Um governo passivo, a caminho do matadouro, por Luís Nassif

Falta um Lula 2024 que se espelhe no exemplo de Lula 2008-2010 e se apresente para salvar o futuro do país e da democracia.

Salvador Dali

O que ocorreu nos últimos dias, foi um padrão de especulação financeira muito comum nos anos 1990 e 2000.

Trata-se do seguinte jogo:

  1. Os maiores players do mercado combinam um evento gatilho. É aquele em torno do qual formam-se expectativas de alta, alavancadas pelos players com investimentos pesados na ponta compradora do ativo. No caso presente, títulos do Tesouro, ações de empresa, individualmente ou na forma de fundos multimercados.
  2. O passo seguinte é a entrada de investimentos externos no país, ou de grandes bancos internacionais ou de capitalistas brasileiros com dinheiro no exterior. Esses recursos são convertidos em reais, para entrada no jogo. 
  3. Todo o jogo é em reais, mas a linha de análise é o preço dos ativos em dólares. Ou seja, embora todos os contratos sejam negociados em reais, o parâmetro de precificação é o valor dos contratos em dólares.
  4. Aí se espera o momento do evento-gatilho. Em períodos não muito antigos poderia ser a reforma da Previdência, as votações do Supremo Tribunal Federal para facilitar venda de estatais ou redução dos direitos trabalhistas. Forma-se a expectativa até à véspera do evento. Na véspera, os grandes players começam a vender seus ativos – seja qual for o resultado esperado – para realizar o lucro. Aprovando ou não a reforma da Previdência, aprovando ou não a abertura para privatização, não interessa: na véspera, começam a vender seus ativos.
  5. Cria-se, então, o movimento manada de queda. Vendo cair os preços, outros investidores tratam de vender logo suas posições, para não morrer com o mico na mão (lembrando o jogo de baralho do mico-preto). E aí, os preços despencam.  E essa desvalorização dos ativos se reflete na cotação do dólar real, afetando toda a economia, impactando a inflação, encarecendo importações.

Um Banco Central passivo

O grande problema é o fato do Banco Central aceitar passivamente esse jogo. Além de impedir qualquer atuação do BC para amenizar as flutuações de mercado, em várias ocasiões Campos Neto tratou de provocar desequilíbrios com declarações individuais visando influenciar as expectativas de mercado.

O grande problema nessa história é a completa apatia do governo Lula em relação ao mercado, ao sistema Faria Lima – e não se torne por reação declarações agressivas, não acompanhadas de nenhuma ação.

Esse movimento especulativo se faz com apostas em torno de preços de ativos. Como autoridade monetária, o Banco Central tem condições de regular essas operações, definir exigências de depósitos prévios de quem pretende entrar no jogo, definir chamadas de margem (isto é, se os preços sobem ou descem, os vendidos ou comprados, respectivamente, precisam depositar a diferença), atuar como dono da banca, o único jogador que conhece as cartas dos demais jogadores.

Nada disso é feito, e nem há sinais de que será no próximo ano. Essa postura excessivamente cautelosa é uma marca do governo Lula como um todo.

Por razões até compreensíveis – idade, histórico do que passou nos últimos anos, condições desfavoráveis no Congresso, nas Forças Armadas e na mídia -, Lula não aparenta participar do trabalho do dia a dia.

O governo apático

No Lula 2, o enorme sucesso não se deveu apenas à alta das commodities – que não vai se repetir agora -, mas a um Ministério criativo, constantemente provocado por Lula. Foi assim que nasceu o Bolsa Família, os movimentos de apoio ao pequeno negócio, o apoio à inovação, a diplomacia comercial fantástica – impulsionada pela reputação internacional de Lula.

Agora, o que se vê é uma boiada indo em direção ao matadouro de 2026, completamente paralisada.

Tome-se a 5a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Pouco antes, havíamos insistido aqui na urgência de definição de algo semelhante ao Plano de Metas de JK ou ao New Deal, de Roosevelt: um plano de ação interministerial, com participação de agentes econômicos e sociais, definindo diagnósticos, metas e prazos. No encerramento da conferência, Lula fez um discurso conferindo aos cientistas a montagem do plano. No próprio discurso, ele saudou Sérgio Rezende, a quem chamou de maior Ministro de Ciência e Tecnologia da história.

