caminho unico. Mas a melhor parte foi essa:
Esta civilização meio anárquica, mística, religiosamente pilantra e escancaradamente evangélica sem a ética protestante de Max Weber, onde pastores e fundadores de capelinhas e seitas se enriquecem e em que padres, bispos e cardeais católicos querem ser todos franciscanos no ascetismo sem abrir mão do prazer, é absolutamente incrível em sua riqueza.
completamente de acordo!
O melhor post dos últimos anos!
Eu estou de saco cheio de ouvir meus amigos fazer auto-flagelação repetindo os slogans imbecis escritos por cretinos da mídia esgoto.
Chega!
Parabens Oswaldo! Para uma
Parabens Oswaldo! Para uma segundona velha de guerra, dá prá atravessar a semana inteira com otimismo e esperança.
Bora espalhar o texto do Oswaldo pela rede.
Recomendações
Coloquei no face com esta recomendação!
O texto é um pouco longo, mas é delicioso.
Se voçe está infeliz com seu país, dê uma lida, seu caso pode ser de midiatite. Tem cura, leia o texto.
Se voçê está contente ou não está nem aí, o que é uma pena, vale a pena ler o texto do Oswaldo, ele vai melhorar o seu astral e a sua percepção a respeito desse ainda moço chamado Brasil. Vamos lá, dedique alguns minutinhos do seu tem a essa leitura.
Contra o Pessimismo
Ontem a noite/madrugada vi e ouvi a participação do Sr Aécio Neves no Canal Livre da BAND, não fiquei totalmente concentrado, pois não tenho estômago para ouvir continuadamente tenta desqualificação do Brasil (até um sintomático e irônico comentário sobre a reação do Boechat, quando ele falou que FHC sempre tem algo a dizer sobre o Brasil). Para os tucanos, até o pleno emprego é uma desgraça para o país, só eles sabem o que é BOM PARA O POVO BRASILEIRO, com os plano de governo sendo traçado pelo Arminio Fraga (sim o representante da banca financeira especuladora internacional), para mudar toda a desgraça que está aí. Há tem um lugar no Brasil que vive em outro planeta, MG, com uncerto desconforto para com os 20 anos de GESTÃO em SP, afinal mineiro é mineiro (teve até a petulância de dizer que os tucanos o consideram o mais paulista do mineiros – deve ser por que adora curtir a balada carioca, como inveja todo paulista que se preze, mas não admite isto em público).
Acho a’té que eles amam tanto o NORDESTE (dos EUA – NY como referência), que acreditam com sinceridade no que dizem, mas eu como brasileiro de fé e coração, não posso aceitar um Brasil SUBMISSO, um Brasil que perca sua essência cultural, para ser mais um cordiero da banca internacional, até por que a banca se interessa enquanto puder explorar até a última gota, pulando para outro mais suculento. Vejam os indicadores do México, após o NAFTA, a renda da população cresceu míseros 1,2% aa em média, mas a riqueza dos grandes grupos econômicos foi à extratosfera. Ficou para o povo, o conflito, o narcotráfico, a imigração ilegal (venderam algo tão maravilhoso que previram que a imigração ilegal acabaria – que se mostrou um GRANDE MENTIRA, com ela atingindo níveis nunca vistos, e a DEPORTAÇÃO DE MEXICANOS, atingindo números só comparáveis aos ganhos da Multis na base maquiladora que transformaram o México).
Queremos um Brasil melhor, sim, mas sem perder sua identidade, um Brasil altivo, que é senhor de seus atos e não um PAU MANDADO de um grupo que se arvora dominante.
Um bom caminho no sentido que
Um bom caminho no sentido que aponta o texto é jogar no lixo (que é o lugar merecido) 90% da grande imprensa.
Principalmente globo e veja. São semeadores do pessimismo e da intriga, só.
Por uma democratização da informação. Lei de mídia já!
O querer
Belas palavras Osvaldo, mas eu também gostaria de algumas coisas:
* Que as boas ideias tidas por alguns governantes fossem decentemente implantadas;
* Que os 49% da minha renda que são direcionados para o governo fossem bem aplicados pela administração pública (em minha declaração de IRPF anual não há “gatos”);
* Que não precisasse pagar um plano de saúde para o meu pai, já idoso, porque se ele dependesse do SUS já estaria morto;
* Que a aposentadoria do meu avô fosse suficiente para ele, pelo menos, poder pagar remédios, sem precisar da ajuda de filhos e netos;
* Que em nosso país os alunos não saissem das universidades analfabetos funcionais, achando que porque pagaram pelo ensino sabem de alguma. Sei do que digo pois já estive tanto junto com a elite do ensino federal, quanto com a “deprimente” realidade das faculdades “fast-food”;
* E sim, gostaria que os ônibus e metrôs fossem pontuais pois, assim como a grande parte dos trabalhores, tenho horário para chegar no meu trabalho ou em meus estudos.
Não estou defendendo governos anteiores ou atuais, acredito que tivemos uma evolução nos últimos anos. Mas se vivêssemos nesse berço esplêndido que você descrevea semente da insatisfação não encontraria terreno fértil para germinar. O povo pode ter o complexo de vira-latas, mas parece que quem está no poder tem complexo de faraó, achando-se um deus que proporciona aos seus felicidade e benefícios em todos os aspectos e em todas as circunstâncias.
As mazelas desde o descobrimento!
É humanamente impossível em apenas 12 anos sanar todos os problemas e desmandos de 502 anos, que sacrificaram esse continente que se chama BRASIL!
Excelente texto.
Excelente texto.
Pessimismo
Talvez seja coincidência, mas os paises que são apresentados como à beira do abismo, na América do Sul, – Brasil, Venezuela, Argentina e Bolívia – têm uma política semelhante, que não obedece aos interesses dos Estados Unidos. Coincidência coisa nenhuma. Parece mais alta traição.
Tudo o que eu gostaria de
Tudo o que eu gostaria de dizer… mas não sabia como.
Por isso, adoro este
Por isso, adoro este blog.
Parabéns, Osvaldo.
Resumo: auto-estima é fundamental
E os que, de dentro e de fora, querem destruí-la e mantê-la inexistente sabem muito bem disso.
Sim, podemos muito mais do que eles gostariam.
Neutralizá-los é talvez o maior desafio brasileiro.
Há séculos.
Sem dúvida que o último
Sem dúvida que o último parágrafo faz jus, perfeito e definitamente, ao pensamento genuninamente nacional.
Muito bom texto
Muito bom texto, simples e objetivo, representa exatamente como me sinto.
Já republiquei em “http://papointeiro.jbdesign.com.br”
Muito, muito bom !!!
Muito, muito bom !!!
Realidade para um irrealismo da velha mídia
Gostei do texto, pois coloca a nossa realidade no que dá para enxergar fora do que lemos na chamada grande imprensa, que sempre apequena o nosso país.
O que o Brasil precisa é um
O que o Brasil precisa é um pacto em que se refaça o sistema de leis, as modernize, e todos – sem exceção nenhuma – as cumpra e, se não cumprí-las, sofram a devida punição de forma igual .
Há um trecho da música Que País É Esse? do Legião urbana, que retrata bem o Brasil : Ninguém respeita a constituição, mas todos acreditam no futuro da nação! O trecho é genial em colocar esse paradoxo = temos um espírito otimista, solar, mas uma dificuldade tremenda em cumprir as leis – desde não jogar papel no chão até não desviar bilhões do dinheiro público. E, na parte do trânsito, a impunidade é geral = ninguém no Brasil é punido se matar no trânsito. Nossa CNH dá licença pra dirigir e matar, infelizmente.
Senti no texto uma ponta de
Senti no texto uma ponta de ironia, será que estou errada?
Não poderia estar mais
Não poderia estar mais errada. Mas voce tem uma desculpa, talvez quem sabe, interpretação de texto na Suécia seja diferente de como é no Brasil
Zuleika, segundo o Juliano dos Santos: ame-o ou deixe-o
Que absurdo Zuleika, como você ousa fazer interpretação de texto diversa daquela preconizada pelo brasileiríssimo Juliano Santos. Daqui a pouco vai querer ter opinião própria. Deixo p/você o que o lema que o “querido” e “saudoso” General Médici dizia (certamente adotado pelo Juliano dos Santos): “Brasil, ame-o ou deixe-o.”
Voce está maluquinho, filho.
Voce está maluquinho, filho. Não estou sugerindo que a Jorgensen deixe o Brasil. De jeito nenhum. Mas ler ironia no texto apaixonado e indignado contra vira-latisse do Oswaldo sé se explica se a moça de sobrenome sueco ainda está nas primeiras lições de português
Essa é a verdade verdadeira Osvaldo, parabéns.
Meu País
Zezé Di Camargo e Luciano
Aqui não falta sol
Aqui não falta chuva
A terra faz brotar qualquer semente
Se a mão de Deus
Protege e molha o nosso chão
Por que será que tá faltando pão?
Se a natureza nunca reclamou da gente
Do corte do machado, a foice, o fogo ardente
Se nessa terra tudo que se planta dá
Que é que há, meu país?
O que é que há?
Se nessa terra tudo que se planta dá
Que é que há, meu país?
O que é que há?
