Como Cunha pressionou deputados para derrotar o Planalto na reforma política

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Depois de fracassos, Cunha conseguiu criar comissão para analisar PEC que reduz ministérios, decretar o fim da reeleição e manter financiamento privado para partidos
 
 
Jornal GGN – A vitória no financiamento privado de campanha estava sendo articulada por Eduardo Cunha, presidente da Câmara (PMDB-RJ), desde que perdeu a votação do chamado “distritão”, na terça (26). Mantendo a postura de “dar o troco”, Cunha queria demonstrar força do Congresso, conseguindo a derrota do base do governo ao criar a comissão que analisará a PEC que reduz os ministérios, decretar o fim da reeleição para presidente, governador e prefeitos e manter na reforma política o financiamento privado para partidos.
 
Na terça, o deputado articulou com aliados o “troco”, marcando uma reunião na manhã de quarta para tratar do tema. Fez o trabalho manual, ligou para os líderes dos partidos aliados e outros deputados, que votaram contra as propostas da reforma política na terça.
 
A derrota na votação sobre o financiamento privado de campanha foi vista como uma “interferência” do Planalto nas votações, em que ministros do governo teriam operado para derrubar o presidente da Casa no plenário. Cunha então passou a tarde toda em intenso processo para virar os votos de deputados.
 
A votação aberta permitiu que líderes partidários e a cúpula da Câmara pressionassem os que votaram contra a indicação do partido. Na base da pressão, o PMDB de Cunha conseguiu reduzir as traições de 14 para 4: o ex-relator da reforma política Marcelo Castro (PI), José Fogaça (RS), Simone Morgado (PA) e Elcione Barbalho (PA) mantiveram os votos contrários ao financiamento.
 
Para siglas nanicas, houveram relatos de que Cunha ameaçava votar projeto que sufoca a existência dessas siglas. Com isso, muitos deputados de partidos pequenos mudaram de posição, em favor do financiamento privado. Para partidos médios, houve a promessa de que não será aprovado o fim das coligações para a eleição de deputados e vereadores, o que prejudicaria essas legendas.
 
O trabalho “corpo a corpo” garantiu a vitória de Cunha nesse ponto da reforma política, mantendo o financiamento privado não para os candidatos, mas para os partidos. O PRB, por exemplo, que tinha somado 18 votos contra na terça-feira, colocou toda a sua bancada de 20 deputados a favor, na quarta-feira.
 
Além do financiamento, o presidente da Casa conseguiu criar a comissão que analisará a PEC que reduz os ministérios da esfera pública e impor o fim da reeleição no Executivo, por um consenso exorbitante na Câmara: 452 deputados votaram pelo fim e apenas 19 contra.
 
Mais uma vez, Cunha mantem sua imagem de “autoritário” entre os deputados da Casa, após responsabilizar o vice Michel Temer pela derrota no distritão, e guiar as votações da reforma política a seu gosto. 
 
Todas as propostas de emenda à Constituição aprovadas pelo Plenário da Câmara devem, ainda, passar pelo segundo turno na Casa, antes de seguir para o Senado, onde precisa do apoio mínimo de 60% dos parlamentares, e também votações em segundo turno.
 
As doações de campanha para partidos obtiveram 330 votos a favor, 22 a mais do que o mínimo necessário, e 141 votos contra. Veja como votou cada um dos deputados:
 

DEM

Parlamentar UF Voto
Alberto Fraga DF Sim
Alexandre Leite SP Sim
Carlos Melles MG Sim
Claudio Cajado BA Sim
Efraim Filho PB Sim
Eli Côrrea Filho SP Sim
Elmar Nascimento BA Sim
Felipe Maia RN Sim
Hélio Leite PA Sim
Jorge Tadeu Mudalen SP Sim
José Carlos Aleluia BA Sim
Mandetta MS Sim
Marcelo Aguiar SP Sim
Mendonça Filho PE Sim
Misael Varella MG Sim
Moroni Torgan CE Sim
Pauderney Avelino AM Sim
Paulo Azi BA Sim
Professora Dorinha Seabra Rezende TO Sim
Rodrigo Maia RJ Sim

Total DEM: 20

PC do B

Parlamentar UF Voto
Alice Portugal BA Não
Aliel Machado PR Não
Carlos Eduardo Cadoca PE Não
Chico Lopes CE Não
Daniel Almeida BA Não
Davidson Magalhães BA Não
Jandira Feghali RJ Não
Jô Moraes MG Não
João Derly RS Não
Luciana Santos PE Não
Orlando Silva SP Não
Rubens Pereira Júnior MA Não
Wadson Ribeiro MG Não

Total PC do B: 13

PDT

Parlamentar UF Voto
Abel Mesquita Jr. RR Sim
Afonso Motta RS Não
André Figueiredo CE Não
Dagoberto MS Não
Damião Feliciano PB Não
Félix Mendonça Júnior BA Não
Flávia Morais GO Não
Major Olimpio SP Não
Marcelo Matos RJ Não
Marcos Rogério RO Não
Pompeo de Mattos RS Não
Roberto Góes AP Sim
Sergio Vidigal ES Não
Subtenente Gonzaga MG Não
Weverton Rocha MA Não
Wolney Queiroz PE Não

Total PDT: 16

PEN

Parlamentar UF Voto
André Fufuca MA Sim
Junior Marreca MA Sim

Total PEN: 2

PHS

Parlamentar UF Voto
Adail Carneiro CE Sim
Carlos Andrade RR Sim
Diego Garcia PR Sim
Kaio Maniçoba PE Sim
Marcelo Aro MG Sim

