Gaza é o lugar mais perigoso do mundo para crianças segundo a Unicef

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Unicef alerta que, sem cessar-fogo, mortes de crianças e jovens por doenças podem ultrapassar as perdas por bombardeios

Foto de Hurrah suhail via Pexels

A Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) alertou que a região de Gaza é o lugar mais perigoso do mundo para as crianças, e as mortes de jovens por doenças devem ultrapassar as causadas por bombardeios se não houver um cessar-fogo.

“As crianças estão enfrentando 10 semanas de inferno”, ressaltou o porta-voz da Unicef, James Elder, que listou ainda pontos que colocam as vidas das crianças e jovens da região em risco, como a falta de água, alimentos, abrigo e saneamento básico.

De acordo com as autoridades de saúde de Gaza, mais de 19,4 mil palestinos foram mortos no enclave desde o início da ação israelense contra os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro – cerca de 70% das vítimas foram mulheres e crianças.

Mais de 52 mil palestinos foram feridos e o acesso aos serviços de saúde são extremamente limitados: segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS, oito dos 36 hospitais na Faixa de Gaza estão atendendo, ainda que de maneira parcial.

O maior hospital restante em Gaza, o Hospital Al Nasser em Khan Younis, no sul, foi bombardeado duas vezes nas últimas 48 horas, segundo Elder. Ele adiciona que além de abrigar muitas crianças, centenas de pessoas estão no local em busca de segurança. Estima-se que cerca de 1,9 milhão estejam deslocados no enclave.

Além disso, Elder explica que a entrega de auxílio é uma “questão de vida ou morte” para as crianças em Gaza, ressaltando que as condições para fornecer essa ajuda “não estão sendo atendidas” – segundo o Escritório de Assuntos Humanitários da ONU, o número de caminhões permitidos em Gaza permanece “muito abaixo da média diária de 500 caminhões” que entravam todos os dias úteis antes de 7 de outubro.

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