Xadrez da conspiração militar e o destino dos Kids Pretos, por Luís Nassif

Kids Pretos se tornaram uma organização dentro do Exército, com atuação sem controle, sendo o principal foco do desgaste das FFAA

Peça 1 – o golpe militar

O primeiro ponto de análise é enquadrar a tentativa de golpe no seu arcabouço correto: desde o início, foi uma operação militar.

Foram os militares que permitiram e deram apoio logístico às manifestações em torno dos quartéis, articularam os motoristas de caminhão. A invasão da Esplanada dos Ministérios foi organizada pelos Kids Pretos. Na semana seguinte ao 8 de janeiro, houve quatro tentativas de derrubar torres de alta tensão no país. As investigações da Polícia Federal colocam os militares no centro das articulações, liderados pelo general Walter Braga Neto.

Por outro lado, em pelo menos dois momentos cruciais, o legalismo do Alto Comando prevaleceu.

Em 29 de março de 2021, o general Fernando Azevedo e Silva saiu do Ministério da Defesa, alegando ter trabalhado para “preservar as Forças Armadas como instituições de Estado”. Foi substituído por Braga Netto, que já ocupava outras cargos no governo.

No mesmo período foi demitido o General Edson Pujol, Comandante do Exército, substituído pelo general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; o Almirante Ilques Barbosa Júnior, Comandante da Marinha substituído pelo almirante Almir Garnier Santos, indiciado como conspirador; e o Tenente-Brigadeiro do Ar Antônio Carlos Moretti Bermudez, Comandante da Aeronáutica, substituído pelo tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior.

No dia 7 de setembro de 2021, em comício na Avenida Paulista, Bolsonaro deu início formal ao golpe.

E repetiu em Brasília.

Há inúmeros motivos para explicar porque o golpe falhou. O principal deles foi o fato do comandante do Exército, General Marco Antonio Freire Gomes, ter assumido uma postura legalista e ameaçado prender Bolsonaro, se insistisse no golpe.

O que se depreende dessa história? Há oficiais legalistas nas FA, que acordaram nos momentos decisivos. Mas a organização maior é dos conspiradores. Tanto que a conspiração evoluiu até o momento da decisão final. Só não consumou a travessia do Rubicão devido a cinco generais legalistas do Alto Comando.

Não se imagine que o fator militar será resolvido meramente com o julgamento e a punição dos conspiradores. Daqui para diante, as armas de mobilização dos golpistas são as seguintes:

  1. Explorar ressentimentos com as críticas contundentes dirigidas às FA.
  2. Os milhares de empregos abertos aos militares da reserva. as sinecuras oferecidas aos Kid Pretos, e os negócios abertos aos empresários militares, especialmente na área de construção civil.
  3. A manutenção das redes em aplicativos de mensagens.

É conhecido que o radicalismo está presente fundamentalmente no coronelato – ou seja, nos futuros generais. Por isso mesmo, o desmonte dos ímpetos conspiracionistas passa pelas seguintes etapas:

  1. Punição exemplar dos conspiradores, mas evitando a generalização e os ataques às FFAAs.
  2. Processo competente de definição das promoções, para extirpar o golpismo das forças.

Peça 2 – A revanche militar

A operação, na verdade, livrou as Forças Armadas de um grande fardo: carregar o peso da herança de Bolsonaro e dos golpistas de Braga Neto. Assim como na política, em que morre Bolsonaro, mas não o bolsonarismo, morre o golpismo de Braga Neto, mas não do bolsonarismo militar. Pelo contrário, abre espaço para o mais legítimo representante do bolsonarismo-militar: Tarcisio de Freitas.

No DNIT e no Ministério dos Transportes, possibilitou grande negócios de empresas controladas por ex-militares. Em São Paulo, politizou a Polícia Militar, entregando o comando a um coronel sanguinário, muito mais suscetível de colocar a força a serviço de golpes do que o profissionalismo do alto comando.

Conseguiu o apoio da mídia e do mercado ao montar a mais suspeita operação de privatização da história recente, a venda da Sabesp. E surfa nas ondas do eleitorado de direita, amplamente majoritário nas últimas eleições municipais.

Peça 3 – os Kids Pretos

No momento, o Estado Maior do Exército enfrenta o problema mais agudo desde a redemocratização: o que fazer com os Kids Pretos. Embora nem todos sejam conspiradores, eles se tornaram uma organização dentro do Exército, com atuação sem controle, e sendo o principal foco do desgaste das Forças Armadas junto à opinião pública.

Algo terá que ser feito – este é o problema que aflige o Alto Comando. Não há pressão nem do governo, nem do Congresso, mas um enorme desgaste junto à opinião pública.