Total PHS: 5

PMDB

Parlamentar UF Voto
Alberto Filho MA Sim
Alceu Moreira RS Sim
Aníbal Gomes CE Sim
Baleia Rossi SP Sim
Cabuçu Borges AP Sim
Carlos Bezerra MT Sim
Carlos Henrique Gaguim TO Sim
Carlos Marun MS Sim
Celso Jacob RJ Sim
Celso Maldaner SC Sim
Celso Pansera RJ Sim
Daniel Vilela GO Sim
Danilo Forte CE Sim
Darcísio Perondi RS Sim
Dulce Miranda TO Sim
Edinho Bez SC Sim
Edio Lopes RR Sim
Eduardo Cunha RJ Não pode votar
Elcione Barbalho PA Não
Fabio Reis SE Sim
Fernando Jordão RJ Sim
Flaviano Melo AC Sim
Geraldo Resende MS Sim
Hermes Parcianello PR Sim
Hildo Rocha MA Sim
Hugo Motta PB Sim
Jarbas Vasconcelos PE Sim
João Arruda PR Sim
João Marcelo Souza MA Sim
José Fogaça RS Não
Josi Nunes TO Sim
Laudivio Carvalho MG Sim
Lelo Coimbra ES Sim
Leonardo Picciani RJ Sim
Leonardo Quintão MG Sim
Lindomar Garçon RO Sim
Lucio Mosquini RO Sim
Lucio Vieira Lima BA Sim
Manoel Junior PB Sim
Marcelo Castro PI Não
Marcos Rotta AM Sim
Marinha Raupp RO Sim
Marquinho Mendes RJ Sim
Marx Beltrão AL Sim
Mauro Lopes MG Sim
Mauro Mariani SC Sim
Mauro Pereira RS Sim
Newton Cardoso Jr MG Sim
Osmar Serraglio PR Sim
Pedro Chaves GO Sim
Rodrigo Pacheco MG Sim
Rogério Peninha Mendonça SC Sim
Ronaldo Benedet SC Sim
Roney Nemer DF Sim
Saraiva Felipe MG Sim
Sergio Souza PR Sim
Simone Morgado PA Não
Soraya Santos RJ Sim
Veneziano Vital do Rêgo PB Sim
Vitor Valim CE Sim
Walter Alves RN Sim

Total PMDB: 61

PMN

Parlamentar UF Voto
Antônio Jácome RN Sim
Dâmina Pereira MG Sim
Hiran Gonçalves RR Sim

Total PMN: 3

PP

Parlamentar UF Voto
Afonso Hamm RS Não
Aguinaldo Ribeiro PB Sim
Arthur Lira AL Sim
Beto Rosado RN Sim
Cacá Leão BA Sim
Conceição Sampaio AM Sim
Covatti Filho RS Sim
Dilceu Sperafico PR Sim
Dimas Fabiano MG Sim
Esperidião Amin SC Não
Ezequiel Fonseca MT Sim
Fernando Monteiro PE Sim
Guilherme Mussi SP Sim
Iracema Portella PI Sim
Jair Bolsonaro RJ Sim
Jerônimo Goergen RS Sim
Jorge Boeira SC Não
José Otávio Germano RS Não
Julio Lopes RJ Sim
Lázaro Botelho TO Sim
Luis Carlos Heinze RS Sim
Luiz Fernando Faria MG Sim
Marcelo Belinati PR Não
Marcus Vicente ES Sim
Mário Negromonte Jr. BA Sim
Missionário José Olimpio SP Sim
Nelson Meurer PR Sim
Odelmo Leão MG Sim
Paulo Maluf SP Sim
Renato Molling RS Sim
Renzo Braz MG Sim
Ricardo Barros PR Sim
Roberto Balestra GO Sim
Ronaldo Carletto BA Sim
Sandes Júnior GO Sim
Toninho Pinheiro MG Sim
Waldir Maranhão MA Sim

Total PP: 37

PPS

Parlamentar UF Voto
Alex Manente SP Não
Arnaldo Jordy PA Não
Carmen Zanotto SC Não
Eliziane Gama MA Não
Hissa Abrahão AM Não
Marcos Abrão GO Não
Moses Rodrigues CE Não
Raul Jungmann PE Não
Roberto Freire SP Não
Rubens Bueno PR Não
Sandro Alex PR Não

Total PPS: 11

PR

Parlamentar UF Voto
Aelton Freitas MG Sim
Alfredo Nascimento AM Sim
Anderson Ferreira PE Sim
Bilac Pinto MG Sim
Cabo Sabino CE Sim
Capitão Augusto SP Sim
Clarissa Garotinho RJ Não
Dr. João RJ Sim
Francisco Floriano RJ Sim
Giacobo PR Sim
João Carlos Bacelar BA Sim
José Rocha BA Sim
Laerte Bessa DF Sim
Lincoln Portela MG Sim
Lúcio Vale PA Sim
Luiz Cláudio RO Sim
Luiz Nishimori PR Sim
Magda Mofatto GO Sim
Marcio Alvino SP Sim
Maurício Quintella Lessa AL Sim
Miguel Lombardi SP Sim
Milton Monti SP Sim
Paulo Freire SP Sim
Remídio Monai RR Sim
Silas Freire PI Não
Tiririca SP Sim
Vinicius Gurgel AP Sim
Wellington Roberto PB Sim
Zenaide Maia RN Sim