Seria um discurso histórico, uma virada de mesa, se fosse implementado. Quatro meses depois, a Ministra de Ciência e Tecnologia sequer convocou os cientistas para implementar qualquer coisa. Há áreas de excelëncia em planejamento estratégico do governo, o CGEE (Centro de Gestão de Estudos Estratégicos), o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), a Finep (Financiadora de Estudos e Pesquisa), a própria ENAP (Escola Nacional de Administração Pública) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Pergunte se algum desses atores foi convocado pelo MCTI para elaborar qualquer projeto.

Não apenas aí. Tem-se um Ministério medíocre pela falta essencial de um maestro-regente.

O presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) tem em suas mãos um belíssimo desafio: organizar pequenas e micro empresas em arranjos produtivos, promover a integração entre grandes empresas inovadoras e seus fornecedores, incluir o sistema S em sua estratégia). Dia sim, dia não, ele solta excelentes twitters contra o mercado financeiro, pavimentando sua futura carreira política. Mas quais os planos da ABDI? Quais os projetos portadores de futuro?

País carente

Ontem vim lançar meu livro em Curitiba. Em um dos eventos, senhoras contaram o trabalho que passaram a fazer em periferias, de organização de comunidades, esforços individuais de quem quer dar sua contribuição isolada para vencer o marasmo.

Há uma demanda por otimismo nos setores democráticos e progressistas do país, um receio concreto de volta do militarismo, nas eleições de 2026 ou 2030, pelas mãos de Tarcísio de Freitas. Querem uma marca de governo, uma bandeira aglutinadora. Depositam-se todas as esperanças nas mãos de uma pessoa, Lula. Sem Lula o que será da democracia, nem se diga o que será do PT.

O país tem a sorte de ainda contar com um político da dimensão de Lula, hoje em dia a maior referência mundial pela paz, o estadista do momento em um mundo dominado pela insensatez.

Mas e o Lula presidente? A estratégia na qual ele aposta – de dois ou três anos de austericídio para colher os frutos no último ano – não se repetirá. Não haverá boom de commodities, a Faria Lima continuará com seu trabalho de desestabilização, seja qual for o pacote fiscal. O governo vive a passividade da boiada em direção ao matadouro.

A próxima elevação da Selic provocará terremotos de monta no próximo ano, explodirá as empresas que apostaram na manutenção do crescimento econômico e se endividaram em CDI, ampliará a inadimplência dos consumidores. E, especialmente, dará carne fresca para a mídia, que voltou aos tempos pré-impeachment, pouco se lixando para o país, desde que se apresente um presidente inescrupuloso o suficiente para privatizar a Petrobras e os bancos públicos.

Há bandeiras disponíveis, ideias em abundância, há a bandeira do empreendedorismo solidário, em contraposição ao blefe do empreendedorismo individual da direita. 

Falta um Lula 2024 que se espelhe no exemplo de Lula 2008-2010 e se apresente para salvar o futuro do país e da democracia.

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36 Comentários

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  1. Lula voltou ao poder tutelado. Algo aconteceu nos bastidores q o trouxe de volta à cena política, mas jamais saberemos os acordos nos calabouços do STF e da Faria Lima. Lembro me de Jorge Paulo Lehman concedendo uma entrevista em 2021 dizendo sorridente q teríamos um novo presidente em 2023. Tive calafrios pois tinha certeza q seria Lula, mas um Lula refém, aprisionado por um congresso reacionário e pelo rentismo mais forte ainda depois de 4 anos de Paulo Guedes e de um banco central nas mãos do neto de Roberto Campos. Pra minha profunda tristeza percebi q meus calafrios diante da fala de Leman sobre a possível eleição de Lula não foram em vão. Em 2023 Camilo Santana na pasta da educação nomearia gente ligada a Leman e q defendia a meritocracia como pedagogia a ser aplicada nas escolas. Os Kids pretos e a matilha golpista do Haiti são meninos descalços diante dessa bandidagem composta pela grande mídia e rentistas. O Haiti continua sendo aqui e depois do aero Lula derretendo e da queda no banheiro quem tem c…tem medo.

    1. É tem essa hipótese de algum tipo de chantagem. Mas o que fazer então? Estamos a 2 anos esperando o grande momento em que o Campos Neto deixará o BC e que entrará o Galípolo, pupilo do Beluzzo, ambos amicíssimos do grande jornalista. Ocorre que o Galípolo hoje voltou a dizer que a Selic deverá continuar alta por tempo.Tudo que o GGN vem dizendo contra a política de austeridade, não é compartilhada pelos amigos Beluzzo e Galipolo. Ou se eles compartilham, fingem que não compartilham, para manterem respectivamente suas influência e cargo.