O ato mais radical seria a extinção dos Kids Pretos. É considerado complicado, mas não está totalmente fora de cogitação. Há outras alternativas em estudo, formas de cortar pela raiz a autonomia e a militância política dos Kids Pretos.

O que se tem claro é que haverá punição para os cabeças da conspiração e definição de formas de enquadrar os Kids Pretos – sabendo-se, de antemão, se constituir de um grupo com propensões terroristas.

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26 Comentários

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  1. Eventos dessa natureza merecem afastamento histórico para análises mais detalhadas.

    Alguns pontos que discordo.

    Não, movimentos dessa natureza não são exclusivamente militares.

    São sempre cívico militares.

    As articulações por rupturas institucionais estão aí desde 2016.

    Não cessaram.

    Lideranças da direita, aliviadas pelo povo do norte, os EUA, flertaram, junto com a mídia, com a possibilidade de entrega do governo a grupos extremados, e o fizeram em 2018, e assistiram impassíveis o regime de exceção eleito, de onde destacamos 700 mil mortes na pandemia.

    Outro ponto é o chamado apreço legalista de alguns comandantes.

    Não, se fossem prenderiam os golpistas ou divulgariam os planos para o congresso.

    Aí sim, seriam legalistas, mesmo com prejuízo de suas carreiras e até de suas liberdades.

    Lavaram as mãos e esperaram o resultado, como alguém já comentou aqui.

    Terceiro ponto.

    Nenhuma FFAA pode prescindir de comandos especiais.

    Não essa palhaçada, que pelo nome já o desmerece.

    A falta de controle das FFAA é um problema da autoridade civil, da ausência de um comandante em chefe.

    Gostemos ou não, a verdade é que as FFAA nunca respeitarem Lula ou Dilma.

    Simplesmente porque eles nunca se fizeram respeitar.

    Um e outro, cada qual por seus motivos, temiam e temem as FFAA.

    O medo não incute obediência e autoridade.

    1. O poder não exercido é ocupado por outro. Não há vácuo de poder. Nas democracias o poder é do povo, nas FFAA é do comandante. Recentemente o presidente do Uruguai puniu o comandante do exército com prisão por emitir opinião sobre projeto de lei, no google. Aqui eles se insubordinam, se organizam para a derrubada do poder civil, inclusive com assassinatos e “segue o baile”.

      1. É isso, todos os problemas das FFAA foram desde a concepção de estado nacional brasileira, e de certa forma, são problemas comuns a boa parte dos países pobres, que por óbvio, não disputam espaço geopolítico entre os grandes, e aí, ou suas forças agem contra seus povos, ou, no máximo, como jagunços dos países ricos em conflitos regionais.

        No entanto, na América Latina houve um enquadramento dessas forças armadas, com o correto processo legal e sentenças sobre militares que participaram dos crimes das respectivas ditaduras.

        Aqui, nada. E não há nada, como você disse.

        Hoje, eles fazem o que bem entendem porque a sociedade brasileira e suas instituições disseram que estava tudo bem, tudo perdoado.

        Esta aí o resultado dessa covardia cívica.

        1. O que escreveu Paul Lafargue a esse respeito:

          “Já não se podem ter ilusões sobre o caráter dos exércitos modernos. São mantidos em permanência apenas para reprimir “o inimigo interno”; e assim que os fortes de Paris e de Lyon não foram construídos para defender a cidade contra o estrangeiro, mas para o esmagar no caso de revolta. E se fosse preciso um exemplo sem réplica, citemos o exército da Bélgica, desse país de Cocagne do capitalismo; a sua neutralidade é garantida pelas potências européias e, no entanto, o seu exército é um dos mais fortes em proporção da população. Os gloriosos campos de batalha do bravo exército belga são as planícies do Borinage e de Charleroi, é no sangue dos mineiros e dos operários desarmados que os oficiais belgas ensangüentam as suas espadas e ganham os seus galões. As nações européias não têm exércitos nacionais, mas sim exércitos mercenários, que protegem os capitalistas contra o furor popular que os queria condenar a dez horas de mina ou de fábrica de fiação”. – Paul Lafargue, Direito à Preguiça

  2. Aqui mesmo no GGN disse certa feita que os Bolsonaro tinham interpretado Maquiavel de maneira errada. Num país capitalista o Príncipe não é o governante e sim o capital que se perpetua no poder sem admitir que seus privilégios governamentais sejam desafiados por qualquer líder político. Quase 70% do PIB assinou a Carta pela Democracia e isso selou o destino do golpe. Um punhado de militares aloprados liderados por um capitão boquirroto secundados por empresários irrelevantes não tinham realmente a menor chance de conquistar o poder absoluto. A democracia não sobrepujou o golpe, quem fez isso foram os interesses econômicos e os lucros como de costume que os golpistas ameaçaram. Os kids pretos viraram kids presos porque eram kids burros. Eles saíram das academias militares com muita fome de poder e com as cabeças vazias.