Tem alguém levando lucro
Tem alguém colhendo o fruto
Sem saber o que é plantar
Tá faltando consciência
Tá sobrando paciência
Tá faltando alguém gritar
Feito um trem desgovernado
Quem trabalha tá ferrado
Nas mãos de quem só engana
Feito mal que não tem cura
Estão levando à loucura
O país que a gente ama
Feito mal que não tem cura
Estão levando à loucura
O Brasil que a gente ama
Desde a minha juventude, sempre me perguntava, o porque do Brasil não atender as esperanças do seu povo; nas eleições presidênciais de 1989 entre a minha esperança LULA e a fantasia COLLOR, pude entender o porque das minhas desgraças.
Delícia de texto pra começar a semana
Vou guardá-lo pra ajudar na alfabetização de meu filhote…
Parabéns, Osvaldo!
Excelente seu texto. Queremos, sim, ser nós mesmos apesar de que uma pequena parcela (que tem voz) viva de olho comprido para outros países e países com uma cultura que nada tem a ver com o Brasil. É o famoso complexo de vira-lata de que o Lula tanto fala.
Parabens. Gostei. Quem dera a
Parabens. Gostei. Quem dera a maioria pensasse assim.
Falou e disse!…
Parabéns pelo texto. Faço dele o meu desabafo perante os agentes do PIG e da boiada que eles, lamentavelmente, ainda conseguem arregimentar!…
O poder verbalizador da mídia
Quando ando por ai em meio ao povão, nos ônibus lotados inclusive, o que noto é que a população está feliz, esse pessimismo é mais em meio à classe média que reclama, por exemplo, do aumento constante da gasolina (????) e dá inflação que não para de bater à sua porta (????- tivemos até a “inflação do tomate” com Ana Maria Braga usando um grande colar feito com a leguminosa…kkkk), enfim, dados “alarmantes” que não conferem com o mundo concreto, então noto que há um certo deslocamento com relação à realidade: Pessoas felizes quanto ao presente e pessimistas quanto ao futuro. Engraçado que na Era FHC era o contrário: As pessoas infelizes quanto ao presente e eperançosas quanto ao amanhã quando seria “repartido’ o bolo. Quem provoca essa esquisofrenia senão os meios de comunicação enquanto poder verbalizador. Ah, quanto ao amanhã, só temos motivos para sermos otimistas, há projeções neste sentido, o Nobel de Economia falou de um futuro promissor para o Brasil, as pessoas(classe média, egoista sempre) ignora por exemplo que a educação e a saúde serão beneficiadas com grandes somas de dinheiro com os royalties do pré-sal, o regime de partilha está ai, isso só prá dar um exemplo, temos vários outros, ve se alguém diz isso ai nos meios de comunicação
Excelente!! Valeu!!
Já
Excelente!! Valeu!!
Já mandei pra frente…
Seu texto lava a alma e deve
Seu texto lava a alma e deve ser espalhado pelas redes sociais, urgentemente, com um sentido profiláxico.
Talvez quando Lula era presidente não fosse tão necessário. O cara defendia essa visão que está no texto 24hs por dia. Encarava qualquer pessimista colonizado e o botava no chinelo.
A Dilma, como sabemos, não tem o menor jeito para relações públicas. Deixa que peguem um país que está numa das melhores situações num mundo em crise, e o transformem no pior. E não consegue esboçar uma reação sequer
Deixa a Dilma em paz!
Juliano,
Na mesma onda do texto, que diz um sonoro basta a este pessimismo artificial e desnecessário, que tal refletir onde e como começou esta virada de expectativa com relação `Dilma?
A Dilma é uma presidente que está “trabalhando” o tempo todo, e no rumo correto. Acontece que passamos a responsabilizá-la por toda a ação da direita midiática. Quem a apoia tá fazendo fogo amigo.
Essa expectativa que a Dilma seja igual ao Lula no enfrentamento da oposição midiático-direitista é irreal.
Lula é Lula e Dilma é Dilma ! Pessoas diferentes, estilos diferentes.
Certo. Mas exatamente por
Certo. Mas exatamente por torcer muito que Dilma seja reeleita que eu peço, suplico, que ela defenda seu governo. Impossivel fazè-lo do jeito Lula, mas que faça do seu jeito.
Come mortadela arrota peru
Não acredito que este post foi criado com intenções sérias.
O autor desfia uma ode a fantasia. O ufanismo que derrama por este longo texto lembra a prolixidade dos indiferentes, de uma parcela da classe média, que igual aos políticos, pensa somente no seu próprio umbigo.
Brasilia é lembrada como a capital da fantasia, o autor pretendeu com este post abranger o resto do País neste mundo de Alice.
Dentre os entraves para que o País alcance qualquer sucesso são posturas como deste senhor que criou este texto debochado.
A economia é toda engessada como conseqüência de uma série histórica de equívocos e de atitudes interesseiras levadas a cabo no interesse de grupos e de minorias que se beneficiam egoisticamente, ignorando solenemente o conjunto da Nação. Uma Nação forte é reflexo de um povo forte.
Se você não gostou ou tem
Se você não gostou ou tem opiniões diferentes sobre este momento do Brasil não é necessário agredir quem escreve, ainda mais que a idéia foi exatamente a de demonstrar, aliás como você mesmo escreve em seu comentário, que uma nação forte é reflexo de um povo forte. Foi esta exatamente a mensagem. Se não entendeu assim tampouco poderia tratar o que foi escrito como um deboche.
O ufanismo deste texto
O ufanismo deste texto prolixo não esconde a realidade tétrica do Brasil.
Não é complexo de vira-lata é simples constatação da realidade e da incapacidade do proprio brasileiro mudar com esta realidade.
Europeu fora do ninho…
“Jamais o Brasil será uma Alemanha. O racionalismo alemão e o seu desejo de unificação diante de uma fragmentação feudal não fazem parte da nossa história. O desejo nacional alemão ainda hoje persistente de controlar povos e territórios além das suas fronteiras e levar a eles sua “ratio” não existe aqui. O Brasil é um continente que se basta. Não temos que provar a ninguém nossa eficiência e racionalidade para dominar quem quer que seja.”
Senhor Osvaldo!
É possível que a reação furibunda do Wolfgang haja sido motivada, ao menos em parte, por este trecho, supracitado, do texto por você escrito.
E tal possibilidade advém do fato do Wolfgang ter, provavelmente, ascendência germânica. Neste caso houve malferimento aos brios da garbosa gente europeia.
O seu pecado capital foi por em dúvida a infalibilidade do modelo hegemônico da tão propalada Civilização Europeia. Apesar de haver sido essa mesma Civilização quem forjou as duas maiores carnificinas mundiais no Século XX.
A sua ideia de uma Civlização, genuinamente brasileira, haverá de soar, sempre, como um deboche imperdoável para pessoas de tal gênese.
Ademais, é também possível que o Wolfgang, em consonância com o significado do próprio sobrenome, prefira “andar com lobos”, e não com cordeiros!
Quem anda vivendo numa ilha
Quem anda vivendo numa ilha de fantasia mostrada pela mídia é o senhor. Precisa andar mais pelo Brasil e ver que em muitos lugares há pujança, que os derrotados de 3 eleições não vêm. Vc mostra que é um viciado em notícias ruins, que são despejadas diariamente s/ nós.
Mariah… Mariah…
Desça
Mariah… Mariah…
Desça minha filha. Ai em cima as nuvens aparentam ser cor de rosa, mas, é ilusão lindinha.
Vc ta brincando? Ta troçando?
A sua amiga Poliana esta ai contigo te incentivando a troçar com a gente?
Bjos.
RELÓGIOS DE REPETIÇÃO
Quando eu era criança ouvia muito a expressão “relógio de repetição”. Bastava a gente usar uma desculpa ou argumento batido, raso, imitação barata de outrém para ser chamado assim pela mãe, pela avó…
Me parece que o “relógio de repetição” voltou à moda como nunca ! Basta o cara dar um topada com o dedão numa pedra para vir com o indefectível ” só no Brasil mesmo” (tem pedras na rua) !! Ainda que a pauta da reportagem seja a nova tendência de cores de esmaltes para a nova estação haverá algum comentário avaliando que ” é culpa desse governo essas cores tão berrantes “…
Parece brincadeira, exagero, mas não é: li com meus lindos olhos azuis um internauta afirmar que ” o Brasil está perdido, sem lei e sem ordem” , comentando a matéria que abordava a terrível história de um pai AMERICANO que afogou a própria filha em um lago nos Estados Unidos ! Não se dão ao trabalho de ler com atenção nem o básico. Qualquer “gancho” serve para falar do Brasil. “Relógios de repetição” falando mal de si mesmos …
Texto espetacular. Tenho uma
Texto espetacular. Tenho uma amiga professora que vai imprimi-lo para ler em sala de aula.
Obrigado e fico contente. Dei
Obrigado e fico contente. Dei uma melhorada pois quando escrevi estava tomado por algo de indignação com esta conversa eleitoreira de que nada no Brasil presta. Presta e muito, principalmente a sua gente. Conheço o mundo inteiro e jamais vi tamanha capacidade de se menosprezar como a que venho assistindo, cujos propósitos sabemos muito bem.
É verdade.
