O próximo governo terá, às mãos, todas as ferramentas necessárias para promover uma revolução nas pequenas e micro empresas.
Desde os anos 90, consolidou-se no país os Arranjos Produtivos Locais (APL), empresas de um mesmo setor, em uma mesma região, produzindo em conjunto. O desafio agora será montar Arranjos Produtivos Digitais – isto é, empresas de um mesmo setor, espalhadas pelo país e unidas pelas redes sociais. E, principalmente, alçar as PMEs aos novos patamares tecnológicos.
O modelo a ser seguido provavelmente será o seguinte:
- O Cedeplar (Centro de Estudos e Planejamento Regional) da Universidade Federal de Minas Gerais, desenvolveu uma metodologia de pesquisa inspirada em Cesar Hidalgo, professor do MIT. Permite trabalhar grandes bases de dados e identificar, em cada cidade ou micro-região, os setores – incipientes ou avançados – portadores de futuro.
- Em cima dessa base, acionam-se dois setores essenciais: a estrutura de pesquisas das fundações de amparo à pesquisa e dos órgãos federais; a estrutura do Sebrae, para orientação gerencial. Paralelamente, haverá o apoio dos centros da indústria das diversas federações.
- A terceira perna será o sistema de bancos públicos. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, com sua abrangência nacional, poderão ser a ponta de lança para identificar empresas a serem apoiadas. E o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) será o provedor de capital de giro.
- Finalmente, a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações) poderá ser a porta de entrada nas exportações de produtos de maior valor agregado.
- De seu lado, a Fazenda e o Banco Central poderão criar instrumentos direcionando parte do crédito privado para PMEs.
O desafio central está no desenho do modelo que permita essa concatenação. O BNDES poderia ser o pivô de um grupo envolvendo Sebrae, federações de indústria e sistema de inovação.
Trazendo de volta o projeto de conteúdo nacional e os pontos centrais do Estatuto da Microempresa – que prevê 25% das compras públicas serem de PMEs, dentro de determinados limites de preço -, poder-se-á ter uma explosão de um setor que é essencial para o desenvolvimento nacional, tanto pelo potencial de inovação quanto de geração de empregos.
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Dentre os itens poderia haver a SIMPLIFICAÇÃO do SIMPLES NACIONAL. Já tentou calcular DIFAL e ICMS-ST entre Estados?
Luís,
Já ha boas iniciativas quanto à digitalização de PMEs (indústrias), listo alguns que são bacanas de serem avaliados
– Minha Indústria avançada (MInA) – no âmbito do programa Brasil Mais Produtivo 2 – SENAI Nacional
– Programa ALI do SEBRAE Nacional
– Jornada Digital do SENAI SP
– Sebrae Connect (MG)
– FIEMG Competitiva do IEL de MG
– Startup Lab do Inova RS
– Desenvolve.ai do Porto Digital
– Inovação aberta (para PMEs): FIEMGLab, Linklab ACATE, OIL do Porto Digital