Total PR: 29

PRB

Parlamentar UF Voto
Alan Rick AC Sim
André Abdon AP Sim
Antonio Bulhões SP Sim
Beto Mansur SP Sim
Carlos Gomes RS Sim
Celso Russomanno SP Sim
César Halum TO Sim
Cleber Verde MA Sim
Fausto Pinato SP Sim
Jhonatan de Jesus RR Sim
Jony Marcos SE Sim
Marcelo Squassoni SP Sim
Márcio Marinho BA Sim
Roberto Alves SP Sim
Roberto Sales RJ Sim
Ronaldo Martins CE Sim
Rosangela Gomes RJ Sim
Sérgio Reis SP Sim
Tia Eron BA Sim
Vinicius Carvalho SP Sim

Total PRB: 20

PROS

Parlamentar UF Voto
Ademir Camilo MG Não
Antonio Balhmann CE Não
Beto Salame PA Não
Domingos Neto CE Sim
Dr. Jorge Silva ES Não
Givaldo Carimbão AL Sim
Hugo Leal RJ Sim
Leônidas Cristino CE Sim
Miro Teixeira RJ Não
Rafael Motta RN Sim
Ronaldo Fonseca DF Não
Valtenir Pereira MT Não

Total PROS: 12

PRP

Parlamentar UF Voto
Alexandre Valle RJ Sim
Juscelino Filho MA Sim
Marcelo Álvaro Antônio MG Sim

Total PRP: 3

PRTB

Parlamentar UF Voto
Cícero Almeida AL Sim

Total PRTB: 1

PSB

Parlamentar UF Voto
Adilton Sachetti MT Sim
Átila Lira PI Sim
Bebeto BA Não
Fabio Garcia MT Sim
Fernando Coelho Filho PE Sim
Flavinho SP Não
Glauber Braga RJ Não
Gonzaga Patriota PE Não
Heitor Schuch RS Não
Heráclito Fortes PI Sim
Janete Capiberibe AP Não
João Fernando Coutinho PE Sim
José Reinaldo MA Sim
Jose Stédile RS Não
Júlio Delgado MG Não
Keiko Ota SP Sim
Leopoldo Meyer PR Não
Luciano Ducci PR Sim
Luiz Lauro Filho SP Sim
Maria Helena RR Sim
Marinaldo Rosendo PE Não
Pastor Eurico PE Não
Paulo Foletto ES Não
Rodrigo Martins PI Não
Stefano Aguiar MG Sim
Tadeu Alencar PE Não
Tenente Lúcio MG Sim
Tereza Cristina MS Sim
Valadares Filho SE Sim
Vicentinho Júnior TO Sim

Total PSB: 30

PSC

Parlamentar UF Voto
Andre Moura SE Sim
Edmar Arruda PR Sim
Eduardo Bolsonaro SP Sim
Erivelton Santana BA Sim
Gilberto Nascimento SP Sim
Irmão Lazaro BA Não
Júlia Marinho PA Sim
Marcos Reategui AP Sim
Pr. Marco Feliciano SP Sim
Professor Victório Galli MT Sim
Raquel Muniz MG Sim
Silvio Costa PE Sim

Total PSC: 12

PSD

Parlamentar UF Voto
Alexandre Serfiotis RJ Sim
Átila Lins AM Sim
Cesar Souza SC Sim
Danrlei de Deus Hinterholz RS Sim
Delegado Éder Mauro PA Sim
Diego Andrade MG Sim
Evandro Roman PR Sim
Fábio Faria RN Sim
Fábio Mitidieri SE Sim
Felipe Bornier RJ Sim
Fernando Torres BA Sim
Goulart SP Sim
Herculano Passos SP Sim
Indio da Costa RJ Sim
Jaime Martins MG Sim
Jefferson Campos SP Sim
João Rodrigues SC Sim
Joaquim Passarinho PA Sim
José Carlos Araújo BA Sim
José Nunes BA Não
Júlio Cesar PI Sim
Marcos Montes MG Sim
Paulo Magalhães BA Sim
Ricardo Izar SP Sim
Rogério Rosso DF Sim
Rômulo Gouveia PB Sim
Sérgio Brito BA Sim
Silas Câmara AM Sim
Sóstenes Cavalcante RJ Sim
Walter Ihoshi SP Sim

Total PSD: 30

PSDB

Parlamentar UF Voto
Alfredo Kaefer PR Sim
Antonio Carlos Mendes Thame SP Sim
Antonio Imbassahy BA Sim
Arthur Virgílio Bisneto AM Sim
Betinho Gomes PE Sim
Bonifácio de Andrada MG Sim
Bruna Furlan SP Sim
Bruno Araújo PE Sim
Bruno Covas SP Sim
Caio Narcio MG Sim
Carlos Sampaio SP Sim
Célio Silveira GO Sim
Daniel Coelho PE Sim
Delegado Waldir GO Sim
Domingos Sávio MG Sim
Eduardo Barbosa MG Sim
Eduardo Cury SP Sim
Fábio Sousa GO Sim
Geovania de Sá SC Sim
Giuseppe Vecci GO Sim
Izalci DF Sim
João Campos GO Sim
João Castelo MA Sim
João Gualberto BA Sim
João Paulo Papa SP Sim
Jutahy Junior BA Sim
Luiz Carlos Hauly PR Sim
Mara Gabrilli SP Sim
Marco Tebaldi SC Sim
Marcus Pestana MG Sim
Max Filho ES Não
Miguel Haddad SP Sim
Nelson Marchezan Junior RS Sim
Nilson Leitão MT Sim
Nilson Pinto PA Sim
Otavio Leite RJ Sim
Paulo Abi-Ackel MG Sim
Pedro Cunha Lima PB Sim
Ricardo Tripoli SP Sim
Rocha AC Sim
Rodrigo de Castro MG Sim
Rogério Marinho RN Sim
Rossoni PR Sim
Shéridan RR Sim
Silvio Torres SP Sim
Vanderlei Macris SP Sim
Vitor Lippi SP Sim