Tudo isto aqui postado é verdade. No lugarejo em que moro e vivo, duas horas de ônibus de Belo Horizonte, todo mundo vive feliz, longe das maldições da imprensa, longe das mentiras e manipulações da oposição, dos grandes jornais e jornalecos. Quando a gente vê e ouve os tele-jornais a gente até pensa que vivemos em outro pais, É verdade que por ser zona rural, quase todos temos nossa moradia própria; nosso trabalho rende pouco, mas aqui temos todas as modernidades tecnológicas e muitos tem até carro. Nossas crianças são saudaveis e nossos jovens fazem curso tecnico nas cidades vizinhas. Se a inflação já passou o teto da meta, não estamos sentindo porque, tirando os preços de época como grandes festas, nosso padrão de vida continua o mesmo de 2013. Então de onde vem este complexo de vira-latas? Suspeito que vem de um governo que nunca foi nem é mais corrupto que os governos anteriores, mas que é de longe o governo mais medroso, mais covarde, mais frouxo para promover sua própria defesa.Este governo não tem sintonia, o BC desmente de tarde o que oMantega diz de manhã. Os ministros estão sempre desmentindo o que outros ministros dizem e até a própria presidente (odeio a forma presidenta) parece ignorar toda a trama golpista da oposição. Enfim, acho que o povo brasileiro não quer ser alemão, americano ou sueco ( bem que gostaria de ter nascido no Nepal ). Quem gostaria de ser europeu ou americano é o pessoal da Globo, da Folha, Estadão, os “brancosos” do PSDB, DEM e congêneres.
e verdade
Jota Lopes.Fui uma especie de comissario de bordo numa empresa norte americana,quando ser brasileiro era sinõnimo de barata.Sou representante comercial,tenho 66 anos e conheço a rua do comercio de 2562 cidades brasileiras.Te afirmo com tranquilidade: O brasileiro nao conhece o cartel midiatico (graças a Deus)que nao conhece o Brasil e o brasileiro.A qualidade de vida em nossas cidades do interior ultrapassam qualquel indicador fornecido pelo mundo mercantilista.Temos 500 e poucos anos de vida e 50 de democracia misturada com o poder do cartel midiatico(partido politico ilegal,desonesto,criminoso).Foram 21 anos de militar destruindo politico e agora 12 anos de tentativa de destruiçao do pt seus politicos e suas politicas.Somos alienados alienantes idiotas idiotizantes e metidos a besta com muita burrice junta mas não temos culpa de nascer bonito por natureza.Se deixarem viramos gente.Civilizados até.
É vício
A chamada ‘grande imprensa’, é na verdade um reduto de ideias velhacas, o hábito de mancar deixa o são coxo.
Obrigado pela leitura, pelas
Obrigado pela leitura, pelas reflexões e elogios.
Como há algumas partes meio truncadas ou mal escritas, resolvi postar novamente aqui com pequenas correções:
Estamos fartos de ouvir que o Brasil não presta!
Porque eu espero que o Brasil jamais copie modelo algum mundo afora, ou de como nenhum país entre os graúdos ou grandes pode ser modelo para nós. E não venham nos falar de Chile, Colômbia ou México, comparações sem paralelo com a dimensão ou importância econômica e política do Brasil atual.
O Brasil tem sido achincalhado, maltratado, menosprezado, vulgarizado, simplificado, desmemorializado e apequenado com intensa e inaudita persistência desde as tais “jornadas” de junho de 2013.
Este fenômeno intenso de disseminação de algo que não existia em tamanha proporção nesses trópicos, quero dizer, o baixo astral, o pessimismo e ouso dizer, a viralatice escancarada, antes intramuros, tem recebido a colaboração absolutamente inequívoca de algo que muito apropriadamente o ilustríssimo jornalista Luis Nassif denominou recentemente de midiatite.
Talvez jamais tenhamos passado por um movimento deste calibre em nossa história recente. Em junho de 2013 na sequência das depredações criminosas de símbolos do que temos de melhor (dentre eles edifícios públicos centenários e outros recentes, mas igualmente simbólicos, como o Itamaraty em Brasília, máquinas de serviços bancários automatizados – setor altamente modernizado e eficiente se comparado a qualquer outro país), até a FIFA na ignorância marchadeira (organização internacional sabidamente manchada por escândalos, falcatruas e esquemas mafiosos), passou a ser parâmetro para nossas escolas e hospitais!
A amnésia generalizada que tomou conta do país também apagou que hospitais públicos brasileiros são referências mundiais do que há de mais moderno em pesquisas na área de saúde e medicina, a ponto de São Paulo, o maior polo desses serviços públicos de altíssimo nível, ter intenso turismo de saúde, principalmente de cidadãos de nossos vizinhos de toda a América Latina. Sinceramente eu não desejo para o Brasil escola alguma padrão FIFA e muito menos hospitais padrão FIFA, onde a “bola” (o verdadeiro padrão FIFA), poderia resultar na escolha de quem deve viver ou morrer.
Nesta onda de pessimismo desencadeada de forma artificial (a mencionada midiatite), a despeito dos números muito positivos que encontrará qualquer análise sensata e científica da evolução do país em indicadores socioeconômicos de livre escolha do freguês dos últimos 10, 20 ou 30 anos, estamos nos tornando cada vez mais céticos, amargurados e descrentes de nossas próprias forças e virtudes e cinzentos naquele sentido europeu da palavra sem que nenhuma catástrofe do porte de uma grande destruição humana e material, como uma guerra ou uma desintegração real da nossa percepção de civilização, de pertencimento a um lugar “abençoado por Deus” esteja realmente acontecendo.
Sem dúvida este fenômeno que nos abate é incrivelmente interessante. O que não é nada interessante, do ponto de vista das suas repercussões no mundo real, quero dizer, da produção das coisas e das ideias, são os possíveis reflexos deste momento para o futuro, quais sejam, sobre as decisões de investimentos e consumo dos agentes produtivos (Estado, famílias e empresas) e sobre a produção do conhecimento em todas as áreas com impactos no futuro.
Este clima que espero seja passageiro e que ignora que criamos uma civilização inovadora, virtuosa, riquíssima em soluções para tudo, conflituosa porém democrática (após duas décadas de uma ditadura militar subserviente aos interesses internacionais, violentíssima e que ceifou novas ideias que poderiam ter dado a sua contribuição para um projeto de nação e de poder mundial diferenciado e original já nos anos 60), violenta pelas desigualdades sociais conservadas por 500 anos e que começamos a desmontar há pouco tempo, tem feito muito mal ao Brasil nesta quadratura de crise global internacional em que deveríamos pensar em sermos nós mesmos, em persistir em nossa criatividade e em nossa marca que tem sido a busca incessante de caminhos alternativos. Tanto é assim que novamente setores importantes do país voltam a flertar com o modelo golpeado de morte em 2008 e que levou à maior crise do sistema capitalista desde 1929.
Ora, é mais do que necessário livrarmo-nos desta urucubaca, deste manto cinza, deste inverno sem luz que setores absolutamente minoritários em nossa democracia querem nos impingir, como se nosso verão, outono, inverno e primavera fossem sem cores. Isso decididamente não é o Brasil. Como nosso mestre de reflexões e brasilidade Darcy Ribeiro trombeteou em seus anos finais entre nós, somos e devemos nos comportar como uma CIVILIZAÇÂO, uma criação absolutamente original e que por sua originalidade isso deveria nos orgulhar e nos estimular e esta ideia nada tem a ver com qualquer nacionalismo barato nem com o patriotismo vulgar dos anos de chumbo exaltados à época pelos mesmos setores que hoje querem que sejamos alemães, estadunidenses, australianos ou ingleses, envergonhados de nosso legado multicultural.
Jamais o Brasil será uma Alemanha. O racionalismo alemão e o seu desejo de unificação diante de uma fragmentação feudal levada à modernidade não fazem parte da nossa história. O desejo nacional alemão ainda hoje persistente de controlar povos e territórios além das suas fronteiras e levar a eles sua “ratio” não existe aqui. O Brasil é um continente que se basta. Não temos que provar a ninguém nossa eficiência e racionalidade para dominar quem quer que seja. Jamais seremos os Estados Unidos com sua “aparente” eficiência acobertada por uma mídia sobretudo a serviço da guerra. O Rio de Janeiro não foi incendiado pelos portugueses como foi Washington pelos ingleses na guerra de 1812.Os portugueses adoravam este paraíso tropical.
Também jamais seremos os Estados Unidos já que adoramos abraços e visitas sem aviso. Eles não. Damos beijinhos e abraços virtuais ao final de emails e telefonemas eles não. Por mais que eu ache (e muitos estudiosos acham o mesmo), que o país americano mais parecido com o Brasil sejam os EUA, nós não precisamos abdicar da nossa formidável civilização para sermos iguais a este país. E isso não significa de forma alguma ser antiamericano. Um país marcado pelo racismo secular, como os EUA (assm como o Brasil), de certa forma rompeu paradigmas ao eleger um negro à presidência. Aqui levamos um nordestino migrante que fugiu da fome e depois se tornou um operário ao maior posto da República. E isso deveria ser motivo de orgulho para todos os brasileiros, assim como Obama deveria ser motivo de orgulho para todos os estadunidenses.