      1. Dá medo pensar que tens razão. Mas também é difícil contrariar. Assim prefiro pensar que as últimas do Galípolo sejam peça da entrada no jogo e não assustar o tal “mercado”, mercado que esconde o restrito grupo de maus brasileiros que manobram pesadamente para ganhos financeiros no curtíssimo prazo na “bondade” do BC em não ver os recorrentes abusos. Na raiz de tudo, Lula está longe do presidente eleito em 2002. Lá tinha companheira na visão do país, ousadias e base para um governo mais próximo das bandeiras da esquerda. Hoje Janja abraçou as pautas identitárias da hora, como toda a esquerda, Lula perdeu o pique e o “Congresso” é da pior qualidade. O PT não tem lideranças fortes, bandeira, discurso, perdeu a juventude e seus sonhos. O Lula 3 é sinal eloquente.

  2. Nassif, o BC não “aceita passivamente”, ele PROMOVE a especulação financeira, posto que não se comporta como uma instituição de Estado, mas de “mercado” (financeiro).
    Ou alguém tem dúvida de que a tão sonhada “independência” do BC por eles e sua míRdia, desde o golpe em Dilma e a “tragédia temerboza” desabou do céu azul anil de nossa pátria varonil.

  3. Lula estadista mundial? Repito, Nassif tem que ser estudado.. as imbecilidades que o Nassif escreve em economia são inacreditáveis, agora imbecilidade em política

    1. Do besteirol veio a luz: “Nassif tem que ser estudado” e eu acrescentaria “lido e relido pelo governo Lula”, visivelmente sem pique administrativo. Mesmo os desertos produzem flores…

  4. O Brasil tinha de enaltecer uma figura política como Jones Manoel, conhecedor de economia muito mais certeiro de que quaisquer dos estelionatários da febraban (Sérgio Porto, sob pseudónimo Stanislau Ponte-Preta cunhou o festival de besteiras a partir desse acrónimo ridículo), ou Renato Freitas, esquerdistas de Verdade, de tez ao sofrimento da segregação racial à brasileira, fermento esse que recrudesce esses guerreiros. Diferentes em muito desses economistas de anúncios politiqueiros e eleitoreiros que apenas enganam a população brasileira, sempre resiliente. Essas discussões inócuas sobre swap, cámbio, juros e dólares não tem nehum efeito sobre os trabalhadores que são humilhados por um salário mínimo que a Carta Política determina que deveria garantir moradia, alimentação, vestuário, lazer, educação, etc… ao art. 7°, numa jornada de trabalho de 44 horas semanais à disposição dos empregadores, sem contar o tempo de condução. Isso é um crime contra um Povo tão trabalhador. E esses pseudos intelectuais que acham que dominam economia sem NUNCA terem sofrido com a labuta do dia-a-dia. Um dia a Bastilha cairá. Oxalá!

    1. Jones Manuel é um teórico, e dado o seu forte academicismo é refratário as massas e despreza a ‘praxis’ que a realidade é imposta, somado ao seu comportamento irascível é um Ciro Gomes da Esquerda (troquem o PND pelo O Capital), com ego inflado (ainda mais depois de ganhar uns cafunés de Caetano) e a sua trupe de seguidores tresloucados, tem tudo para ficar em um nicho que tem Enéas seu maior expoente.

      Fala de Revolução, mas sabemos como isso termina – ninguém pega em armas, reclama das Esquerdas, e termina institucionalizado, fincado num partido para ganhar os caraminguás do Fundo Eleitoral – tal como o PCO…

    2. Jones Manuel é um teórico, e dado o seu forte academicismo é refratário as massas e despreza a ‘praxis’ que a realidade é imposta, somado ao seu comportamento irascível é um Ciro Gomes da Esquerda (troquem o PND pelo O Capital), com ego inflado (ainda mais depois de ganhar uns cafunés de Caetano) e a sua trupe de seguidores tresloucados, tem tudo para ficar em um nicho que tem Enéas seu maior expoente.