  3. Com bandido não se brinca; porque bandido sabe o que quer, e ele vai buscar, doa em que doer. Esse aspecto é o que diferencia homens íntegros e comedidos, mas decididos, de reles operadores da desordem.
    A hora não está para brincar. Um passo em falso e tudo que se construiu, nestas quase quatro décadas de democracia plena irá para o esgoto. ELES NÃO ESTÃO BRINCANDO!

  4. O que houve ali foi, na base, insubordinação. A indisciplina é rígida nas FFAA pois sem ela vira anarquia. Foi o que ocorreu. Duvido que a “atuação” não tenha sido do conhecimento de todos.
    Pois que se defina um nível administrativo e mande todos para a reserva, sem qualquer benefício.
    Assim pune-se quem faltou e fica preservada a Instituição e a ideia de um grupamento de atuação rápida e decisiva.
    E isto cabe ao Presidente da República como Comandante em Chefe da Arma. O medo de atuar só serve para reduzir o respeito da tropa ao Chefe.

    1. Para sugar dinheiro público sem qualquer contrapartida à nação, exceto a contrapartida golpista.

      “A população armada é melhor
      Exército de Massas 15/03/2006 16:02

      É melhor ter cerca de 30 milhões de cidadãos com boa saúde física e mental, de ambos os sexos, com um fuzil guardado em casa do que Forças Armadas regulares.

      Se tentassem invadir o Brasil, cada quarteirão seria uma trincheira.

      Seria bom também que cada bairro das grandes cidades e cada cidade média do interior tivesse uma bateria anti-áerea e todos os cidadãos adultos fossem treinados para saberem utilizá-la para derrubar aviões e helicópteros inimigos.”

      http://www.brasil.indymedia.org/pt/green/2006/03/347918.shtml

      Luiza1
      – 2017-02-27 01:36:25

      Armadas em país colonizado é para manter a dominação.

      É bem isso mesmo… País que aceita ser vassalo e colônia de exploração não necessita de força armada com vistas na proteção de ameaças externas porque a sua função e foco central resume-se tão somente em conter o inimigo interno – a parte da população que não aceita a sua dominação/escravidão por imposição. A dominação é externa mas são as armadas nacionais do país-alvo que cumprem o papel de manter o povo bem quietinho, manso e resignado. É um filme de terror mesmo..

  5. Nassif, o ocorrido com o Carrefour no Brasil não prenuncia uma disputa por imposições de barreiras alfandegárias entre Brasil e União Européia? Se sim, gostaria de um artigo seu sobre sua visão desse fato.

  6. Nassif, trabalhei com vc na Band e fiz uns pilotos com vc na TV Gazeta e lhe afirmo sem risco de erro:a morte de JK foi um acidente provocado pelo motorista da Cometa. A Comissão da Verdade por duas vezes atestou esta ocorrência.Conheço o caso como a palma da mão. Se quiseres me ouvir, para que te passe minhas certezas, será um prazer.

  7. O governo Lula deu as condições para que os militares golpistas colocassem as unhas de fora. Foi o protagonismo dado aos militares, nas GLO dos jogos olímpicos, da copa, da intervenção no Rio de Janeiro, na missão de paz da ONU, no treinamento de atletas inicialmente para os jogos militares e olimpíadas.
    Cada evento serviu de propaganda para angariar a simpatia da população. Aos militares foi dada a onipresença no Estado brasileiro, limpeza de praia, combate à dengue, tudo, absolutamente em tudo se incluíam os militares.
    Verificou-se, então, que os civis não tinham autonomia ou competência para gerir o Estado, para solucionar as demandas da sociedade.
    Aliado a isso, houve movimentos intramuros que tão sutis não foram notados por que estava do lado de fora. O serviço Militar Voluntário, antes voltado exclusivamente para cabide de indicados, parentes mesmo de cabeças, passou a servir a uma ampla captação de corações e mentes daqueles detentores de diplomas de nível superior e médio, e esses ao terminarem o serviço voluntário tiveram laços mantidos com as forças por uma introdução conceitual da expressão VETERANO. Copiado que foi dos USA, que utiliza o termo para designar militares que combateram em guerras, por aqui deu-se a amplitude necessária para manter um espírito de pertencimento ao militarismo. Da mesma maneira, o VETERANO serviu de cesto para guardar reservistas de primeira, segunda, terceira quarta, quinta categoria que fosse. Até mesmo aqueles que foram excluídos das Forças à bem da disciplina acham-se, hoje, contemplados pela “veteranice”.
    Aceitou-se que a continência, antes executada exclusivamente por militar que estivesse fardado, passasse a ser executada em trajes civis. Assim foi feito nos jogos por atletas que demonstravam maior gratidão à Força na qual treinou do que a Nação que o amparou e pagou sua bolsa em forma de soldo.
    Afronta-se os Estatuto dos Militares por ocasião da eleições quando os candidatos usam o posto e graduação como se seu nome começasse por general, coronel, subtenente, ou o que seja.
    Sim, a sociedade civil aceitou o jogo dos delinquentes, um jogo em que definiram as regras, mesmo que contrariassem as leis. Essa estrutura toda continua funcionando, e bem. Quem sabe para novas oportunidades…

