A Paulista fora da pauta, por Victor Saavedra

A Paulista fora da pauta – Um passeio pela alameda liberada de amarelinhos e coxinhas

por Victor Saavedra

Domingo é o dia em que a classe média alta invade o espaço dominado por seus carros de segunda à sexta e ocupa como consumidor de cultura e produtos artesanais a “principal” (?) artéria de São Paulo.

Ser paulista é tomar um filtrado fervendo, enquanto come um chapeado antes das 7 da manhã, pegar o ônibus lotado e chegar perfumado, ainda que seja de um mix de fragrâncias desconhecidas.

É sair com guarda-chuva no sol e perdê-lo quando pega o ônibus, para logo investir 10 reais na esquina e voltar com a calça molhada até o joelho.

É ocupar com gritos iracundos uma avenida aberta por um petista… mas esquecer quem abriu espaço para a população:

https://vejasp.abril.com.br/cidades/jose-serra-critica-fechamento-avenida-paulista/

Todos escondendo suas carteiras, segurando com força as bolsas, e fingindo que os pobres nunca estarão por lá.

Acreditar que esse espaço urbano é de elite e não reconhecer que há quem respira concreto e asfalto…

É gritar #LulaLivre e sonhar que o som atravessará as paredes de concreto em Curitiba!

Redação

5 Comentários

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  1. Sinceramente, gostava mais de
    Sinceramente, gostava mais de passear pelas ruas do centro quando ele ainda existia e a Paulista era só um calçadão no qual batia um vento gelado que penetrava na nossa alma.
    Gostava de entrar nas lojas de departamentos e nos sebos de livros e discos, foi na musicanto do meu amigo Toninho, onde comprei meu primeiro disco usado, Dead Ringer do meat loaf, vi o anúncio da loja numa banca de jornal quando subi no elevador velho nem precisei perguntar pelo disco, era o primeiro de uma fila……..bons tempos. Da paulista nunca gostei muito.

    1. A mim entristece muito ver o

      A mim entristece muito ver o centro da cidade morrendo, como se não tivesse uma história e não se pudesse mais usar aqueles prédios lindos.

    2. Eu também numca gostei muito

      Eu também numca gostei muito dessa avenida, sempre achei muito coxinha…Elegância por elegância, preferia a São Luís. Décadas atrás qdo um banco quiz escolher o símbolo de SP, para mim deveria ser o Anhangabaú, mas ganhou a avenida coxinha. Sendo do interior, cheguei em SP pelo centro, Estação da Luz, avenida Tiradentes, São João, largo do Arouche e dessa primeira visão fez-se a minha idéia de Cidade Grande!

  2. Nunca vou à Paulista.

    Quando a Globo quer esconder alguma mazela da cidade, mostra a Paulista, a quilo, a granel, no atacado e no varejo.

    Cansei de ver isto, mais ainda na época do Kassab.

    O que penso da Paulista? Bom… alguns cinemas fechados, algumas livrarias fechadas, e também shopping de livros (adoro as multidões destes lojões, o bovino da cultura), gourmet de café para as massas.

    Depois, dizem dos brasileiros que falaram que o nazismo é de esquerda…

    Nestas horas, a “constelação” do Walter Benjamin começa a fazer sentido. 

     

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