      Fala de Revolução, mas sabemos como isso termina – ninguém pega em armas, reclama das Esquerdas, e termina institucionalizado, fincado num partido para ganhar os caraminguás do Fundo Eleitoral – tal como o PCO…

  5. A insensatez do mundo, prezado Nassif, vige onde estão as vítimas dessa insensatez, e não em quem a produz, cultiva, e dela extrai seus ganhos e glórias.
    A insensatez bélica do Complexo Industrial-Militar só existe e prospera em razão da existência dessas vítimas. De cabeça: Coréia, Pérsia, Vietnam, América Central, antiga Iugoslávia, Afeganistão, Ucrânia, Oriente Médio em geral…
    Um dos aliados dessa insensatez são os conciliadores. Aqueles que acreditam ser toda fera um príncipe aprisionado a uma maldição.
    Tenho para mim que todo o oba-oba em torno de Lula se deve, única e exclusivamente, ao fato de ele corresponder, desde 2002, a tudo que dele se esperava, nos países da insensatez, em ambos os lados do Atlântico Norte.
    Em outras palavras: Lula fez o que eles esperavam que fizesse.
    Subsidiariamente, ao mesmo tempo em que mantinha os ‘contratos’, Lula (e Dilma) de fato implementou um número de políticas sociais, voltadas aos extratos mais pobres da população.
    Numa proporção de, digamos, 45% (serviço da dívida) a 0,45% (Bolsa Família).
    E, mesmo assim, foi mandado pelos insensatos a uma masmorra.
    De onde se infere a atenção que merecem os insensatos, e a que merecem os que nem sensatos se pode considerar. Afinal, toleraram (eu diria, sequer se aperceberam) a prisão de Lula e o impeachment de opereta de Dilma.
    E, também, que a insensatez tem valor de mercado. A sensatez (ou seja, a Paz), não.
    A insensatez gera bilhões, paga dividendos régios. A sensatez – por exemplo, saúde e educação – são gastos a evitar.
    A insensatez não domina o mundo, hoje. Sempre o fez. De forma despótica e sangrenta, desde Caim e Abel, até a admirável civilização europeia perceber que a prosperidade estava lá fora, onde havia muito mais sangue a derramar, fora de suas fronteiras; a saber, no resto do mundo. O que se matava, lá, não eram seres humanos; eram sub-raças, negros, amarelos, índios. Afinal, não tinham Deus, não eram herdeiros da promessa.
    Dentre estes, nós sobrevivemos, e estamos aqui. Nosso líder, um homem que creio ser sincero, honesto, e bem intencionado, quer nos conciliar com os descendentes desses criminosos sanguinários, que vestem ternos bem cortados e calçam sapatos de couro italianos. Ele até assumiu essa persona, naquele ano de 2002.
    Isso, eu diria, é insensato. Não se pode conciliar com quem tem sua prosperidade fincada sobre sangue, violência, escravização, e massacres. E sobre a exploração – os explorados somos nós. E só assim eles nos toleram – porque beijamos as mãos que nos expropriaram de nossas riquezas, e assim queremos continuar. Nos inserindo nesse modelo que suaviza a exploração, ameniza suas consequências – mas nem tanto.
    Só a ruptura com esse modelo pode nos levar além dessa moldura repressiva e exploradora.
    Como estão fazendo os russos, os indianos, os chineses. Eles tiveram homens que estavam longe de ser conciliadores, no comando de seus destinos. Conciliação é para iguais.

  6. Olha, Nassif, dá nojo.

    O papel de submissão de Haddad e o ultimato sobre a revisão da tabela do IRPF, por Lira e Pacheco, com trombetas da mídia é motivo para Lula renunciar e entregar a rapadura.

    Pano de fundo?

    A taxação dos mais ricos (que é a compensação que zera o custo da medida).

    O emprego em alta, que pressiona s tigrada acostumada a pagar uns trocados ao enorme exército de reserva.

    E o monstro quer mais e mais e mais.

    Eu imploro, Nassif, você que mantém interlocução com esse governo de m*rda, diga a eles para renunciar logo…

    Eles vão destruir o pouco que resta de esperança de setores desse país em partidos “progressistas”.

    Não há dúvidas, Lula e Haddad são os maiores combustíveis do fascismo e os melhores cabo eleitorais do “coiso”.

    Depois de 40 anos votando (e parte na militância),lhe digo, NUNCA MAIS VOTO EM NENHUM CANDIDATO DO PT!!!!!

    1. Lula, apesar dos pesares, é o que temos de melhor e com chances de ganhar eleições. Sempre foi de centro e continua no trilho aprendido. No Lula de hoje vejo diferenças: perdeu o pique e não tem uma companheira comprometida com a esquerda e valente para a luta. Ao que parece Janja se deslumbrou ou não tem apetite para a luta da esquerda e sim o engodo das pautas identitárias. Engodo na medida em que afastam a luta principal em sociedades como a brasileira. Não por acaso o identitarismo é trombeteado diariamente pelos globais.