    1. Prefeito.

      Houve uma banalização do aspecto militarista e de sua cultura na vida civil.

      Lula usou e abusou desses símbolos.

      Se lascou.

      Se lidar com militares, e a sua crença de que estão em outro nível porque detêm armas já é complicado, imagina colocando-nos em todos os lugares da vida civil.

      O uso deles no DNIT não foi invenção do Bozo.

      Ele só ampliou o que Lula já fazia.

      Lembram da transposição do Rio São Francisco?

      Pois é.

  8. Será que Kids pode ser traduzido como moleque?
    Seria a molecagem dentro dos milicos milicianos.
    De qualquer forma,o que não pode ocorrer é a sua extinção.
    Se ocorrer,com a dispersão dentro daquilo que deveria ser o exército, contaminará e especializará os milicos milicianos.
    Se ocorrer fora daquilo que deveria ser o exército, a milicia hoje existente transformará se em um grupo paramilitar terrorista.
    Talvez a única solução diante de tamanha contaminação seja manter as rédeas curtas,bem curtas.

  9. Posso dizer q essa foi por pouco,foi na trave,se Bolso tivesse só mais um ano já era,e se o excelentissimo 78 não tivesse segurado a onda os psicopatas q JURAM Q LULA,DILMA,PT eram o mal da nação enquanto os ditos nacionalistas entregando a nação aos euaaa traíra fiquei estupefato com pms insuflados querendo agir ou apoiar Bolso na distribuição de armas sendo q mais armas é pior para eles,mais risco de morrer principalmente por vandidos q são os q se interessam por armas e não os cidadãos de bem isso awui seria uma loucura,quase teria uma revolução com Tio Sam fumando charuto,sistena financeiro fazendo ainda mais seus esquemas e dando risadas!!!

  10. Prezado Luís Nassif

    Ao que me parece, esse trecho deveria ser corrigido: “(…)e o Tenente-Brigadeiro do Ar Antônio Carlos Moretti Bermudez, Comandante da Aeronáutica, substituído pelo tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior – indiciado pela PF como um dos conspiradores.”. O conspirador, de fato, não seria o Almirante Almir Garnier, da Marinha?