Óbvio que isso não acontecerá agora nos dois países, porém no futuro será sim motivo de orgulho lá Obama e cá Lula. A despeito de muitos acharem que o Obama fez uma adesão total ao establishment, diferente do que Lula fez no Brasil, podemos explicar isso em parte às diferenças entre o sistema republicano dos EUA e do Brasil. Aqui presidentes podem mais, lá muito menos.
Mas decididamente quem quer aeroportos brasileiros como shoppings, tal qual nos EUA, muito em breve os encontrará em toda a parte. No entanto, isso não modificará milimetricamente nossa cultura e nossa civilização. Nós macunaimicamente fagocitamos tudo o que vem do exterior.Esta civilização meio anárquica, mística, religiosamente pilantra e escancaradamente evangélica sem a ética protestante de Max Weber, onde pastores e fundadores de capelinhas e seitas se enriquecem e em que padres, bispos e cardeais católicos querem ser todos franciscanos no ascetismo sem abrir mão do prazer, é absolutamente incrível em sua riqueza.
Não podemos querer ser alemães, nem estadunidenses e nem suecos em sua pretensão de ensinar ao mundo suas regras sociais e sua visão de que um país é um sistema mecânico ou uma imensa empresa. Muito menos espanhóis, gregos ou portugueses em sua atual submissão absoluta ao mundo das finanças. Muito menos italianos que disfarçam seu terceiro-mundismo dentro da UE com comportamentos piores no trânsito do que aqueles piores de São Paulo e com esquemas mafiosos na política e nos meios de comunicação ainda mais nefastos do que os que vivenciamos no Brasil. Não podemos esquecer que na Itália, Berlusconi foi um Roberto Marinho reinando como presidente da República, mas com um harem digno de qualquer sultão que o velho apoiador da ditadura militar e criador da Globo nunca ousaria ter. Somos mais católicos e moralistas que os italianos, kkkkkkk.
Ficaria muito infeliz se meu país resolvesse autorizar a construção de edifícios de 50/60 andares em suas mais belas praias como vemos na Austrália atendendo o desejo de alguns mega empresários que subvertem a lógica das cidades para todos em nome da especulação imobiliária mais selvagem. Isso jamais será sinônimo de progresso. Muito ao contrário.
Quero que o Brasil continue anárquico, meio desorganizado e nada opressivo em suas cidades como são as da China, de Cingapura, do Japão ou da Coréia, países que produzem uma arquitetura urbana que esmaga a cidadania. Espero que mantenhamos longe de nós o modelo de horários de trens em segundos para demonstrar uma falsa eficiência germânica, desmontada sob desculpas bobas aos usuários apenas com uma chuva mais intensa ou nevascas comum por lá . Que nunca se converta o Brasil numa Suíça que recebeu o ouro nazista da pilhagem alemã sobre fortunas e arcadas dentárias de milhões de judeus e ciganos calcinados nos fornos nazistas e que hoje ainda recebe dinheiro sujo do narcotráfico internacional, da corrupção internacional e do terrorismo internacional, país que posa cinicamente de nação civilizada e “neutra” com vaquinhas em montanhas com cumes cobertos de neve. Isso não nos interessa como nação!
Quero que o Brasil continue com suas quintas-feiras, sextas-feiras e sábados fervilhantes de vida jovem em suas ruas e esquinas, por todas as partes e cidades e sem preocupações com o dia seguinte. Nós somos uma civilização única, nos trópicos e vencedora dos desígnios coloniais, orgulho dos nossos irmãos portugueses e africanos de língua portuguesa e dos nossos vizinhos na América do Sul de língua espanhola. Temos a agricultura mais produtiva do mundo, mais terras do que qualquer país do mundo para ampliá-la, mais água e infindáveis recursos energéticos que nos impossibilitam de ter apagões energéticos, como a mídiatite exacerbada quer que acreditemos. No Brasil jamais poderá faltar energia se houver gestão apenas razoável desses recursos. Apenas razoável! Sem esquecer que metade do país continua coberta de florestas, coisa que não existe em canto algum do mundo.
Não podemos jamais como uma civilização, (sim, somos uma civilização única no mundo, a civilização brasileira), nos abater ou deixarmo-nos levar por setores que desconhecem nossa história, que desconhecem ou não reconhecem a luta dos negros por sua liberdade, dos indígenas pela sua autonomia e terras, e do povo brasileiro em geral em querer sempre ser mais do que é, rumo à felicidade. Nós brasileiros não seremos nada se abdicarmos de nossa característica essencial e unificadora nacional que é a nossa crença de que vivemos num país abençoado por Deus (não sou cristão, mas sei muito bem a força desta ideia), de que nada nos abalará, de que é possível sim resolver os maiores problemas no último segundo do segundo tempo de que
temos um destino delicioso e brasileiro que nós construiremos, com praia, sol, futebol, cerveja, muito trabalho, mas muito espaço também para sermos gentis, altruístas e abertos pro mundo, características muito nossas, motivo do nosso progresso e em falta em muitos países.
Não precisamos copiar modelo algum. Temos que nos descobrir e mesmo na nossa esculhambação que é o motor da nossa cultura, muito nos fortalecemos como espaço de experimentações e de criatividade no rumo de uma civilização única e da qual devemos nos orgulhar e muito. Chega de ouvir que o Brasil não presta! Estamos fartos disso!
Que beleza!
Lavou a minha alma! Deu-me um pouco de ânimo, pois estou me sentindo cansada de tanto assistir a essa criminosa desconstrução de nosso governo, a mando daqueles que querem voltar ao poder. A infâmia é muito grande e muito bem orquestrada. Agem como mafiosos! Que os colegas que sabem como colocar esse excelente post na rede, o façam com orgulho e prazer. Confesso que não sei.
Magnífico Osvaldo!
Esta
Magnífico Osvaldo!
Esta campanha midiática que se utilisa de mecanismos psíquicos ligados à propaganda e marketing, tenta (e consegue até certo ponto) criar um estado de massas de pessimismo, para tentar dissipar o êxito dos governos trabalhistas. Aposto que mesmo a classe média nunca viu tanto dinheiro em suas mãos como hoje em dia, entretanto a mídia explora os contratempos causados pela evolução de dezenas de milhões de brasileiros ao sair da pobreza absoluta, como ferramenta de disseminação de insatisfação.
Não nos enganemos, o povo brasileiro vive hoje sua GUERRA DE LIBERTAÇÃO do jugo do Império Mundial! Vejam o que está acontecendo com o cerco militar de Rússia e China (porque ambos estão se armando aceleradamente?). Não houve o incêndio de Brasília, mas a mídia está incendiada de ódio…
Os governos trabalhistas brasileiros, agiram, tanto no plano interno quanto externo, de forma contrária aos interesses do Império Mundial e este é o preço a pagar pela resistência à escravidão.
TEMOS QUE ESTAR PREPARADOS PORQUE ISTO SÓ VAI PASSAR DEPOIS (E SE) ESTE PODEROSÍSSIMO IMPÉRIO FOR DERROTADO. CERTAMENTE ESTE É O PAPEL DOS BRICS E AGREGADOS.
O texto é bom, já o título não gostei.
A proposito do título: vira-latas são animais como os outros. Assim como humanos são humanos; animais são animais; não há hierarquia à título do quer que seja.
Esse discurso é entrada de almoço do lugar de onde venho
A esquerda brasileira descobriu esse discurso agora, foi?
Eu conheço isso desde que eu tenho cinco anos de idade. Mas isso é para brasileiros que “têm do que se orgulhar”, ou seja, é discurso de elite. Tradicionalmente, sempre foi.
Mas a desinformada esquerda brasileira, que conta velharia como se fosse novidade, vai insistir em dizer o contrário.
Nada de novo sob o sol. A esquerda brasileira continua jeca, iletrada, burra e desinformada.
Isso é nacionalismo. E nacionalismo nunca foi de esquerda. A não ser certos sub-produtos que são arremedos de esquerda.
Jeca,mal informada (pela nosa
Jeca,mal informada (pela nosa imprensa) e complexada ! Vc está falando de que e de quem? De sua pessoa e de sua imprensa. De onde será que está vindo esse vira-latas ? Só pode ser dos United States of América, o supra sumo da jequice, do “Somos cidadãos Americanos”, o melhor e mais inteligente povo do mundo, sendo os demais povos “hispânicos” principalmente, nossos serviçais. E os europeus apenas “ajudantes” p/ invadirmos países e acabarmos com eles. Ou está vindo das “Oropas”, grande povo, que enriqueceu a custa de invasões e roubos de outros povos, principalmente da África e América do Sul. Mais especificamente da Suiça, eterno paraíso dos “paraísos fiscais.” Vc é um jeca tatú e nem se apercebeu disso ainda.
Você não sabe quem eu sou e como eu penso
Você vai procurar com microscópio eletrônico e não vai encontrar uma pessoa sequer neste país que goste mais do Brasil e seja mais patriota do que eu. Eu sou pura tradição. Quinhentos anos de Brasil correm nas minhas veias. A história da minha família se confunde com a história do Brasil. Apenas isso.
Se tem uma pessoa que conhece o valor do Brasil, essa pessoa sou eu. Então não venha falar de” vira-latas”, porque essa conversinha fiada não dá nem para o início comigo.