Total PSDB: 47

PSDC

Parlamentar UF Voto
Aluisio Mendes MA Sim
Luiz Carlos Ramos RJ Sim

Total PSDC: 2

PSL

Parlamentar UF Voto
Macedo CE Sim

Total PSL: 1

PSOL

Parlamentar UF Voto
Chico Alencar RJ Obstrução
Edmilson Rodrigues PA Obstrução
Ivan Valente SP Obstrução
Jean Wyllys RJ Obstrução

Total PSOL: 4

PT

Parlamentar UF Voto
Adelmo Carneiro Leão MG Não
Afonso Florence BA Não
Alessandro Molon RJ Não
Ana Perugini SP Não
Andres Sanchez SP Não
Angelim AC Não
Arlindo Chinaglia SP Não
Assis Carvalho PI Não
Assis do Couto PR Não
Benedita da Silva RJ Não
Beto Faro PA Não
Bohn Gass RS Não
Caetano BA Não
Carlos Zarattini SP Não
Chico D Angelo RJ Não
Décio Lima SC Não
Enio Verri PR Não
Erika Kokay DF Não
Fernando Marroni RS Não
Gabriel Guimarães MG Não
Givaldo Vieira ES Não
Helder Salomão ES Não
Henrique Fontana RS Não
João Daniel SE Não
Jorge Solla BA Não
José Airton Cirilo CE Não
José Guimarães CE Não
José Mentor SP Não
Leo de Brito AC Não
Leonardo Monteiro MG Não
Luiz Couto PB Não
Luiz Sérgio RJ Não
Luizianne Lins CE Não
Marco Maia RS Não
Marcon RS Não
Margarida Salomão MG Não
Maria do Rosário RS Não
Moema Gramacho BA Não
Nilto Tatto SP Não
Odorico Monteiro CE Não
Padre João MG Não
Paulão AL Não
Paulo Pimenta RS Não
Paulo Teixeira SP Não
Pedro Uczai SC Não
Professora Marcivania AP Não
Reginaldo Lopes MG Não
Rubens Otoni GO Não
Ságuas Moraes MT Não
Sibá Machado AC Não
Toninho Wandscheer PR Não
Valmir Assunção BA Não
Valmir Prascidelli SP Não
Vander Loubet MS Não
Vicente Candido SP Não
Vicentinho SP Não
Wadih Damous RJ Não
Waldenor Pereira BA Não
Weliton Prado MG Abstenção
Zé Carlos MA Não
Zé Geraldo PA Não
Zeca Dirceu PR Não
Zeca do Pt MS Não

Total PT: 63

PTB

Parlamentar UF Voto
Adalberto Cavalcanti PE Sim
Adelson Barreto SE Sim
Alex Canziani PR Sim
Antonio Brito BA Sim
Arnaldo Faria de Sá SP Sim
Arnon Bezerra CE Sim
Benito Gama BA Sim
Cristiane Brasil RJ Sim
Deley RJ Sim
Eros Biondini MG Sim
Jorge Côrte Real PE Sim
Josué Bengtson PA Sim
Jovair Arantes GO Sim
Jozi Rocha AP Sim
Luiz Carlos Busato RS Sim
Nelson Marquezelli SP Sim
Paes Landim PI Sim
Pedro Fernandes MA Sim
Ricardo Teobaldo PE Sim
Ronaldo Nogueira RS Sim
Sérgio Moraes RS Sim
Walney Rocha RJ Sim
Wilson Filho PB Sim
Zeca Cavalcanti PE Sim

Total PTB: 24

PTC

Parlamentar UF Voto
Uldurico Junior BA Sim

Total PTC: 1

PT do B

Parlamentar UF Voto
Luis Tibé MG Sim
Pastor Franklin MG Sim

Total PTdoB: 2

PTN

Parlamentar UF Voto
Bacelar BA Sim
Christiane de Souza Yared PR Não
Delegado Edson Moreira MG Sim
Renata Abreu SP Não

Total PTN: 4

PV

Parlamentar UF Voto
Dr. Sinval Malheiros SP Sim
Evair de Melo ES Não
Evandro Gussi SP Sim
Fábio Ramalho MG Sim
Leandre PR Não
Penna SP Sim
Sarney Filho MA Sim
Victor Mendes MA Sim

Total PV: 8

Sem partido

Parlamentar UF Voto
Cabo Daciolo RJ Não

Total S.Part.: 1

Solidariede

Parlamentar UF Voto
Arthur Oliveira Maia BA Sim
Augusto Carvalho DF Sim
Augusto Coutinho PE Sim
Aureo RJ Sim
Benjamin Maranhão PB Sim
Carlos Manato ES Sim
Elizeu Dionizio MS Sim
Expedito Netto RO Sim
Ezequiel Teixeira RJ Sim
Fernando Francischini PR Sim
Genecias Noronha CE Sim
JHC AL Não
José Maia Filho PI Sim
Lucas Vergilio GO Sim
Zé Silva MG Sim

Total Solidariede: 15

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

25 Comentários

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    1. e …………………………

      Paulo, concordo com vc quando diz que ainda tem tempo. Devemos aguardar e pressionar àqueles vendilhões que deram seu sim em votação a este estupro. Devemos enviar a eles E-mails, pois as relações dos traidores estão publicadas em toda a Rede Social.

