As macrotendências globais, segundo a FIESP, por Luis Nassif

Outro dado relevante é a população de idosos. A previsão é que, no Brasil, passe de 9,6% para 17,7% da população total, uma alta de 99%.

Um dos trabalhos relevantes da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) é o levantamento das macrotendências mundiais de uma série de setores estratégicos.

O trabalho é dividido em dois grupos centrais:

1. Fatores de longo prazo, na demografia e na economia.

* crescimento e envelhecimento populacional;

* crescimento do PIB e da renda per capita.

2. Fatores impactantes.

* Preocupações com desenvolvimento sustentável;

* evolução tecnológica.

A partir daí, tenta estimar cenários até 2.040 para 9 setores chave: saúde, alimentos, energia, infraestrutura, urbanização, perfil do consumidor, trabalho e qualificação, segurança, entretenimento e turismo.

Crescimento do PIB

Segundo os estudos, m o PIB mundial deve aumentar 70%, chegando a US$ 233 trilhões em 2040.

Os maiores crescimentos deverão se dar no Leste Asiático e Pacífico (79,5%), Sul da Ásia (185%) e África Subsaariana (73,7%).

Mas a maior contribuição para o PIB global será do Leste Asiático e Pacífico (36,7%), Sul da Ásia (23,8%), Europa e Ásia Central (14,2%).

Por essas projeções, a América do Norte responderá por apenas 120,4% do crescimento do PIB global e o Brasil 1,9%.

Crescimento populacional

Outro indicador relevante, pois impactará o consumo de alimentos, demanda por energia, urbanização, infraestrutura e segurança.

As maiores populações estarão no Leste Asiático e Pacífico (26,8%), Sul da Ásia (24%), África Subsaariana (14,7%).

América Latina e Caribe responderão por 8,1% da população global; América do Norte por 4,7%; e Brasil 2,5%.

Mas o maior crescimento do PIB per capita será do Sul da Ásia (141%, saindo de 6.591 dólares para 15.859); Leste Asiático e Pacífico (72%, indo de 18.616 para 32.023).

A América do Norte continuará com o maior PIB per capita do mundo, indo de 64.378 para 82.403, com crescimento de 28%. E o Brasil ficará com um dos menores PIBs per capita, indo de 15.191 para 21.960, 45% de crescimento.

Outro dado relevante é a população de idosos. A previsão é que, no Brasil, passe de 9,6% para 17,7% da população total, uma alta de 99%.  Os maiores percentuais de idosos se concentrarão na Europa e Ásia Central (que sairá de 16,9% para 23,1%), Leste Asiático e Pacífico (de 11,6% para 21,1%) e América do Norte (16,8% para 21,9%).

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Luis Nassif

5 Comentários

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  1. Bom dia nassif e equipe! Entre os itens assinalados em azul , em “África subsaariana”, o nome do continente é citado como se fosse o nome de um país. Seria preciso editar isso, não?

  2. Quais são a fontes deste estudo relevante? Uma bola de cristal talvez fosse mais precisa.
    Além disso,é preciso definir ,por exemplo,o que é sul asiático e leste asiático.
    Não dá para sequer levar em consideração um estudo que não trate a China e os falcões do norte de forma independente e a Índia correndo por fora.
    Os chineses vem imprimindo uma velocidade astronômica a sua economia e focado no bem estar de sua população,ou seja,distribuição de renda.
    Pelo contrário, os falcões do norte, vem provocando cada vez mais concentração de renda e desigualdade.
    Assim,uma bola de cristal menos embaçada poderia dizer que este estudo,se estiver impresso,poderá servir para forra a gaiola dos passarinhos daqueles que ainda insistem em prende-los.

  3. Parabéns Nassif por mais essa iniciativa de colocar luz sobre aos desafios para o futuro da humanidade. O modelo capitalismo existente hoje tende a excluir ainda o ser humano, se apropriando mais e mais dos recursos dos países nacionais. A difusão desse conhecimento é de suma importância para fortalecer o espírito de Estado Nacional que os países. A globalização que em última alternativa resultou na financeirização da economia global não é capaz de responder aos desafios que se apresentarão. Em nosso país temos que dá um basta à interferência estrangeira em nosso desenvolvimento. Reestatizar a Eletrobrás e Petrobrás é crucial fomentar o ressurgimento da indústria nacional. Como somos os donos do recurso energético, ele deve chegar ao consumidor brasileiro barato. Não podemos aceitar pagar 2ª energia elétrica mais cara do mundo e os combustíveis idem.

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