Não irei comprar um
Não irei comprar um microscópio eletrônico já que seria de pouca valia para mim (e também porque não tenho recursos suficientes para tal aquisição), vez que não me interesso tanto em estudar estruturas moleculares e a composição da matéria, apesar de me interessar muito pelas ciências naturais. Mas de qualquer forma agradeço e muito o seu contraditório. Grato também por me informar que você chegou com a esquadra de Cabral. Informação valiosa que repassarei aos meus colegas historiadores e arqueólogos que trabalham no litoral brasileiro. Muito obrigado e abraço!
“Se diverti”
Eu “se diverti” lendo a troca de ofensas do senhores, utilizando-se de linguagem culta. Acredito que isso é como “limpar a bunda com seda” rsrs
Mas, à propósito, aprendi bastante!
Nossa….
Nao sabia que tu
Nossa….
Nao sabia que tu era tão “bunda perfumada”….
Quanta raiva. Sinal de que
Quanta raiva. Sinal de que entendeu o significado da midiatite e da viralatice. Nem dizendo que eu acho os EUA o país que mais se assemelha ao Brasil não deixei de receber o carimbo associado ao comunismo internacionalista. Era exatamente sobre isso que falei no que escrevi. Precisamos de caminhos novos, sem rótulos.
No mais, me considero da elite sim. Pertenço a elite intelectual. Moro num bom bairro, estudei na melhor universidade do país, sou professor, coisa que para um cidadão negro em meu país é uma vitória. Apesar de me considerar sim de esquerda, acho que nacionalismo, desenvolvimentismo, orgulho nacional e outras “velharias” atualmente são mais necessárias do que nunca. Também não considero que eu seja jeca, iletrado, burro e desinformado, apesar das minhas opções pelas bandeiras da esquerda moderna. Minha visão a respeito do Brasil decorre em grande parte de um olhar atento pro mundo, também fruto das minhas experiências reais pelo mundo todo. Nao acho que isso seja ruim.
Você pode defender tudo isso
Mas não venha dizer que é de esquerda, porque isso não é e nunca foi. Nacionalismo é tradicionalmente uma ideia de direita.
E esse discurso aí, do Brasil gigante, potência, etc, é historicamente oriundo da elite e é sim de direita. Todos os grandes pensadores da direita brasileira são elitistamente nacionalistas, nessa linha que você advoga. A elite que tem do que se orgulhar. Ao contrário do que a esquerda brasileira desinformada vende aqui e acolá, a direita brasileira pensante tem orgulho do país, porque ela sabe reconhecer as potencialidades da nação. Isso é identificável em vários setores, como na diplomacia brasileira, que tradicionalmente sempre foi muito altiva. Isso começou a mudar depois de uma certa altura, com a contaminação pelos valores burgueses-capitalistas pré-industrial e pós-industrial.
A ignorância é que é complexada.
O sujeito que é brasileiro rico, que estudou, que tem cultura, acesso à informação, que viveu a clássica formação brasileira de elite, esse é nacionalista por natureza. Esse sujeito tem plena consciência do país em que vive, da cultura brasileira.
A “elite” new rich, igualmente ignorante, a “elite” descendente dos imigrantes que formavam a ralé histórica europeia que por aqui aportou nos fins do século XIX e primeira metade do século XX, os quais formaram boa parte das sociedades que se encontram no sul-sudeste do país, essa não conta. Essa é antinacionalista por natureza, como expressão do elemento exógeno que a caracteriza. A brasilidade deles é, no mínimo, discutível. São eles os preconceituosos contra o Nordeste brasileiro, berço da nação, e seu povo. É um tipo de direita sem identificação cultural nacionalista como a que existe nos nacionalistas do Brasil “mais profundo”.
Qualquer conotação política diferente disso é embromação.
Não sabia da existência de
Não sabia da existência de cartórios onde haja a necessidade de algum carimbo a certificar quem seja de direita ou de esquerda atualmente. Sei de nossa tradição herdada de Portugal dos Avis, cartorialista, mas não sabia que o senhor havia recebido esta missão aqui no blog a ponto de se arvorar de missão para a qual não dispõe de título. Este lugar é de liberdade e de livre missivismo. Novamente o senhor me chama de ignorante. Não lhe conheço por isso não posso devolver a ofensa. Seria bom que atacasse menos quem escreve e mais as idéias de quem escreve. Um abraço!
Isso é motivo para cobrar muito
E não venham falar de Chile, Colômbia ou México, sem paralelos com a dimensão ou importância econômica e política do Brasil.
Sr Osvaldo, é justamente porque concordo com o senhor que estes três países não nos são parâmetro de comparação é que reconheço que o Brasil tem problemas gravíssimos que não podem ser varridos p/debaixo do tapete. Quem quer ser potência não pode ficar nos últimos lugares no exame Pisa.
Temos que nos descobrir e mesmo na nossa esculhambação que é o motor da nossa cultura muito nos fortalecemos como espaço de experimentações e de criatividade no rumo de uma civilização da qual devemos nos orgulhar e muito.
É a mesma civilização onde 40 mil pessoas são assassinadas por ano, muitas vezes pela própria autoridade policial. E o que dizer das milhares de meninas que se prostituem por uma miséria, totalmente desamparadas, onde ainda há diversos casos de lepra e de tuberculose?
Respeito sua opinião, mas justamente porque temos o direito de ambicionar a posição alcançada pelos diversos países que o senhor cita, é que a nossa cobrança tem que ser proporcional à esta mesma ambição.
De resto, com o devido respeito, texto no estilo “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá…” Mas, respeito sua opinião, apenas acho que a mídia não inventou as mazelas que apontei acima.
A mídia não inventou mas
A mídia não inventou mas distorce informações. Quem já ousou (ou teve estômago para tal) assistir por alguns minutos dois CRÁPULAS da Bandeirantes e da Record OMITIREM dados e informações a respeito da violência no Estado de São Paulo transferindo a culpa para o governo federal sabe do que estou dizendo.
Com a omissão e diarréia verbal em que emitem opiniões proto-fascistas a respeito de penas-de-morte e outras barbaridades; mais a impunidade que o poder judiciário (o mais corrupto da República) -convenientemente poupado pelos mercenários midiáticos- quando se trata de médicos estupradores, banqueiros opportunistas, bicheiros goianos e políticos da oposição, além de liberar descaradamente indivíduos envolvidos com tráfego de drogas em helicópteros, pode-se esperar mais violência em nossa sociedade e mais viralatice dos amestrados pela mídia venal.
A mídia é culpada também e responsável pela maior parte da culpa.
Em tempo: neste momento (19:45 h) estou ouvindo de uma televisão próxima o crápula da Record arrotar a hipocrisia que omite a responsabilidade tucana pela violência em São Paulo mas que não poupa envolver o Haddad ou governo federal em suas diatribes abestalhadas.
Caro senhor (a) comentarista,
Caro senhor (a) comentarista, vejo com bons olhos sua indignação por uma Educação melhor para o nosso país, porém vejo também que o senhor (a) tem preenchido os critérios para o diagnóstico de “midiatite”. Ao avaliar superficialmente os dados do resultado da avaliação feito pela OCDE o exame PISA só evidencia o seu senso de avaliação bastante comum aos demais leitores da mídia que o autor critica no texto. Gostaria de saber se sabe nos informar quantas posições o Brasil avançou nesta ultima década em relação ao mesmo exame que nos coloca na 38º posição? Qual foi o país que mais cresceu na avaliação de matemática quando comparado com a ultima avaliação? Qual é a taxa de analfabetismo do Brasil atualmente, e se comparando com países emergentes e os citados acima qual nossa posição atualmente?
Comparar o nível de educação do Brasil, um país de território de tamanho continental com o Chile que possui área total menor que o estado do Mato Grosso e não levar em conta que o território influencie nos resultados para uma melhor distribuição de acesso à educação de qualidade, é bastante ignorância, a qualidade infelizmente ainda é um quesito a ser trabalhado quando se há universalização de qualquer serviço, e se não achar isso importante, por favor, nos mostre dados de como é eficiente e eficaz a educação dos Estados Unidos, país mais rico do mundo e ocupando 4º lugar no ranking de maior território? Os outros 2 níveis de gestão pública (estado e município) estão compartilhando do mesmo empenho que o Governo Federal tem tido com os investimentos e feitorias para com a educação? O que os municípios tem feito com o FUNDEB repassado mensalmente religiosamente pelo Governo Federal? Quanto foi liberado para a Educação no início do ano e publicado pelo Diário Oficial ?
Em relação a Hanseníase e não lepra, pois este é um termo obsoleto e abandonado há 19 anos, poderia nos citar quantos são os casos notificados da doença? Saberia nos responder o porquê da diminuição no número de novos casos na última década de 27, 95% para 17,39%? Atualmente o SUS não disponibiliza programas efetivos e eficazes no combate à doença como acesso médico e medicamentoso fácil e irrestrito com acompanhamento domiciliar pelos agentes comunitários? Todos os índices mostram o cumprimento nas metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, OPAS, ONU e OMS chegando a atingir patamares acima do que foi proposto. E a Tuberculose, será que não conseguimos diminuir os casos? Conseguimos uma queda de 6,92% na incidência de novos casos nos últimos 10 anos, ainda é pouco, porém quando se leva em consideração que a principal causa de novos casos é devido ao abandono do tratamento e que a reinfecção conjunta à rebeldia na aceitação do tratamento leva a transmissão da doença. Não vi correlação alguma sua crítica com falta de políticas públicas no enfrentamento destas doenças, uma vez que são doenças onde para sucesso do tratamento depende quase que restritamente do paciente.