      Devemos atuar para impedir estes bandidos de atuarem em favor da Corporações, pois se foram eleitos, foi para nos representar e não seus patrões donos do vil metal !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    2. Até acho que voce tem razão,

      Até acho que voce tem razão, mas a partir de ontem perdi um pouco mais a esperança em dias melhores para as próximas gerações de brasileiros. Estou cansado de ver um cara trabalhar feito louco para manter as benesses do atual quadro político e a base comemorando a votação do dia anterior sem prestar atenção ao que estava acontecendo. Hoje no congresso tem um cara focado (no mal, certo), mas ele é focado e trabalha diuturnamente pelo que seus chefes querem. Cansei

  1. Tancredo inaugurou a Nova

    Tancredo inaugurou a Nova República; Cunha e a direita reinauguraram a Velha República. A seguir virão o fim do voto dos analfabetos, das mulheres e de todo aquele que não tiver um determinado piso de rendimentos mensais. “Chame ladrão, chame ladrão, chame ladrão!”, cantou um tal de “Julinho da Adelaide”. Fico a me perguntar: de que jeito será possível consertar este estrago?

  2. Não reclame PSOL, não reclame!
    PSOL não ajuda nada, como sempre.

    Foi isso que disse ao meu primo que votou Dilma e na legenda PSOL.
    Eu lembrei à ele dos Sarneys e Renans da vida. Disse ainda que ELE PERDIA O DIREITO DE RECLAMAR!

    1. Você errou de alvo: o PSOL

      Você errou de alvo: o PSOL não votou a favor do financiamento privado de partidos. Além disso, quem teria força para barrar a aprovação dessa matéria seria o maior partido do Câmara (PT) e seus aliados de governo. Quem criou o poder de Eduardo Cunha foram Lula e Dilma e a extrema incompetência da bancada petista, em especial da paulista. 

      1. O PSOL não votou!
        Há quem pense por aí que não foi Lula quem criou isso.
        Há quem diga abertamente que foram “as obstruções ” do PSOL e outros….

        Não reclame!

        1. Argumento absolutamente

          Argumento absolutamente patético, non sense!! A bancada do PSOL tem apenas 4 deputados e a aprovação contou com mais de 3/5 da Câmara, perece que não conhece aritmética elementar. Além disso, a obstrução é um recurso perfeitamente legítimo e se justifica quando há uma arbitrariedade regimental da Presidência da Casa, no caso a votação de matéria que já havia sido apreciada (e rejeitada, com o voto da pequena bancada do PSOL) no dia anterior. Ademais, quem tem que explicar a ascensão de Cunha definitivamente não é o PSOL, mas sim quem se alia ao PMDB pensando sobretudo em se sustentar no poder. Mas, afinal, poder pra quê mesmo?

  3. Está provada a total
    Está provada a total veracidade tanto da antiga afirmação de Luís Inácio quanto aos 300 picaretas quanto da recente de Cid Gomes quanto aos 400 achacadores.
    Assaltantes de bancos recebem menos e se arriscam muito mais.

  4. Ninguem pode dizer que o

    Ninguem pode dizer que o capiroto Eduardo Cunha nao eh competente no que faz. Trabalha com energia inesgotavel e contorna suas derrotas com planos B, C, e o que mais precisar. Um lider de inegavel competencia…….pena que um lider do mal.

    Agora, a exemplo dos EUA, corporacoes corruptoras vao se ingerir em todos os partidos e escolhoer quem deve e quem nao deve concorrer a cargos publicos. A coisa agora esta tao parecida com os EUA que suspeito ter muito dinheiro Yankee correndo aos borbotoes para os bolsos de Cunha e seus asseclas.

    Que pena! Uma das poucas caracteristicas da Democracia Brasileira que privilegiava o povo em detrimento do capital foi por aguas abaixo. Agora todos dancaremos conforme a musica que Chevron, GM, Pfizer e outros mostros corporativos decidirem tocar.

    E o satanaz do Cunha? Quando sera abatido em voo e caira em chamas?

  5. Agora a dra. judite está

    Agora a dra. judite está tranquila. O PIG já pode comprar partidos. O Pré-sal está no papo. Para que comprar índio quando se pode comprar o chefe da tribo, ou a tribo inteira? E ainda vão beber dinheiro público. Direto do BV que a SECOM distribui a rodo.

  6. O feitiço da reforma política

    O feitiço da reforma política à la Cunha pode virar contra os feiticeiros conservadores. Se acabar mesmo a reeleição para cargos executivos, abre-se caminho para exterminar também a reeleição de conselheiros de classe. Conselheiros federais e regionais de Medicina, Odontologia, Engenharia e outras profissões, preparem-se! Depois ninguém vai poder reclamar do fim de alguns feudos de poder que já duram cerca de um quarto de século.

  7. Os ladrões moralistas

    Os ladrões moralistas reunidos transformaram a Câmara dos Deputados numa grande privada e nem sequer darão satisfações ao povo. OK . A próxima vez que for lá cagarei no corredor principal de acesso ao plenário. Completarei assim o trabalho deles. Nada de mais útil se pode fazer na sede da MERDOCRACIA brasileira. 

  8. E …………….

    Não sei não. A acreditar que consertar esta “enrabada”, em segunda votação na Camara e depois no Senado, me parece ser por demais infantil. Mesmo porque, ao lembrar do que disse Lula – sobre haver na Camara ” 300 picaretas”,  e do Cid sobre haver ” os 400 achacadores”, fica meio dificil !!!!!!!!!!!! reverter !!!!!!!!!!!!

    O vil metal, compra corações e mentes, e estes que hoje estão lá pelos nossos votos, não passam de traidores a serviçlo das Corporações.

    Disse que se fosse aprovada esta aberração, jogaria a toalha, mas irei esperar a segunda votação da Câmara e do Senado, bem como a atitude de Dilma e então tomarei minha decisão !!!

