Megaoperação policial deixa feridos por bala perdida na Zona Norte do Rio de Janeiro

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Ação da Polícia Civil e Militar, no Complexo da Penha, fechou escolas e postos de saúde. Transporte público também foi afetado

Com a megaoperação da PM em curso, o clima é de guerra na Zona Norte do Rio de Janeiro. | Foto:© Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio Janeiro tomou o Complexo da Penha, uma das maiores favelas na Zona Norte fluminense, nesta terça-feira (3). Pelo menos cinco pessoas foram feridas em meio a megaoperação, que conta com o apoio da Polícia Militar (PM) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público estadual (Gaeco/MPRJ).

Relatos de moradores, obtidos pelo veículo Voz das Comunidades, dão conta que tiros já eram ouvidos por volta das 5h20. Blindados foram avistados circulando pelas comunidades. Em resposta, criminosos atearam fogo a barricadas. 

Entre os feridos, está uma jovem que precisou passar por cirurgia após ser atingida por um tiro. Outras duas pessoas foram baleadas, incluindo um policial civil e outra vítima não identificada. Um idoso e uma mulher grávida foram feridos por estilhaços. Todos foram encaminhados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas.

Em meio ao caos, ao menos 17 escolas públicas suspenderam as aulas, segundo as Secretarias de Educação Municipal e do Estado. Além disso, postos e clínicas de saúde da região ficaram fechados pela manhã. A circulação do transporte público também foi afetada.

A ação policial é parte da Operação Torniquete, que – segundo as forças de segurança – visa o combate ao roubo de cargas, a partir da prisão de traficantes da facção Comando Vermelho. 

Segundo o portal G1, até o momento, um casal foi preso. As corporações, no entanto, não divulgaram até o momento qualquer balanço sobre a operação, que contou com cerca de 200 policiais. 

A ação integrada tem como objetivo cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra traficantes do Comando Vermelho (CV) responsáveis, entre outros crimes, por ordenar roubos de veículos e de cargas para financiar a ‘caixinha’ da organização criminosa, o que viabiliza a compra de armamento, munição e o pagamento de uma ‘mesada’ aos parentes de integrantes presos da facção e de lideranças do grupo”, informou a Polícia Civil, em nota.

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