      1. É esse o problema Milton.

        “O pesar dos pesares”, o “é o que temos”.

        Fazer política desse modo é cortejar o fracasso.

        Vejam, ao menor sinal de crítica ou de tensão para que o governo saia da lama na qual se atolou, pululan os lulofanáticos…

        Não Milton, eu me recuso a interditar um debate em qualquer que seja a instância.

        Não se pode contentar com isso aí, enquanto 20, 30 milhões vivem com menos de 1SM, e dependem de auxilios e benefícios.

        Nenhum voto a mais para essa direita travestida de centro.

        Haddad e Guedes são a mesma porcaria.

        Com uma crucial diferença: sabemos o que esperar de Guedes.

        1. Mais uma vez concordo mas também ressalvo: qual a opção com chance de ganhar eleições ? Eu diria Flávio Dino: atuante, visão e corajoso. Mas sua nomeação ao STF não o tirou da corrida ? Ou foi lá “escondido” ? Uma jogada de mestre de Lula ?

  7. Há Haddad. Não esqueça disso. Lula foi refém de Pallocci no Lula1. Mas a sorte lhe sorriu naquele momento e lhe trouxe Dilma como gerente de governo e Guido como maestro da cena, escondido, ao lado de Marco Aurélio, Gilberto, Dulci. Todos se foram. Haddad foi o estopim da crise de 13, que imprensou Dilma no novembro de 14 pós-eleição (de modo muito semelhante ao clima econômico imposto nesse novembro 24: tem que haver sangue no pacote de corte de gastos!) e liberou Moro, Gilmar, Eduardo Cunha e Temer para o golpe parlamentar, em 15 e 16. Isso é um ponto. O outro é Galípolo, silencioso e obsequioso diante de Roberto Neto.

  8. Precisamos de líderes, de civilidade, de amor à pátria. Da vontade de todos em tornar este um país decente.Com essa quadrilha no congresso e magistrados vendidos só se vê desânimo e corrupção.

  9. Ué, o tal Galípolo não vai mudar a direção do BC? Aguardemos (sentados)!!

    O governo acabou, Nassif. Faltou vontade de criar mais bandeiras populares como o salário mínimo de 5 mil reais, urbanização de todas as favelas, etc. Só se fala em arcabouço e cortes. Quem tem tesão em defender um governo desses?

  10. Você cobra muito do Lula… como se ele tivesse uma varinha mágica, estamos cercados de picareta, congresso, Faria lima e para complicar ainda mais um Banco Central trabalhando contra..

  11. Discordo das intenções dúbias do texto em ferir e curar.
    Quando exigir do Lula que tenha uma postura macroeconômica hoje,de 2008; é não considerar que o banco central hoje é independente do governo e pertence ao mercado, e o banco central é cúmplice dessa manobra de especulação do aumento do dólar.
    Considero esse governo Lula hoje, mais agressivo que nos anteriores, e em situação parlamentar e legislativa totalmente diferente e desfavorável com o teto de gasto, com emendas impositivas e orçamentos secretos.
    E um pós bolsonaro e Temer com a catástrofe da ponte pro futuro, onde o Brasil atravessou de volta por 20 anos.
    O autor, embora reconheça e enalteça o Lula estadista, o coloca cansado e passivo diante de todas as adversidades. Só que não!

  12. Ai caramba o Bolso pôs e deu poderes sobrenaturais ao BC q arrasa a economia suga bilhões para uma meia dúzia ferra os empresários,trabalhadores e o culpado é Lula q não faz nada oxi Lula tá lutando igual na infância para não “morrer de fome”,ele tem q sofrer a falta,bater o pênalti e ainda agarrar,é fácil para vc Nassifão eu escrever qq coisa aqui,pede para o BOLSONARISTA ROXO Campos Arrasados Neto melhorar a coisa então!!!

  13. Lula precisa retomar o poder sobre o dinheiro brasileiro que o descongresso lhe tirou ao dar a “autonomia ” pro BC

    Em plena Blake fraude o dólar subir tanto só pode significar um ataque orquestrado e bem executado contra economia e as instituições brasileiras

  14. Do besteirol veio a luz: “Nassif tem que ser estudado” e eu acrescentaria “lido e relido pelo governo Lula”, visivelmente sem pique administrativo. Mesmo os desertos produzem flores…

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