    Chega de estupro !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  9. Saiba quais deputados mudaram

    Saiba quais deputados mudaram seus votos sobre o financiamento empresarial de campanha

    maio 28, 2015 08:59

    Saiba quais deputados mudaram seus votos sobre o financiamento empresarial de campanha

    Veja também

    Charge da semana 028.maiCâmara aprova fim da reeleição para presidente, governador e prefeito 0 28.maiO contragolpe de Eduardo Cunha: Câmara aprova financiamento empresarial a partidos 0 27.mai  

    Principais mudanças de voto aconteceram no chamado “baixo clero” da Câmara e entre deputados de dois dos principais partidos da bancada evangélica, PRB e PSC. Nove peemedebistas passaram a apoiar o financiamento de empresas entre terça e quarta-feira

    Por Redação

    Na noite de ontem (27), o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 330 votos a 141 e uma abstenção, o financiamento privado de campanhas com doações de pessoas físicas e jurídicas para os partidos políticos e com doações de pessoas físicas para candidatos.

    A aprovação da emenda, proposta pelo líder do PRB, deputado Celso Russomanno (SP), foi considerada resultado de uma manobra do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que conseguiu reverter a derrota sofrida na terça-feira (26). À ocasião, no início da votação da reforma política (PEC 182/07), o Plenário rejeitou (com 264 votos favoráveis, 207 contra e 4 abstenções) a emenda que autorizava as doações de pessoas jurídicas para candidatos e partidos.

    Nota-se uma alteração significativa no número de parlamentares que, na terça, votaram contra a medida e, na quarta, mudaram de posição, votando a favor. Confira quem alterou o voto:

    – DEM

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Jorge Tadeu Mudalen (SP)
    Mandetta (MS)
    Misael Varella (MG)
    Moroni Torgan (CE)
    Professora Dorinha Seabra Rezende (TO)

    Total de mudanças: 5

    – PDT

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Roberto Góes (AP)

    Total de mudanças: 1

    – PHS

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Diego Garcia (PR)

    Total de mudanças: 1

    – PMDB

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Baleia Rossi (SP)
    Daniel Vilela (GO)
    João Arruda (PR)
    Lelo Coimbra (ES)
    Marinha Raupp (RO)
    Rodrigo Pacheco (MG)
    Ronaldo Benedet (SC)
    Roney Nemer (DF)
    Vitor Valim (CE)

    De abstenção (26/05) para “sim” (27/05):
    Edinho Bez (SC)

    Total de mudanças: 10

    – PMN

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Antônio Jácome (RN)
    Hiran Gonçalves (RR)

    Total de mudanças: 2

    – PP

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Conceição Sampaio (AM)
    Missionário José Olimpio (SP)
    Odelmo Leão (MG)
    Sandes Júnior (GO)

    Total de mudanças: 4

    – PR

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Cabo Sabino (CE)
    Lincoln Portela (MG)
    Paulo Freire (SP)

    De “sim” (26/05) para “não” (27/05):
    Silas Freire (PI)

    Total de mudanças: 4

    – PRB 

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Alan Rick (AC)
    André Abdon (AP)
    Antonio Bulhões (SP)
    Carlos Gomes (RS)
    Celso Russomanno (SP)
    Cleber Verde (MA)
    Fausto Pinato (SP)
    Jhonatan de Jesus (RR)
    Jony Marcos (SE)
    Marcelo Squassoni (SP)
    Márcio Marinho (BA)
    Roberto Alves (SP)
    Roberto Sales (RJ)
    Ronaldo Martins (CE)
    Rosangela Gomes (RJ)
    Sérgio Reis (SP)
    Tia Eron (BA)
    Vinicius Carvalho (SP)

    Total de mudanças: 18

    – PROS

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Domingos Neto (CE)
    Leônidas Cristino (CE)
    Rafael Motta (RN)

    De “sim” (26/05) para “não” (27/05):
    Antonio Balhmann (CE)

    Total de mudanças: 4

    – PRP

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Marcelo Álvaro Antônio (MG)

    Total de mudanças: 1

    – PRTB

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Cícero Almeida (AL)

    Total de mudanças: 1

    – PSB

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    João Fernando Coutinho (PE)
    Valadares Filho (SE)

    De “sim” (26/05) para “não” (27/05):
    Júlio Delgado (MG)
    Pastor Eurico (PE)
    Rodrigo Martins (PI)

    Total de mudanças: 5

    – PSC

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Edmar Arruda (PR)
    Marcos Reategui (AP)
    Pr. Marco Feliciano (SP)
    Professor Victório Galli (MT)
    Raquel Muniz (MG)

    De “sim” (26/05) para “não” (27/05):
    Irmão Lazaro (BA)

    Total de mudanças: 6

    – PSD

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Paulo Magalhães (BA)
    Sérgio Brito (BA)

    Total de mudanças: 2

    – PSDB

    De abstenção (26/05) para “sim” (27/05):
    Daniel Coelho (PE)
    Mara Gabrilli (SP)

    Total de mudanças: 2

    – PSDC

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Aluisio Mendes (MA)

    Total de mudanças: 1

    – PSL

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Macedo (CE)

    Total de mudanças: 1

    – PSOL

    Toda a bancada (Chico Alencar-RJ, Edmilson Rodrigues-PA, Ivan Valente-SP e Jean Wyllys-RJ) votou “não” em 26/05, mas decidiu pela obstrução de pauta em 27/05.