Segundo os dados da ONU, o Brasil em 2001 ocupava o 1º lugar em exploração infanto-juvenil, em 2003 o país passou a contar com o Programa Nacional de Enfretamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes (PNEVSCA), que em conjunto de ações como o Disque 100 e o PAIR (Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil no Território Brasileiro) passou a dar um combate mais efetivo. O Governo hoje implementa gradativamente a escola em tempo integral nas escolas e isso vem de encontro a dois problemas: melhor aprendizado e a permanência da criança na escola em turno ou horas que os pais estariam trabalhando. Além do mais, a vulnerabilidade dessas crianças e jovens não recai somente sobre o papel do Estado, mas sobre a própria sociedade, sobre seus valores e sua capacidade de percepção sobre a real natureza da lógica da violência contra a criança. Outro ponto, é sobre o turismo sexual, explorado por companhias de turismo e pela sociedade que lucra com essa atividade ou faz vista grossa quando se depara com tal situação; pois as mulheres, ainda que crianças, são vistas sob uma ótica machista dessa mesma sociedade hipócrita.
Ao se avaliar a violência no país, não se esqueça de desfragmentar os índices e separá-los por estados, uma vez que as Secretarias de Segurança Pública é autarquia de responsabilidade ESTADUAL juntamente com o MUNICIPAL, e o Governo Federal é responsável pela proteção e enfrentamento de conflitos de fronteira internacional, e que basta realizar uma pequena pesquisa na internet visitando o site do Ministério da Defesa, Marinha, Aeronáutica e Exército para ver os bilhões destinados à re-estruturação destas forças, como melhoria nos salários, infra-estrutura, qualificação, desenvolvimento tecnológico, dentre outros, além de ter investido na construção UPP´s em vários estados, e no aumento no número de presos e investigações contra o tráfico de drogas nas fronteiras, reativando bases militares que antes estavam aos pedaços e construindo novas como foi feito no ultimo ano no estado do Mato Grosso do Sul um investimento que ultrapassou os 10 bilhões. A questão da violência também é influenciada por outras variáveis, que vão além dos investimentos, a desmilitarização da polícia militar, uma reorganização dentro da própria instituição é extremamente necessário para se combater efetivamente a violência, um exemplo maior é o número de civil mortos por ações da polícia que ultrapassa o número de mortos pelos traficantes dentro das ações nas favelas, temos, por exemplo, a Polícia do estado de São Paulo que é a mais violenta do país nos remetendo a um problema enraizado e delicado dentro da instituição.
Enfim, não se faz um país onde seu próprio povo não se respeita, pois ao apontar somente as mazelas do Brasil é negar o trabalho, a luta e as conquistas do seu povo. Não chega a nenhum ponto com críticas e comparações injustas do Brasil sem considerar a história, respeitar o tempo e a cultura da sua gente. Que bom que você também queira um país melhor como todos queremos, mas avaliar e embasar opinião em cima de um número e não procurar saber se este é resultado de avanço ou retrocesso negando as conquistas e atropelar os fatos sem a menor sensatez não é demonstração de cidadania e seriedade. Ainda estamos longe da perfeição da melhoria das mazelas, porém ao procurar pelas respostas das perguntas que lhe fiz acima, e não perceber ou reconhecer os avanços, ou o senhor (a) não entendeu o foco da crítica do autor, ou é um adoentado pela mídia e um complexado convicto.
Avanços medíocres
Vou continuar cobrando com veemência. Você deve morar em uma cidade bem melhor que a minha (Rio de Janeiro). Já presenciei cenas de brutalidade na rua dignas da idade média. Tenho duas professoras de escola pública na família. Ambas falam que as estatísticas de analfabetismo no RJ são absolutamente fraudadas. Não acredito que no resto do pais isso seja muito diferente. Já tenho 47 anos e perdi a esperança de viver em um pais que consiga dar uma vida minimamente digna ao seu povo. Complexado? Todos somos um pouco, mas ao aprender a ler em inglês e alemão, adquiri o hábito de desejar um nível de vida melhor para meus semelhantes e, me desculpem, mas viver em uma favela com violência extrema e doenças que foram erradicadas na Europa há mais de cinquenta anos não é juste e digno para ninguém. Sobre a cobrança ao governo federal, serei bem claro, quero um governante que seja estadista e proponha um pacto aos governadores para melhorar substancialmente o nível do ensino fundamental no Brasil, e não ficar dando incentivos para indústria automobilística enviar lucros para a matriz.
Usei o termo lepra porque algumas pessoas não entenderiam o termo hanseniase.
Reparei aliás que todos os progressos que o senhor cita curiosamente aconteceram nós últimos dez anos. Será coincidência que qualquer critica ao pais seja inaceitável ou então feita por alguém manipulado ou ignorante? Compreendo sua manifestação, realmente o governo dela é muito fraco, então tem que começar a citar as conquistas do antecessor.
Finalmente com o devido respeito a sua crítica, por favor abandone o raciocínio binário de “ou você está comigo ou você é adoentado”, já basta o evidente clima de ame-o ou deixe-o constante nesse blog. Pelo visto o nosso atual governo não é apenas idêntico ao do General Geisel na política econômica, mas também nas manifestações paranóicas…
E ae meu querido, qual é a
E ae meu querido, qual é a sua sOlução? Em quem vc confiaria seu voto para mudar tudo isso? Ele tem condições de operar esse avanço?
VAMOS, RESPONDA!
Avanços medíocres para avaliações medíocres
Continue cobrando com veemência daqueles que receberam seu voto, em relação à violência, realmente moro em um estado menos violento que o teu, e que tem índices alarmantes no crescimento da violência, a falta de recursos para a polícia civil e militar, o controle no tráfico de drogas, o controle de fronteiras entre os estados tem deixado muito a desejar em MG, no qual responsabilizo inteiramente o governo estadual e principalmente o municipal, uma vez que os números de homicídios com envolvimento com tráfico de drogas têm aumentado substancialmente nos últimos anos! Pelo que vejo na sua resposta você realmente não entendeu o alvo da crítica do autor, e que também se quer pesquisou em fontes confiáveis as quais lhe propus, pois bem é um direito do (a) senhor (a). Desqualifica os índices apresentados, que por sinal, não foram coletados por entes governamentais e sim em sites das organizações internacionais que mostrei e ainda que seja em sites do Governo, o (a) senhor (a) mesmo usou um índice, um ranking para embasar sua indignação com a situação educacional do país. O que se percebe é que para o (a) senhor (a) os dados só são confiáveis quando vão ao encontro daquilo que acredita. Os dados que lhe informei de forma alguma contrairia sua indignação, estamos aquém de outros países, porém o que pretendi lhe informar foram os avanços não mencionados em qualquer meio de comunicação corrente no país e que o autor condena a negligência, a desinformação e a manipulação exacerbada. As informações de pessoas próximas ou familiares com quem viveram inclusive no período da ditadura corroboram com os dados de avanços deste governo. E se acha que estas instituições não são confiáveis ou qualificadas para medir e apresentar tais resultados poderia nos propor alguma que seja.
Vejo com bons olhos a sua preferência por continuar estudando, aprender novos idiomas e fico mais feliz ainda ao descobrir que ao aprender idiomas gera um despertar para querer o bem social alheio, a antropologia, sociologia e psicologia adquiri mais um fator para estudar as inter-relações e as práticas que estimulam o bom convívio entre os homens.
Realmente os leitores deste blog não saberiam o que é hanseníase. Peço-lhe desculpas por querer pedir-lhe conhecimento em uma área da qual não faz parte, pois comparar um país europeu de clima temperado com o Brasil de clima tropical e querer os mesmo avanços na diminuição dos casos das doenças citadas sem levar em conta os fatores de risco para o surgimento dos novos casos que citei, e por serem estas doenças de clima tropical é entrar em um assunto que precisa de um pouco mais de conhecimento e leitura antes de tecer qualquer comentário e principalmente críticas sem um mínimo de avaliação mais técnica. Não vejo problema algum querer almejar os índices invejáveis dos países europeus, porém suas críticas caem mais uma vez no senso comum. Como comparar um problema de um país que já o tem resolvido com outro país que ainda luta e avança nos resultados positivos? Qual intuito desta comparação? Qual o peso teria para a solução do problema? Trouxe-nos alguma informação importante? Poderia ter comparado ao menos com países que combatem tais doenças como Congo, Índia, China, África do Sul para observar e comparar as medidas tomadas aqui para conter a enfermidade.