  11. Imagino existir uma variedades de conspirações camufladas e travestidas por roupagem simplistas. A democracia brasileira deve se cercar de todas as barreiras possíveis de segurança. A atenção e suspeição tem que ser quadruplicada, principalmente após a tentativa terrorista, subversiva e macabra empreendida por altos escalões da política e das Forças Armadas nacionais. Certamente os golpistas retornarão com mais ódio, desespero e desequilíbrio mental e emocional. Possivelmente, da parte de apoiadores e/ou simpatizantes estrangeiros, não faltará munição, capital e lenha para aumentar a fogueira do inferno golpista. Apenas como exemplo, eu cito a recente e inexplicável justificativa francesa do Carrefour, sobre o boicote a carne brasileira. A justificativa parece tão absurda que beira um desrespeitoso deboche a inteligência brasileira. Acontecimentos surpresa feito esse deve merecer uma atenciosa avaliação dos setores competentes do governo, para saber se o fato está ou não isento de ser taxado como um possível apoio conspiratório ao governo e ao Brasil. Afinal, a história mostra que os franceses tem um passado bastante comprometedor.. em relação a invasões e derrubada de regimes democráticos.
    Usando um pouco da elegância, eu penso que a realidade histórica nos mostra que ainda pode existir influenciadores e estrategistas estrangeiros bem intesionados. Porém, no sangue deles é bem capaz de correr das colonizações e barbáries provocadas, o que os fazemprontos para lançarem seus palitos acesos na fogueira golpista do terror e da subversão, com intuito único de desestruturar, mais uma vez, o desenvolvimento construtivo nacional que já inicia a sua prática. É certo que existe boa gente no governo e que de tenta destruir os preconceitos, as armadilhas, as más vontades e os boicotes traiçoeiros que podem estar sendo usados contra as atuais e promissoras ações de sucesso desenvolvidas por essas autoridades competentes do atual governo.
    Porém, também avalio que Lula e o PT se fazem de indiferentes, ao assistirem sem reação a retirada dos direitos constitucionais de trabalhadores e de trabalhadoras, que está sendo implementado por INSS e STF.
    Estamos nós, os aposentados e aposentadas, sendo confiscados, enhganados e punidos em um considerável montante de valores descontados antecipadamente de nossa folha de pagamento, para compor uma fórmula de cálculo que indicaria o valor do nosso benefício da aposentadoria. Porém, se apropriaram dos valores por anos e anos e não os usaram nos cálculos a que estavam destinados por lei, norma e direito adquirido. Uma apropriação covardemente indevida e ilegal, que parece tentar suprir a sonegação de grandes empresas com o INSS. Resumo da ópera, não nos devolvem a apropriação indébita e ainda sustentam a boa vida de milhares de CNPJ de sonegadores frequentes do INSS. As dividas astronômicas dessas empresas com a União, além de de ser uma “VERGONHA NACIONAL” nacional, mostra claramentesão a indiferença, a fraqueza e a falta de pulso do governo, para com esses sonegadores cupins do erário público. Se apenas a relação dos 500 maiores devedores da previdência (disponível na internet), já é um tapa na cara da sociedade trabalhadora e honesta, eu imagino o que o total geral da lista poderá nos revelar.
    Do povão, dos aposentados e das aposentadas, o chicote traidor do abuso de poder retira a ferro e fogo os seus legítimos direitos. São direitos conquistados à custa de deveres que foram cumpridos mês a mês, ano a ano e de forma antecipada, através do desconto dos valores da contribuição em folha de pagamento. Deveres esses que permitiu ao INSS arrecadar fortunas em contribuições sociais e impostos, mas que foram apropriados indevidamente sem cumprir as finalidades normativas, contratuais e constitucionais, que nos garante o direito de decidir pela melhor opção de aposentadoria. E tem o pior, ainda se negam a devolver nossas contribuições não usadas conforme previsto nas regras, normas e leis constitucionais.
    Contra o povão trabalhador, eles distorcem, inventam e falam grosso em linguagem jurídica, para depois tomar de assalto e na mão grande a fabulosa fortuna tirada do salário do trabalhador.
    Lula lutou sem parar na justiça que acreditava, até provar sua Inocência.
    Agora, sem emitir qualquer pronunciamento sobre essa injusta e covarde apropriação ilegal, vira as costas para a abominável injustiça sofrida pelos aposentados e aposentadas.
    O único legado dessa barbaridade jurídica/previdenciária é a proclamação flagrante da insegurança jurídica patrocinada pelo executivo e judiciário.
    Enquanto isso, sendo interferido em berço esplêndido, descansa não menos indiferente, o Poder Legislativo.
    Sem o apoio do povo traído e com as veias abertas do Brasil, as conspirações só esperam estancar o sangramento para reativar o processo de contaminação e abrir a temporada para novos estragos, para atrasar o nosso tempo e estagnar qualquer processo de desenvolvimento e cura.

  12. Pergunta: Por que o Brasil mantém FFAA, que são um centro de alta gravidade sugando grande parte do orçamento? As FFAA tem sistema de aposentadoria próprio, hospital próprio, justiça própria, escolas próprias, salários e avanços na carreira inimagináveis para o trabalhador comum e tudo isto a custa do contribuinte que eles encaram como INIMIGO. É cristalino o desprezo que as FFAA nutrem pela soberania popular e a obstinação que eles tem por prerrogativas de poder que não lhe cabem. O Brasil precisa dizer o que justifica a manutenção financeira das FFAA.

  13. Lula eleito!!!Destaque da midia.:Crimes de Bolso,Um ano de governo Lula !!!Destaque da mídia. :Crimes de Bolso,G20 chingling lunar!!!Destaque da mídia!!!Crimes de Bolso(sempre simultâneo,não dava para esperar um pouquinho só?Q coincidência)sem mais obg ggn !!!

  14. Se os altos comandos que se sucedem não vão corrigindo os desvios que existem nas instituições, significa que dessa vez não aderiram, mas duma próxima, quem sabe…, nem sei como esse país não desmorona, é difícil!

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