    Total de mudanças: 4

    – PTC

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Uldurico Junior (BA)

    Total de mudanças: 1

    – PTdoB

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Luis Tibé (MG)
    Pastor Franklin (MG)

    Total de mudanças: 2

    – PTN

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Bacelar (BA)

    Total de mudanças: 1

    – PV

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Dr. Sinval Malheiros (SP)
    Penna (SP)
    Sarney Filho (MA)
    Victor Mendes (MA)

    De “sim” (26/05) para “não” (27/05):
    Evair de Melo (ES)

    Total de mudanças: 5

    – SOLIDARIEDADE

    De “não” (26/05) para “sim” (27/05):
    Augusto Carvalho (DF)
    Elizeu Dionizio (MS)

    Total de mudanças: 2

     

    – Votaram “não”, sem nenhuma mudança individual, tanto no dia 26 quanto no dia 27:

    PCdoB, PPS e PT (com uma abstenção em ambos os dias)

    – Votaram “sim”, sem nenhuma mudança individual, tanto no dia 26 quanto no dia 27:

    PEN e PTB

    (As votações completas você pode conferir clicando aqui – 26/05 – e aqui – 27/05)

    (Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

     

  10. sai de cima gilmar

    Os vícios da “emenda aglutinativa” do financiamento empresarial

     quinta-feira, 28 de maio de 2015 às 11p9

    Brasília – Confira o artigo do secretário-geral da OAB, Cláudio Pereira de Souza Neto,publicado nesta quinta-feira (28) no portal de notícias jurídicas, Jota.

    A Câmara dos Deputados aprovou “emenda aglutinativa” à PEC da Reforma Política que constitucionaliza o financiamento empresarial a partidos políticos. A dita “emenda aglutinativa” incorre em dupla inconstitucionalidade: formal e material.

    Sob o ponto de vista formal, a inconstitucionalidade resulta do que estabelece o artigo 60, § 5º, da Constituição da República: “a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa”. A matéria havia sido objeto de deliberação no dia anterior – 3ª feira. Submetida ao Plenário da Câmara, não se formou maioria suficiente para se aprovar alteração no texto constitucional. A deliberação de ontem – 4ª feira – se deu a propósito de “emenda aglutinativa” apresentada às pressas, no próprio dia, pelo Deputado Russomano, dispondo igualmente sobre o financiamento empresarial.

    O Presidente da Câmara, Deputado Eduardo Cunha, sustentou, para submeter a matéria a nova apreciação, que, no dia anterior – na 3ª feira, dia 26.05 –, o Plenário teria se manifestado exclusivamente sobre o financiamento de candidatos: estes não mais poderiam receber doações empresariais. Na votação de ontem – 4ª feira, dia 27.05 –, a Casa se manifestaria sobre o financiamento empresarial concedido através de partidos: recebidas as doações pelos partidos, eles poderiam financiar campanhas e candidaturas.

    O argumento, com as devidas vênias, é totalmente improcedente, como fartamente ressaltado em sucessivas manifestações de parlamentares ocorridas durante a sessão. Na votação ocorrida na 3ª feira, dia 26.05, não se fez qualquer distinção entre doações feitas diretamente a candidatos e doações realizadas através de partidos. O financiamento empresarial foi rejeitado em suas diversas modalidades. Na reunião de líderes do dia 20.05.2015, chegou-se a um “acordo para a votação de temas” que previa, no tocante ao financiamento de campanhas, a deliberação sucessiva do Plenário sobre 3 alternativas, nos seguintes termos:

    “(…)

    2. Financiamento da Campanha:

    2.1. Público

    2.2. Privado – restrito a pessoa física

    2.3. Privado – extensivo a pessoa jurídica”

    Nenhuma das três alternativas obteve a maioria suficiente para se converter em emenda à Constituição. Nada obstante, no dia seguinte, o Presidente da Câmara surpreendeu a todos pautando a referida “emenda aglutinativa”, que permitia o financiamento empresarial por intermédio de doações para partidos. A matéria submetida à apreciação do Plenário foi a mesma: financiamento eleitoral por empresas. No sistema atual, esse financiamento pode ocorrer por meio de doações a partidos ou de doações diretas a candidatos. A emenda de Russomano procura artificialmente se apresentar como diferente: só permite que a doação seja feita por meio dos partidos, não diretamente a candidatos. Mas cuida, igualmente, do financiamento empresarial de eleições, o qual foi rejeitado no dia anterior.

    A hipótese é de típica violação do “devido processo legislativo”. Matéria já apreciada foi novamente submetida ao Plenário na mesma sessão legislativa, em contradição com o que determina o artigo 60, § 5º, da Constituição Federal. A violação ao “devido processo legislativo” é uma das hipóteses em que o Supremo Tribunal Federal tem realizado controle preventivo de constitucionalidade. Deputados e senadores podem impetrar mandado de segurança requerendo a interrupção do processamento de Projeto de Lei ou de Proposta de Emenda à Constituição. Quando a norma procedimental violada encontra-se no regimento interno da casa legislativa, o STF tem deixado de intervir, entendendo que a sua interpretação é questão interna corporis ao Parlamento. Porém, quando a norma insere-se na própria Constituição Federal, o STF garante a sua proteção. O processamento da referida emenda aglutinativa pode, portanto, ser a qualquer momento interrompido por decisão do Supremo Tribunal Federal.

    Além de formalmente inconstitucional, a PEC padece também de gravíssimas inconstitucionalidades materiais.

    Na ADI n. 4650, a OAB impugnou o financiamento empresarial das campanhas eleitorais por entender que violava, dentre outras normas constitucionais, o princípio democrático e o princípio da igualdade. As duas normas são cláusulas pétreas, não podendo ser violadas tampouco por meio de emendas constitucionais. As referidas normas limitam o constituinte derivado no exercício de seu poder de emendar a Constituição. No Supremo Tribunal Federal, já se formou maioria de 6 ministros para declarar a inconstitucionalidade das normas legais que instituem o financiamento empresarial. Os mesmos parâmetros constitucionais – em especial, o princípio democrático e o direito à igualdade – devem ser aplicados pela Corte para declarar a inconstitucionalidade de eventual emenda.

