Nilmário Miranda articula retorno à presidência
O deputado federal mineiro Nilmário Miranda (PT) está trabalhando nos bastidores da Câmara dos Deputados junto ao seu partido e a outras 11 legendas, como PMDB e PSDB, para que os petistas retomem a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Casa. O objetivo é evitar que os “evangélicos extremistas” assumam o posto, após um ano de atuação polêmica de Marco Feliciano (PSC-SP).
Na última semana, quando Feliciano deixou a posição, Miranda começou a peregrinar pelos gabinetes para fazer frente às pretensões dos evangélicos, que sonham em ocupar novamente a presidência da comissão. Em ano eleitoral, o posto pode ser estratégico para os parlamentares ligados à igreja defenderem seus pontos de vista e conquistarem votos nas urnas. Um dos nomes cotados para substituir Feliciano dentro da bancada religiosa é o do deputado Marcos Rogério (PDT-RO).
Nilmário diz que, agora, não está preocupado em colocar o seu nome para a vaga, mas quer garantir que ela não seja ocupada pelos “fundamentalistas”. Ele tem até o dia 3 de fevereiro, quando o PT deve decidir quais comissões pretende disputar.
“Este ano foi uma derrota para os brasileiros. A comissão que existe para receber demandas de toda a sociedade foi ocupada com temas que não são pertinentes. A frustração nossa e da população é enorme. Se os partidos não se unirem, corremos o risco de outro fundamentalista ocupar o posto”, afirmou o petista.
Segundo ele, os colegas se mostraram empenhados em retomar o comando da comissão. No discurso de convencimento, Nilmário tem lembrado que as polêmicas envolvendo Feliciano foram alvos das manifestações de junho e julho. “Os episódios e as causas defendidas por ele (Feliciano) desgastaram a Casa como um todo nos protestos”, avalia.
O PSC assumiu o controle da comissão depois de o PT, que a presidia, abrir mão do direito de continuar no comando. Os petistas preferiram ficar com outras três comissões, incluindo a de Constituição e Justiça.
Os temas
Cura gay: projeto defendido por Feliciano autorizava psicólogos a oferecer tratamento a gays. Com repercussão, texto saiu da pauta.
Homofobia: Feliciano mandou prender garota que beijou outra mulher.
Doações: pedidos polêmicos de doações durante seus cultos.
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Direcionamento da Pauta da Comissão de DDHH
É no mínimo estranho o Deputado Nilmário Miranda falar de direcionamento de pauta. Em especial por que há mais de 3 anos, antes do Deputado Feliciano assumir a presidência da Comissão, um grupo de trabalhadores contaminados com Chumbo, existente no Nordeste do país (uma minoria, claro), tentava uma adiência na citada comissão, o que nunca foi conseguido.
Pelo contrário, anntes de e 2013 as pautas eram direcionadas para assuntos envolvendo homoafetividade e ddisccriminações raciais, como se estas fossem as ÚNICAS pautas a serem apreciadas. Oras, por que a eclusão das outras, como a da comunidade das pessoas contaminhadas com Chumbo ?
Será que os responsáveis são ou eram pessoas que doam verbas para o PT ?????
Se ocorrer a mudança, que ela não seja para impedir que outras minorias acessem a Comissão e o Congresso.
Gunter, acho ótimo, e talvez
Gunter, acho ótimo, e talvez tenha sido fruto dos desgastes provocados pelo fato do PT ter dado a brecha para o Feliciano esculhambar com a comissão.
Só não comento com mais entusiasmo porque pode ser que as lideranças desautorizem o deputado, e aí voce vai dizer que a gente está querendo se enganar.
PS: Está vendo? Fui mais cético que voce. Eu realmente, apesar de apoiar o governo, sou muito crítico à política de alianças. Acho um equívoco, e não é de hoje que falo, essa história de querer fazer “o maior bloco de sustenção de governo de todos os tempos”
Mas eu sou cético também
Pus a notícia porque pode ser um primeiro sinal de que o PT acusou o golpe de opinião pública.
Seria bom para todo mundo que o PT voltasse a presidir essa CDHM. Seria bom para as minorias, seria bom para o país, seria bom para o próprio PT.
Porém há que se acompanhar mesmo, pois o ceticismo é geral. Se a CDHM continuar de partidos aliados retrógrados, ninguém vai estranhar.
Essa política de alianças foi o ponto de inflexão do PT, na minha opinião. Como ceder ao DEM foi para o PSDB nos anos 1990.
Eu acho que foi um equívoco total, não há mais como recuperar a imagem, abiru-se espaço para partidos como PSoL, PV, Rede, PPS recuperarem popularidade junto à classe média. E cede espaços nos segmentos de mais baixa renda para se perder deputados para partidos de direita.