Sobre o pacto para a educação do Governo que o (a) senhor (a) julga que não teve uma melhora substancial e cita o Ensino Fundamental, mais uma vez te pergunto o que foi feito do repasse do FUNDEB no seu município? Quais foram as medidas tomadas pela gestão municipal do RJ? Cada setor da administração pública tem suas obrigações delegadas e expressas na Constituição Federal, Ensino Fundamental é responsabilidade municipal. Foram vários os pactos feitos e aperfeiçoados pelo atual Governo para a Educação, um exemplo disso é a escola em tempo integral que está sendo implantada que também já foi citada, a destinação de parte dos royalties do pré-sal para esta área, a criação e reforma de creches dentre outros. Se para o (a) senhor (a) tais feitos não podem ser levados em consideração, então que mostre ações já feitas anteriormente ou proponha algo mais eficiente, eficaz e que traga resultados em curto prazo, o que será difícil se tratando de educação.
Se a (o) senhor (a) acha desnecessário prover fomentos para o desenvolvimento do segundo setor no país, de onde tiraríamos o superávit primário, empregos, PIB, aumento produtividade? E lhe pergunto novamente, quanto foi destinado para a educação este ano? Aonde que os lucros gerados pela indústria automobilística tiram os investimentos da educação, saúde, infra-estrutura, etc.? Mostre-nos algum exemplo. Pelo contrário, a demanda por mais escolas, mais hospitais, mais pavimentação gerada por esses serviços aumentariam com o desenvolvimento deste setor. Acha mesmo que as medidas econômicas atuais são semelhantes ao do ex- presidente Geisel? Comece sua analogia pela inflação, por gentileza. Clama por um presidente estadista, mas renega a re-estruturação no aparato estatal realizada, as políticas sociais implementadas jamais feitas anteriormente… Esse comentário nem merece resposta.
Citei os últimos dez anos devido ao acúmulo de melhorias e resultados satisfatórios apresentados, o que eu teria para expor em relação a melhorias na educação do Governo que antecedeu? Um dos resultados da “boa gestão” foi o número de analfabetos ADULTOS que hoje há no país. Qual número da população com ensino superior completo? Quantas universidades federais criadas? Quantas creches? Qual a porcentagem do PIB destinada aos setores como educação, saúde, mobilidade urbana, segurança? Quais foram os programas criados para redemocratizar o acesso ao ensino no país? Qual era a porcentagem que se podia usar para financiar os estudos com o FIES? Quais eram os juros anuais para pagar o financiamento e quais eram as regras para facilitar o pagamento? Quantas escolas técnicas foram criadas? Existia um programa amplo e acessível para a troca de conhecimento científico entre instituições e alunos de outros países? Existia algum programa que permitia o acesso livre e gratuito para aprender idiomas? Bom se achar algo comparável com resultados positivos e superiores no outro governo em comparação com o qual defendo, mostre-nos!
Meu raciocínio, e muito menos o deste blog é de ufanismo como o (a) senhor (a) julga ser, inclusive já vi inúmeros texto com duras críticas à gestão federal, porém são críticas que não se leva em conta na análise sem critérios e com um senso irracional, negligente e inferiorizado que tem ocorrido.
Toda crítica é necessária para que melhorias sejam realizadas, agora se o (a) senhor (a) não tem mais esperanças é mais uma opção pessoal sua do que um fator externo, o que não lhe dá o direito de sair semeando o pessimismo e pintando o país de cinza como o artigo em questão alerta. Não vi até agora alguém afirmar que estamos às mil maravilhas e sim avaliar os rumos que tem tomado as atitudes da mídia e os efeitos colaterais ocasionados na população deixando-a cega a ponto de odiar, querer a morte de uma pessoa, a extinção de um partido. Ao encaixar as defensivas que este blog ou os simpatizantes para com a gestão federal atual em um slogan totalmente desapropriado para a situação atual o (a) senhor (a) me deixa mais convicto do meu patriotismo e dos ganhos nas últimas décadas, e de saber que ainda temos e podemos avançar com as propostas deste governo. E quanto ao DEIXE-O, não tem sido essa escolha que tenho visto nos últimos anos, aliás, o fluxo migratório mundial tem sofrido uma guinada e tanto em relação ao Brasil.
Encerro aqui minha participação e agradeço pela resposta. Até breve!
Até onde sei a competência
Até onde sei a competência estatal na educação é compartilhada e na educação básica cabe aos Estados e secundariamente aos municípios. O governo Federal pouco pode fazer concretamente em relação ao PISA, pois sua competência está adstrita ao ensino técnico (em parte) e ao ensino superior. Vamos cobrar nossos governadores estaduais sobre o PISA ao invés de criar esta figura absolutamente genérica, abstrata e onde cabe todo o tipo d eempulhações chamada governo? Isso também contribuiria para a educação política no país, no sentido de entendermos as competências nos diferentes níveis de governo, algo que a mídia absolutamente não faz, ao abdicar de uma de suas funções públicas que é informar para a cidadania.
Novamente autoridades policiais são de competência dos governos estaduais. Estamos cobrando isso dos nossos governadores ou no meu município e no meu estado “tem palmeiras onde canta o sabiá…” ou nós preferimos encontrar num discurso modorrento, pessimista, reclamão e sem sentido a culpa ” de tudo isso que está aí” ao Brasil, Ao Governo, a eles etc.?
A mídia não inventou essas mazelas…mas inventou a midiatite aguda sem localizar competências…
É a Dilma, num passe de
É a Dilma, num passe de mágica virou a Geni. Até de ladra já a estão chamando. De má gestora o Blog a chama diariamente. E já tem muitos aceitando e concordando. Quem diria !
Caraca meu. Isso foi a coisa
Caraca meu. Isso foi a coisa mais conservadora que li nos últimos anos.
Acho que aquele pessoal que anda doutrinando lá pela Ucrânia, Hungria, Croácia e adjacência tem filial por aqui.
Mas é sempre assim, basta chegar perto da copa que o ufanismo dá o ar da graça.
Explique porque achou que
Explique porque achou que exaltar o povo brasileiro é algo conservador? Darcy Ribeiro foi um político e pensador do Brasil conservador? Porque é conservador dizer que a elite antinacional brasileira não se reconhece culturalmente com a maioria da população? Porque é conservador desejar que o Brasil trilhe caminhos que não sejam ditados desde o exterior? Onde está o conservadorismo nisso meu caro? Ucrânia, Hungria e Croácia? O que tem de comum hoje acontecendo com esses países que tenha relação com o que foi escrito??????
Esse seu texto é um exemplo
Esse seu texto é um exemplo clássico de ultra-nacionalismo que jamais encontrará respaldo na obra de Darcy Ribeiro. Me poupe.
Essa exortação as qualidades únicas do povo brasileiro está par-a-par com um discurso de Hitler, de Bandera ou de Pavelic.
Você com certeza não leu O Povo Brasileiro, ou não estaria escrevendo essas bobagens todas.
Agradeço pelo adjetivo
Agradeço pelo adjetivo clássico. Confesso que não mereço tanto. Mas clássico de verdade é Timão X Palmeiras. Um abraço!
Gostei!
Muito interessante!
Parabéns pelo texto, um tanto quanto lírico demais, o que prejudica a capacidade de compreensão das pessoas mais poeris, gerando distorções interpretativas. Mas sem sombra de dúvida, um excelente texto, Sr. OsvaldoFerreira.
Foi discutido hoje em sala, com os alunos do 2º e 3º ano do Ensino Médio, vários aspectos apresentados no texto.
Não que eu acredite que devamos esquecer os problemas reais (pois eles existem eprecisam de solução; ou ao menos insistentes tentativas e reformulações – um dia se acerta!), mas concordo que devem ser cobrados efetivamente de quem é pertinente a responsabilidade ao invés de haver uma generalização amargurada das coisas.
Conseguimos chegar a essa conclusão em sala hoje: a generalização dos problemas apresentada de forma vaga e irresponsável pela mídia tem sim contribuído não apenas para o pessimismo da população; mas também, para a alienação da mesma.(Quando não se sabe de quem cobrar, não se cobra de ninguém) Reflexo disso as “passeatas sem norte” do meiado do ano passado e a insistência em negar a Copa. O mesmo povo que vestiu a camisa e fez campanha pela Copa e Olympiadas, hoje movido pelo “pessimismo” renega o que tanto desejou.
Só um adendo, não gosto muito da ideia de “complexo de vira-latas” … Até porque se existe um complexo desse, também se explicaria historicamente ao pensarmos na nossa colonização e na própria identidade portuguesa, pois eles sofreram e sofrem do mesmo mal. O estranho é que realmente isso nunca havia nos acometido em tão grandes proporções, nem na crise de 29; nem durante a segunda guerra, ou seguer no período ditatorial fora tão forte. Pois , me meio a todo o caos conseguiamos manter a ESPERANÇA.
O que nos impede de mantê-la?
O que nos imperde de reagir, lutar e melhorar o que julgamos ruim?
Apenas o pessimismo! Ele é uma ferramente poderosa e paralizante… Parabéns À Elite Brasileira, que tem manipulado tão bem isso contra o povo através do marketing negativo. (A César o que é de César) … Não se pode menosprezar a capacidade de intervenção dos poderosos! Talvez esse tenha sido nosso maior erro!
Ufa ! Regozijo-me ao ler que
Ufa ! Regozijo-me ao ler que a senhora é formada apenas em letras e que não chegou as palavras, frases e orações.
Esta noite irei para meus aposentos atormentado pela idéia de ser um pessoa poeril e provavelmente só conseguirei adormecer lá pelo meiado da madrugada, incomodado pelos vários aspectos discutido ( sic )..