    No tocante ao aspecto material, também há a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal realizar controle preventivo de constitucionalidade. De acordo com o artigo 60, § 4º, da Constituição Federal não será “objeto de deliberação” a Proposta de Emenda (PEC) tendente a abolir cláusulas pétreas. O Supremo Tribunal Federal tem determinado a interrupção do processamento de PECs ao conceder a ordem em mandados de segurança impetrados por parlamentares com o objetivo garantir o direito de não participar de deliberações que impliquem violação de cláusulas pétreas. Às razões anteriormente mencionadas, de cunho formal, agregam-se estas outras, de cunho material, para reforçar a plausibilidade de provimento do Supremo Tribunal Federal que, de imediato, interrompa o processamento da PEC.

    Os sucessivos escândalos de corrupção que envergonham o Brasil demonstram que o financiamento empresarial das campanhas eleitorais deve ser urgentemente interrompido. Para além da grave condenação moral que devemos dirigir aos políticos, gestores públicos e empresários envolvidos nesses casos, as causas sistêmicas da corrupção que assola o país devem ser igualmente perquiridas. E uma das causas principais da corrupção sistêmica é o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. Empreiteiras não fazem doações, fazem investimentos, como tem demonstrado as investigações reunidas no que se convencionou chamar de “operação lava-jato”.

    Espera-se que o Senado Federal não cooneste a grave violação ao devido processo legislativo ocorrida na tarde de ontem. Mas se o processamento da PEC não for interrompido e ela vier a ser aprovada, certamente a cidadania novamente buscará amparo no Supremo Tribunal Federal. Não cabe ao Judiciário agir de modo ativista, substituindo as opções substantivas feitas pelo Legislador. Mas lhe cabe cuidar, com todo o rigor, para que sejam observadas as normas constitucionais que regulam a participação na vida democrática. Com isso, não estará usurpando atribuições das maiorias, mas permitindo que a vontade majoritária efetivamente prevaleça sobre as pretensões escusas das minorias que controlam as empresas doadoras.

    http://www.oab.org.br/noticia/28455/os-vicios-da-emenda-aglutinativa-do-financiamento-empresarial

     

  11. Globo dos “panelaços” se cala sobre o financiamento privado

    No site da Globo não há nada na primeira página sobre o financiamento privado de Cunha. A empresa gosta de mostrar panelaço contra a corrupção, mas não discute o toma lá dá cá entre políticos e seus financiadores, como aponta o site http://www.qibrasil.wordpress.com

  12. cuidado!
    Se pensam que brincar com fogo ou fazer mah-criacao para seus autos prazeres como numa ditadura. O congresso vai fazer uma revolta popular realmente como na revolucao da Franca. Oportunismo no vacuo do executivo nao resolve os problemas dos deputados e senadores como representantes politicos e nao sao reis.
    um levante popular neste circo eh so por fogo no pano.
    O povo ainda nao deu da conta o que o congresso e a justica (STF) estao fazendo com a constituicao.

  13. Sem esperança

    O que ví hoje, penso, reduz a uma frase do Sr. Presidente da Camara dos Deputados respondendo a um “escroque” do PSDB que estava mais perdido que barata no galinheiro:

    Estavam a discutir as coligações partidárias quando o “perdido” tentou mudar uma orientação e o “presidente” foi bem claro, mais impossível, “deputado, o Sr. está alterando um acordo que eu fiz com os senadores do PSDB que FOI O DE NÃO VOTAR O RELATÓRIO DA COMISSÃO DA REFORMA ELEITORAL…

    Mesmo que no final, dois deputados do PSDB aqui de Minas, tentaram minimizar o estrago, como sempre, não assumindo em público os acordos que fazem entre portas, mas desqualificando a patacoadas dos “acordos”. Fez até que o insosso deputado do RJ Rodrigo Maia defendesse o que foi “obrigado” a fazer pelo Cunha como redator da PEC Frankenstein da reforma eleitoral.

    Ainda resta o Senado, depois os possíveis vetos da Presidente, ou mesmo, infelizmente, alguma posição do judiciário em relação a possíveis inconstitucionalidades. As esperanças de algo realmente com valor são mínimas. 

  14. E ………………………..

    Senhores;

    Solciito veementemente que façamos uma guerra virtual contra os que se venderam votando pela aprovação desta aberração chamada “reforma politica/financiamento de campanha politica!

    Enviar E-mails para estes vendidos deve ser nossa prioridade daquí por diante, caso contrário, ficaremos reféns deste frankstein, cujo arremedo chamam de democracia !!!

    Democracia Corporativa será o nome deste sistema,  e como disse – estou fora!

    Infelizmente não tenho cara de otário nem de jumento bastardo, e acredito que todos os que pensam como eu, devem se insurgir contra esta aberração!!!

    Divulguem a lista dos safados que votaram a favor desta emenda, pois devemos baní-los da vida publica, em virtude não não representarem os interesses da nação e tampouco os da maioria dos eleitores.

    Que a OAB, use de todos os recursos para evitar esta afronta a cláusula pétrea da CF !!!!!! 

  15. Acho que deu muito pouca

    Acho que deu muito pouca repercussão a rejeição ao fim das coligações.

    Essa é a maior aberração do sistema eleitoral brasileiro, só perdendo para o voto sem prova física, único no mundo.

    Se eu quero votar no partido A, cuja ideologia me agrada, meu voto obrigatoriamente também vai para um partido B que não representa em nada meus ideais. Isso é uma baita sacanagem e praticamente inviabiliza o nosso sistema partidário.

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