Pachecão, vocẽ não captou a mensagem subliminar
“poeril”… de poeira, de pó! Quem gosta do pó e quem voltará ao pó?
Ah! É sim!!
Obrigada, Carlos!
Adorei a
Obrigada, Carlos!
Adorei a associação do meu erro gráfico a um “neologismo literário”, uma visão super metafórica… Mas, acho mesmo que podemos reafirmá-la. Deixemos então para certas pessoas o POERIL mesmo. (rsrsrs)
Taca-le pau, Selma!!
Taca-le pau, Selma!!
Não deveria regozijar-se por tão pouco….
Sr. Pachecão,
Não há sentido em regozijar-se por tão pouco!
Não recordo de ter dirigido a vossa pessoa o meu comentário. É simplesmente lamentável que algumas pessoas que passeiam pelo “Blog”, como é o seu caso, por ausência de argumentos prendam-se à futilidades. Considerando que cobro para lecionar teoria discursiva, fonética e linguística; não o farei aqui, pois não gasto meu latim ou tempo com pessoas insignificantes. Caso resolvesse fazê-lo, não seria nenhum esforço desmoralizá-lo, bastaria buscar algumas de suas postagens e “persegui-lo” intelectualmente; pois nem se dirigir às pessoas com a devida formalidade necessária ao trato social o senhor consegue.
Mas, como passei das letras às palavras, e cheguei até o discurso, deixarei aqui uma simples perguntinha: seria o comentarista seu amigo de copo? Ou acaso, um de seus ‘coleguinhas’ com os quais joga ‘pelada’ aos fins de semana?
Ora pois, se a resposta for negativa, torna-se simplesmente inadmissível o uso de “Cara meu” na sua publicação.
Quanto ao fato da carapuça de PUERIL lhe servir, vista-a! Bom aproveito!
Ninguém precisa concordar com o pensamento de ninguém, mas a devida educação faz-se necessária!
Ahh… tem mais, e sem
Ahh… tem mais, e sem esforço algum! #ficaadica
A palavra ideia, perdeu a acentuação com o novo acordo ortográfico.
Quanto a expressão “ME POUPE” ,usada pelo senhor na outra postagem; trata-se de um erro de colocação pronominal. Na Língua Portuguesa não iniciamos frases com pronomes obliquos.
Como podemos notar, o senhor não é a pessoa mais adequada para fiscalizar ninguém!
Me sinto honrado por ter
Me sinto honrado por ter podido contribuir com seu trabalho como educadora, apesar do que escrevi ter sido construído como um desabafo e por isso com muitos problemas de fluidez textuais. Obrigado por suas reflexões também! Acho que não podemos cair no pessimismo que querem nos impingir de forma artificial. Não podemos aceitar que tudo está ruim, que nada presta, que nada funciona e que nosso povo não tem capacidades notáveis. Isso é algo construído e absolutamente artificial e com propósitos inconfessáveis. Um abraço!
Sr. Osvaldo
Sr. Osvaldo Ferreira
Primeiramente, gostaria de desculpar-me por alguns erros ortográficos ocasionados por uma digitação rápida, distraída e despretensiosa. Afinal, comentei o seu “post”.
Vejamos, permita-me corrigir: onde está escrito poeril, leia-se pueril; onde encontra-se grafado meiados, leia-se meados; e no trecho ‘ pois, me meio a’ ; leia-se pois, em meio a. Quanto ao verbo discutir, que por questões estilisticas resolvi concordar com a referência (alusão do todo) maior, ou seja, o termo O TEXTO que é apenas um; posso usar tanto foi discutido… Em referência ao texto; quanto foram discutidos em referência aos vários aspectos.
Peço desculpa ao senhor e aos leitores, pois não me julgo acima do bem e do mal; muito menos infalível. Principalmente após um dia exaustivo de trabalho e considerando o adiantado da hora.
Quanto a utilidade do texto, sim está sendo muito útil ainda. Mas, os temas foram discutidos no dia por absoluta coincidência. Fora antes de lê-lo. Imagine o senhor, há algum tempo esse pessimismo vinha assolando também a minha pessoa. Afinal, somos tão bombardeados pela mídia que é muito natural, diria quase automático, construirmos uma visão pessimista da “vida”.
Mas, em conversar com um amigo muito querido, acabei por desmistificar esse processo de pessimismo e me desvencilhar do mesmo. Hoje, acredito ser importante que as pessoas, principalmente os jovens, tenham oportunidade de pensar livremente sobre essas questões. Com a devida orientação sobre as questões de competências administrativas nas esferas Federais, Estaduais e Municipais eles ganham novo fôlego, e se interessam em buscar informações precisas. Eles admiram a verdade, por isso, é tão importante para as classes dominantes que fiquem alienados.
Por esses motivos resolvi abordar os temas em sala. Após ler seu texto, já o compartilhei com eles, e a cada um caberá o desenvolvimento de um crítica pessoal ao seu “desabafo”.
Mais uma vez, parabéns pela reflexão e obrigada!
me sinto honrado por ter
Muito bom mesmo.O peixe não vê a agua,como sou do tempo que liquidificador tinha concessionaria para conserto e fiquei conhecendo medico quando tinha 14 anos,não sabia que existia.Aprendi tambem que o cartel midiatico conseguiu espalhar como verdade, que pinto de japonês é desse tamaninho e o do anão é proporcional. Precisamos respeitar as pessoas que acreditam nisso.um bando de idiotas alienados ,idiotizados pela midia. Solicito a todos para verificarem os numeros desse Brasil há 12 anos.Todo e qualquer tipo de numero.E comparar com os numeros de hoje. Só isso.Ou entao veja os atributos dos anões e do japonêz e compare com a crença do cartel midiatico.
Osvaldo o Osvaldo
Copiei e colei , agora vou imprimir ta otimo
pra encerrar Sra Dilma la O blog esta uma maravilha
Engraçado é ver os vira-latas
Engraçado é ver os vira-latas desse blog putinhos com o texto.
Segundo o seu raciocínio lógico, o presidente do Brasil tem mais é que ter uma varinha de condão, e que ao balançá-la, os problemas que o Brasil tem desde 1500 vão sumir! Pra eles, funcionou, nos EUA, no Canadá, na Europa e até no Japão/Coréia do Sul!
Digam gente, qual é a fadinha de vcs?
É a Fada Poliana.
É a Fada Poliana.
pequena reflexão
Boa tarde, tudo bem?
Vejo que tu tens uma visão bem diferente dos outros críticos, como Arnaldo Jabor.
Porém, eu não entendi porque desta sua visão mais otimista.
Eu acho que estamos muito atrasados como uma sociedade. Não temos serviço público razoável ( sim, temos grandes Centros de pesquisa em câncer ou do coração, aqui em Poa temos um), hospitais ruins, emergência que pouco funciona, sus que ficou na ideia, segurança pública definhando, governo que não administra nem suas contas públicas ou que para na sua própria corrupção. Diga-me, tu não achas que a causa desta onda de pessimismo não é a consequência da fácil acesso a informaçao?
Uso como exemplo minha pessoa. Tenho 30 anos, uso a internet desde os anos 90 e Tento entender o que acontece no Brasil há 5 anos. Juro, estou abismado com a falta de consciência do nosso povo, incluindo políticos e os eleitores.
Como não ser um pessimista?
Foi irônico?
Achei irônico seu texto. Ao final, você defende que mantenhamos nossa cultura de esculhambação, enfim… Achei seus argumentos a respeito das manifestações, onde você rebate a impossibilidade de nosso país melhorar devido ao suposto fato de que nunca seremos frios iguais os americanos ou então que o padrão FIFA se resume a bola, uma tremenda idiotice e infantilidade. Você sabe claro que não priorizamos melhorias no comportamento na hora de socializar com os outros e sim melhorias na qualidade do sistema de saúde e transporte.
Perdi meu tempo lendo isso aqui.
E eu lendo este teu
E eu lendo este teu comentário infantil e idiota.
idem.
idem.
Parabéns pelo artigo
Sr. Osvaldo Ferreira,
O seu artigo é oportuno e traduz um sentimento geral de que não temos uma mídia verdadeiramente brasileira. A que não é extrangeira pelo controle acionário, o é pelo eurocentrismo e amaericanismo de seus sócios. Temos uma mídia que luta para desvalorizar o Brasil e assim diminuir o impacto do entreguismo que a elite que a controla sempre praticou. Se for vendida a ideia que tudo que é nosso é de segunda categoria, pouco valor daremos e assim não defenderemos qualquer coisa material ou imaterial dita brasileira. O nome disso é GUERRA IDEOLÓGICA PERVERSA. Essa guerra é ensaiada, revisada e reeditada todos os dias, desde o Jornal Nacional, passando pelos jornalões como FSP, ESTADÃO e O GLOBO, além da guerra de postagens financiadas pelos partidos dessas elites que circulam na Internet.
Parabéns,
Djalma Oliveira
Nota dez. Perfeito e acabado.
Nota dez. Perfeito e acabado. Se melhorar, estraga. Compartilhei no facebook. Expressa exatamente o que penso sem tirar uma vírgula ou ponto,